Under blood red moon escrita por lifeisforthealive


Capítulo 10
Pain in my heart


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou bem bosta e bem resumido, mas a gente supera.



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Após chegarem dentro da casa, Julia correu sobre as escadas sem nem trocar uma palavra com Barnabas. Entrou sem pedir permissão no escritório de Elizabeth, que levou um certo susto pelo aparecimento repentino. Julia se dirigiu em direção das garrafas quem continham álcool no líquido.
– Julia?- Elizabeth pergunta, retirando seus óculos de seu rosto. – O que houve? E que machucado é esse em seu ombro?
– Eu o odeio. – Julia responde ignorando as perguntas de Elizabeth, virando uma das garrafas que agarrou por impulso. – Odeio Barnabas Collins.
– Não vai me dizer que brigaram novamente? – Elizabeth revira os olhos. – Já lhe disse que tinha de esquecer esse assunto, o que ficou no passado está no passado e...
– Não, foi algo pior. – Interrompe Julia, caminhando para frente e para trás sem parar. – Nós...
Elizabeth levanta uma de suas sobrancelhas, já compreendendo o que havia acontecido.
– Isso não é ruim. – Responde, dando de ombros. – Prefiro vocês se agarrando desta forma do que de outra.
– Não é esta a questão. – Ela responde, enfurecida. – Ele primeiramente me abandonou, e depois me recusou. Me humilhou, dizendo que não queria ter mais nada comigo, que eu fui algo “passageiro”. – Julia termina de virar as últimas gotas de álcool em sua boca da garrafa, já agarrando-se em outra.
– Vai com calma. – Elizabeth diz, enquanto organizava as papeladas de sua mesa. – Mas Julia, relaxe. Não pode fazer com que Barnabas a ame.
– Eu... não quero o seu amor. Eu apenas... Queria me satisfazer. – Ao falar essas palavras, o coração de Julia voltou a incomodar, um pouco mais forte. Mas não deixou que aquilo a afetasse. – Barnabas não é nada para mim.
Elizabeth se levanta de sua cadeira, permanecendo cara-a-cara com Julia, fazendo carinho em seus cabelos ruivos.
– Julia... – Ela começa. – Eu lhe conheço faz questão de anos. Desde quando Barnabas entrou em nossa casa, eu reparei no quanto você havia mudado. Não tem problema ter uma certa afeição por ele, amor é uma coisa repentina. Eu mesma tenho inúmeras experiências com isto, pois olhe para mim. Sou uma mãe solteira que foi abandonada pelo marido.
– Eu não o amo. – Julia se afasta, retirando as mãos de Elizabeth de perto. – Eu confiava que com os meus desabafos, você iria me compreender. – Julia bate a garrafa com força na mesa, se retirando da sala de Elizabeth, com mais fúria ainda.
Enquanto Julia caminhava-se em direção ao seu quarto, muitos pensamentos passavam-se em sua cabeça.
“Como Elizabeth ousa-se pensar em que estou apaixonada por Barnabas?
Eu nunca gostaria de alguém que tentou me matar e me jogou no meio de um profundo oceano só por castigo. Nunca gostaria de alguém que guarda tanto rancor quanto eu mesma, nunca gostaria de alguém que vive no passado, pensando nas suas mulheres mortas.
Eu nunca amaria alguém como Barnabas.”
Nesse exato momento, seu elemento motor central de circulação de sangue começa a pesar, e a dor se torna muito mais forte. Julia geme de dor, agarrando sua mão contra o peito. Ela cai no chão, enquanto sente tudo ao seu redor girar.
Até que por fim, tudo tornou-se um grande apagão.
Tudo estava escuro.



Julia abre os olhos, todos da casa estavam em sua volta. Elizabeth, Carolyn, David, Willie e até mesmo Barnabas.
– O... O que aconteceu? – Julia pergunta, com ajuda dos outros para poder se sentar.
– Você estava andando quando de repente caiu. – David diz inocentemente. – Eu tentei te acordar mas você não acordava.
– Qual a última coisa que você se lembra? – Pergunta Elizabeth.
– Eu não sei, eu... – Julia tenta se recordar, mas só consegue se lembrar da dor que sentia em seu peito. – Lembro-me de ter obtido uma sensação de sofrimento, decorrida a alguma lesão.
– Talvez seja sede de sangue. – Barnabas diz. – Não se alimentou de nada o dia inteiro.
– Já fiquei questão de semanas sem me alimentar perdida no mar e isso não me ocorreu. Creio que sua hipótese esteja errada. – Julia responde, grosseiramente.
– Novamente isto? – Questiona Barnabas.
– Chega, os dois. Julia necessita de um descanso. – Elizabeth interrompe os dois. – Barnabas, por favor, me ajude a levar Julia para o quarto.
– Eu me viro. – Se manifestou Julia. – Não preciso de ninguém sendo o meu herói. – Julia com dificuldade consegue se levantar e com apoio de Willie, caminha para o seu quarto. David e Carolyn dão de ombros, e voltam para seus quartos.

– O que ocorre, Barnabas? – Questiona Elizabeth.
– Eu não a entendo, Elizabeth. – Barnabas responde. – Uma hora ela me deseja, na outra ela me despreza totalmente.
– Talvez isso também aconteça com ela, não?
– Do que estais falando?
– Estou dizendo que ela também não lhe entende. Por que a leva para os lençóis em uma noite e na outra a evita?
– Ela lhe contou? – Pergunta Barnabas, abismado.
– Julia é a minha melhor companheira a anos. Era óbvio que ela iria me contar.
Barnabas permanece em silêncio, dando de ombros.
– Eu não estava fora de mim naquela noite. – Confessa. – Toda aquela tristeza sobre... – Barnabas engole seco. – Sobre Vick veio a tona, me fazendo com que eu bebesse mais do que aguentava. Julia e eu já quase tivemos esse tipo de relação, logo depois da nossa festa na mansão, e eu pensei... Que naquela noite, ela poderia me fazer bem.
– Não gosta dela, gosta? – Questiona Elizabeth.
Barnabas não responde, permanece quieto e então, sai de perto de Elizabeth, sem obter uma resposta.
Enquanto caminhava sobre a casa, questionava-se sobre Julia. Ela era uma mulher bonita, elegante, vaidosa e até mesmo um tanto interesseira - isso ele sabia. - Mas havia um coração puro. Sempre demonstrou isso.
Barnabas se recorda de suas confidencialidades entre médico e paciente com ela, deixando um sorriso brotar sobre o seu rosto. Sendo sincero consigo mesmo, Barnabas sentia uma certa atração por Julia, e ela nua sobre o seu corpo lhe deixava louco. Mas não sentia verdadeiros sentimentos por Julia, não como sentiu por Victoria ou Josette, ele não queria a magoar. Não novamente.


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