Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Chegando o Natal hein pessoal? Cadê meus leitores fiéis? *-*
Vou tentar continuar postando de dois em dois dias, mas fim de ano a agenda lota e sacomé né?
Espero que estejam gostando da história, e sim eu sou muito melancólica rs. Beijos, boa leitura!



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POV NARRADORA

Alan voltou pra casa e dormiu um pouco, era domingo não tinha muito o que fazer. Acordou mais ou menos meio-dia, fez sua higiene matinal, e foi para a sala onde estavam Helena e Bia.

– Filho, precisava mesmo falar com você. – Helena diz e Alan se senta no meio das duas ganhando beijinhos de bom dia - Lembra que sua tia Milena vai casar né? A de São Paulo.


– Lembro, ela tava aqui essa semana, você até dormiu na tia Cida. – Alan responde.
– Então, ela veio ver a família e pedir algo pra você. – Helena diz.
– Pra mim? O que? – Alan pergunta.
– Ela está disposta a pagar um bom cachê pra você e pra Nathália se vocês toparem tocar no casamento dela. – Helena despeja tudo de uma vez, toda animada.
– Como assim? Sério? Mas que dia é? – Alan responde eufórico.
– Domingo. – Helena responde.
– Nossa! Você sabe que vamos ter que voltar logo depois do casamento porque tem aula na segunda né? – Alan diz preocupado.
– Sim, vocês vão no domingo de manhã, e depois do casamento você voltam, já tem que comprar as passagens. Eu vou ficar lá, volto depois com a Bia. Mas só se vocês toparem...
– Vou falar com a Nathália, quer dizer, tentar, não estamos nada bem, ela principalmente. Mas se formos vai ter que ter piano. – Alan impõe condições.
– Sua tia tem, não se preocupe. – Helen responde.
– Okay então vou tentar falar com ela mais tarde. Mas cadê o café da manhã dessa casa? – Alan diz com um ar de “homem da casa”.
– Almoço você quer dizer! – Bia responde.
– Tanto faz, tô varadão! – Alan corre pra cozinha.
– Hey volte aqui, a festa foi boa? – Helena questiona.
– É, a festa foi. Ruim foi o que aconteceu depois. – Alan fala recordando-se do acontecido com Nathália.
– O que houve maninho? – Bia pergunta.
– Encontrei o Sr. Téo com a Nathália, ela estava em estado de choque, teve uma crise nervosa durante a madrugada, e está no hospital desde ontem. Eu fiquei a madrugada toda com eles lá. Ela sai ainda hoje.
– Nossa! Depois quero vê-la! Vou fala com a Mary. – Bia diz mandando uma mensagem no celular.
– É, mas agora, vá colocar uma roupa de ginástica, que eu só vou terminar esse café pra ir fazer ginástica com a ruiva mais linda desse mundo. Hoje você pode ir seminua, porque eu tô de olho. – Alan diz rindo.
Bia realmente era linda, tinha o cabelo ruivo e os olhos azuis do pai, enquanto Alan só puxou a pele branca dele, e os cabelos negros eram da mãe.
Terminaram o café e foram fazer trilha num parque próximo do bairro. O dia foi uma bagunça como sempre é quando esses dois se juntam, fizeram tudo o que tinham direito, depois voltaram pra casa só o caco. Quando iam chegando em casa, avistaram o carro de Téo chegando, então correram pra casa pra se arrumar, Bia ligou para Mary, que em minutos já estava na porta esperando Alan e Bia pra irem ver Nathália.

POV NATHÁLIA

Desde que acordei, só tenho tido flashs da noite passada, e um aperto no coração que chega a doer, estou toda roxa nos braços, nas pernas e no pescoço, e leves espasmos musculares pelos braços e pernas também, alguns roxos são das picadas de injeção, e os outros o médico disse que é devido ao estresse. Lembro-me que tive um pesadelo que raramente tenho desde que minha mãe faleceu, e que eu acordava e via meu pai, mas era como se estivesse dormindo ainda, tenho flashs de Renata, médicos, eu caindo, e ... Alan.
Cheguei há pouco tempo em casa, meu pai foi comprar umas frutas pra mim, me viro para o lado e tento cochilar um pouco. Meu Deus não me deixe sonhar novamente...

