Akai Ito escrita por Karol Montblanc


Capítulo 32
Let it all go


Notas iniciais do capítulo

Yoo leitoras e leitores alienados o/ Estão percebendo né? nos autoras estamos mais ansiosas que vocês, tanto que hoje mais uma vez a postagem saiu mais cedo o/ Vivaaa lol
Geentee quase infartamos com tanto carinho, curtiram o mega beijo sasusaku né? agora ja querem hentai O.o vamos com calma meu povo, calma! Estamos mega blaster felizes por estarmos agradando com esse enredo louco e cheio de surpresas haha falando em surpresas... PEGADINHA DO MALANDRO IEIÉ todo mundo achando que era casamento do Itachi e no fim, Mikoto e Fugaku? 'o' HAHA saiu do jeitinho que queriamos, enganamos a todos hihi e de agora em diante é melhor ficarem espertas, viu.
Enfim, vamos ao capitulo de hoje o/

Bora ler!!!



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Capítulo XXXII

"A certeza que te amo

dá-me forças para lutar contra

tudo o que nos separa."

( Desconhecido )

Largar tudo

Sasuke não conseguia se afastar, quanto mais sentia o gosto dela em sua boca mais ansiava por ela. Perdido de desejo a apertou contra a porta, fazendo com que a garota envolvesse as pernas em sua cintura. Devagar, guiou sua amada até a cama, cobrindo o corpo dela com o seu.

─ Sasuke… - suspirou enquanto recebia beijos em seu pescoço.

─ Meu morango - admirou os olhos esmeraldinos por alguns instantes antes de tomar seus lábios mais uma vez.

Enfeitiçados, era assim que ambos se sentiam. Não desejavam se afastar, seus corpos pediam por mais, suas mentes gritavam enlouquecidas por muito mais.

Sakura sempre ouviu que amar era como se jogar em um precipício, entretanto, apenas naquele instante foi capaz de entender tal comparação. Amar é exatamente isso mesmo. Jogar-se e não saber quão mensurável é aquele sentimento. E aos poucos, buscamos a certeza. Porque o amor para ser o que é, precisa de certezas. A certeza do encontro, da continuidade, a certeza da presença, da verdade. E naquele momento a única verdade de que precisava era ter Sasuke consigo. Estava pronta para entregar-se a ele de corpo e alma, no entanto, batidas na porta interromperam seus pensamentos.

─ Sas, o Itachi pediu... - abriu a porta sem esperar por uma resposta, já estava mais do que acostumada a entrar naquele quarto sem avisar - Eu... me desculpem - virou de costas na tentativa de esconder seu incomodo ao presenciar tal cena.

A contra gosto, Sasuke sentou-se na cama. A raiva era evidente em seus olhos, sonhou tanto em toma-la para si e quando finalmente conseguia era interrompido. Passando a mão pelos cabelos, viu Sakura se levantar e caminhar em direção a saída sem dizer uma palavra se quer.

─ Sakura...

Ela o ignorou, se sentia constrangida, confusa. Rapidamente passou correndo por Karin. Sasuke fez menção de ir atras dela, não poderia deixa-la sozinha, não enquanto Gaara estivesse perambulando por sua mansão.

─ Sasuke, espera... - a Uzumaki o impediu atravessando em sua frente.

─ O que você quer Karin? - pronunciou entre os dentes, não gostou de ter seu momento interrompido.

─ Eh, o Itachi pediu pra você ajudar ele – respirou fundo fazendo o possível para evitar que qualquer sentimento transparecesse em sua voz – Seu tio Madara... está muito bêbado, ele começou a fazer strip tease dentro de uma taça gigante de champanhe - ver Sasuke agarrado com uma garota fez seu coração doer, sempre soube que seu amigo se deitava com várias mulheres, contudo essa era a primeira vez que a mulher em seus braços parecia importante para ele.

