Comecei a despertar aos poucos com o barulho que estava sendo feito na porta, abri os olhos lentamente e com um pouco de dificuldade, uma enfermeira entrava para trocar o soro e colocar outro, olhei para o lado e Santana dormia calmamente, segurava minha mão enquanto ficava em uma posição desconfortável para dormi, senti um pouco de tontura e então chamei a enfermeira.

–Ei desculpa te atrapalhar mais é normal sentir tontura?

–É sim, essa medicação é bem forte e acaba causando esse desconforto, estou indo buscar o café da manha para senhorita e sua acompanhante, com licença.

–Obrigada, tudo bem!- me arrumei na cama com cuidado o que no caso não ajudou muito.- Me desculpa não queria te acordar.

–Tudo bem, eu já estava acordada.- Santana sorriu sem graça.

–Percebi mesmo.- sorri de volta.- Bom dia amor.- me aproximei lhe dando um selinho.

–Bom dia minha princesa, esta se sentindo melhor?

–Estou sim, podemos dizer que passar a noite e todo o tempo que você me faz muito bem.

–Bom saber disso! Quer que eu busque o café?

–Ah enfermeira já deve estar trazendo, deita um pouco comigo?

–Claro amor, pensei que não iria pedir.- Santana alinho seu corpo junto ao meu me abraçando carinhosamente, encostei minha cabeça em seu peito e fiquei ouvindo seu coração.

Uma batida na porta e logo foi aberta, uma enfermeira andava com dificuldade para segurar a bandeja com o café, Santana caminhou pra junto dela e ajudou com todo cuidado.

–O medico mandou a senhorita comer isso que esta na folhinha, senhorita Lopez fique de olho nela.

–Pode deixar, e obrigada.

–Mais tarde eu volto para trocar o soro e depois o medico vem vê-la.- ao dizer aquilo fechou a porta e saiu.

–Bom hora de alimentar meu bebe.- Santana ria sem parar.

–Não sou um bebe, mais sua eu sou.- cruzei os braços tentando parecer seria.

–A é mesmo? Vamos comer o papa então?

–Santana Lopez, pare de fazer graça.

–Eu não resisto.- ela se aproximou depositando um beijo em minha testa.

Ficamos um bom tempo ali, Santana estava cuidando super bem de mim, fez com que eu comece tudo o que o medico havia pedido, deixou um café da manha mais gostoso, pois ela me mimava e sempre que tinha oportunidade me beijava, então se sentou ao meu lado e ficamos conversando depois que havíamos acabado.

–Amor?

–Sim!- seu olhar me analisava.

–Nada não.- dei um sorriso sapeca.

Santana se virou deitando por cima de mim com todo o cuidado necessário, suas mão percorreram meu corpo e logo subiu a camisola que eu usava, começo beijar minha coxa.

–Amor?- disse segurando um gemido.

–Sim!

–Estamos em um hospital!- sussurrei o que era obvio.

–Sim!- seus lábios tocavam minha pele com carinho, seus beijos foram subindo ate chegar no meu pescoço.

–Só sabe dizer sim?- encarei seus lábios.

–Sim!- senti seus lábios em minha bochecha.

–Lopez pode parar de graça.

–Sim.- pude ouvir uma risada abafada.- Me desculpa.- ela voltou a rir.

–Pode me beijar?

–Isso foi um pedido?

–Na verdade foi uma ordem.- me aproximei mais.

–Então devo cumpri-la?

–Sim!- passei minha língua em seus lábios e logo puxei ela para um beijo.

Beijar Santana sem duvidas era uma das melhores coisas, seus lábios me atraiam mais e mais, e aquela vontade de senti-los sempre aumentava, sua respiração se envolvia na minha e intensificava mais o beijo, sua mão desceu um rapidamente logo pressionando meu sexo.

–Santana- gemi em seguida rindo.- Pare de abusar de mim.- depositei um selinho em seus lábios.

