Lovezone escrita por Evil Maknae


Capítulo 5
Capítulo 5 - Entre piqueniques, adendos e plantações de tomate.


Notas iniciais do capítulo

Yo!

Então, não ficou tão longo, mas é o bastante, eu acho.

Eu queria postar apenas de quarta e domingo, revezando entre capítulos pequenos e grandes. Acho que dá tempo de fazer isso com tranquilidade e inspiração, né?

Esse também é a visão de Katie. É bem mais fácil se eu escrever na visão dela ou de Christie, mas vou tentar.


Boa leitura.



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No dia seguinte eu propus á Rachel, Dianne, Harriet e Christie para sairmos pela tarde, já que não havia nada de interessante acontecendo. Quando digo sair, sair nos limites da escola. No máximo o jardim.

Um piquenique parecia boa ideia, todos concordaram. Estava tudo perfeito até Alexy se convidar para ir junto. Ok, ok, Alexy era um irmão legal, mas às vezes saía dos limites. Eu ia deixa-lo ir até lembrar-me de um método muito utilizado por mamãe para saber o que estávamos tramando: A chantagem.

–Alexy do meu coração – Eu disse, melosa.

–O que você quer, anã?

–Nada... Apenas saber o que você e o Kentin conversaram... Vaaaai, fala...

–Não.

–Vocês estão namorando e querem pedir minha permissão? – Agora tudo fazia sentido.

–Não! Você sabe de quem eu gosto – Ele cochichou, olhando para trás para verificar se Armin-fofoqueiro estava mesmo de fones.

–Ah sim, do cara de cabelo-alface?

–PSIU!

–Desculpa – sussurrei – Você ainda não me respondeu.

–Nem vou responder.

–Isso cheira á Yaoi.

–Seu olfato está bugado.

–Nada a ver.

–Ele é todo seu, não se preocupe.

–O que?

–Vocês vão amanhã as 15, né?

–Ei, eu não deixei.

–Eu te conto mais tarde.

–Sério?

–Não.

Eu acabei me conformando, porque se eu não arranquei de Alexy, vou arrancar de Kentin. Não devia ser tão difícil, vou deixar para depois, se caso Alexy não abrir a boca até o final do dia. Ele sempre cedia.

Eu saí e fui até Christie, para subornarmos a cozinheira á nos dar comida o bastante para o piquenique. Ela nos deu o bastante para convencer a diretora de aumentar o salário dela. Como éramos ‘justas’ acabamos indo falar com a diretora, mas era tipo cutucar a onça com vara curta. Tiramos pedra-papel e tesoura para saber quem ia fazer. Como eu nunca tenho sorte, acabei perdendo.

–Ér, Senhora Diretora... Eu e Christie estávamos pensando... A cozinheira trabalha muito e nos alimenta todo dia... Ela devia ganhar um aumento... Sinceramente, em escolas por todo o país as cozinheiras ganham muito mais – Acho que isso foi uma mentira.

–É, verdade. Ela trabalha tão duro – Continuou Christie.

–... Grigori e Briel, o que ele deu em troca para virem aqui? Dei um aumento pra ele semana passada. E da última vez foram Rachel e Dianne que pediram.

–Hm, desculpe, a senhora disse “ele”? – Christie perguntou.

–Sim, é o que Dennie é.

–Dennie? Ele é um homem? – Perguntei – Mas então...

–ISSO NÃO VEM AO CASO. – Ela gritou. – Não vou dar aumento, boa tentativa... Ou melhor, PÉSSIMA TENTATIVA.

Além de não dar o aumento faz questão de esfregar na cara que foi uma péssima tentativa. Parabéns, diretora, você conseguiu se superar.

Quando saímos da sala eu quase gritei.

–ELA É UM HOMEM?

–ELA NÃO PODE SER UM HOMEM!

–CARA, O QUE VAMOS DIZER PRA ELA?... ELE.

–Hm, dizemos que não foi dessa vez.

–Mas...

–Pelo menos temos a comida.

–É, pelo menos isso.

–Pretende chamar elas quando?

–Agora.

–Tá muito cedo.

–Por isso você nunca chega na hora... É melhor que chegar atrasada. Não pera, eu estou com você Relógio, vamos esperar muito tempo, muito mesmo – eu fui sarcástica.

–Ei, eu dou o meu melhor.

–Hmmm, você dá, é? Aposto que é pra Castiel.

–Sua Dirty Mind.

–Nada a ver.

–Aposto que você tem pôster do Kentin pelo seu quarto inteiro.

