Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 34
Just a kiss


Notas iniciais do capítulo

Yoo! tudo bem leitores lindos, fofos, maravilhosos?? *///*
Como prometido o cap de domingo o/ sem atrasos haha. Recheado de emoções e com surpresinhas supimpas ( Quem fala supimpa hoje em dia? u.u Só minha vozinha mesmo) Enfim, espero que gostem. Foi feito com muito carinho e tempo recorde hehe

Quero agradecer a cada leitora(or) pelos maravilhosos comentários e favoritos. E tambem quero justificar a causa de estarmos demorando para responder. Com toda certeza vocês não tem culpa das autoras serem pessoinhas ocupadas, ainda estamos tentando arranjar um tempinho de folga e tacalepal em responder os comentários haha. Pedimos desculpas, mesmo sabendo que isso não justifica muita coisa.

Muito bem, chega de enrolação...

Bora ler!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/570357/chapter/34

Capítulo XXXIV

"Amar nos faz perceber

Que tudo o que imaginamos ser impossível,

Pode se tornar possível

Em apenas um momento."

( Desconhecido )

Apenas um beijo.

O grande dia havia chego. Após longos meses, enfim, veria sua amada novamente. Naruto ansiava por esse dia desde o momento que a deixou embarcar naquele avião, agora era a vez dele. Sentado ao lado da janela permitiu que seus pensamentos flutuasse entre as nuvens enquanto imaginava ter Hinata envolvida em seus braços. Com os lábios da morena em sua mente, entregou-se ao mundo dos sonhos.

O tempo que levou para desembarca e chegar ao local do evento pareceu uma eternidade. Algumas lutas já haviam iniciado, o que significava que não demoraria para ser chamado. No entanto, a saudade que apertava em seu peito o sufocava de forma animalesca.

Em frente ao espelho Naruto terminava de se preparar. Trajando um kimono laranja com detalhes em preto, uma faixa na mesma cor prendia fortemente a parte de cima no intuito de garantir que a roupa se soltasse durante a luta, em suas costas trazia o nome de sua família cuidadosamente bordado.

Terminava de enfaixar suas mãos quando ouviu seu nome ser chamado, virando em direção a voz notou a presença de seu Sensei.

─ Sua luta será a próxima - apoiou as costas na parede.

─ E a Hinata?

─ Ela é uma das juradas, está representando meu tio. Você não poderá vê-la até que a luta acabe, os lideres ficam em quartos especiais, não é permitido que eles tenham contato com os lutadores para assim manter a imparcialidade.

─ Entendo, então acho que é melhor eu ganhar logo esse campeonato, não é? - sorriu largamente

Neji sorriu gentilmente, Naruto o surpreendera muito nos últimos dias. Ao se candidatar para ensina-lo imaginou que até o fim do mês o loiro já teria desistido. No entanto, a cada dia ele se tornava mais perseverante, a paixão que sentia por sua prima o deixava forte, era admirável a forma como seus sentimentos transbordavam por seus olhos.

─ Boa sorte - sorriu abrindo caminho para que o loiro pudesse passar.

Com um aceno de cabeça, Naruto agradeceu a seu mestre. Caminhou em direção ao longo corredor sentindo sua respiração tornar-se pesada, a adrenalina começava a correr por seu sangue. Quanto mais próximo estivesse da entrada da arena mais sentia seus músculos tencionarem. Aquela luta não definiria apenas seu destino como lutador, todo seu futuro ao lado da mulher que ama estava em jogo. Ele não queria perder, ele não poderia perder.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Hinata caminhava pelo longo corredor, a hora de mostrar que ela era digna do nome Hyuuga chegará. Seus pais contavam com ela, seu clã esperava por bons resultados, mas será que valia a pena? Desde o dia do julgamento se perguntava se obedecer as regras de sua família era realmente a coisa certa a se fazer.

Sentia-se confusa, perdida. Precisava respirar um pouco, por isso, despistou seus acompanhantes com a desculpa de que precisava ir ao banheiro, alguns minutos era tudo o que ela tinha, demorar muito geraria desconfiança e ela já estava encrencada demais para jogar mais lenha na fogueira.

Respirando profundamente se preparava para retornar quando algo chamou sua atenção. Laranja, com um rápido olhar parecia mais uma mancha, porém ao observar com mais cuidado notou que se tratava de um kimono. Por instinto aproximou-se vagarosamente, algo a atraia em direção aquele lutador. Ao ler o nome estampado na parte de trás, Hinata sentiu seu corpo paralisar.