–Ta bom, ta bom eu já parei.- Santana se sentou na cadeira e ficou emburrada.

–Amor?- abri um sorriso.

–Já entendi Berry estamos no hospital!- soltou um suspiro me encarando.

–Não é isso sua boba, na verdade queria te pedir uma coisa.- abaixei a cabeça envergonhada.

–O que amor?

–Pode me ensinar dançar? Sei que o baile está chegando e bom eu sou um pouco desastrada sabe...- pude notar um brilho em seus olhos.

–Esta com sorte pequena, vem?- Santana estendeu sua mão me ajudando a levantar.

–Bom o que eu devo fazer?

–Me deixa te guiar e confie em mim.

–Confio e muito.- sorri.

Santana aproximou mais meu corpo do seu, depositou uma mão em minha cintura e com a outra segurava minha mão, em um impulso meu corpo se encaixou no dela, sua respiração no meu pescoço me fez arrepiar e então em um sussurro ela disse.

–Amo sentir seu corpo no meu, relaxe e me deixe te guiar!

–O meu corpo é seu, boa sorte Lopez!

Santana me guiava da forma mais encantadora, seus movimentos eram calmos e precisos, cuidadosos e atenciosos, ela me solto um pouco e então me rodo e logo eu estava em seus braços novamente, é incrível a forma que meu corpo reage perto do dela, essa necessidade de aproveitar cada segundo.

–Você é tão linda.- senti seus lábios tocarem lentamente meu pescoço, e então aquele frio na barriga e a sensação de borboletas no estomago me invadiu, uma dose de adrenalina percorreu meu corpo.

–E você é tão perfeita e eu te amo tanto, como nunca amei alguém!

–Eu te amo da mesma forma e na mesma intensidade.- sua mão segurou meu queixo fazendo encarar seus olhos, aquele brilho era tão intenso, me perdia naqueles olhos negros, parecia que um túnel me guiava em sua direção me prendendo em si, meu coração se acelero, mordi meus lábios e respirei fundo, passei minha mão em volta do seu pescoço enquanto seu corpo se juntava mais ao meu, fechei meus olhos e deixei que aquela emoções me tomassem conta, seus lábios tocaram nos meus delicadamente, um beijo calmo, sua mão acariciava meus cabelos e em um movimento Santana me puxou mais para si, e ali estava eu me entregando para um amor cheio de paixão, era difícil voltar a realidade mais então faltava ar, nos separamos ambas com sorriso no rosto.

–Senti o mesmo que eu?- Santana encosta sua testa na minha e sorriu.

–Sim todas as vezes, com essa mesma intensidade.- sorri.

–Garotas posso conversar com vocês sobre o resultado do exame?

–Pode sim doutor.- Santana segurou minha mão.

–Como sabem eu fiz vários exames e bom...- ele deu uma pausa.- Esta tudo bem com a senhorita Berry, mais precisamos ficar de olho na mocinha e para isso conversei com uma nutricionista que vai acompanhar você e fazer um tratamento, precisa se alimentar bem.

–Que alivio.- soltei um suspiro.

–Muito alivio!- Santana me observava e logo volto a atenção para o doutor.- E quando ela recebe alta?

–Bom pelo que pude notar as medicações fizeram um grande efeito, teve uma boa recuperação e esta reagindo bem, eu vou acompanha-la e vou te dar uma medicação que é preciso ser tomada nos horários certo, esse remédio é bem forte o que vai gerar cansaço e sono, mais se o tratamento for realizado adequadamente não terá mais problemas. Alta você recebera amanha senhorita, mais por enquanto repouso e descanso.

–Pode deixar doutor.

–Melhor se deitar, daqui a pouco o remédio vai ter efeito e vai ter um pouco de tontura, preciso ir porque tenho outros pacientes para atender.- ele se afastou indo em direção a porta.

–Não disse que iria ficar tudo bem?- Santana me abraçou.

–E eu não disse que confio em você.- apertei mais seu corpo contra o meu sentindo seu cheiro.