Emburrado, arrumou sua gravata e caminhou em direção as escadas, deixando a ruiva pensativa para trás. No andar de baixo, ajudou Itachi a arrastar Madara para o banheiro, um banho bem gelado poderia resolver aquela situação. Enfurecido, deixou seu irmão segurando o corpo quase adormecido enquanto saia para buscar algo doce que aliviaria os efeitos da bebedeira. Jamais perdoaria seu tio por atrapalhar seu grande momento, ele estava a poucos minutos de rasgar aquele vestido vermelho e agora tudo que via era ele se afastar, sem que sua dona se quer olhasse para si.

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Sentada no parapeito da janela de seu apartamento, Karin bebericava uma taça de vinho enquanto seus pensamentos voavam a mil, cada momento daquele dia eram repassados em sua mente. O casamento, a festa, Sasuke... Tudo parecia um sonho ou será um pesadelo? Não sabia ao certo.

A campainha tocou a arrancando de seus devaneios, apertando o roupão contra seu corpo andou ao encontro de seu visitante. Ao abrir a porta, balões invadiram sua moradia acompanhados por seu amigo de cabelo branco/azulado.

─ Sui?

─ E aí Ketchup - entrou sem pedir licença se jogando no sofá com uma garrafa de vinho na mão.

─ Ei! Cuidado seu bobão - tomou a garrafa da mão do rapaz, impedindo que ele acabasse manchando seu sofá novo.

Suigetsu aproveitou que a ruiva foi abrir o vinho que trouxera para admirar o ambiente ao seu redor. Paredes brancas predominavam no ressinto, uma pequena mesa de centro ficava a frente do sofá, que com apenas 2 lugares não ocupava grande espaço. A sua direita uma prancheta inclinável encontrava-se repleta de desenhos, a nova coleção de roupas já estava em processo de criação. A esquerda uma confortável poltrona virada para a varanda, parecia o lugar perfeito para se descansar depois de um longo dia de trabalho. Mesmo pequeno aquele apartamento parecia ideal para alguém como a Karin, aconchegante, familiar e dela.

Apesar de amar sua família, desde a morte de seus pais tudo que Karin mais quis foi ter uma casa. Um lugar onde ela não fosse hóspede. Um cantinho para chamar de lar. Sempre seria muito grata por tudo que seus tios fizeram por ela, jamais teria sobrevivido aquele golpe do destino se não fosse por eles. Mas já estava na hora de seguir com seu caminho.

─ E o Sasuke? - perguntou ao notar a presença da ruiva, que trazia apenas duas taças.

─ Acho que ele não vem - olhou tristonha para o chão - Eu estraguei a brincadeirinha dele, acho que ele não vai querer me ver por algum tempo.

─ Besteira, o Sasuke não vai aguentar ficar sem ouvir seus sermões, lições de moral, sua voz horrível cantando alguma música ridícula, hm … - alisou o queixo pensativo – O que você acha de estragar a minha brincadeirinha da próxima vez? - ergue a sobrancelha inúmeras vezes na tentativa de convencer a garota.

─ Palhaço - lançou a almofada mais próxima contra o rosto do rapaz.

─ Então... A festa em comemoração a sua casa própria será apenas entre nós? - apertou o play do aparelho de som e puxou a amiga para dançar.

─ O que você pensa que está fazendo? - o olhou desconfiada enquanto ouvia um piano ser tocado.

─ Estou dando uma festa - piscou para a garota enquanto começava a mexer seu corpo de maneira desengonçada.

Sui parecia mais uma minhoca sendo eletrocutada, sua agilidade para dança era mínima, por isso, Karin não foi capaz de conter o riso. Ao ouvir o primeiro refrão gritou animada.

Making my way downtown

Walking fast

Faces passed

And I'm home bound

Staring blankly ahead

Just making my way

Aquela era sua música favorita, lembrava-se de passar noites e mais noites dançando com seus amigos. Sempre que Sui e Sasuke iam visita-la na casa dos seus tios, eles passavam a noite toda dançando, comendo e cantando. Sasuke ficava mais tempo comendo do que fazendo as outras coisa mas, ele estava ali e isso já era um grande avanço.