─ Na-Naruto? - deixou o nome escapar por seus lábios.

Em câmera lenta viu o rapaz virar de encontro a si. Seu sorriso brilhou radiante. Era ele! Sem perceber começou a chorar, vê-lo novamente era tudo o que mais queria desde o dia que partiu em direção a NY, por impulso atirou-se nos braços do rapaz sentindo seu corpo ser envolvido em um abraço aconchegante.

─ Isso é um sonho? - sussurrou contra o peito de seu amado.

─ Se for eu não quero mais acordar - sorriu apaixonadamente enquanto inalava o doce cheiro advindo da garota.

─ O-o que faz aqui? - afastou-se minimamente para poder olhar as belas safiras que tanto sentiu saudade.

─ Eu vim para o campeonato - acariciou o rosto dela com carinho, almejava por toca-la.

─ Ma-mas por que? - segurou a mão do rapaz contra seu rosto.

─ Para provar a todos que eu te mereço, não permitirei que ninguém nos separe.

─ Na- não, você não pode. Vai ser massacrado, os lutadores desse campeonato treinam desde criança, são campeões em diversas categorias. Você tem de ir... - empurrava o Uzumaki em direção a saída quando alguem chamou por sua atenção.

─ Não se preocupe, eu o treinei.

Surpresa, Hinata virou bruscamente ao notar quem estava ali parado atrás de si.

─ Neji? - o olhou atônita.

─ Hinata-hime - comprimento com um aceno.

─ Por que? - revessava o olhar entre os dois rapazes.

─ Eu tentei fazer esse cara desistir, mas ele é teimoso - riu fracamente - Ou ele te ama muito ou é um completo idiota, talvez seja um pouco dos dois. Em todo caso, não há nada que possamos fazer para convencê-lo - deu de ombros.

─ Naruto - o olhou preocupada, desejava dizer tantas coisas. No entanto passos já podiam ser ouvidos, Kurenai devia estar a sua procura.

Rapidamente, lançou-se nos braços do loiro e tomou seus lábios em um beijo desesperado, sofrido, apaixonado. Em outras circunstancia não teria tido coragem de fazer algo assim, entretanto ela se tornará outra pessoa e naquele instante tudo que mais precisava era tê-lo perto de si.

─ Hinata - ouviu seu primo dizer. Aquilo era um aviso, seu tempo havia terminado.

A contragosto, afastou-se lentamente do loiro. Ansiava por mais dele, se pudesse juntaria seus corpos naquele momento e não o deixaria ir nunca mais, porém aquele não era o momento certo, fazer algo assim só o deixaria em perigo.

No minuto em que a distancia se instalou entre eles a saudade soou apertou no peito de ambos. Naruto desejava agarrar a mão dela e fugir para qualquer lugar longe dali, mas ele sabia que fazer Hinata abandonar sua família era algo injusto demais.

Admirava a beleza angelical da garota a sua frente, sua mente aspirava por gravar cada detalhe dela em seu subconsciente, foi quando um pequeno detalhe chamou sua atenção. O colar de seu avô, aquele que simbolizava a promessa de reencontro dos dois, ela o guardou, estava o usando. Seu coração se encheu de alegria com aquela visão, ela o amava e naquele instante ele teve a confirmação que precisava para lutar até o fim por ela.

Seu nome era anunciado por todo estádio quando aproximou-se mais uma vez de sua amada. Pousando suavemente seus lábios contra a testa pálida.

─ Minha guerreira, chegou a hora de lutar por você - se afastou lentamente - Eu vou ficar bem, dattebayo - tocou o próprio nariz com o polegar erguido, com um largo sorriso no rosto entrou no ringue.

Ele tinha ido embora, contudo, Hinata não foi capaz de desviar o olhar. Com o colar preso entre seus dedos observava o local onde antes estava seu amado, como queria que ele ainda estivesse ali. Em sua mente repassava a sensação de ter os lábios dele contra os seus quando uma firme voz chamou sua atenção.

─ Hinata! O que está fazendo? - Kurenai a olhava furiosa.

─ E-eu... Bem...

─ Ela estava comigo Kurenai-sama - curvou-se levemente, cumprimentando a mulher com uma reverencia.

