Ogi Kuro no Jutsu: O Desconhecido da Areia escrita por Harukko


Capítulo 15
Moléculas de Oxigênio


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito mesmo por não postar e não avisar, mas eu estive doente e realmente não pude. Agora estou melhor (ontem já estava, mas faltou luz aqui em casa -_-). Essas são as últimas aventuras dessa temporada... Capítulo 15, o antepenúltimo. ^^ Espero que curtam!



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– Não o suficiente. No entanto, como nós dois somos responsáveis, acho que me sinto mais seguro em arriscar, pois é arriscando que conseguimos.

– Você se sente mais seguro comigo?! Bem, isso eu já sabia, afinal, eu sempre tenho que te proteger mesmo – brincou.

– Mulheres...

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– E homens sempre sendo estranhos. Que negócio foi aquele de Ogi Kuro no Jutsu?

– Eu não sei, veio à minha cabeça. Quando eu penso na gente como uma equipe eu sempre imagino um leque negro, das sombras.

– Você tem uma ótima imaginação.

Cada um comeu o prato trazido pelo garçom e não pediram sobremesa, nenhum dos dois estava a fim de comer mais nada.

– Você não precisa ir embora hoje – falou Temari. – Quero dizer... Essa missão foi meio dura, então se você quiser pode dormir na minha casa e ir embora amanhã.

– É, acho que pode ser assim.

Logo depois, os dois tiraram seus saquinhos de dinheiro.

– Não quer que eu pague pra você? – perguntou Shikamaru. – É o mínimo que eu posso fazer por você me deixar passar uns dias na sua casa.

– Muito gentil da sua parte, cavalheiro – falou Temari sarcástica. – Faça como quiser.

Após ele pagar a conta, os dois saíram do restaurando rumando a casa de Temari, quando viram alguns jounins correndo por cima das casas diretamente para o Centro Administrativo.

– Mas o que está acontecendo?!

Temari correu e Shikamaru seguiu logo de atrás, entraram como uma faísca e quanto mais iam subindo as escadas, escutavam mais nitidamente berros e gritos.

– Como você pode? Como? – berrou alguém dentro da escritório do Kazekage.

Os dois shinobis entraram imediatamente, pois a porta estava escancarada.

Lá dentro encontraram Eikichi sentado em uma cadeira, algemado, e Amay sendo contida por alguns jounins. Baki também estava lá dentro.

– Eu fiz isso para o seu bem! – justificou o culpado.

– Para o meu bem?! Mas o que você tem na cabeça? Seu idiota, como pode mata-lo! Ele nunca te fez mal!

– Fez sim! Ele te tirou de mim e esse foi o maior mal que alguém poderia me fazer. Eu te amo, Amay-chan! Entenda, eu só queria estar ao seu lado, te proteger, passar o resto da minha vida com você. Não queria aquele sujeitinho te iludindo!

– Que papo furado! – gritou Amay tentando livrar-se das mãos dos jounins que a seguravam. – Você acha que eu iria ficar com você pelo resto da minha vida? Claro que não! Nós éramos amigos, as coisas corriam muito bem até você ficar com essa crise de ciúmes. Pois eu digo uma coisa: você e eu nunca tivemos chances! Eu amava o Kouta, eu ainda o amo! Não há nada que você possa fazer para mudar isso, seu assassino! Eu te odeio!

– Tirem-na daqui, agora! – ordenou Baki.

A loira foi arrastada para fora entre o choro e os berros, tentando a todo custo soltar-se, mas não podia competir com a força dos jounins.

– O que ela estava fazendo aqui? – perguntou Temari após escutar a porta fechar atrás de si.

– Eu ordenei que trouxessem o suspeito – ele olhou para Eikichi –, quer dizer, o culpado para cá. Eu não sei como essa garota descobriu, ela simplesmente apareceu escancarando a porta e gritando.

– Nós podemos falar com... – pediu Shikamaru, mas foi interrompido.

– O Conselho deseja que o senhor de apresente imediatamente, é urgente – anunciou um ninja da Anbu entreabrindo a porta.

