POV Katherine

Quando acordei essa manhã, não me passou pela minha cabeça que estaria em umas das reuniões secreta do meu pai e pior que estaria me passando pela minha irmã Elena; o nervosismo já tomando conta, minha mãos suando, eu já não sei mais como agir, minha irmã tinha que me meter nessa? Ok, tudo bem que devo muitos favores pra ela, mas aqui já é punição demais. Calma, Katherine, calma.. Ceús!

Estou ao lado do meu paizinho, as exatamente 2hs da madrugada, por que essas reuniões tem que ser tão tarde, não poderia ser mais cedo.. bem que adoro madrugada, mas só quando estou na festa e bebendo todas, aqui com certeza não, principalmente falando de dinheiro e blá blá blá que não entendo muito bem. AAAAAH, MEU DEUS! Estão falando comigo? Sério?

– Bom, minha filha, o que acha? Devemos ou não executa-los? Elena? – Meu pai perguntou.

–Como? EXERCUTAR QUEM? NÃOOOO – Quando escutei essa palavra, meu deu um frio na barriga. Todos me olharam assustados como se não entendesse a minha reação, mas é claro que se assustaram afinal você está se passando pela Elena, sua irmã “O braço direito do seu pai.” Lembrei, e não a Kathy a patricinha estética de sempre, tenho que agir igual ela, mas como? Nunca a vi dessa forma, pra mim ela é minha irmã mandona que me ajuda com a minhas travessuras e mais nada. Não consigo imagina-la dessa forma, como o braço direito do Sr. John Gilbert, o chefão da máfia. Mas ainda tenho que responder, ninguém fala nada. Tenho que me lembrar dos comandos da Elena, de como deve se agir aqui:

Flash Black on

Meu dia até que começou ótimo, fui à faculdade vi os lindos olhos do irresistível Daniel, fui ao shopping, lógico! Até chegar em casa e vê minha irmãzinha maltratando a sua mala Luis Vuitton, me assustei e me preocupei logo de cara.

– Nossa Elena, o que houve? Por que essa transgressão com a pobre da mala? E por que não foi à faculdade? – Conhecendo a expressão que ela fez, já sabia que vinha bomba. – Aconteceu alguma coisa?

– Aconteceu. Ainda bem que você chegou, preciso de um favor seu. – Ela me respondeu com a cara mais sério possível.

– Claro, qualquer coisa. O que houve? qual o favor? – respondi

– Quero que se passe por mim na reunião de hoje. – quando ia argumentar, ela me calou. – eu sei o que vai falar, mas nunca te pediria isso ou algo do gênero se não fosse realmente necessário, e sim, é.. muito! Por favor, irmãzinha, me ajuda.

– Elena, você realmente enlouqueceu, só pode, TÁ LOUCA! – gritei. – como eu vou fazer isso, pode me explicar? Eu não sou você, todos vão saber na hora que não é você, principalmente Sr. John que vai sacar na hora que eu pisar naquele lugar. – Ela não parava de entupir roupas na mala e não me respondia – ELENAAA? – Gritei novamente.

– Ai Katherine, pare de gritar, estou bem do seu lado e não na Ásia. E sobre a sua pequena atuação de drama. – não deixei ela falar.

– Elena, tá de sacanagem? – ela começa a rir

– Tá, desculpe, não me contive. – ela rir novamente. Olhei pra ela com cara feia e ela entendeu e parou com a gargalhada. – Mas te respondendo, é fácil, ninguém vai saber, claro que não, somos idênticas – ela parou de falar, pensou e falou – Não, você tá certa, papai saberia na hora. Mas se ele perceber, não vai falar nada na hora, só vai querer me matar assim que chegar de viagem, mas isso eu me resolvo depois com ele. Bom, Ele vai manter a reunião até o fim. É o que importa.

Ela se virou para a mala novamente e começou a arrumar as coisas. Ficamos assim por um bom tempo, até ela se virar e iria falar alguma coisa, mas eu a interrompi novamente.

