Era incrível a minha falta de sorte!

Depois de sair do palácio de Chumei, o deus me deu vários presentes: Uma mochila, ferramentas de diamante, um mapa para ir até a Montanha Diamantada e mais comida.

Eu tinha que atravessar um mar imenso, mas a chuva iniciara torrencialmente e a minha única escolha era ficar lá na caverna até a chuva abaixar. Uma pessoa comum ficaria no máximo um dia, mas uma pessoa com a minha sorte poderia ficar até uma semana dentro daquela caverna enquanto a chuva caia. Mas o problema não era nem a chuva e sim a caverna em si! Uma caverna não é uma pequena toca onde tem fundo e tudo o mais, uma caverna tem corredores extensos onde podem passar monstros e até mesmo outros humanos, mas eu tinha certeza que aquela tempestade era a vingança de Herobrine!

Após um cochilo ouvi passos, passos fracos vindos do fundo da caverna. Olhei para a escuridão que parecia vazia e solitária, mas havia alguma coisa lá!

Um homem surgiu das sombras, pelo menos parecia um homem, era careca e tinha uma barba bem grisalha, sua pele era branca, seus olhos secos, era muito magro. O homem andava como um gorila, flexionando os joelhos e impulsionando com a mão.

“Oi” Falei “Quem é você?”

“Olá” Falou o homem com uma voz rouca “Sou Joilson e você? Você é humano?”

Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer com aquilo mas respondi.

“Sim, por quê? Você não é humano?”

“Eu? Não sei…”

“O que quer aqui?”

“Meu rei quer comer, ele tem fome e se ele não come ele morre! Qual seu nome, humano?”

“Pac” Falei cuidadosamente.

O homem pareceu se assustar!

“Você é o humano da profecia.”

“Não sou o humano da profecia, nem sei que profecia é essa. Tenho que viajar para o meu destino, mas a chuva está caindo muito forte. Quero ir para o outro lado do mar!”

“Venha falar com o meu chefe!”

Segui Joilson com um pouco de medo. Ele poderia ser um canibal pronto para me matar, mas poderia ser um homem bom. Ele parecia ser inocente e com a mente perturbada, se sentia como se não fosse humano e sim um animal selvagem, provavelmente o rei dele havia implantado esse pensamento em sua cabeça.

Era incrível o tamanho da caverna com seus tuneis enormes e escuros, por mais incrível que parecesse, Joilson sabia o caminho certeiro até algum lugar que ele me levava e que ele dizia ter o seu mestre. Durante o caminho tentei conversar com Joilson, mas ele só dizia coisa sem nexo algum como: Minha raça mora aqui perto, ou, Meu rei tem fome!

Ele parecia estar hipnotizado, o que me dava muita dó dele! Se tivesse mais gente como ele, eu iria, com toda certeza, acabar com o rei dele. Chegamos, finalmente, à um salão extenso, porém escuro.

Uma voz urrou:

“Joilson! Trouxe comida?”