─ Neji-san, é bom vê-lo - sorriu minimamente - Muito bem, chegou a hora. Vamos! - iniciou sua caminhada sendo seguida por ambos.

Enquanto caminhava Hinata entoava uma oração silenciosa. Seu coração acabará de ir com o loiro em direção a arena, sentia-se tão vazia sem ele que se não fosse a esperança de vê-lo mais uma vez não seria capaz de permanecer em pé. Ela o amava loucamente e ele largou tudo por ela, agora era hora dela retribuir.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

O dia amanheceu frio com uma grande tempestade cobrindo a cidade, naquela época do ano eram raro os dias que o sol surgia por de trás das nuvens cinzentas. Sakura observava a chuva da janela do seu quarto, sua cabeça não doía e as memórias continuavam da mesma forma, sem muito avanço. Puxou o edredom cobrindo até os ombros aconchegando seu corpo na cama quentinha.

─ Bom dia meu bebê - Mebuki abriu a porta com um grande sorriso - Dormiu bem?

─ Sim, mamãe - respondeu baixinho.

─ O que foi meu bem? Sente dor? -aproximou-se preocupada.

─ Não sinto dor, não se preocupe mãe - forçou um sorriso - Apenas... não sei... Acordei com uma sensação estranha de que falta algo.

─ Claro que me preocupo - sentou-se ao lado da filha na cama - Quer me contar sobre essa sensação?

─ Eu também não sei explicar, mamãe - suspirou, quando seus olhos caíram sobre a caixa mediana nas mãos de sua mãe - O que é isso?

─ Uma encomenda pra você, tem chegado muitas deste tipo - sorriu colocando sobre o colo da filha - Parece que alguém gosta muito de você e quer ajuda-la a recuperar a memória, tanto quanto eu e seu pai. - levantou-se depositando um beijo sobre os fios róseos e saiu.

Sakura observou a caixa branca com um laço simples azul, abriu sem demora sentindo curiosidade pelo conteúdo. Havia uma carta com um porta retrato, a foto de duas crianças com orelhinhas de gato na cabeça lhe chamou a atenção. O garotinho de cabelos negros arrepiados segurava como um trofeu o gato de pelagem branca e cinza, seu sorriso parecia crescer em seu rosto tamanha era sua felicidade. A garotinha de cabelos róseos curtos segurava um livro com a marca de uma pata do felino, ela também sorria orgulhosa do próprio feito.

A Haruno sabia exatamente quem era a menina, mas o menino ainda causava dúvidas. A carta permanecia em suas mãos, com cuidado abriu iniciando a leitura com certo receio.

Querida Sakura

Com o intuito de desfazer qualquer que seja suas dúvidas, lhe envio este presente. Uma foto que com toda certeza trará lembranças nostálgicas de uma infância perdida em meio as suas memórias.

Sasuke Uchiha sempre esteve em sua vida, principalmente em sua cabeça confusa. Esta imagem foi tirada em um dia importante, no seu aniversário de 5 anos, ambos brincavam de "caça ao gato" a alegria como pode ver era eminente, e assim prosseguiu até o dia em que foram separados.

O destino traçou caminhos tortuosos que emaranharam-se afastando às duas almas, mas que nem mesmo vocês puderam evitar o desejo de estarem juntos.

Peço que não duvide, e apenas confie. Eu estou aqui para lhe ajudar, trazer suas lembranças e guia-la para a felicidade, ao lado do Uchiha. Por mais idiota que ele seja, por mais prepotente e irritante que esta criatura aparenta ser, como qualquer humano ele sente, ele ama. Então, quando o mesmo afirmar com convicção sobre estarem juntos, não o decepcione.

Se seu coração sentir a dúvida, abra a gaveta.

Com carinho

um amigo

Não sabia ao certo o que sentia quando terminou de ler. As informações sobre Sasuke caíam como enxurrada, um turbilhão se alavancou como uma avalanche. Precisava vê-lo. Precisa confirmar se tudo o que aquela carta dizia era verdadeiro.

Rapidamente se levantou saindo do quarto a procura da mãe. A encontrou na cozinha preparando o café da manhã, cantarolava uma música qualquer enquanto seu pai lia um jornal sentado a mesa.

─ Bom dia meu algodão doce - cumprimentou a filha.

─ Bom dia papai - murmurou - E-eu.. - interrompeu a si mesma confusa.

─ Algum problema princesinha? - Kizashi dobrou o jornal deixando sobre a mesa, assim oferecendo toda sua atenção a filha.

