You Don't Know Anything About Me escrita por Patience Angel


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oeee *-----* Lá vamos nós com mais uma fic (agora já são 3 hehe) Bom, espero que gostem dessa tanto quanto eu estou gostando de escrevê-la. Não tenho um horário definido para postar. Escrevo sempre que tenho inspiração, mas tentarei postar pelo menos um cap toda semana. (Vou me esforçar ao máximo) Bom, então é isso, espero que gostem. Aceito comentários, críticas (ñ acho ruim ser criticada, ao contrário, acho até bom porque me ajuda a escrever cada vez melhor e a corrigir os erros) ^^ Boa leitura :3
(Avril ali divando pra vocês ^^ Pensem sempre em uma garota bem parecida com ela, okay?)



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Assim que chego na casa dos Carter (infelizmente minha também)passo pelo enorme jardim, totalmente desnecessário, xingando enquanto as malditas plantas espinhentas roçam nas minhas pernas. E uns bons 15 minutos depois (estou falando sério, essa casa parece um museu de tão grande), chego ao escritório do John, o cara que, de acordo com minha certidão de nascimento, é meu pai.

Ele está, novamente, ocupadíssimo com um dos mil celulares que tem. Me jogo na cadeira de couro, colocando os pés em sua mesa e pegando o pote de jujubas açucaradas (que ele sempre deixa ali) para me deliciar um pouquinho. Umas vinte jujubas depois, ele finalmente termina a ligação e nota minha presença ali.

– Bom, Lucy, eu te chamei aqui porque tenho um comunicado para te fazer. –Ele começa, sem olhar para mim.

– O que foi dessa vez, John? A vadia da Lola finalmente te deu um pé na bunda, é? –Digo lambendo os dedos sujos de açúcar.

– Não diga isso da sua mãe, garota. –Ele pega o pote de jujubas da minha mão e o guarda numa das gavetas junto com as revistas pornô. Faço uma cara zangada.

– Ela não é minha mãe. E devolve minhas jujubas. –O olho com meu olhar matador. Ninguém rouba comida de Lucy Carter, nem mesmo Hitler seria tão idiota a ponto de cometer esse crime bárbaro.

– Olha o tom, mocinha. –Me olha, pela primeira vez no dia, com uma cara zangada. – Bom, eu tenho uma notícia para te dar, como estava dizendo anteriormente. Se me deixar continuar...

Cruzo os braços e bufo.

– Ótimo. –Sorri. – Então, como você sabe, eu tive um enorme problema para impedir que o 1° ministro te processasse, assim como aqueles apresentadores de programa queriam fazer.

– Não posso fazer nada se são um bando de idiotas. –Murmuro.

– Calada. –Diz, rápido. – Bom, por essas e outras que você andou aprontando, sua mãe e eu decidimos tomar uma providência que irá te fazer um bem enorme.

– O que? Vão me trancar na jaula? –Digo, me referindo ao meu antigo quarto que fora apelidado assim pelos empregados da casa.

– Não. Vamos fazer algo bem melhor. –Sorri novamente. – Você vai para um internato. Não é uma ótima ideia?

Pulo da cadeira e começo a andar de um lado para o outro da sala.

– O que? Você é louco? Eu não posso ir para um internato! –Grito. – E meus amigos? E minha vida social? –Digo, me lembrando da minha patética vida social onde meus únicos amigos são três patetas que só são bons em fazer disputas de arroto.

– Não tem volta, Lucy. Já pedi à Elisa que enviasse a papelada para o internato. –Diz, se referindo a secretária (e também amante) dele.

– Não! Você é louco, John. Um psicótico que quer me privar das maravilhas do mundo e me trancar num internato! –De repente, uma coisa passa pela minha mente me dando uma chance para fazê-lo mudar de ideia. – Mas e se descobrirem que eu sou a “Lucy Carter” filha de gente famosa? Minha vida vai ser um inferno! E as patricinhas idiotas vão encher meu saco, apesar de eu não ter um!

– Querida, se nem seus colegas de colégio notaram você durante esses dois anos, não vão ser esses garotos de internato que irão. –Valeu mesmo, John. – Mas não tem mais volta. Já mandei Elisa cuidar das suas malas. Você estará partindo em duas horas.

Bufo, irritada. Não tem nada que faça John Carter, um compositor e músico bem famoso na década de 80, voltar a atrás. A não ser se a Elisa se oferecer como almoço para ele e lhe implorar com aquela voz irritante. E é aí que me perguntam: “Mas, Lucy, e a sua mãe? Ela continua com seu pai mesmo assim?”.