And I need you

And I miss you

And now I wonder

Animados, os dois pulavam e gritavam a plenos pulmões. Seguindo o ritmo do refrão. Após algumas taças de vinho e muita dança, Karin e Suigetsu jaziam exausto no chão. Tentando recuperar o fôlego entre as audíveis gargalhadas. Mais calmos, fizeram silêncio por alguns instantes, ambos absortos em pensamentos.

─ Sui? - virou de frente para o amigo, o fazendo despertar de seus devaneios.

─ Hm.

─ Você acha que o Sasuke está apaixonado por aquele garota? - olhou atenta para não permitir que a reação do rapaz passasse despercebida.

─ Nunca vi o Sasuke apaixonado - pensou um pouco - Eu diria que sim. Ele jamais esteve tão desesperado para estar ao lado de alguém.

─ Hm - suspirou para em seguida levantar bruscamente - Pois muito bem!

─ Karin, o que você está fazendo? - a olhou recolher as taças com um semblante misterioso.

─ Estou fazendo o que já devia ter feito a muito tempo - se preparou para ir em direção a cozinha quando seu braço foi agarrado.

─ O que isso quer dizer? - segurou o braço com força, a fazendo olhar para si.

─ Você vai ver Sui, eu farei o Sasuke comer na minha mão - puxou seu braço e saiu deixando seu amigo confuso.

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O sol pouco a pouco se escondia deixando que a noite engolisse o céu claro, dando lugar as estrelas, que diante daquele campo aberto poderiam ser facilmente deslumbradas.

Ambos se encaravam como se esperassem encontrar qualquer deslize, e assim dar o golpe de misericórdia onde não haveria escapatória. O primeiro soco veio do loiro, ansioso e impaciente. Seu punho foi segurado com firmeza para em seguida ser torcido e levado a suas costas com sagacidade.

─ Se continuar a cometer o mesmo erro, vai sempre obter os mesmos resultados - apertou ainda mais o braço do outro como um alerta - Agora pense, Naruto.

─ Tô cansado, cara - ofegou sentido dor.

─ Eu não me importo - realmente ele não se importava, em seus treinamentos com o tio passou por coisas piores sem o mínimo de compaixão.

─ Cacete Neji, ta doendo - reclamou.

─ É assim que você quer provar ao meu tio que merece minha prima? - arqueou a sobrancelha atento as reações do outro - Hinata deve estar passando por um treinamento muito pior. No clã não existe piedade, principalmente a alguém que se tornará uma líder.

─ Você quer dizer o que com isso? - se antes se preocupava apenas por ela estar longe, agora jurava que teria um enfarte.

─ Naruto, você acha que ela sacrificou tudo que tinha pra ir brincar de casinha? Hinata poderia ter repassado esta responsabilidade a mim, mas...

─ Mas o que? - insistiu em desespero.

─ Ela não é forte, não o necessário. Hinata é gentil e delicada. Não tem o que é preciso para estar a frente de um clã e assim tomar decisões que caberiam somente ela.

Naruto apenas ouviu calado, seu semblante tornou-se sério, distante. Em contrapartida, ele, discordava veemente do que o Hyuuga dizia com tamanha convicção. Através dos seus olhos havia uma mulher linda e decidida. Sua Hinata não comparar-se-ia em um milésimo aquela maldita descrição.

Seus olhos se fecharam, respirou fundo e assim que voltou a abrir as bagas azuis, seu corpo se remexeu em uma tentativa de se soltar, no entanto, Neji o segurou com mais força. Foi então, que, aproveitou da situação para impulsionar seus pés para cima dando um mortal para trás. O Hyuuga o soltou, sendo pego de surpresa, sem ao menos que esperasse o chute veio certeiro em sua coluna.

Naruto posicionou-se com os punhos fechados a frente do próprio corpo e os joelhos flexionados. Neji se levantou sem muito acreditar, havia sido derrubado pela primeira vez desde que ambos começaram o treinamento, a pouco mais de um mês.

