Under blood red moon escrita por lifeisforthealive


Capítulo 11
Cursed




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Julia não sabia o que estava lhe ocorrendo. Não conseguia pregar no sono, pois vozes entravam dentro de sua cabeça, não conseguia entender o que lhe falavam em mente, mas a voz era familiar. Já havia escutado antes, e aquilo a incomodava severamente. Sem contar que a dor de seu peito ainda era permanente.
Não havia ideia do que estava acontecendo, e tudo aquilo a incomodava. Ela mesma era uma médica formada, e não sabia o que poderia ser. Afinal, ela é uma vampira agora, nada mais deveria lhe afetar.

“Preciso me animar.” Julia pensa, consigo mesma. “Não posso ficar todos os dias da minha eternidade em uma cama, ou triste por motivos inúteis.”
Alguém bate na porta, fazendo com que o som oco da madeira incomodasse até mesmo a cabeça de Julia.
– Quem é? – Ela grita. – Não quero falar com ninguém.
– Sou... eu. – Barnabas diz.
– Vá embora. – Ela responde grosseiramente, revirando os olhos.
– Eu lhe trouxe algo... Não irei demorar. – Barnabas implora.
Julia fica ressentida, deixando-o entrar. Barnabas abre delicadamente a porta, agarrando em sua mão um copo de vidro, que havia dentro uma certa quantidade de sangue.
– Passei pela estrada, novamente. – Responde Barnabas. Julia agarra o copo e o toma sem pensar duas vezes, tendo uma satisfação enorme descendo sobre a garganta.
Barnabas senta-se na cama de Julia, ao seu lado. Os dois permaneceram quietos.
– Lhe agradeço pela bebida, mas pode ir. – Diz Julia. – Eu estou de ressaca. – Mente para ele.
– Eu... só queria lhe dizer uma coisa. – Responde Barnabas.
– Você já está aqui, diga de uma vez. - Julia dá de ombros.
– Pensei muito sobre nós, e queria lhe explicar melhor o por que de não querer nada. - Barnabas suspira, deixando com que Julia intrigasse seu olhar nele.
– Ainda sou apaixonado por Victoria e por Josette, não conseguiria amar outra a não ser elas. Mesmo estando mortas.
– Olha, Barnabas... – Julia diz, mas ele a interrompe.
– Eu fui um tolo em certas maneiras com você. Principalmente com a nossa primeira relação, eu estava embriagado e a usei para me satisfazer. Mas minha intenção não era ter algo sério, e eu não queria lhe iludir.
– Eu não quero nada. – Ela o interrompe. – Eu não quero o seu amor.
– Não? – Barnabas diz, surpreso.
– Não, você não me deixou falar. Eu apenas gostaria de me satisfazer, como você também gostaria, não vejo problema na gente continuar tendo esse tipo de relação, apenas por prazer para ambos. Nada sério, apenas diversão.
– Oh... Bom... – Barnabas dá um suspiro. – Se for desse jeito eu... Eu aceitaria.
– Barnabas deixa escapar um sorriso, enquanto Julia retribui, deixando seus caninos á mostra. Aquilo havia animado Julia, pois aquilo sim era o que ela realmente queria – sexo. Sabia que aquilo poderia melhorar seu estado, e principalmente que agora os dois estavam sóbrios, poderiam aproveitar. – Nós... já tivemos uma cena parecida com esta.
– Ah é? – Pergunta Julia.
– Na festa. Você permanecia na sua cama e eu sentado, como estou aqui... Falávamos deste tipo de relação, mas você estava totalmente embriagada. Apenas esta diferença.
– E hoje eu não estou... – Continua Julia, se aproximando.
– Tem razão. – Ele responde, enquanto seu rosto pálido torna-se corado. – Bom eu... Eu acho que é melhor deixar você descansar. – Barnabas se levanta, se dirigindo em direção a porta.
– Não. – Julia diz, dando um salto da cama e agarrando as mãos nos ombros de Barnabas. – Estou com vontade agora, e sei que você também está.
Barnabas se assusta com o jeito direto e rápido de Julia, mas aquilo o deixava excitado também.
– Mas... A doutora não estava mal? Posso lhe trazer outro sangue...
– Eu sou a médica aqui. – Ela responde. – Sei quando estou bem ou não, e estou com sede de outra coisa. – Julia empurra Barnabas para sua cama, ficando-o de barriga para cima. Julia desabotoa botão por botão de sua camiseta, enquanto se permaneceu com suas pernas abertas em seu corpo. A agitação de Julia foi um tanto bipolar, um tanto estranha, um tanto rápida, mas era agora que ela queria.
Julia se aproxima e dá beijos no pescoço de Barnabas, enquanto ele tira cuidadosamente o seu sutiã preto.
Barnabas tasca um beijo nos lábios carnudos de Julia, enquanto ela arrancava as calças dele.
– Quanta animação. – Ele diz.
– Estou precisando disso, você também. Afinal é tudo uma diversão. – Julia diz, sussurrando em seus ouvidos.
– Creio ser justo. – Barnabas responde, enquanto ele a empurra para o lado da cama deixando-a deitada, então ele fica por cima dela, de quatro. Barnabas começa a penetrar em Julia, enquanto ela é baixos gemidos de prazer – para que ninguém da casa ouça.
Tudo estava mil maravilhas, igual estava na praia. Aquilo não poderia ser nomeado como “fazer amor”, pois nenhum dos dois estava disposto a dar amor, e sim apenas dar prazer.

Mas será?
O peito de Julia voltou a doer com força total, enquanto ela começou a gemer de dor.
– Julia? – Barnabas diz. – A senhorita está bem? Estou machucando-a?
Julia não responde, ela apenas agarra suas mãos sobre o peito, enquanto começa a gritar cada vez mais alto.
– Julia! – Barnabas se levanta, sacudindo seus ombros. – Por Mephistopheles!

“Entregaste o coração apaixonado e impulsivamente com insensatez. “ – Julia consegue ouvir as palavras dentro de sua mente. – “ A escuridão e imensa dor tomarão conta de todo o seu corpo, até que se dê um fim por ter cometido o delito de amar Barnabas Collins. Estás amaldiçoada.”

A dor para por questão de minutos. Julia abre os seus olhos cobertos de lágrimas, enquanto Barnabas permanecia em cima dela, apreensivo.
– O que se sucede? – Ele diz, pasmo.
Julia não consegue responder, enquanto ofegava fortemente, ainda com a mão agarrada sobre o peito.
“Estou amaldiçoada.” Julia pensava consigo mesma. “Estou amaldiçoada por amar Barnabas Collins.”


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