My Dear Doctor escrita por Desnecessária


Capítulo 4
Capitulo 4 - Fuga


Notas iniciais do capítulo

Hey! Sei que demorei pra postar. Mil perdões. Espero que você goste!
#Desnê



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Eu e Gale estávamos deitados embaixo de uma macieira, fazendo um piquenique.

– Você promete nunca mais fazer isso? Nunca mais me trair, ou beber...

– Kat, acredite em mim, eu prometo.

Serei só seu, daqui em diante.

Ele se aproxima de mim e acaricia meu rosto. Ele pára e olha nos meus olhos.

– Eu te amo muito sabia? - ele sorri

– Nem notei - sorrio de volta.

Começamos um beijo lento e calmo, mas cheio de paixão. Ele me deita lentamente na grama e segura minha cintura. Ele desce a alça do meu vestido sem parar os beijos e deposita um beijo no meu ombro.

De repente, tudo fica escuro e me vejo na porta do quarto, vendo Gale em cima de Cashmere e ouvindo seus gritos se espalhando pelo quarto. E de novo, o caminhão vindo em minha direção.

Acordo com um grito e percebo que estava apenas sonhando.

Peeta, a enfermeira Fulvia e mais dois enfermeiros aparecem no meu quarto, perguntando se estava tudo bem e por que eu estava gritando.

– Katniss, está tudo bem? - Peeta me pergunta, pedindo que os enfermeiros saíssem dali. - Podem ir. Ela está em boas mãos.

– Sim. Foi só um pesadelo. - digo, já voltando a respirar normalmente

– Quer conversar?

– Não. Tá tudo bem, não precisa se preocupar.

– Qualquer coisa, estarei logo aqui. - ele diz e se senta no sofá, me encarando. - Tenta dormir

– Ok

Me deito, deixando escorrer uma lágrima de meus olhos.

Acordo sentindo uma dor no meu seio. Olho o relógio: 3:30h. Vou ao banheiro e passo um pouco daquele gel cicatrizante pra ver se passa a dor.

Volto ao quarto e vejo que Peeta está deitado no sofá, tremendo de frio com o ar condicionado do quarto. Pego uma manta no armário e o cubro.

– Boa noite, doutor - dou um beijo em seus lábios, fazendo ele sorrir enquanto dorme.

Resolvo dar uma volta, já que sei que não consiguirei dormir. Calço a pantufa de Clo e visto seu roupão. Saio do quarto em direção ao jardim dos fundos do hospital, para arejar a cabeça.

Me sento num banco perto de um grande chafariz e observo o céu. Estava lindo. Estrelado, com a lua bem grande e brilhante.

– O que está fazendo aqui, fujona? - ouço uma voz rouca ao meu lado.

– Pensando - me viro para Peeta

– Posso saber em que?

– São muitas coisas. Muitas mesmo.

Ficamos em silêncio e ele o quebra.

– Vamos brincar de um coisa? Eu te conto toda a minha historia e depois você me conta a sua. Como uma troca.

– Isso parece brincadeira de quando sei lá, eu tinha uns 6 anos. Mas tudo bem - solto uma risada.

– Eu começo. Não tenho nenhum trauma de familia. Nenhum pai bêbado e nenhuma mãe assassinada. Minha familia é bem unida até. Meus pais me influenciaram desde criança a ser medico. Seguir a linhagem da familia. Mas essa definitivamente não é a minha praia.

– E do que você gosta?

– Pintar, esculpir, desenhar. São as minhas verdadeiras paixões. Algumas pinturas minhas vão estar no baile.

– Hum... Essa historia eu não sabia. - rio.

– Agora é sua vez.

– Ok. Vamos lá - viro, colocando minhas pernas sobre as dele. - Meus pais morreram num acidente de avião quando eu tinha sei lá, uns 8 anos. A familia de Gale era a mais próxima deles. A que eles mais confiavam. Em seu testamento, deram minha guarda à eles e meu pai sempre fazia Gale prometer que cuidaria de mim. Em qualquer circunstância. Bom, não é o que parece agora. - deixo uma lágrima escapar.

Ele me abraça.

– Mas como o relacionamento de vocês chegou à esse ponto?

– Virou psicólogo é? - rimos - Melhor eu te contar desde o começo. Eu e Gale somos amigos desde criança. Sempre brincávamos juntos e éramos muito próximos. No meu aniversario de 16 anos, ele foi o meu príncipe e, para minha surpresa, ele me pediu em namoro, na frente de todo mundo. Foi lindo. Com 3 anos de namoro, fui morar com ele. Foi aí que tudo começou a piorar. Ele começou a chegar muito tarde em casa, dizendo que estava com seu amigo, Haymitch, sempre com cheiro de álcool. Quando eu ia falar algo, apanhava, já que ele é muito mais forte do que eu. A gota d'agua foi ver ele me traindo com aquela vadia da Cashmere. Não quero perdoá-lo porque sei que se ele fez isso uma vez, já fez outras.

– não sei como estava conseguindo me manter firme dizendo aquilo - 5 anos - me levanto - 5 anos da minha vida jogados no lixo. Poderia ter saído, conhecido outras pessoas, feito um monte de coisas, sei lá, ter viajado. Mas não. A idiota aqui gastou seu precioso tempo com um bebum que batia nela. Parabéns Katniss! Já pode pegar seu diploma de trouxa do ano - bufo, cruzando os braços e andando de um lado pro outro.

Ele ri da minha reação e se levanta.

– Katniss. Olhe pelo lado bom. Agora você vai poder aproveitar todos esses 5 anos desperdiçados. Saia, se divirta, viva! - ele sorri

– É. Tem razão. - sorrio.

– Quer ir lá no refeitório tomar um expresso?

– Por que não?

Vamos em direção ao refeitório, que estava vazio. Ele compra na máquina dois expressos com açúcar. Nos sentamos em uma mesa e começamos à conversar. Percebo o quanto ele é engraçado e descontraído. Conversa sobre tudo. Tudo mesmo. Rimos de histórias dele e ele riu das minhas.

– Já tive o cabelo rosa. - digo

– Jura? Tipo algodão doce?

– Uhum... Não como algodão doce. Uma cor menos pior... - solto uma risada

– Eu tenho uma tatuagem.

– Serio? Me mostra. - digo, curiosa

– Não dá. É nas costas.

– Ok. Quem sabe um dia eu veja. - lanço um olhar malicioso

Continuamos conversando até que vemos que já estava amanhecendo.

– Acho melhor você ir dormir, fujona. - ele sorri

– Também acho.

– Vamos. Eu te levo até seu quarto.

Andamos pelos corredores, até vermos um cartaz do baile colado na parede.

– Você vai? - ele pergunta, curioso.

– Se eu não for, é bem capaz de Clove me espancar. - rio - E você?

– Minhas pinturas serão expostas. O autor precisa estar lá não é?

Continuamos andando até chegarmos ao meu quarto.

– É aqui. Quarto 6. Obrigada pela ótima conversa, doutor.

– De nada, paciente. - rimos.

– Até. - quando vou dar um beijo em sua bochecha, ele vira e acabamos nos beijando. Nada com pressa. Um beijo bem calmo e rápido. Nos descolamos.

– Até mais. - ele sorri e eu entro dentro do quarto.

Me deito e durmo, querendo mais do que nunca que aquele baile chegasse.


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Notas finais do capítulo

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#Desnê