Renascer escrita por Pime chan


Capítulo 6
Presságio


Notas iniciais do capítulo

Preparem o coração! Esse capítulo escrevi sem dó nem piedade ò.ó MUAMUAMUAMUAH



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Capítulo 6 – Presságio

 

[“_Aqui, gatinho, gatinho lindo! Ah, eu sempre quis ter um gato, mas o papai nunca deixou porque eles fogem facilmente de nós.

_Bobagem, Miya, eu sempre tive gatos e eles nunca fugiram de mim. Vamos segui-lo depois do portão. Olha, tá aberto e ele tá saindo.

_Mas podem nos ver saindo e se zangar com a gente, Mayumi!  

_Não, é só pra chamar ele de volta.

_Aqui, gatinho... Gatinho, gatin-!

_Miya, a rua!!! CUIDADOOOOOOO!... NÃO!”]

 

_Nãããããão!!! _Hanami levantou-se da cama com a mão no peito e descobriu-se ainda em seu quarto com o relógio avisando que já eram seis da manhã.

 

_Hanami-chan, está tudo bem com você? _Uma moça de olhos e cabelos marrons perguntou preocupada com o grito ouvido há pouco.

 

_Ah, sim, Hana-chan, acho que sim... _Envergonhou-se por tê-la acordado. _Eu tive um pesadelo.

 

_Bem, foi o que pareceu mesmo pelo grito que ouvi, e veja só: sua testa está molhada de suor!

 

_É, né... Mas não foi nada. Estou bem. _Hanami falou enxugando o suor com a palma da mão.

 

Ouviram uma batida na porta do quarto.

 

_Hana e Hanami! Se vocês não se atrasarem muito pra se arrumar, hoje darei uma carona pras duas! Hehehe, aproveitem que estou de bom humor! _Falou Kiba, um rapaz igualmente parecido com a irmã mais velha Hana.

 

_Hanami-chan, é melhor aproveitarmos o raro bom humor do Kiba, não acha? _Riu a moça, levantando-se para se arrumar ligeira.

**********************************************************

Olhou no relógio um tanto surpresa quando viu o sinal soar para o recreio. A aula de fato havia passado depressa demais. Deixou a tesoura e os papéis coloridos que cortava sobre a mesa e fora até a porta pedir para que as crianças fizessem uma fila.

 

Quando olhou para Miya quase no final da fila, lembrou-se do pesadelo que tivera outrora.

 

O coração ficou pequeno e apertado.

 

_Miya, quero que espere um minutinho aqui, tá bem? _Barrou-a gentilmente, deixando que as outras crianças passassem afobadas.

 

_Mas por quê, Srta. Inuzuka? _Perguntou confusa.

 

_Bem, por que não lancha aqui dentro da sala mesmo e depois... er, me ajuda com esses cartões? Pode fazer isso? _Pediu. O medo de que aquelas lembranças do seu pesadelo realmente acontecessem eram mais fortes que a dócil Inuzuka Hana.

 

_Então, tá bom. _Miya concordou mesmo não entendendo direito a atitude da professora.

 

Hanami a observou com pena. Mesmo assim, era preferível não arriscar que algo de ruim pudesse acontecer àquela criança que em tão pouco tempo gostava demasiadamente.

 

Dentro de alguns minutos a diretora surgia à porta da sala pré-escolar de cinco anos para entregar uns relatórios à professora Hanami.

 

_Srta. Inuzuka, por que esta aluna não está no recreio com os outros? Acaso fez algo para ser deixada de castigo?

 

Hanami empalidecera.

 

_Oh, não, por favor, não foi isso. Miya é um anjo. Ela só está... me ajudando com alguns afazeres aqui. _Disfarçou.

 

_Bem, lugar de criança no intervalo é junto das outras, ou os pais dela podem vir reclamar que sua filha anda ficando sem recreio. Concorda comigo?

 

_C-Claro, mas só acho que hoje ela não deveria ir. Só hoje, sabe...