POV MARY

Indo em direção a casa de Nat, vimos o Téo saindo de casa rapidamente, e o abordamos.
– Senhor Téo, tudo bem? Podemos ver a Nat? – eu pergunto.
– Oi! Estou. Podem sim, mas, por favor, cuidem bem dela, eu vou comprar umas frutas e volto já, vou andando mesmo. – ele responde.
– Até logo! – Bia diz.

Adentramos a casa de Nat, e subimos até o quarto dela, Alan preferiu ficar do lado de fora por enquanto, queria ter certeza de que ela estava melhor para tentar alguma coisa.
Quando eu e Bia entramos, vimos Nat dormindo como uma princesa, com um vestidinho de alcinha branco, preso à cintura, ele deixava os braços e pernas descobertos, foi possível ver cada mancha do corpo dela, colocamos a mão na boca de tão espantadas com a cena. Tiramos os cabelos do rosto dela, tinha algumas manchas no pescoço também. Então ela acordou.
– Oi amiga! – eu disse dando um beijinho no rosto dela.
– Oi minhas lindas, como estão? – Nat pergunta sempre preocupada com todos.
– Acho que somos nós que devemos perguntar isso a você. – Bia diz.
– Eu, eu estou como vocês podem ver, parecendo uma ameixa. – Nat diz fazendo piada, como sempre.
– Engraçadinha, quando a Bia me ligou, quase não acreditei no que ouvi. – Mary diz.
– É, quando o Al... ops!!! – Bia diz interrompendo-se ao perceber de quem havia falado.
– O que tem o Alan Bia? – Nat pergunta sentando-se na cama com dificuldade, ainda estava grog por causa dos calmantes.
– É que... ele que me contou! – Bia diz sem jeito.
– E como ele soube?
– Ele que foi com você e seu pai para o hospital e passou a madrugada toda lá, só foi embora antes de você voltar, porque o médico supôs que você não queria vê-lo. – Bia explicou.
– Mas, porque ele supôs isso? – Nat perguntou.
– Porque você dizia o tempo todo que ele tinha abandonado você, que você mandou ele ir embora, mas ele voltou, e blá-blá-blá... – eu digo pois Alan me contou algumas coisas antes de chegarmos na casa da Nat.
– Por isso que eu tenho algumas lembranças dele, e me dói cada vez que eu lembro... Eu fui péssima com ele, e sei que ele nunca vai me perdoar. – Nat diz colocando o travesseiro no rosto permitindo-se chorar.
– Nat, você não pode ficar nervosa! – diz Bia abraçando-a – Claro que ele perdoa! Ele te adora! – Bia diz com convicção.
– Não sei se ele me adora mais! Só sei que eu jamais vou deixar de gostar dele, meus pensamentos são só ele 24h por dia, ele é minha verdadeira inspiração. Às vezes eu digo as coisas sem pensar na proporção que elas podem tomar, mas agora é tarde demais... – Nat diz parecendo uma flor despedaçada.
– Nunca é tarde! – eu digo, e damos um abraço em trio.

POV ALAN

A voz dela, era o que eu precisava ouvir! Ela ta melhorando...
Ouço a conversa delas e me comovo, ela gosta mesmo de mim! De repente escuto Téo voltando, ele vai até a cozinha, e logo volta com um pratinho de salada de frutas, estou sentado no corredor em frente a porta e ele me diz:
– O que faz aí meu jovem, não vai entrar?
– Estou tomando coragem Sr. Téo. – respondo, e ele dá um sorrisinho de lado e entra no quarto.