─ Pai, mãe... nós já conhecíamos a família Uchiha antes? - seus pais a olharam surpresos.

─ Você se lembrou de algo? - Mebuki foi a primeira a perguntar.

─ Tinha que se lembrar justo deste sobrenome - resmungou com desdém o Haruno.

─ Se está se referindo a antes do acidente, apenas quando Mikoto e eu estávamos grávidas - disse pensativa - Apesar que moramos em Kyoto por uns tempo, e Mikoto disse uma vez entre nossas conversas que também morou lá antes de vir para Tóquio. Mas nunca tivemos contato com eles.

─ Isso não faz sentido - disse para si mesmo, nada se encaixava - Quantos eu tinha quando moramos em Kyoto? perguntou ansiosa, suas unhas apertavam contra a palma da mão tentando conter o nervosismo.

─ Que maldito interesse nesses Uchihas, o que é que se lembrou? É tão importante assim? - indagou irritado.

─ Mamãe - suplicou agoniada.

─ Certo, certo. Acalmem-se os dois - repreendeu colocando café na xicara do marido - Acho que quatro anos e alguns meses, depois do seu aniversario nos mudamos para Tóquio.

As mãos de Sakura afrouxaram ficando suspensas ao lado do corpo, em seu rosto jazia a surpresa.

Seja lá quem for sabia mais sobre sua vida do que ela mesmo.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

O tempo chuvoso se prolongou por muito tempo, impedindo que Sakura fosse ao hospital pela manhã. Ainda perdida em seus devaneios, ouviu o soar da campainha. Franziu o cenho perguntando-se quem seria louco o bastante para sair naquela chuva.

─ Sakura, atenda a porta pra mim - gritou Mebuki da cozinha.

Sem muito ânimo levantou-se do sofá onde assistia um desenho qualquer, e abriu a porta se assustando com o homem encharcado em sua porta.

─ O que você faz aqui? - tinha se tornado comum reconhece-lo sem ao menos precisar buscar em sua memoria.

─ Ah, essa chuva não é nada, o que eu não faria para ver minha namorada? - sorriu com sarcasmo - Mesmo que eu tenha caminhado por um pouco mais de meia hora. Não, não se preocupe que eu estou bem, querida - pronunciou irônico.

─ Você veio a pé? Enlouqueceu? - o olhou perplexa - Entre logo ou vai ficar resfriado - no segundo seguinte ele iniciou uma série de espirros.

─ É... acho que enlouqueci - fungou tremendo de frio.

─ Sasuke querido, ainda bem que aceitou meu convite para o almoço e.... oh! Você está todo molhado. Meu Deus! - rapidamente o levou até o banheiro ajustando a temperatura da água - Venha, Tome um banho quente. Acho que ainda tem algumas roupas suas no quarto. Sakura! - gritou pela filha.

─ Estou do seu lado mãe - retirou as mãos das orelhas, revirando os olhos com tedio.

─ Vá até o quarto de hóspedes e pegue algumas mudas de roupa para ele - virou-se para o Uchiha e prosseguiu - Qualquer coisa, chame a Sakura - sorriu com uma piscadela e sumiu do campo de visão de ambos.

Sakura revirou os olhos não entendendo as pretensões da matriarca. Seus olhos voltaram ao moreno parado ao seu lado a observando como uma seção de raio x.

─ O que foi, por que está me olhando desse jeito? - o encarou desconfiada.

─ O que você poderia fazer por mim para um bom banho, morango? - inqueriu com um sorriso malicioso.

Sakura corou até o último fio de cabelo, surpresa demais com a proposta, mal percebeu quando ele fechou a porta e a deixou com cara de tacho no corredor.

─ Idiota! - grunhiu alto suficiente para que o Uchiha escutasse. A passos largos caminhou até o quarto de hóspedes, mexeu em algumas gavetas da cômoda encontrando não uma, mas muitas peças.

─ Por acaso ele passou uma temporada aqui? - franziu o cenho.

Escolheu uma calça de moletom e uma blusa fina de mangas, quanto a roupa íntima, ela nem mesmo chegou perto, era vergonhoso, constrangedor demais. Sentindo o ar lhe faltar se sentou na cama e suspirou até que seu coração se acalmasse.

─ Péssima namorada arranjei - murmurou encostado ao batente da porta.

