Fantasmas do passado escrita por Bookaholic


Capítulo 2
Os fantasmas aparecem


Notas iniciais do capítulo

Quero dedicar esse capítulo para a linda da Percabeth 4ever!!! Te adoro, cara



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Thalia foi até a janela. Sem flocos de neve. Um sorriso tomou conta de seu rosto quando ela saiu correndo para bater na porta do quarto ao lado:

– O que foi, Cara de Pinheiro?

– Nossa! A Enciclópedia chegou de mal humor!- Thalia retrucou com o sorriso ainda no rosto.

– O que foi, Senhorita que interrompeu minha leitura?

– Nevasca acabou. Significa que eu e você vamos até o Tártaro.

– Eu não estou muito...

– Parou. Eu me recuso deixar que você fique trancada nesse quarto pensando em você sabe quem. Porque você sabe que não deveria estar pensando nele e devia estar sendo feliz. Você vai comigo ou eu te puxo pelas orelhas.

– Eu já te falei que te odeio?

– Também te amo, amiga.

A loira bufou e fechou a porta na cara de Thalia, que deu uma grande risada. Annabeth foi até seu armário. Quando Thalia queria alguma coisa, era impossível fazê-la mudar de ideia. Ela pegou uma blusa azul de um ombro só, uma calça jeans e uma sapatilha branca com spikes.

Quando a loira estava prendendo seu cabelo loiros em um rabo de cavalo, o telefone tocou:

– Você atende?- ela gritou para a morena.

– Atendo.- Thalia gritou de volta.

Uma morena com uma blusa dos Rolling Stones, calça jeans e all star vermelho correu até o telefone.

– Alô?

– Thalia?

– Oi, mãe.

– Quanto tempo, querida. Como você está?

– Estou ótima. Como vai a empresa?

– Está indo, como sempre.

Sally e Poseidon, pais adotivos de Thalia, tinham uma empresa de frutos do mar chamada Netuno's e Cia. A morena seria parte da empresa, mas ela se recusou vendo seu futuro em um jornal em Nova York. Não uma empresária que trabalha em uma empresa de frutos do mar. Os pais aceitaram sua decisão, mas a obrigaram a comparecer a todos os eventos.

– Qual é o problema?- Thalia perguntou percebendo a voz temerosa de Sally.

– Eu queria que você me fizesse um favor. Na verdade, está mais para uma ordem.

– Ordem? Do que você está falando?

– Seu irmão. Percy. Ele está voltando para Nova York

– O QUE? - o coração de Thalia começou a bater mais rápido.- ELE RESOLVEU LEMBRAR QUE TEM UMA FAMÍLIA? É ISSO?

– Thalia. Pare de gritar. Me ouça. Seu irmão morava em uma casa alugada em Paris, mas ele perdeu o emprego e não tem mais como manter a casa. Ele está voltando e vai morar com você e com Annie.

– ATA! AGORA TUDO FAZ SENTIDO! ELE NÃO LEMBROU QUE TEM FAMILIA, ELE LEMBROU QUE A FAMILIA DELE TEM DINHEIRO!- a loira que tinha acabado de se arrumar foi em direção a sala conduzida pelos gritos desesperadores da amiga.

– Thalia. Se você não acolher o seu irmão, ele vai morar nas ruas.

– POR QUE VOCÊS NÃO FICAM COM ELE? VOCÊS TEM UMA MANSÃO, COM MILHÕES DE QUARTOS! PORQUE EU QUE TENHO UM APARTAMENTO...

– Thalia. Você mora em uma cobertura de quatro quartos, você só usa dois deles! E a gente não vai acolher ele porque eu preciso que vocês façam as pazes e porque todos os quartos da casa estão ocupados pelos nossos novos sócios vindos da Inglaterra.

– Você não pode fazer isso, mãe. Você lembra do que ele fez.

– Thalia, ele mudou. Ele voltou a ser o Percy que nós tanto amavamos. Você precisa tentar perdoa-lo- Thalia ficou em silêncio então sua mãe continuou- Ele vai chegar pela manhã. E eu não quero desculpas. Eu preciso desligar. Eu te amo.

– Mãe- a morena tentou protestar mas Sally já tinha desligado

Annie chegou mais perto da amiga.

– Thalia? O que...

A morena respirou fundo e escondeu a tristeza e o sofrimento que estavam estampados em seu rosto alguns minutos atras.

–Era só uma mulher da operadora oferencendo sei lá o que.

– Thalia.- Annie viu que alguma coisa de errado estava acontecendo com a amiga.

– O que, Annabeth? Eu só sei que está na hora da diversão!- a morena disse pegando a chave do carro e botando um falso sorriso no rosto.

...

Enquanto isso, no aeroporto de Paris, um certo moreno de olhos verdes estava se despedindo de seu amigo:

– Você realmente vai para Nova York, Percy?- perguntou um moreno de olhos negros.