­– Por quê? Pra onde vai, e por que o papai não pode saber? Te conheço e sei que é algo sério, o que é? – perguntei.

Ela abriu um sorriso e sabia que eu iria aceitar, mas com algo em troca é claro. Faria isso sem preço algum, mas tenho que aproveitar a oportunidade que me apareceu, principalmente o cartão de credito dela, sem limites.

– Estou indo para a Bulgária e só vou voltar amanhã e sim é algo digamos que irremediável. Tenho que ir e preciso da sua ajuda e não, não irei dizer o que é, você escolheu ficar fora desse mundo, mesmo o que estou lhe pedindo seja um pouco dele. Mas o que irá acontecer hoje naquela reunião não é nada importante. – Ela suspirou e pigarreou – nunca fui de ti pedir nada, mas você fará isso por mim?

A olhei e sorrir, ela me ajuda tanto, como poderia negar a única coisa que ela me pediu? Jamais.. Mas sinto que vai ser a pior coisa do mundo, mas vamos lá.

­– Claro Lena, não negaria esse favor pra você. O que vai fazer na Bulgária é tão importante, ficarei essa noite em casa e te ajudarei com essa reunião maluca. O que tenho que fazer? – ela abriu um sorriso e eu retribui.

­– Vamos ver. – ela me olhou de cima pra baixo e falou – Primeiro, trocar de roupa, colocar algo mais social, passar uma chapinha nesse cabelo, tem que ficar liso mesmo. – olhou novamente e falou – menos maquiagem com certeza, passar o meu perfume o seu é diferente do meu, não acho necessário, mas é bom, não concorda?

­– Concordo, mas maninha.. – era agora, ela tinha que cair nessa – eu to sei dinheiro e o papai cancelou de novo o meu cartão de credito. Que tal me emprestar aquele cartão dourado lindo e melhor ainda, sem limite, até você voltar da Bulgária? O que acha da ideia? – ela apenas deu uma gargalhada, sabia que estou mentindo. Ela sempre sabe.

– Kathy, você não muda mesmo. Claro, pode ficar com ele até eu voltar e faça bom uso do meu “cartão sem limite” gaste o quanto quiser. – sorrir com ela fazendo aspa com os dedos.

– Já te falei que te amo e que és a melhor irmã do mundo hoje? –perguntei. Ela me olhou cética e falou

– hoje não, mas pode começar a falar, preciso me senti confiante hoje mesmo. – ela riu com o próprio comentário, claro que ela não precisava disso, ela sempre é muito confiante.

– Eu te amo mandona. – falei

­– Obrigada maninha, mas ainda tá faltando – ela riu

– Calma, eu vou falar, assim que me der o cartão se limite. – falei rindo e ela também. Pegou sua carteira de dentro da bolsa e tirou o lindo cartão dourado de dentro e me deu. Meus olhos brilharam – agora você é a melhor irmã do mundo.

Depois disso nós rimos e ela foi tomar um banho, assim que ela saiu, olhou pra mim e disse

– Quase ia esquecendo. Você não é apenas a filha do chefe, você também é o braço direito dele e tudo que fora dito ali vão ser passado por você, então, não grite, não opine e não aja como se estivesse na sua primeira reunião. Confiança sempre e o principal, tem ser especialmente indiferente. Entendeu-me, Kathy?

Flash Black off

– Elena, querida, está tudo bem? – Falou meu pai, tocando no meu ombro com um olhar preocupado. Então me recompus, coloquei uma postura de total confiança, me lembrando das palavras da minha irmã. Coloquei minha atuação para trabalhar e falei.

– Não! – Disse firme – Não quero que seja executado. ­– Como se estivesse esperado todos me olharam, não assustado, mas convencido com a verdade das minhas palavras e tiver que dá um sorriso de lado, não foi tão ruim assim afinal.