–Não dá, eu divido ele com Alexy e Armin, lembra?

–ENTÃO VOCÊ QUERIA...

–Eu não disse isso.

Fomos rindo e discutindo até chegar à porta de Rachel. Bati umas 500 vezes e ninguém atendeu.

–Eu vou arrombar essa parada agora – Eu disse.

–Depois eu sou a violenta bad-girl do grupo.

–Você é.

E bati mais, até me deparar com Rachel esfregando os olhos e de pijamas.

–O que vocês querem? – Ela perguntou ajeitando o cabelo com os dedos.

–Hm, piquenique, ué. Esqueceu? Faltam 10 minutos – Christie sugeriu.

–É hoje?! Eu estava tirando uma soneca.

–É, é sim, Alexy também vai. Nós vamos buscar a Harriet e Dianne e voltamos depois.

–Por que ninguém me avisou?

–Pensávamos que você sabia.

–Argh, já volto. – E ela saiu correndo pra dentro do quarto e fechou a porta.

Quando chegamos até o quarto de Dianne, provavelmente ninguém estava, porque eu bati várias vezes e ninguém atendeu. Me lembrei de seu péssimo habito de deixar uma chave reserva na terra do vaso de uma planta ao lado da porta, em caso de emergência, tipo esquilos invasores de quartos. Eu tive que caçar a chave no meio da terra e abrir a porta com as mãos sujas enquanto entregava a cesta cheia para Christie. Ao entrar no quarto mega-arrumado dela eu vi um bilhete com meu nome escrito, pendurado na cabeceira com fita adesiva. Eu o peguei e li.

“Kate, sua linda, se você conseguiu abrir a porta é porque eu tenho que arranjar um esconderijo novo para a chave, Enfim, estou na biblioteca com Nathaniel, estudando. Não pense coisas erradas. Acho que vou chegar a tempo de encontrar vocês, então nem pensem em vir me procurar, porque estou com um Ninja e ele pode me ensinar truques.”

–ELA TÁ COM O NINJA.

–Quem?

–Nathaniel.

–Fazendo o que com ele?

–Estudando. Tá. Sei.

–Devemos ir atrás dela?

–Não! Deixa eles se pegarem.

Christie riu e fomos em direção ao quarto de Harriet, que por sinal era a única que estava pronta.

–Eu pensei que tinham esquecido.

–Nunca me esqueço de nada.

–Exceto de onde coloca suas coisas. Tipo a escova de dentes, o celular, os fones...

–Não vem ao caso.

Seguimos até o quarto de Rachel de novo, que estava ao lado de fora, com Armin, conversando corada.

–Você acha? – Armin colocou as mãos no bolso – Eu não ando ouvindo músicas boas...

–Acho. Ouve, é These streets, eu amo.

–Hm, ok, ouço mais tarde.

Acho que era sobre música ou sobre macumba.

–Racheeeeel, vamos interromper vocês – Harriet disse.

–... Eu já estava indo.

–Pra onde vocês vão? – Armin perguntou.

–Piquenique no jardim – Harriet respondeu.

–Eu iria se não tivesse o lance da natureza...

–O Alexy vai – Eu disse – Vamos, vai ser legal – Não, eu não enlouqueci, apenas estava atraindo ele para Rachel. Pode me chamar de Bond. Cúpido Bond.

–... Ok, mas só por causa da comida. – E laçou um olhar para Rachel.

E seguimos até uma sombra no jardim. Christie estendeu a toalha e uns minutos depois Alexy, Dianne e... Nathaniel chegaram.

–Oi, gente. Eu convidei Nathaniel...

–Mas se for incomodo... – Nathaniel disse

–Nada a ver, podem se sentar – Eu disse.

Nathaniel corou um pouco e sentou-se ao lado de Dianne, estávamos em uma roda em volta da toalha extensa. Ficamos rindo e comendo até Castiel, Kentin e Lysandre chegarem e se intrometerem.

–Ei, o que estão fazendo? – Castiel se sentou ao lado de Christie, fazendo-a ficar com a expressão nervosa.

–Castiel, não acho que seja educado sentar-se e nos juntar á eles sem pedir permissão – Lysandre se intrometeu.

–O Loiro tá aqui, se ele pode, eu também posso.

–Mas esqueceu de um detalhe – Christie comentou.

–De que detalhe?

–“O loiro” é agradável e educado. – Acho que Castiel recebeu como um soco no olho.

–TURN DOWN FOR WHAT – Armin disse.