─ Olha aqui eu não sua namo... - se levantou aturdida, seu coração sobressaltou em seu peito, sua cabeça girou e pensamentos nada puros invadiram sua mente.

Sasuke estava apenas com uma toalha na cintura e outra sobre os ombros, seu cabelo ainda molhado deixava escapar algumas gotinhas que, deslizavam por seu bíceps traçando um caminho por todo abdômen bem trabalhado até o início da toalha. Com um sorriso faceiro em seu rosto parecia saber exatamente o que se passava na mente da pobre Haruno.

O Uchiha se aproximou como um felino pronto para dar o bote, a cada passo seu adiante eram dois dela para trás, até que a cama impediu sua fuga. Sasuke a empurrou ficando sobre o corpo feminino, um braço de cada lado sustentando seu peso. Os olhos de ambos se chocaram hipnotizados, a sensação tentadora mais uma vez os invadia de maneira imensurável.

─ Sasuke... - sua própria voz a traiu, soou como um gemido sôfrego, suas mãos pequenas apoiaram sobre o abdômen do Uchiha, causando arrepios no mesmo.

Lentamente seus lábios iniciaram com um breve roçar, assim como fagulhas em palha o fogo se alastrou, o beijo calmo tornou-se voluptuoso carregado de desejo. Uma das mãos do Uchiha agarrou a cintura curvilínea apertando contra seu corpo, a mão livre deslizou sobre os cabelos róseos, acariciou o rosto arredondado continuando ate a nuca, onde segurou com vontade aprofundando o beijo intenso.

As mãos de Sakura se perdiam entre os fios ébano, traçavam caminhos imaginários a medida que o prazer a consumia. Sentia seu corpo em brasa ansiando por mais, a cada toque sem o mínimo de pudor perdia-se na doce sensação de pertencer aquele homem. Gemeu frustrada quando ele parou com as caricias, ambos ofegantes encaravam-se com os olhos semicerrados.

─ Sakura - sussurrou em um sopro contra o lóbulo, mordeu ali mesmo arrastando a língua por toda a extensão do pescoço entre chupões e lambidas - Eu quero muito, muito mesmo te foder bem aqui - sua voz soou rouca e muito sexy. Seus dedos deslizaram sobre a barriga ate pousarem sobre a intimidade escondida pela calça do pijama infantil, ao ouvi-la gemer manhosa, grunhiu excitado buscando por seu autocontrole.

─ Me-melhor a ge-gente des-descer - suas mãos tremulas o afastaram o suficiente para que ela pudesse levantar - Vou te esperar la em baixo - suas bochechas queimavam intensamente, seu corpo todo parecia querer entrar colapso. Antes que pudesse abrir a porta, Sasuke a puxou para mais um beijo.

─ Não quero ser o tipo de namorado imbecil, vou esperar ate que queira por livre e espontânea vontade - pronunciou mantendo o contato visual.

─ Por que eu? - era só deparar-se com os belos ônix e todo sua vergonha evaporava como se nunca tivesse existido - Por que a mim para ser sua namorada? Tenho diversos problemas...

─ Eu sei.

─ Nem mesmo me lembro do nosso primeiro beijo...- prosseguiu frustrada.

─ Torne o de hoje o primeiro - respondeu com um sorriso.

─ Você parece não se importar com nada disso. Sasuke, não é brincadeira! - suspirou com pesar, seus lábios foram selados em um beijo calmo.

─ E não me importo, do contrario não estaria aqui tentando convence-la pela milionésima vez que é minha. Apenas confie em mim - pediu suave.

Sakura rapidamente lembrou-se da carta, tudo que ela precisava fazer era confiar. Sua mente girou a trazendo para o presente, o exato momento que os olhos pidões do Uchiha a encaravam com esperança. Não queria dececiona-lo, nunca. Com um único movimento assentiu positivamente, ainda não sendo suficiente declarou como uma promessa.

─ Eu confio em você - e então aquele mesmo sorriso da foto que havia recebido surgiu nos lábios de Sasuke. De alguma forma aquele simples gesto a preencheu por completo com um sentimento denominado;Amor.

♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。♥。・゚♡゚・。゜♥

Tsunade aguardava ansiosa pela chegada da família Haruno, desde o dia em que viu aquela jovem garota de cabelos cor-de-rosa entrar na sala de emergência, sentiu uma ligação se formar entre elas, ansiava por ajuda-la. Sakura era tão doce, jovem, bonita, não se surpreendia por ela ter conquistado Gaara com tamanha facilidade, sua personalidade encantadora era capaz de conquistar até o mais insensível dos seres humanos.