Os dois se encararam e com um sorriso meticuloso Neji preparou-se em seu estilo de luta. A troca de golpes iniciou no momento seguinte, chutes, socos, saltos e rasteiras, tudo era feito sem uma sequência constante apenas algo aleatório.

Neji finalmente prendeu um braço ao pescoço e o outro nas costas do Uzumaki, assim o imobilizando. Naruto torceu seu corpo soltando o braço em suas costas, em seguida segurou o braço do Hyuuga preso em seu pescoço e o puxou forçando seu corpo a colidir com o chão. Ainda ofegante, o loiro sentou encima do outro com um dos punhos elevado em direção ao rosto de Neji.

Com um sorriso pequeno nos lábios, Neji rendeu-se. Naruto lhe deu a mão para ajudá-lo a se levantar, permanecendo em silêncio por breves minutos.

─ Você está apto - declarou o Hyuuga curvando-se.

Naruto arregalou os olhos surpreso, engasgando com a própria saliva. Havia escutado direito?

─ OE, ISSO É SERIO?

─ Sim, Naruto. Você está pronto, as competições da liga começaram em duas semanas.

Sem mais se conter, o Uzumaki ergueu Neji no colo e comemorou o sacudindo para todos os lados. Sua felicidade não cabia em seu coração, em duas semanas estaria próximo a sua Hinatinha e ninguém poderia impedi-lo.

─ Se não me soltar imediatamente, eu juro que retiro o que disse - sua paciência se perdeu no momento que o loiro o ignorou e prosseguiu com os gritos hiperativos.

Neji soltou um de seus braços elevando o punho em um soco na clavícula, assim que Naruto o soltou, o mesmo contínuo com uma cotovelada no estômago, um chute na costela e outro nos joelhos, finalizando com uma rasteira.

─ Lhe avisei para não testar minha paciência. - virou as costas deixando um Naruto desmaiado para trás.

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Seu corpo doía quando mexia qualquer músculo, os treinos com Kurenai não estavam sendo fáceis, muito pelo contrario, a cada dia tornava-se mais difícil se quer tocar em sua mestra, tamanha era sua habilidade. Com apenas 1 mês de treinamento aprendeu da pior forma, que, a timidez não mais pertenceria a sua personalidade, assim como Kurenai citou; "A timidez só será útil em seus punhos gentis." Desde então, não ousou mais desviar seus olhos daqueles que a observavam, não curvou sua cabeça escondendo sua face ou menos encolheu-se quando sua presença era solicitada. Foi designada para liderar e assim faria.

Antes mesmo de fechar os olhos, os sonhos ilusórios perambulavam por sua mente, levando-a a Tóquio, onde sua família, amigos e seu grande amor se encontravam. Um sonho puro que enchia seu coração de saudade, ternura e alegria, sentimentos que desapareciam no mar de melancolia que vivia em sua nova casa.

Deixou tudo e mais um pouco, não se arrependia, este era o seu legado. A luta que ela escolheu prosseguir tendo consciência das consequências, do peso que carregaria e dos sacrifícios que faria.

Neji poderia estar em seu lugar agora, ele havia sido treinado e não tinha nada para deixar. Contudo, desde de muito pequena ela sempre esteve ciente de que aquela escolha era pertencente a ela, poderia continuar sua vida feliz ao lado de quem ama e deixar com que seu primo, com quem cresceu como irmãos, tomasse suas responsabilidades. Mas não, ela jamais deixaria que outro sofresse em seu lugar, não, nunca.

Seus sonhos foram invadidos por uma voz que soava como trovoadas, seu nome tornava-se cada vez mais audível, ate que o toque gélido de alguém sacudir seus ombros.

─ Acorda! - Kurenai a soltou afastando-se para cruzar os braços - Levanta e vá se arrumar.

─ Mas... mas que horas são? - bocejou ainda sonolenta.

─ Já passam das três, muito tempo perdido para uma futura líder - revirou os olhos com desdém - Levante-se, as cinco da tarde iniciara um julgamento.

