Inquebrável escrita por Lola


Capítulo 8
Escolhas?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem""



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–Você tem ideia do que fez? - Jared pergunta, enquanto saio do carro. Ele parece muito irritado.

Jogo meus braços para o alto, exasperada.

–Eu sei. -digo, pausadamente. -Mas não posso fazer mais nada.

Ethan sai do carro, cambaleando. Ele pousa o olhar em Jared por alguns instantes e depois em mim, sem ideia do que fazer.

–Ethan, meu nome é Jared. - ele diz, estendendo a mão. -Isso tudo é muito confuso, e sinto muito por você estar envolvido, mas a Lexie aqui -Um olhar penetrante para mim. - é muito irresponsável.

Ethan simplesmente olha para a arma.

Nós entramos dentro da casa, e agarro um moletom na entrada. O visto e ligo os computadores de Jared, me movimentando pela sala. Temos inúmeros programas que monitoram as pesquisas nos bancos de dados nacionais, o que nos faz uma família não muito convencional.

–Quem está procurando por você? -Ethan pergunta.

Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo frouxo e respondo:

–Algumas pessoas muito perigosas.

Ele se senta e pressiona a palma das mãos nos olhos. Quero falar algo, talvez tentar o explicar tudo, mas sei que nada que eu disser irá consertar as coisas.

Jared liga a lareira e começa a jogar folhas e documentos nossos no fogo. Temos que destruir todos os resultados de testes que fizemos em mim por todos esses anos, e sei que Jared deve estar chateado. Isso era sua pesquisa e trabalho. Agora, são só cinzas.

Um alerta aparece na tela do computador.

–Jared, fizeram uma busca pelo meu DNA. Veio da Tailândia. -grito, mostrando desespero na voz.

–Eles te acharam.

Eu respiro com força.

–Merda! - grito, jogando o computador no chão.

–Você precisa ir embora. -Ethan diz. Mas não estou prestando atenção em nada.

Ele me agarra pelos dois braços e repete, olhando direto para meus olhos.

Sim, eu preciso ir embora. Provavelmente devem estar contatando alguma equipe agora no país, perto de mim. Devo ter duas horas, ou menos.

Jared senta em uma cadeira na mesa de jantar. Sinto o cheiro de fumaça da lareira. Olho ao redor e observo a casa, mas não sinto nada. Descobri um jeito de não sentir nada há muito tempo.

–Ethan, você também

–Eu, o que? - Ethan pergunta, estreitando seus olhos azuis.

Jared balança a cabeça, vagamente. Seus óculos pendem na ponta do nariz, e ele parece exausto.

–Eles vão te ver na filmagem do hospital e do teatro. Se você ficar, ou será morto, ou preso.

Ethan olha para mim. Seu rosto tem uma mancha de sangue.

–Preso ou morto? Que diabos...- ele começa, soando confuso.

Eu pego uma mala ao meu alcance e coloco alguns aparelhos dentro dela. Quero ignorar Ethan, mas seria errado. Eu o coloquei nessa, agora tenho que tirar.

–Sim. -digo simplesmente, evitando olhar para ele.

Jared apenas observa.

–Eu não quero isso! - ele grita, avançando um passo em minha direção.

Eu avanço outro para mais perto dele. Eu não tenho medo, quero dizer com esse movimento.

–Nem eu, mas não temos escolhas.

Suas mãos agarram meu braços e eu o empurro para trás. Nós batemos contra a bancada da cozinha, e eu o prendo. Enfio meu dedo no seu peito e pressiono a cada palavra, que praticamente atiro facas.

–Você não está no Kansas, Dorothy. - digo rispidamente, inclinando a cabeça para o lado. - O jogo acabou, agora é hora de encarar a realidade. E a sua realidade é essa: você deu a puta de uma má sorte de me chamar para sair.


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