De repente é amor... escrita por Julia Cândido


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Vocês viram que eu mudei a capa?? kk pois é lembrei disso só agora!
Gostaria de agradecer pelos comentários, me desculpar pela demora e ai esta mais um capítulo, espero que gostem!
Boa leitura meus anjos!



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Rachel

Levantei em silencio, olhei para o relógio que marcava 06:00 horas, observei ao seu lado fotos minha e da linda garota com traços latinos, suspirei sentindo um aperto no coração e um nó na garganta, caminhei ate o banheiro para me arrumar, entrei de baixo do chuveiro e permiti que a água deslizasse pelo meu corpo, segurei o choro, precisava me manter forte, só que havia um grande problema, não sabia ate que ponto iria ter forças para aguentar, sentir tudo isso, medo, desespero, angustia e a dor de ter a perdido, de ter deixado ela partir. Terminei de me arrumar e desci as escadas saindo de casa o mais rápido que podia, minha cabeça latejava, meu corpo exclamava por um abraço, meu sorriso se perdeu no momento em que a vi parti, ela levou a melhor parte de mim, a metade pela qual sempre iria necessitar. Caminhava sem me tocar para onde ia, meus pensamentos eram dominados por apenas uma pessoa, corri os olhos pela pracinha que tinha ali, e ao me distrair me esbarrei em uma senhora que se desequilibrou e quase caiu, mas a segurei antes que isso acontecesse.

–A senhora esta bem? Me desculpa, eu estava com a cabeça longe e...

–Tudo bem minha jovem, poderia pegar aquela carta minha que caiu?

–Claro, aqui esta! Realmente me desculpa!

–Isso acontece minha querida, sabe o que realmente deveria continuar acontecendo hoje em dia?

–Não, o que?

–Cartas de amor!

–Cartas de amor?

–Sim, uma das melhores formas de se expressar, mostrar o que se sente, as palavras passam a demostrar e a envolver emoções, tantos sentimentos para poucas palavras! Sabe eu tinha um grande amor, nós nos separamos porque não podíamos ficar juntos ate que eu me decidisse , ele mandava as melhores e mais bem escritas cartas de amor, nunca vi um homem se expressar e descrever tão bem o que sentia como ele fazia, a como eu o amo!

–Eu preciso ir senhora, tenho aula agora, foi muito bom ouvir sua história de amor... - segurei o choro.

–Minha querida, se for um amor verdadeiro não desista!- ela virou as costas e continuou. -"Uma vez me falaram que amar é como se jogar de um precipício sem saber se lá em baixo vai ter alguém para segurar a gente. Foi a melhor definição de amor que já ouvi."

–Uma ótima definição de amor!

–Sim muito boa, boa aula garota.

–Tenha um bom dia!- a cada passo que dava era mais difícil de segurar o choro, entrei na escola e apertei os passos passando por todos os membros do club Glee, caminhei para o auditório ficando sozinha lá, não queria assistir nem uma aula e sem duvidas ai era o melhor lugar para ficar sozinha em silencio. Me sentei ao palco abraçando os joelhos bem forte, e me mantive quieta segurando o choro.

Santana

Aqui estou eu no hospital orando para a recuperação da minha mãe, os médicos disseram que ate amanha ela já estará acordada o que me despreocupo bastante, ela estava toda roxa, realmente aquele mostro havia pegado ela de jeito, me levantei suspirando, peguei meu celular xecado as mensagens não havia nem uma dela, aquilo me doeu, mas eu a entendo, estava tudo bem e do nada estamos separadas, ela me surpreendeu tanto ontem, se fez de forte para cuidar de mim, espero que ela me perdoe. Caminhei para fora do quarto, era hora de encarar aquele monstro, peguei minhas malas e fui pra casa, caminhei ate a porta dando um ultimo suspiro abrindo a lentamente, corri os olhos pela sala e nada dele, ate ouvir aquela voz.

–Aqui estou eu, me procurava filhinha?

–Porque a machucou? Porque você estraga minha vida e da mamãe?

–Calada! - senti um soco na boca.

–Vá para seu quarto e desça para limpar a casa.

–Você vai se arrepender por tudo o que esta fazendo seu idiota.

–Agora já sei porque odeio sua vó, você são bem parecidas!

–Não suje o nome dela com suas palavras.

–Quer calar a boca!!- ele gritou.- Vaza daqui menina, e vai fazer o que eu mandei.

Subi as escadas indo direto pro meu quarto, tranquei a porta e me sentei no chão pegando meu celular e vendo a foto daquela baixinha do sorriso lindo, e dos olhos castanhos grandes que tanto me encanta, me perdi em meio de tantas lagrimas.

Rachel

Fiquei sentada o tempo todo no palco pensando, realmente estava mal e não sei quanto tempo posso segurar para não chorar, minhas crises de choro são intensas, raras, mas quando acontece eu simplesmente desabo.

–Pequena?! -Kurt caminhou ate minha direção, Dany fez o mesmo se aproximando.

