Cor de Rosa escrita por uchihakyara


Capítulo 10
Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Antes do Natal um presente para vocês, espero que gostem!



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Eu entrei pela janela do quarto dela esperava vê-la dormindo mas ela estava acordada, deitada na cama, com uma camisola de cetim que realçava todos os contornos daquele corpo que eu tanto desejava.
– Surpreso Sasuke-kun? – ela disse me provocando.
Eu não respondi nada, apenas fui até ela na cama, me sentei ao seu lado e inclinei meu rosto o mais próximo dela possível, ela cortou a distancia entre nós com um beijo, não um beijo calmo mas um beijo desesperado, tão desesperado quanto eu estava pela falta que eu sentia dela, nós nos deixamos levar pelo momento e quando percebi nós estávamos abraçados na cama seminus, eu queria cada centímetro daquela pele alva e não conseguia mais segurar minha vontade, beijei o pescoço dela deixando pequenas marcas roxas e ouvi alguns gemidos, minha respiração estava descompassada e quando eu desci minha boca ao colo dela e ameacei tirar a parte de baixo de sua roupa intima, eu acordei, suado e excitado, há algum tempo eu estava dormindo sozinho no quarto de hospedes, e algum tempo também eu tinha sonhos daquele tipo com Sakura, me levantei e fui até o banheiro a fim de me aliviar e tomar um banho, frio de preferência.
Faziam exatamente sete meses desde que Sakura tinha voltado de Suna, grávida, eu tinha uma sensação estranha quanto a isso, um misto de frustração e raiva, por saber que Sakura estava grávida de um cara como Gaara, mas eu sentia também uma sensação de proteção para com ambos, é como se eles fossem minha responsabilidade, aquilo era algo que eu simplesmente não podia controlar, desde tive aquela noticia, não conseguia ficar muito tempo longe dos dois, precisava me manter informado, precisava saber se estava tudo certo com eles, se não soubesse eu simplesmente saia fora de mim, acho que poderia ser a maldição do meu clã atacando novamente, a capacidade de amar incondicionalmente, ao ponto de fazer certas loucuras, eu desejava que ninguém tivesse que passar por algo assim, eu não deixaria nenhum herdeiro meu cultivar tal amor, ao ponto de perder o juízo e se tornar algo maligno, e por falar nisso, parece que isso não vai mesmo acontecer, já que o tratamento de fertilidade feito em Karin tinha se comprovado um verdadeiro fracasso, isso tinha sido um ponto a mais para o definitivo termino do nosso casamento, Karin ficava enciumada cada vez que me via com Sakura e quando soube da gravidez dela fez uma cena, disse que eu estava a traindo por causa da infertilidade dela, e até forjou um desmaio seguido de uma possível doença só pra que eu não pedisse o divorcio, Sakura é claro ficou com pena da ruiva, disse que eu precisava cuidar da minha esposa, e ficar do lado dela, pois ela precisava de mim, alias se eu fosse avaliar bem Sakura parecia estar um pouco desconfortável com a minha presença, as vezes ela ficava surpresa com os meus cuidados mas eu simplesmente não conseguia evitar.
Eu saí do banheiro as oito da manhã em ponto, fui até a cozinha e Karin preparava o café da manhã, então eu me sentei a mesa, ela colocou um prato na minha frente com um ovo frito, ele não parecia estar bom e com certeza estava com a gema mole, eu odiava o ovo assim por isso sempre os fazia mexidos, mas Karin nunca acertava o ponto, peguei o garfo e cutuquei a gema, minhas expectativas estavam corretas, pois quando furei a gema um liquido amarelo escorreu, eu não queria comer aquilo, então antes que Karin se virasse e me visse para começar a perturbar meu dia eu saí.