 

_Definitivamente, não compreendo sua atitude.

 

Hanami observou docemente a Uzumakizinha que cortava distraída alguns papéis em sua carteira.  

 

_É que... Tenho um mau presságio de que algo de ruim possa acontecer com essa menina hoje se ela for para o recreio. _Tentou parecer natural.

 

A diretora a encarou incrédula.

 

_Deixe seu mau presságio de lado e lembre-se de que devemos ter muito cuidado com essas crianças. Seus pais sentem-se o tempo todo no direito de reclamar sobre a escola, e isso para nós não é nada bom. Vamos, levarei a menina ao pátio. Não tem porque se preocupar Srta. Inuzuka. _Sentenciou séria à moça que, angustiada, deixou que Miya saísse para o recreio.

 

Dentro de quinze minutos.

 

Hanami sentou-se na cadeira e parou com a tesoura e os papéis coloridos que tinha nas mãos. Sentiu sua vista escurecer e o coração bater acelerado.

 

O pior estava acontecendo quando ouviu a voz esganiçada de Mayumi chamando pela coleguinha a alguns metros dali, juntamente do barulho de pneus que freavam bruscamente.

 

_Miya, a rua!!! CUIDADOOOOOOO!... NÃO!

 

A vista estava cada vez mais escura e aos poucos era possível deduzir do lado de fora o falatório de um verdadeiro tumulto.

 

_Miya, o que... o que aconteceu com você? _Gemeu quase desmaiando. A serviçal que passava em frente à sala para buscar água viu a moça caindo da cadeira e a acudiu. Levou-a para a enfermaria da escola, onde somente depois de duas horas conseguiu abrir os olhos.

 

_Onde está Miya? _Levantou-se bruscamente como na noite passada, achando que fosse um de seus pesadelos. Olhou ao redor reconhecendo a enfermaria. Infelizmente não havia sido só um sonho ruim.

 

_Acalme-se, Srta. Inuzuka, Miya está bem agora. _Falou a diretora que, preocupada, havia passado algum tempo ao lado dela. _Miya foi atropelada por um carro quando encontrou o portão da saída aberto, e por ele decidiu sair pela rua atrás de um gato.  _Explicou exausta. Aquela história já lhe tivera rendido dores de cabeça latejantes.

 

Hanami estremeceu. A mesma dor forte no estômago quando alguns de seus maus presságios aconteciam de verdade.

 

_E... como ela está?

 

_Felizmente não houve nada de grave. Já fizeram uma bateria de exames, e ele está bem apenas com a perna levemente ralada. _Suspirou. _ A parte mais difícil ainda está por vir. Parece que o Sr. Uzumaki estava fora numa viagem de trabalho quando foi avisado pela governanta Shizune. Não quero nem ver a cara dele quando estiver de frente comigo.

 

_C-Como assim, senhora diretora?

 

A mulher mais velha olhou para a moça com um sorriso terno.

 

_Não se preocupe, nem sequer mencionarei seu nome ao pai da menina. E nem poderia, você não é responsável por seus alunos no intervalo, mas sim as monitoras. Ainda assim, tentarei explicar-lhe que não passou de um acidente que esteve fora de nossas mãos, ou seja, ninguém acabou tendo culpa.

 

_Oh, eu lhe agradeço. _Hanami falou aliviada.

 

Silêncio.

 

_Além do mais, se a culpa tiver que ser jogada em alguém, terá que ser em mim. Afinal, eu não quis escutá-la, não é?

 

Hanami surpreendeu-se.

 

_Eu deveria ter acreditado que algumas pessoas como você têm a sensibilidade mais aguçada e podem pressentir ou até mesmo prever situações que outras pessoas não podem.

 

CONTINUA...

 

Uia! Não dormimos em serviço hohohoho. Então está aí mais um capítulo repleto de emoções pra vocês. Palpites, comentários, descobertas (?) hehehehe. Beijos, comentem.


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