–Você sumiu, o que ouve?- Dany disse preocupada.

–Precisava pensar só isso, estou bem.- me levantei suspirando e fiquei encarado o chão

–Olha pra gente e diz que ta tudo bem! - Dany me encaro, eles sabiam que eu não estava bem, não iria aguentar mais.

–Onde esta Santana? - Kurt perguntou e pude notar Dany belisca-lo, o que fez dele mais confuso.-Ok sem perguntas.

–Eu já vou embora, não estou me sentindo muito bem hoje. - peguei minha bolsa e comecei a contar os paços ate a porta, ate ouvir Dany gritar.

–Até quando vai se fingir de forte??? Você não é de pedra Rachel, olha eu e Kurt estamos aqui para cuidar de você, por favor, você vai precisar de ajuda e....

–Para Dany, chega, eu já disse que estou bem. - observei Kurt pegar o celular e ler a mensagem rapidamente e fazendo Dany ler também.

–Você esta assim porque ela foi embora? - Kurt falou bem baixinho. -Calma vai ficar tudo bem, eu e a Dany estamos aqui.

–Só queria que ela estivesse aqui. - desabafei e senti o nó na garganta. -Não quero chorar, eu não sei o que fazer...Tchau.

Sai correndo para fora do auditório, queria ir embora o mais rápido dali, passei por todos no corredor e escutei Finn me gritar mais continuei meu caminho, as portas estavam fechadas pois estava um temporal la fora, abri a porta e senti o gelo da água que caia sem parar o que me atrapalhava enxergar, continuei correndo ate avistar a pracinha, aquela em que nós duas ficamos aquele dia, me sentei de baixo da arvore e desabei, as lagrimas caiam se misturando com a chuva, meu desespero me pois a chorar mais, abracei meu joelho e em seguida o soluço veio, efeitos de um choro doloroso, a tempestade cada vez ficava mais forte, o frio tomava conta, e eu não conseguia tomar nem uma atitude a não ser chorar, fiquei um bom tempo ali pensando, o quanto seria bom ouvir a voz dela, sentir o cheiro e os toques dela, sentir aquele abraço apertado e observa-la dormi.

–Você esta maluca??? -Finn apareceu do nada gritando comigo. -Rachel berry eu te mato agora ou depois? A quanto tempo você esta ai??

Eu não conseguia dizer nada, apenas chorava e chorava, Finn em um gesto carinhoso me pegou no colo e me abraço forte me levando para dentro do carro. No carro estava Dany e Kurt, eles me puxaram e envolveram eu em uma toalha me agasalhando, estava exausta e acabei cochilando.

Acordei e estava deitada em um cama grande, varias cobertas o que estava agasalhando bastante, estava morrendo de frio, supostamente peguei um belo de um resfriado, estava na casa do Kurt e do Finn.

–Você esta com a febre muito alta. - Dany me observava. - Mais de 39, você não esta nada bem, essa chuva que você tomou vai te fazer muito mal.

–Eu estou bem.- falei baixo.

–Fica quietinha tá, você precisa descasar. - ela colocou uma toalha sobre minha testa e ficou em silencio, logo fechei os olhos, o qual deve estar completamente inchados.

Pude ouvir Kurt conversando com alguém no telefone, me mantive em silencio e prestei atenção.

–Porque foi embora Santana?... Entendi, vai ficar tudo bem, se precisar estamos aqui, ah pode deixar que vou cuidar da nossa pequena sim, ela não esta muito bem não, Rachel não é o tipo que se da bem com tudo isso que aconteceu, ela se apega muito rápido, com intensidade e agora você foi embora e eu sei que ela não vai mais ser a mesma, por favor quando conseguir voltar, volte.... - a conversa se estendeu e depois ouvia Dany a telefone, e quando ela estava encerrando a conversa sem pensar eu disse baixo.

–Espera.

–Certeza?

–Acho que sim. - peguei o telefone e me aconcheguei, tornei a fechar os olhos pois o cansaço falava mais alto, e permiti que as palavras tomassem seu caminho. -Você esta bem? Como foi a viagem??

Santana

Fiquei em silencio por alguns segundos e fiquei ouvindo sua voz atentamente, era calma, mas ou mesmo tempo fraca e rouca.

–Sim estou bem, fiz uma boa viajem e...- suspirei tentando evitar que algumas palavras saíssem, mais não pude me conter. - Eu ja estou com saudade. - o telefone ficou mudo por alguns segundos e pude notar a diferença em seu tom de voz.

–Que bom que esta bem.

–E você como esta?

–Estou bem.- eu sabia que ela estava mentindo pois Kurt e Dany havia me contado.

–Rachel eu sinto muito, eu tive motivos para vim embora e me perdoa? - ótimo havia começado chorar novamente.

–Foi por sua mãe? Cuide bem dela Santana, ela merece isso e bom..- sua voz ficou sonolenta e pude ouvir sua respiração se acalmando.

–Só não se esqueça que eu te amo muito minha princesa!


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Espero que tenham gostado!



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