Renascer escrita por Pime chan


Capítulo 3
A decisão


Notas iniciais do capítulo

Só tenho a agredecer à Mari May minha BBB!!!



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Capítulo 3 – A decisão

 

_Não quero que você me dê banho, Shizune, quero o papai aqui!

 

_Menina, deixe de frescura! Seu pai está ocupado na sala lendo as coisas do serviço dele. Vamos logo tomar esse banho. _Shizune ordenou séria, tentando por ordem na situação.

 

_Sem o papai eu não tomo banho e pronto! _Fez bico, sua maior arma.

 

_Por que essa rebeldia agora?

 

_Hoje só ele vai dar banho em mim!

 

_Miya, ande logo com isso! Seja boazinha para a Shizune, tá bom?

 

_Não. Eu quero o papai.

 

Shizune bufou a franja na testa. Revirou os olhos para a menina que estava sentada firme na cama, mostrando que dali não arredava os pés. Quando Miya fazia daquele jeito, só o pai para resolver. Detestava ser fraca.

 

_Mas como assim não quer tomar banho? _Naruto já estava na porta do quarto.

 

_Com você eu tomo, papai. _Sorriu tão meiga que o loiro só faltou suspirar. Às vezes Miya era tão vívida como alguém que muito lhe fazia falta. Seu único ponto fraco.

 

_Ok. Shizune vá preparando o jantar. _Tirou as roupas da filha e encheu a banheira. _Agora já para o banho, mocinha! _Ordenou, porém sorrindo. Jamais conseguia ser totalmente sério, ainda que devesse muitas vezes mostrar autoridade, mas era impossível ser duro diante daqueles olhos azuis tão profundos.

 

Os orbes da filha eram tão grandes e redondos como tivera visto apenas uma vez na vida. Não tinham aquela cor tão singular, mas eram marcados pela mistura de seu azul vívido com um cinza perolado.

 

O banho terminou e ambos foram para a cozinha.

 

_Preparei sushi. Espero que gostem. _Shizune sorriu.

 

_Mas eu queria ramen... _Miya reclamou. Ramen sempre fora sua comida predileta, assim como era a do pai.

 

_Hum, está muito cheia de “querer” ultimamente, princesa... _Corrigiu fazendo o prato da menina que já esperava à mesa.

 

_Só tem reclamado. _Shizune desabafou.

 

Enquanto a menina comia silenciosa, Naruto e Shizune conversavam na sala.

 

_Recebi uma notícia hoje que me fez pensar seriamente em futuras mudanças. _Ele puxou assunto. _Está claro que nunca conseguirei me realizar como quero trabalhando na Los Angeles News se continuar tendo o pão-duro do Omoto na minha cola o tempo todo. Sakura me falou que no Tóquio Notices estão precisando urgentemente de um redator-chefe. Meu primeiro estágio ainda nos anos iniciais da faculdade se deram lá. Não há jornal melhor para se firmar uma carreira como o este. Contudo, terei que estar indo à Tóquio quase sempre para me reunir com a equipe da redação.

 

_V-Voltar à Tóquio? _Shizune pareceu engasgar com a própria saliva. Sabendo de toda a infeliz história do jovem patrão, nunca imaginara ser ele capaz de um dia pisar novamente na capital nipônica.

 

_Não necessariamente. Assim como Sakura falou, o jornal aceitaria matérias enviadas e eu só compareceria lá para algumas reuniões importantes.

 

_Mas isso implica em estar viajando para lá, não é?

 

.

 

_E, mesmo assim, reconsiderou em pisar de novo naquele lugar?

 

_Não do jeito que está pensando, Shizune. _Corrigiu. _Tenho pensando seriamente na entrada de Miya para a escola no mês que vem. Escolas da Califórnia não são como escolas do Japão. Esta cidade oferece uma vida muito diferente da que eu queria dar à minha filha. _Contou. Na verdade Naruto se preocupava com o fato da filha estar crescendo.

 

_Então... Está pensando em se mudarem para lá? _Assombrou-se a governanta.

 

_Bem, pode ser. E isso implica esquecer tudo o que aconteceu no passado também. Ignorar muitas coisas que ocorreram naquela cidade. Viver normalmente, como se nossas vidas estivessem para começar do zero.

 

_Entendo. Bem, pelo menos terão o apoio do Sr. Umino, que é como um irmão para você. _Corou notavelmente enquanto falava de Iruka. Shizune era natural de Los Angeles, mas nas poucas vezes que Iruka havia ido à cidade tinha tido a oportunidade de conhecê-lo.

 

_É sim. _Sorriu o loiro. _Mas e você, Shizune? Vem conosco, não vem? _Perguntou Naruto, ciente de que sem ela Miya na certa se negaria a mudar de país.

 

_Claro. Eu nunca teria coragem de deixar a ‘minha menininha’. E além do mais, o senhor é um atrapalhado e não saberia se virar sozinho com ela. _Brincou. Na verdade reconhecia a figura de Naruto como um pai-herói que tinha conseguido criar a filha sozinho perfeitamente bem.

 

Naquela noite, quando o Uzumaki afofou o travesseiro, já tinha em mente uma decisão tomada: voltaria para Tóquio, ainda que estivesse passando por cima de seu juramento. O bem-estar da filha vinha em primeiro lugar. Cansado de Los Angeles e da vida badalada, estava disposto a trocar a distância daquele inferno que outrora vivera por estar quase que frente a frente do seu passado de dor.

 

Era hora de mostrar que havia dado a volta por cima. Agora estava formado e era pai de uma linda menina. Se um dia viessem a saber dele, teria a certeza de que nunca mais levaria aquele nome:

 

“Você é um fracassado, um ninguém”

 

CONTINUA...

 

Uia! Pelo jeito em Tóquio termos grandes acontecimentos não acham? Sim, tem muitas surpresas para acontecer, não percam.

 

Espero que estejam gostando, não se esqueçam de comentar. Beijos.


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