–O que disse? – Castiel parecia anestesiado.

–Ficou surdo?

–Você de novo...

–OK, OK, CHEGA, NÉ? – Rachel disse alto, parando com a discussão.

–Rachel tem razão, era só pedir – Eu disse calmamente.

E então Kentin se sentou também, se sentou colado em mim, fazendo Alexy dar uma risada maligna.

–Você é muito certinha.

–Quem convidou vocês mesmo? – Eu disse lançando um olhar feio para Kentin.

–Eu queria saber o mesmo – Lysandre comentou revirando os olhos heterocromáticos.

–Não preciso de convite, eu sei que vocês amam a minha presença. Principalmente essa aqui – Castiel apontou para Christie e se exibiu como se fosse o tomate mais lindo do planeta.

–PRECISAM SIM – Eu disse já irritada.

–Loirinha, não se estresse, tá parecendo a Christie.

–NÃO ME CHAME DE LOIRINHA, CASTIEL.

–Vamos, Castiel e Kentin– Lysandre disse, observando a expressão de todos, de pura raiva.

–Não, isso virou questão de orgulho – Kentin se intrometeu.

–OK, FIQUEM, MAS SAIBAM QUE É PORQUE EU ODEIO DISCUSSÕES. – Eu disse provavelmente vermelha de ódio.

–Viu? Ninguém resiste a nós – Castiel disse.

–Castiel, não começa. – Harriet disse.

–Olha, você sabe falar – E então levou um dedo médio na cara, vindo de Christie.

–...

–SE FOR PRA FICAREM, FIQUEM CALADOS E SEM PIADINHAS – Christie gritou.

–Me obrigue – Castiel desafiou, parecendo se divertir com a situação.

–Castiel, por favor. – Rachel disse, olhando com um olhar muito maligno, fazendo com que Castiel se calasse na hora.
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Ocorreu até que tudo bem, ninguém se irritando, mas não foi do jeito que pensei e que queria. Tipo, algo a sós, para contar o que eu sentia e saber delas o mesmo, até que eu estava gostando, tirando Alexy dando risadinhas quando Kentin se aproximava de mim.

E então eu fui pegar um biscoito de chocolate no pacote dentro da cesta. Quando estava o enfiando na boca ALGUÉM ROUBOU MEU BISCOITO.

–KENTIN, VOCÊ ROUBOU MEU BISCOITO, CARA – Eu disse vendo ele com o doce na mão.

–Não, eu peguei emprestado, mas não vou devolver.

–Devolva.

–Não.

–Kentin, não tire minha educação e não me faça te dar um soco.

Ele riu, me desafiando. Como eu o odeio.

–Você não faria isso.

–Quer tentar a sorte? – Todos pareciam se divertir com a cena.

–Quero – E então ele desviou a atenção um momento, me dando tempo pra pegar da mão dele. – EI!

–Pegue outro. – Ele simplesmente riu e pegou outro da cesta, aquele moleque estava pedindo para levar um tapa.

–Vocês se amam. – Alexy se intrometeu.

–ALEXY, PSIU.

–Mas é verdade.

–Não é nada. – Olhei para Kentin, pensando que ele ia se defender, mas apenas deu um olhar mortal para Alexy.

Uns minutos e silêncio depois eu acabei resolvendo dizer algo, para quebrar o clima vergonhoso.

–Ei gente, eu tenho um adendo!

Todos se entreolharam confusos, como se nunca tivessem ouvido essa palavra na vida.

–Érr, Katie, o que são “adendos” – Kentin se atreveu, fazendo aspas com os dedos.

–Realmente não sabem? – Eu perguntei, todos negaram com a cabeça – Aff, é quando eu quero adicionar algo na conversa. Adendos... Adicionar. Entenderam?

–Caipira... – Castiel comentou.

–Ah, claro. E foi na plantação do meu sítio que eu te colhi, Tomate. – Então todos começaram a rir do nada.

–TURN DOWN FOR WHAT, parte 2 – Armin disse.

–Por que estão rindo? – Eu estava aborrecida pelo adendo não concluído, por causa das risadas e Castiel estava anestesiado de novo.

Ele provavelmente estava ficando louco, mas não tanto quanto Kentin, que sussurrou pra mim:

–Eu falo com você depois – E se levantou, despedindo-se e sumindo para dentro do prédio dos dormitórios.

O que?

Quem ele pensa que é?

Não vai falar comigo.

Eu estou ficando com medo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler.


Até domingo (õ(



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