Acontece que minha “mãe” é só mais uma atriz pornô que prefere a companhia dos amantes (alguns até da minha idade) do que a companhia da filha e do marido. Pra Lola, não faz diferença se eu e meu pai respiramos ou não. Isso se John for realmente meu pai, porque até hoje eu duvido disso.

Saio de lá furiosa e vou para meu quarto que é desnecessariamente enorme. Parece mais um apartamento do que o quarto de uma adolescente. Reviro os olhos ao ver Elisa puxando uma dúzia de malas de rodinha para fora do quarto. Vou até ela e tiro as alças das malas de suas mãos.

– Aonde você pensa que está levando minhas coisas? –Digo entre dentes.

– Seu pai que me mandou organizar suas coisas. –Ela dá um sorriso falso.

– Ah, você finalmente conseguiu o que queria, não é? Conseguiu convencer meu pai a me mandar pra um internato. Satisfeita? –Ela faz uma cara de desentendida. – Apenas sai do meu quarto.

– Mas, Lucy...

– Eu disse sai do meu quarto! –Grito e a empurro para fora, trancando a porta logo em seguida.

Vou até o banheiro e tomo um banho, vestindo uma calça do exército e uma blusa branca justa logo em seguida. Paro em frente ao espelho e rio.

– Eles podem tentar te derrubar, mas você ainda é uma cópia perfeita da Avril, Lucy. –Digo, rindo, ao meu reflexo.

Sim, muitos dizem que eu me pareço muito com a Avril Lavigne. Principalmente na época Let Go, dos skates e gravatas. E, sim, digamos que eu seja fã dela também. Me deito na cama e me esparramo toda, fechando os olhos e imaginando o Ian Somerhalder tomando banho.

Um tempo depois, ouço gritos e batidas na porta, que me despertam. Parece que nem no meu quarto eu tenho sossego.

– Que foi? –Abro a porta e dou de cara com Jake, o motorista do meu pai. Esse cara parece que fica cada vez mais forte. – Cara, eu avisei para não abusar dos anabolizantes...

– Foi mal, pirralha. –Ele me joga sobre os ombros, fazendo com que eu fique me debatendo e chutando seu peito. Quando ele me coloca no chão, percebo que estou no carro e fico furiosa novamente.

– Jake! Qual é cara? Pensei que estivesse do meu lado! –Protesto, cruzando os braços.

– Não estou do lado de ninguém. –Ele dá de ombros. – E foi o patrão que mandou, Lucy.

Fico emburrada e decido ignorá-lo colocando os fones de ouvido e apertando play em uma música qualquer. Não sei em que momento eu dormi, mas só senti os braços bombados de Jake me puxando para fora do carro e acordei.

Ele pega todas as minhas malas, todas mesmo, com os braços e sai puxando. Quando já está perto da portaria do internato, ele se vira e me encara de maneira séria.

– Você não vem não, pirralha? –Pergunta. Bufo, irritada e o sigo.

Ao passar pelo porteiro careca e acima do peso, atravessamos um gramado enlameado. Ótimo, pelo visto eles amam sujar meus All Stars. Andamos até a secretaria, onde Jake para a fim de pegar algumas informações e o número e as chaves do meu novo quarto.

Tento fugir pela portinha da lavanderia, mas Jake grita para as faxineiras me segurarem, acabando com meu maravilhoso plano que arquitetei em 5 minutos. Depois de um longo tempo, chegamos ao meu quarto, onde Jake me despeja junto com as malas.

– Vê se não apronta muito, pirralha. –Ele diz, sério, e vai embora.

– Hey, quem é você e o que faz no nosso quarto? –Uma garota ruiva de óculos de grau com armação verde, diz séria, sem se levantar da cama onde está deitada.

– Ah, que maravilha, mal cheguei e já tenho que me enturmar... Que saco... –Murmuro, torcendo para que ela não ouça.

– Hey! Garota, você é surda? –Ela pergunta, arqueando as sobrancelhas.

Faço cara de entediada e resolvo me pronunciar do modo mais curto possível.

– Oi, eu sou Lucy Carter e isso é o máximo de informações sobre mim que irá ouvir. –Digo com voz arrastada de tédio. Okay, agora ela pensa que estou bêbada.

– Ah, olá Lucy, eu sou Kimberly, mas você pode me chamar de Kim. –Sorri com dentes tão brancos que chegam a cegar.