– Eu não tenho como ficar aqui, Nico. Você tem a galeria, eu não tenho mais nada. Eu vou voltar para Nova York e morar com... a minha irmã.

– Sua irmã? Eu achei que vocês estavam brigados.

– Nós estavámos ou estamos, sei lá.

– Você é realmente um jumento, Jackson.

– Eu também te amo, Nico- Jackson disse o abraçando.

– Eu sempre tive as minhas suspeitas quanto a isso.

– Cala a boca, Di Ângelo.

– Eu vou sentir sua falta.

– Eu também, cara.

– Quem sabe eu te visito. Bianca, minha irmã, está morando lá.

– Tô te esperando

Então, o moreno de olhos verdes entrou em um avião para Nova York. Ele iria ter uma vida nova, afinal era uma pessoa nova. Estava muito diferente da pessoa que havia saído dos Estados Unidos seis anos atrás. O arrependimento dos atos do passado já era uma parte de Jackson.

Seu pai havia lhe falado que podia trabalhar na empresa em um estágio enquanto fizesse faculdade , mas que teria estar presente em todos os eventos: jantares, festas e afins. Além de que, teria que morar com a irmã. Eles iriam se reconciliar, ou pelo menos, era o que Poseidon e Sally desejavam.

Percy não sabia o que o esperava do outro lado do oceano. Ele estava com medo. Medo de sua irmã não aceitá-lo. Medo de seus pais se decepcionarem. Medo da sua vida que estava prestes a mudar.

Enquanto, Jackson lembrava de todos seus erros do passado, sua irmã queria esquece-los. Ela estava cansada dos problemas do irmão e de guardar isso para si mesma. Não, ela não iria falar para ninguém. Para ela, era algo apagado de sua vida, mas , como um fantasma, o acontecimento sempre a assombrara. Ainda mais agora, que Perseu Jackson iria voltar e ela teria que conviver com o ex-irmão. Ela não sabia o que fazer. Deixar o irmão na rua ou acolher o garoto que há seis anos atrás era um completo idiota?

Assim que Annabeth e Thalia entraram no Tártaro, a mais nova boate de Nova York, a morena deixou a amiga sozinha e foi para a pista de dança.

Ela já tinha bebido três drinks e ficado com dois garotos, mas nada adiantava. Percy Jackson ainda estava em seus pensamentos. O garoto ia chegar dali a algumas horas e encontraria uma porta fechada. Iria achar que ela não aceitaria sua presença e ficaria morando nas ruas.

Ela estava enlouquecendo com os pensamentos que o moreno lhe proporcionava. Não podia ficar ali por mais um minuto. Sim, ela ainda possuia um ódio profundo por seu ex-irmão. Sim, ela era um mulher com uma personalidade forte. Mas, não, ela não conseguiria deixar Percy na rua. Mas uma coisa ela tinha certeza. Se Perseu Jackson queria morar com ela, ele moraria. Mas sua vida ia virar um inferno. Ou ela não se chamava Thalia Grace.

...

O celular de Annabeth Chase tremeu em cima da mesa do bar na qual estava.

Uma nova mensagem!!!

Estou indo pra casa, Annie. Preciso resolver algumas coisas que estão me atormentando. Eu estou indo de carro, mas sei que você tem o dinheiro para o táxi. Eu te pago depois!! Me desculpaaaa!!!!

Da sua amiga sem coração,

Thalia Grace

Annabeth bufou e pediu outro drink. A morena que havia implorado para ela vir, primeiro, tinha deixado ela sozinha enquanto ia dançar e se agarrar com dois garotos e depois, foi embora sem dar uma explicação plausível. Ela pegou o celular e mandou uma mensagem para a amiga:

Você sabe que não consigo ficar brava com você, Cara de Pinheiro. Eu vou cobrar o táxi, melhor, vou mandar o motorista dar cinco voltas e depois te cobrar uma fortuna. Te odeio. Já estou voltando para casa.

Da sua amiga com coração e com raiva,

Annabeth Chase

A loira pegou o drink que havia pedido e levantou para ir embora. Então ela chocou-se com outro corpo. E toda a bebida que ela estava segurando caiu em sua blusa.

– Realmente, dia ótimo. Minha amiga me deixa sozinha e depois um idiota derruba essa porcaria na minha blusa. Eu sou realmente sortuda- Annie disse amargamente para o sujeito que estava em sua frente.

– Annabeth? Vejo que você não mudou nada, Chase.

Foi com essa frase que a loira resolveu olhar para o estranho que havia derrubado o seu drink. Olhos azuis inconfundiveis, cabelos loiros como trigo banhado pelo sol e a cicatriz que Annie achava realmente maravilhosa.

O seu amor perdido estava ali, parado na sua frente, e a coisa mais inteligente que a loira conseguiu dizer foi:

– Luke?


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