Under blood red moon escrita por lifeisforthealive


Capítulo 8
Soft skin




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– Posso...? – Ele aponta para o seu lado. Julia assente com a cabeça, sem nenhum tipo de emoção ressentida em seu rosto.
Barnabas senta-se ao seu lado, mostrando para Julia algo em suas mãos: Uma garrafa de rum.
– Eu não bebo. – Julia mente, controlando sua vontade.
– Conte-me outra. – Ele abre a garrafa. – Podemos dividir.
– Quem sabe você não tenha colocado veneno ai dentro?
Barnabas solta um riso abafado.
– Já que não confias, deixa-me dar um gole antes da senhorita. - Julia dá de ombros, observando-o virar a garrafa sobre sua boca. Ele a retira, fazendo um rosto amargo. – E então?

Julia agarra a garrafa, virando-a também. Mas não amarga o rosto – já se acostumara com o gosto de álcool.
– O que faz aqui? – Pergunta para Barnabas.
– Não tenho muito sono de noite. E a senhorita?
– Perdi o sono.
Os dois continuaram em um mútuo silêncio, apenas compartilhado a garrafa entre suas mãos.
– Sinto muito por Victoria. – Julia quebra o silêncio. – Elizabeth me contou.

Barnabas não responde, apenas virando a garrafa novamente.
– Sua sepultura está aqui. – Barnabas diz, depois de alguns minutos. – Não suportava deixar seu corpo longe do meu.
“Por isso eu o vi com flores essa tarde.” Pensa Julia.

– Por que deseja a beleza eterna? – Barnabas a questiona, mudando de assunto. – Aponto de fazer o que fez?

Julia dá de ombros.

– Talvez eu queria gostar de mim mesma, um pouco. Faria qualquer coisa para obter essa sensação.

– Até mesmo se transformando em uma espécie de monstro?

– Não sou um monstro. – Julia responde rapidamente, se lembrando do pesadelo que obteve a pouco tempo. – Só seria um monstro se eu quisesse ser um, não preciso necessariamente matar os outros para me manter satisfeita.
– Doutora. – Barnabas a interrompe. – Saiba que isso é natural de nós. Temos caninos para a nossa sobrevivência: temos de cravar nossa boca nos pescoço dos outros, por toda a eternidade. – Julia tenta o ignorar, mas isso se torna impossível. – Coloque isso em sua cabeça que com o tempo não irá se agoniar nem se arrepender por ter matado alguém.
– Estava com isso em mente quando tentou me matar? – Julia o questiona. Barnabas permanece quieto, virando mais um pouco de rum em sua boca.

– Você usou o meu próprio sangue, para beneficiar si própria. Me enganou, enquanto deveria estar me curando.
– Você não tem cura Barnabas. – Julia deixa escapar. – Eu analisei o seu sangue milhares e milhares de vezes, você nunca poderá se tornar humano novamente. – Julia dá uma suspirada. – Eu percebi que você não poderia mudar, mas eu sim. Eu poderia me tornar imortal, assim tudo acabaria bem para mim. Eu tentei lhe ajudar, tentei lhe pedir perdão, tentei te explicar isso, mas você não me ouviu.

– De qualquer forma, conformou como verdadeiro aquilo que era falso. – Barnabas diz. – E eu...
– Você não perdoa. – Julia o interrompe. – Eu sei disso.
– Mas caso queria saber... Não tem de se preocupar com a sua aparência física, Doutora. Como já lhe disse a tempos atrás, você é magnífica. Os traços de seu rosto são simétricos, delicados... Digna de admiração.
O silêncio novamente os domina. Julia se cora e involuntariamente começa a observar o rosto delicado e pálido de Barnabas, que observava atentamente o mar enquanto dizia. Logo vira seu rosto, ele encara-a também.

Julia ainda sentia uma certa raiva em Barnabas e ele também havia um pouco a dela. Nenhum dos dois sabia o que estava ocorrendo entre eles, mas naquele exato momento era algo forte, não controlável, não estimado.
Os dois acabam se aproximando, ousando-se a encostar os lábios um no outro. Logo assim, os dois se afastaram, encarando um os olhos do outro.

Barnabas havia um olhar triste, amargurando.

Julia havia um olhar cansado, assustado.
Novamente, as bocas se encaixaram. Julia ficou por cima de Barnabas, enquanto ele se deitava sobre a areia. A mão de Barnabas agarra a cintura grossa de Julia, enquanto ela mexia os seus dedos ossudos nos cabelos escuros de Barnabas.

Julia se afasta e levanta o pescoço, enquanto Barnabas com seus caninos, dava-lhe mordidas fracas sobre o seu pescoço – aquilo realmente dava prazer para ambos.

Barnabas passou sua mão sobre as costas de Julia, passando-a dentro do vestido. Julia desabotoa a blusa branca de Barnabas, arranhando fortemente o seu peito com suas unhas grandes.
Os dois foram retirando suas peças de roupa. Julia e Barnabas se afastam enquanto observavam os dois nus, soltando um pequeno sorriso entre os seus lábios.

– Quero também lhe mostrar a confidencialidade entre paciente e médico. – Sussurra Barnabas no ouvido de Julia. Estava aparente que ele estava um tanto bêbado – sem contar que sua boca estava com gosto de álcool. Mas aquilo não incomodava Julia. Nem um minuto se quer.
Barnabas acariciava o peito de Julia com as mãos, enquanto lhe dava prazer entre suas duas pernas, oralmente.
Julia sentia-se em outro universo, outro mundo, outro paraíso. Aquela sensação lhe dava mais prazer do que beber cinco litros de sangue. Gemidos saiam de sua garganta, enquanto segurava com força os cabelos de Barnabas.

Instantes depois, ele lhe dá um beijo, penetrando-a.

Sensação de fogo, sensação de queimação.
Estavam em serafim. Aqueles que ardem em fogo, queimação sobre as veias.
“Estou viva, estou bem mais que viva.” Pensou Julia.


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