Gaara não era um homem ruim, apenas tinha um génio muito forte. O sentimento que ele vinha nutrindo pela rosada a deixava preocupada. O ruivo não sabia lidar muito bem com sentimentos, desde muito cedo fora privado de qualquer tipo de carinho materno, aos 7 anos viu sua mãe ser assassinada por seu próprio pai enquanto dormia, deixando ele e seus irmãos órfãos.

Com apenas 15 anos, Kankuro o mais velho dos irmãos passou a trabalhar dia e noite com o intuito de impedir que seus irmãos fossem encaminhados para uma casa de adoção. Tendo ajudada da comunidade, conseguiu garantir o mínimo necessário para os menores crescerem saudáveis. Com grande esforço Gaara foi aprovado em uma faculdade de medicina, mudou-se para a capital e com ajuda da bolsa que ganhou da universidade foi capaz de se formar e auxiliar seus irmãos no que lhes era necessário.

Durante um congresso realizado na Universidade de Tóquio, Tsunade o conheceu, se sentindo inspirada por sua historia de vida e persistência, o adotou como pupilo. Viu o jovem garoto crescer e se tornar um homem adorável, que superou todos os empecilhos da vida provando ao mundo que o berço de nascimento não determina seu futuro, mas sim sua fé e força para lutar pelo que se quer.

Como uma mãe, preocupava-se com aquela pequena família, por isso, ficará tão receosa quanto a Sakura. O Sabaku jamais permitiu que alguém se aproximasse, ele não sabia a dor de um coração partido, e ela queria garantir que o mesmo não descobrisse. Difícil, ela sabia, mas que mãe não quer proteger seus filhos das dores do mundo? Com ela não seria diferente. Desejava poder tocar o coração da rosada, fazer com que ela pudesse ama-lo, contudo podia ver em seus olhos que mesmo sem memórias estando perdida e confusa, ela amava o Uchiha. Seu sorriso brilhava ao estar do lado dele, suas pupilas dilatavam e sua respiração tornava-se lenta, sofrida como se tê-lo perto e ao mesmo tempo longe a ferisse por dentro. Tsunade sentia seu coração aquecer só de observar os dois juntos.

Suspirando exausta, levantou de sua cadeira e passou a observar o mundo através de sua janela na tentativa de esvaziar sua mente, ela sabia que não podia carregar o mundo nas costas, todavia, por extinto, precisava tentar. Admirava a rua distraída quando leves batidas na porta chamaram sua atenção.

─ Entre - olhou em direção a porta esperando por seu visitante.

─ Doutora Tsunade, a família Haruno acaba de chegar - informou sorridente a enfermeira antes de dar passagem ao grupo.

─ Senhor e Senhora Haruno, Sakura - comprimento com um aceno de cabeça - Sentem-se por favor – apontou para o sofá a sua frente.

─ Aconteceu alguma coisa? Algo de errado com os exames da nossa filha?- indagou preocupada a matriarca.

─ Não, me desculpe por preocupa-los - sentou sobre a ponta da mesa - Sakura está ótima, ela tem se saído muito bem em todos os testes - sorriu para a rosada que mantinha-se em silencio - Eu os chamei aqui porque tenho uma ótima notícia. Encontramos um doador compatível com a Sakura, podemos marcar a cirurgia dela ainda essa semana.

Mebuki e Kizashi não conseguiam acreditar no que acabaram de ouvir, sua filhinha seria operada e logo ela estaria bem de novo, Emocionados, abraçaram a rosada permitindo que finas lagrimas escapassem pelo canto de seus olhos.

─ Sei que vocês estão felizes e peço perdão por ter de dizer isso, mas preciso deixar claro a vocês todas as implicações desse tipo de cirurgia.

─ Entendemos doutora - declarou a matriarca que ao sentir o corpo de sua garotinha ficar tenso a envolveu em um abraço aconchegante.

─ Muito bem - caminhou em direção a poltrona onde se acomodou, sempre odiava aquela parte, ver o brilho nos olhos dos pacientes diminuírem conforme lhe falava dos riscos do tratamento - Como sabem, Sakura teve uma fratura no crânio devido a forte batida, acreditamos que ela tenha chocado a cabeça contra o volante o que teria causado o trauma. Por conta do impacto o lóbulo pré-frontal foi danificado, essa região do cérebro é a responsável por armazenar as memórias de curto prazo o que explica a dificuldade de guardar memórias recentes.