Eu não tinha um destino definido, mas minhas pernas me lavaram ao lugar onde mais estive durante os últimos tempos, o apartamento de Sakura, subi as escadas até o segundo andar onde a rosada morava e toquei a campainha, fui recebido por ela vestida com um robe rosa claro de cetim, tecido que me fez lembrar do meu sonho de hoje mais cedo, ele estava preso por uma fita amarrada logo acima de sua barriga de sete meses de gravidez, seus olhos, cabelos e pele tinham um brilho diferente e ela parecia radiante, era essa a visão que eu queria ver em todas as minhas manhãs, Sakura não usava nenhum tipo de maquiagem, seus cabelos rosas estavam um pouco despenteados e ela estava descalça, mesmo assim eu continuava achando ela linda.
– Bom dia, Sasuke! – ela me cumprimentou coçando a cabeça casualmente.
– Bom dia, Sakura – eu respondi, estava a cada dia mais apegado a ela e ao ser que crescia em sua barriga, Karin se recusava a me dar o divorcio e Sakura achava que eu não devia passar tanto tempo com ela e me dedicar mais aos chiliques da minha esposa, coisa que Sakura chamava de doença.
– Estou fazendo o café da manhã, está com fome? – Sakura deu passagem para que eu adentrasse sua casa, há muito tempo eu tinha percebido que Sakura me entendia bem, eu não precisava falar muito para que ela fizesse exatamente o que estava pensando, ela parecia ter meu manual de instruções.
Eu me sentei a mesa em silencio como fazia sempre, desde que eu comecei a frequentar a casa dela, ela pôs a minha frente um prato com ovos mexidos, levei uma porção a minha boca e estavam exatamente como eu gostava, em seguida ela pôs uma xícara de chá fumegante ao lado do prato e uma pilha de torradas ao centro da mesa.
– Como foi sua missão? – ela perguntou se sentando a mesa de frente para mim.
– Tranquila – respondi colocando outra garfada na boca. – fez os exames?
– Fiz, mas não consegui ver o sexo, vou repetir o ultrassom na semana que vem.
– Hm – eu peguei uma das torradas no centro da mesa e tomei um gole do meu chá.
– Naruto vai ter um menino, Bolt, vai nascer no meio da semana que vem, já marquei o parto.
– Quando você vai entrar de licença? Sua barriga já esta bem grande – queria evitar de pensar no loiro feliz com sua família, o que provavelmente devia ser inveja, enquanto eu pajeava o filho do Kazekage.
– Vou trabalhar enquanto eu aguentar, eu me sinto ótima.
– Você devia se cuidar melhor, sua condição é frágil.
– Eu me cuido, e eu estou grávida não doente. – Sakura havia comido a maioria das torradas, eu sabia que ela era forte e dava conta do recado, mas a possibilidade de que algo acontecesse com ela ou com o bebê me assustavam.
Nós não tínhamos terminado de comer quando um anbu apareceu na janela.
– Sakura-sama, o hokage exige sua presença imediata no prédio principal, o Kazekage está na vila e deseja vê-la.
– Hai – ela respondeu séria.
O anbu desapareceu em seguida em uma nuvem de fumaça, meu coração disparou em seguida, o Kazekage estava na vila, queria ver Sakura que estava grávida dele, provavelmente queria cuidar dela e do filho, eu me senti um grande inútil por estar ali, talvez Sakura não precisasse de mim, afinal ela tinha um shinobi forte para cuidar de ambos, além do mais Gaara era o Kazekage, provavelmente tinha vindo para convence-la a ficar ao lado dele em Suna, para ser a esposa dele, mãe deste e dos próximos filhos que teriam, e eu o que poderia fazer? A resposta era nada, pois afinal de contas eu tinha escolhido dessa forma, quando me casei com a mulher errada, quando não levei em consideração meus sentimentos, muito menos os dela, eu abri mão da minha felicidade, jogando a mulher que se importava comigo nos braços de outro, que tinha não somente passado algumas noites com ela, mas que seria o pai do filho dela, um elo forte o suficiente para mantê-los juntos durante toda a vida.
Naruto tinha razão não precisava de muito para um homem alcançar a felicidade, e eu tinha jogado fora a minha, e não sabia como recuperar.


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Notas finais do capítulo

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