─ O que? Mas eu ainda nã...

─ Você terá de agir de acordo com suas obrigações - sua voz soou ríspida, como uma ordem que em hipótese alguma poderia ser contrariada.

─ Kurenai-Sama...

─ Arrume-se - a porta foi fechada com brutalidade encerrando o dialogo.

Hinata suspirou com pesar, aquele era o momento que temeu dês do dia que chegou. Um julgamento de acordo com as leis samurais e tradicionalistas, era composta apenas por duas determinações; Ser exilado ou destruído. Ambas eram cruéis. Ser exilado levaria com que o acusado fosse expulso do clã, deixando para trás sua família e tudo que conquistou, não podendo levar consigo nada mais que a roupa do corpo e sua espada, também perdendo sua dignidade e identidade perante a nação oriental. Já a destruição, nada mais é que o decreto de morte ao acusado pelo próprio líder do clã.

A constatação de que ela seria a responsável por determinar o destino de uma pessoa, a apavorava. Mas, aquelas eram as leis de seu clã, obedecidas e respeitadas por séculos sem qualquer questionamento.

Após vestir-se, respirou fundo e saiu fechando a porta atrás de si. Do lado de fora, pelo campo se encontrava muitas pessoas, cidadãos pertencentes a ramificação inferior. Era como se a população Hyuuga criasse uma vila dentro de Nova York, talvez fosse exatamente isso.

Kurenai a esperava com uma vestimenta mais formal, ainda sim com o mesmo semblante frio. Enquanto a encaminhava ao salão, o próprio povo abria caminho, observando-a com curiosidade, outros com adoração e alguns ate mesmo com pena. Ao chegaram a grande porta de madeira, a mesma foi aberta por dois samurais. Seu deslumbre foi imediato, o salão era revestido por pedras, comparar-se-ia a época medieval, as janela triangulares chegavam ao teto, que, era tão alto que mal poderia enxergar o dragão perfeitamente desenhado em vermelho e laranja. Haviam cadeiras do lado esquerdo e direito com uma passarela extensa em tapete azul escuro ao meio. Aproximadamente 800 pessoas acomodavam-se ali, e ainda sim, curiosos se amontoavam nas janelas. Hinata perdeu-se olhando para cada detalhe, o salão era exageradamente grande, logo a frente em uma mesa quadrada continha cinco homens e acima de ambos uma cadeira majestosa, digna de uma princesa.

E foi em direção aquela cadeira que Kurenai a levou e obrigou a se sentar. Todos a olhavam curiosos, ansiosos pela primeira aparição da nova líder.

─ Já esperamos demais Yuhi-san, comece de uma vez - o homem que aparentava pouco mais de quarenta anos, e porte rígido se fez ouvir impaciente.

─ Damare! Haiato "cale-se" - Kurenai o cortou - Iniciaremos o julgamento - sua voz ecoou pela quietude dos presentes - Conte-nos o que foi relatado.

─ O Samurai acusado vivia em dupla face - um homem de cabeça branca, baixinho e olhar prepotente levantou-se com um pergaminho nas mãos - Foi investigado e capturado em flagrante exportando informações valiosas a outro clã, em troca de recompensas em ouro e falsas promessas de um cargo reconhecido - assim que terminou de ler virou-se para o povo - Isto é inadmissível, se algo deste porte esta acontecendo a pouco mais de dois meses, significa que o clã esta infestado de inúteis calhordas!

─ De nada adianta a segurança, se os mesmo que a fazem são os próprios traidores. A consciência de cada um é quem deve se assegurar das escolhas que toma, as consequências serão geradas a partir do momento que seus pés o guiarem - as palavras sabias de Kurenai fluíram como rio em águas calmas. Hinata admirou-a encantada.

─ Uma mulher como você não deveria estar onde permanece, isto é uma infâmia! Como confiar em ramificações inferiores algo tão importante? - contrapôs Haiato.