Ele assentiu e foi imediatamente, sobrando naquela sala apenas Shikamaru, Temari, Eikichi e dois jounins da Areia.

– Como você matou o Kouta? – perguntou Shikamaru. – Você provavelmente o matou perto da cabana, com um jutsu semelhante ao da Temari, em que o inimigo é envolvido em um vendaval e atacado por inúmeras lâminas invisíveis, mas isso não seria o suficiente para matar alguém, principalmente Kouta que era um ótimo ninja, então como você o matou?

Eikichi, que estava cabisbaixo, ergueu o rosto com um sorriso.

– Esse jutsu das lâminas invisíveis é muito bom para imobilizar o oponente, até deixa-lo inconsciente em certos casos, mas você tem razão, não foi assim que o matei. Na verdade, eu usei um jutsu secreto. – O sorriso alargou-se ainda mais.

– Que jutsu secreto? – perguntou Temari.

– Um jutsu cujo poder consegue retirar as moléculas de oxigênio do ar. Isso não me afeta, pois esse jutsu manda oxigênio diretamente aos meus pulmões.

Ele estava sentado com as mãos algemadas na frente do corpo, e no momento seguinte, quando acabara de falar, fez alguns selos de mão.

Kuuki Bunri no Jutsu!

Todos no cômodo grelaram os olhos e abriram a boca, mas não saiu nenhum som. Eles colocaram a mão no peito, no pescoço, mas parecia que estavam sentindo uma forte pressão. Não conseguiam respirar, por mais que tentassem o oxigênio não vinha aos pulmões. Eles entraram em pânico, mas não conseguiam fazer nada, estavam adquirindo uma cor arroxeada e as mãos tremiam como se estivessem tendo uma leve hipotermia. Shikamaru caiu de joelhos no chão, assim como Temari e os outros. Um dos jounins estava desmaiado, o outro ainda agonizava com a falta de ar.

Depois de alguns segundos eles estavam no chão, quase nem conseguiam mais se mexer. Foi aí que Shikamaru desmaiou e Temari adquiriu um pânico maior do que já estava. Ela tentou esticar o braço até ele, mas não alcançou. Com as mãos tremendo, a kunoichi pegou uma kunai que havia caído quando Shikamaru despencou de joelhos no chão. Com todas as forças que ainda lhe restavam, ela arrastou-se até Eikichi, que permanecia sentado na cadeira com um sorriso sínico, gabando-se mentalmente de seus feitos que nem percebeu a aproximação da garota. Ela segurou as mãos algemadas de Eikichi. Foi aí que ele percebeu e espremeu-se na cadeira, mas já era tarde. Com um movimento ela ergueu-se da forma que pode e cravou a kunai no peito de dele, o jutsu foi desfeito imediatamente.

Ela puxou o ar e caiu no chão, estava ofegante e retornando a cor normal.

– Shikamaru! – gritou ao ver o garoto desmaiado no chão.

Ela correu até ele cambaleando e ficou de joelho, sentou sobre as pernas e colocou a cabeça dele em seu colo.

– Shikamaru, acorda! Shikamaru! – gritou ela aflita, enquanto o balançava. – Vamos, acorde! Anda logo, seu preguiçoso, acorda!

Temari o colocou contra o seu peito e falou no ouvido do shinobi:

– Precisamos lutar novamente, lembra?! Você não pode ir agora. – Ela estava tentando não derramar lágrimas, tentando manter-se forte.

Ela deitou, delicadamente, a cabeça dele no chão e fez massagem cardíaca.

– Acorda, p-por favor... – disse começando a soluçar.

Seu rosto ficou molhado por lágrimas, mesmo ela tentando conter-se. Temari tentou fazer massagem cardíaca novamente e nada aconteceu. Ela, então, encheu os pulmões de ar e foi se aproximando de vagar da boca do garoto.


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Notas finais do capítulo

Merece comments?! ^^ Espero que sim. Já estou sentindo saudade mesmo com alguns capítulos por postar :'( huehue Tem fanfics que a gente não quer que acabe nunca. No meu caso, não quero acabar de postar ^---^ Beijãoo



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