– Tanto faz... –Puxo minhas malas e as jogo na cama ao lado da dela.

– Ahn, essa cama já está ocupada... –Ela diz e logo depois aponta para cima, para uma escadaria que há ali. Bufo em resposta e começo a subir a maldita escada.

Em cima, encontro o mesmo que há na parte de baixo, duas camas de solteiro, dois armários e um banheiro. Uma das camas já está ocupada, com uma colcha azul escura morta, então vou até a cama branca que me lembra os hospitais.

Me deito e durmo novamente. Vocês devem estar achando que eu só sirvo para comer e dormir, não é? Pois bem, estão certos. Porque nem pra tirar uma nota azul eu sou boa. Meus amigos idiotas costumam dizer que todo final de bimestre meu boletim “menstrua” de tanta nota vermelha. Retardados...

Sou acordada por três vozes. Duas de garota, sendo que uma é mais fina e doce, e uma grave, de homem.

–... eu sei, eu deveria ter te avisado, maninha. Foi mal. –O homem, diz.

– Gente, momento fraternal aqui não, por favor! –Uma das vozes femininas, que reconheço ser da “Kim”, protesta.

Desço as escadas indo em direção às vozes e todos se calam e se viram para me olhar. Sei como devo estar parecendo. Uma louca com o cabelo todo bagunçado, de blusa justa com meia barriga de fora e com uma calça daquelas do exército.

– Ahn, gente, quem é essa? –Um cara de cabelos pretos e belos olhos azuis, sentado na cama da “Kim”, pergunta, com uma expressão pouco amigável.

– Ah, essa é a... –Kim começa, mas logo a corto.

– Eu sou a Avril Lavigne, não está vendo, otário? –Digo, sarcasticamente. Uma outra garota, também de cabelos pretos (só que de olhos verdes), arregala os olhos numa forma de admiração. O otário olha pra ela e se vê obrigado a dizer:

– Ela está zoando com a nossa cara. –Diz, simplesmente. A garota suspira de decepção, me fazendo revirar os olhos.

– Como eu estava dizendo, essa é a Lucy, pessoal. Nossa nova colega de quarto. –Kimberly diz, impaciente e temendo que fosse cortada novamente.

– Espera, colega de quarto? Mas o Sr. Bones disse que ninguém iria ocupar o lugar da Lily. –O otário diz, para as outras duas, com uma expressão preocupada. Se vira para mim e, tentando soar amigável e convincente, ele diz: - Você não vai querer dividir o quarto com um garoto, não é? Que tal se você pedisse para trocar de quarto e fosse para um cheio de amiguinhas para você?

– Não, estou bem assim. E também já estou acostumada com garotos por perto, então não se preocupe porque não irei te atacar ou te estuprar no meio da noite. –Dou de costas, indo em direção à TV que tinha ali e a ligando. – E pare de falar comigo como se eu fosse uma criança ou um bichinho de estimação que isso é patético.

– Ahn, Thomas, acho melhor não discutir com ela. Lucy acabou de chegar de viagem. –A morena diz, calma.

– É, escute sua irmã, ou seja lá o que ela for, e não discuta com a Lucy, Thomas. –É incrível como eu consigo falar de mim mesma em 3ª pessoa com uma naturalidade...

– Ótimo, teremos que ser babá de uma criança mimada metida à roqueira... –O moreno murmura e sinto meu sangue ferver de raiva.

– Você não sabe nada sobre mim, Thomas. Pior, não está nem perto. Então pare de bancar o adivinho e não fique no meu caminho. –Digo, entre dentes. Estou me esforçando ao máximo para não voar no pescoço dele.

Calma, Lucy, mal chegou e já está arrumando briga. Lembre-se do que o Jake, seu amigão bombado, disse, “vê se não apronta”.

Porra de subconsciente... Eu quero ir embora daqui. Quero voltar para os meus amigos idiotas que nunca pegaram ninguém e que vivem enfurnados no quarto jogando videogame. Maldita hora em que meu pai resolveu se livrar de mim...


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Notas finais do capítulo

E esse foi o 1º cap. Mas, então? Gostaram? Não gostaram? Continuo postando? Excluo? Mande sua opinião que sempre estarei disposta a "ouvir" ^^Links das minhas outras fics (conforme citei nas notas da história):-http://fanfiction.com.br/historia/510332/Prazer_sou_Chloe/-http://fanfiction.com.br/historia/529373/My_Sweet_Revenge/



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