Aguardou alguns segundos para que todos pudessem processar sua explicação para logo em seguida retoma-la.

─ Sakura teve alguns neurônio danificados, pretendemos usar células tronco embrionárias para restaura-los, advindas de um embrião descartado, ou seja, sem chance alguma de se instalar devidamente no útero materno. A possível mãe autorizou que usássemos as células armazenadas no banco genético do hospital em sua cirurgia - apoiou suas costas no encosto da cadeira - As células tronco possuem características peculiares, elas se adaptam a qualquer situação, são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula presente no corpo humano. Pretendemos injetar tais células no cérebro de sua filha para que elas formem novos neurônios e assim restaurem o lóbulo pré frontal.

─ Então é uma cirurgia simples? - indagou o homem receoso.

─ De certo modo sim, a cirurgia será pouco invasiva. Através de uma injeção craniana usaremos uma agulha 100 micrômetros para injetar as células o que dispensará cortes, contudo trata-se de mexer no órgão mais complexo do corpo humano, o cérebro ainda é um mistério para a medicina, seu comportamento é único. Pode ser que tudo de certo e as células se adaptem sem problemas, elas podem reagir de maneira negativa e corroer o cérebro da Sakura o que pode levá-la a perda de memória permanente ou na pior das hipóteses a óbito.

Sua cabeça girava, as palavras de Tsunade ecoavam em sua mente. Quantas vezes mais sua vida seria posta de cabeça pra baixo? Estava cansada disso, quando enfim tudo se encaixava a vida acabava por retornar ao caos. Naquele mesmo dia deixou Sasuke com a promessa de que estariam sempre juntos e agora? O que diria a ele? O que seria dela?

Com o choro entalado na garganta levantou-se do sofá, precisava ficar sozinha, deixar toda a raiva sair de seu corpo. Caminhou em direção a porta sendo acompanhada pelo olhar atento de seus pais, sem desviar seus olhos do corredor expos a todos sua decisão.

─ Marquem o dia - declarou saindo logo em seguida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então gale... ¬¬

Oi galerinha?
Aqui é a Pati-chan invadindo as notas finais para explicar algumas coisinhas quanto a cirurgia da nossa rosada, mas antes disso... Quem aí ficou maluquinho com o momento SasuSaku?
Eu com certeza fiquei * ___*

Agora vamos lá:
Através de pesquisas eu uni diversos procedimentos médicos verídicos com o intuito se criar uma solução pra Sakura que não fosse absurda. Como bem sabem, a Medicina tem avançado cada dia mais então, é sim usado em cirurgias as injeções ucranianas que visam causar o menor dano ao cérebro, esse procedimento é usado para pequenas cirurgias. Os fetos entre 3 e 4 dias possuem em seu organismos células tronco chamadas de totipotentes, essa células possuem a característica única de conseguir gerar todos os 216 tecidos do corpo humano, incluindo a placenta e os anexos embrionários. Pesquisadores tentar criar órgãos humanos através de células troncos a algum tempo, há notícias de que um fígado teria sido criado in vitro por cientistas japoneses.
Um grupo de cientistas tentam induzir as células tronco a se tornar em neurônios com o intuito de usa-las no tratamento de doenças como o Alzheimer . Se você ficou curioso com essa pesquisa dá uma olhadinha aqui no link, tudo estará mais bem explicado

http://www.dicyt.com/noticia/pesquisadores-do-ibfg-estudam-como-estimular-a-criacao-de-novos-neuronios

Então é isso, Pati-chan metida a médica se despede por aqui.

Depois de ser ininterrompida bruscamente, Karol-chan de volta u.u

Entenderam? Se ficaram boaindo como eu, vou me sentir mais feliz :p
Muito bem, terminando as notas, que ja esta enorme pra dedéu. Ja sabem do esqueminha né criaturinhas fofas? Então é só comentar ai. Seja sugestões para o melhoramento da fic, criticas construtivas ou apenas aquele comentário fofo expressando seus sentimentos. Aceitamos com todo carinho.

Música de hoje: Just a kiss - Lady Antebellum. Amo de paixão, admito >.<

Beijos até domingo o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Akai Ito" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.