─ DAMARE! os dois! - o silêncio se fez presente mais uma vez - Mesaren, Haiato. Apenas opinem quando forem solicitados - os dois homens a fuzilaram odiosos, contudo, calaram-se - Tragam o acusado.

Samurais adentram escoltando um homem, seu corpo era arrastado sem gentileza alguma, o mesmo estava sujo, com os olhos fundos e sem camisa, fedia muito a ponto de Hinata apertar seus lábios para não vomitar ali mesmo. Todos o olhavam com repugnância, nojo e desdém. De fato, era um criminoso.

Kurenai observava indiferente com sua expressão amedrontadora e olhar gélido. Quando o acusado foi jogado a poucos metros dos pés de Hinata, uma mulher juntamente com uma criança de colo avançou sobre os samurais afastando-os, logo abraçou o homem que ao menos se mexia, mas chorava juntamente a mulher.

─ Hanarete tsuma "Afastem a esposa" - Kurenai ordenou aos samurais e assim fizeram.

A mulher foi arrastada enquanto gritava agarrada a criança, que também chorava sem muito entender. As pessoas olhavam com o mínimo de compaixão e talvez pena, pois de qualquer maneira aquela esposa tornar-se-ia mãe solteira, assim tendo uma vida condenada, seu marido como traidor iniciava um ciclo, onde o clã em massa olharia torto e julgaria mulher e filho ate que tudo fosse esquecido. Eram consequências tenebrosas que afetavam quem quer que estivesse próximo, como um fogo que se alastra e espalha queimando tudo a sua volta.

Hinata sentia seu estômago embrulhar a cada minuto, queria chorar, gritar e acabar de uma vez com tamanha crueldade, mas não só, não tinha coragem, como o medo e a injustiça de não poder fazer nada a consumia. O que lhe adiantava ter o poder e não ser apta para usufruí-lo? Era apenas um enfeite bonito com sentimentos comprimidos e uma voz que se perdera com a timidez. Nada mais, e ela se martirizou por isso.

─ Em unanimidade a sentença será decretada por nossa líder, Hinata Hyuuga - os olhos perolados quase saltaram de orbita. Kurenai aproximou-se ordenando somente para que ela ouvisse que se levanta-se e cumprimentasse o clã.

Assustada, Hinata se levantou, suas pernas bambearam juntamente com a falta de ar que a incomodava. Curvou-se desengonçada, elevando seus olhos a grande quantidade de pessoas que aguardavam por seus dizeres.

─ Kurenai eu...

─ Apenas diga "Decreto ser exilado" e volte a se sentar - sussurrou baixinho, mas foi o suficiente para que a Hyuuga ofegasse em desespero. Seria ela responsável por dar fim a uma vida?

─ E-eu nã-não posso... - balbuciou transtornada.

─ Hyuuga, faça! Esta é a sua obrigação - ordenou entredentes, perdia a paciência facilmente.

Todos começaram a cochichar sobre a demora preenchendo o salão de vozes. Os burburinhos apenas cessaram quando Hinata passou correndo pelo mesmo caminho que veio, adentrou pela multidão que se espremia do lado de fora não se importando com os olhares desgostosos. Apenas parou de correr quando entrou no quarto e trancou a porta com a chave, escorregou ate o chão agarrando ao próprio corpo. As lagrimas grossas deslizavam freneticamente, os soluços vieram a seguir, e como uma criança amedrontada pelo escuro, Hinata chorou sentindo pela primeira vez ódio de suas origens, ódio, de ser uma Hyuuga.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? nos contem tudinho sobre o que estão achando. NaruHina a vista o/ e vejo multidões julgando uma certa ruiva 'o' Fala ai pessoal, estamos mais que ansiosas pela opinião de vocês.
Ahhh! e continuem mandando seus palpites sobre o amigo secreto da Saky, quem será que é???
Ja vi citarem Mikoto, Itachi e Ino.... será mesmo que um deles é responsável por resgatar as memorias da Haruno???
Beijos e ate domingo que vem!

Música de hoje: Let it all go - Birdy e Rhodes



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