POV NARRADORA

Téo entra e vê aquele momento fofo, as amigas abraçadinhas, ele entrega o pratinho a Nathália que hesita em comer, mas não tem pra onde correr.

– Qualquer coisa é melhor do que aquela comida de hospital! – ela resmunga.

De repente alguém bate na porta, Alan, ele a abre devagar e todas os olhares se voltam pra ele.

– Posso entrar? – Alan diz.
– Bom, amiga a gente se vê na escola. – Mary diz disfarçando e puxando Bia.
– É Nat, melhoras, qualquer coisa chama no whats. Beijo. – Bia diz dando um beijo na testa de Nat – Vamos Sr. Téo? – Bia intima Téo.
– É... Vamos! – Téo sai com elas um tanto desconfiado.

E de repente o silêncio toma conta do espaço.

– Vamos ficar nesse silêncio sepulcral? – Alan diz.
– Nem me fale em sepulcro! – Nathália diz colocando a mão na cabeça – Até dói!
– Calma, não vim te estressar, só vim ver como estava! – Alan diz ainda em pé na porta.
– Uma ameixa em pessoa! – Nathália diz rindo fraco, se referindo aos hematomas.
– Você vai ficar bem! – Alan diz terno.
– Vai ficar parado na porta? – Nathália pergunta cruzando os braços.
– Eu perguntei se podia entrar e você não respondeu. – Alan responde sério.
– Você nunca precisou de permissão pra entrar no meu quarto.
– Talvez agora eu precise, já que você me expulsou da sua vida. – Alan desabafa, pois achava que já podia tocar no assunto com Nathália, aproximou-se da cama e sentou na beirada.
– Eu tava de cabeça quente, era meu aniversário, sem minha irmã... Enfim... – Nathália diz confusa.
– Aí você fica de cabeça quente, e eu tenho que ouvir tudo o que eu ouvi? – Alan diz irritando-se.
– E eu tenho que ver aquela garota te beijar e achar supernormal? – Natália diz no mesmo tom.
– Olha, o que está acontecendo entre nós é um grande mal entendido. – Alan diz tentando cessar a discussão.
– Eu sabia que você ia dizer isso! – Nathália diz deitando de costas para Alan deixando algumas lágrimas caírem.
– Hey, eu não quis dizer isso. – diz Alan entendo a reação de Nathália – O que tá rolando entre a gente não é um mal entendido, essa confusão toda sim. Nunca me senti tão completo gostando de alguém como agora.– diz Alan se aproximando dela e acariciando seus cabelos.
– Por que tudo é tão difícil pra gente Alan? Toda vez que eu acho que estamos bem alguma coisa acontece, será que é um aviso? Ou macumba daquela sua “amiguinha”. – Nathália diz fazendo bico.
– Não sei meu anjo. – Alan diz abraçando-a.
– Você me perdoa de novo? Na verdade quem te faz mal sou eu né? – Nathália diz deitando a cabeça no ombro de Alan.
– Vamos deixar esse negócio de perdão pra lá. Eu estou aqui, e preciso te falar uma coisa séria. – Alan diz soltando-a num tom sério.
– Ai, o que foi agora? – Nathália diz esperando algo ruim.
–Minha tia de São Paulo vai casar domingo, e está disposta a nos pagar pra tocar no casamento dela, e... eu já aceitei. – Alan diz esperando um tapa.
– COMO ASSIM VOCÊ ACEITOU? Eu tô ridícula, toda roxa, nem sei se tenho força pra ensaiar essa semana. Como você faz um negócio desses? – Nathália diz dando tapinhas em Alan.
– Calma, eu vou te ajudar sua maluca! Fica quieta, você não pode se mover desse jeito. – diz segurando os braços dela.
– Me dá meu violão agora! – Nathália pede.
– Calma, amanhã a gente vê isso, venho te buscar pra gente ensaiar lá em casa.
– Mas Alan, como a gente vai tocar nesse casamento no domingo? E a escola? – Nathália pergunta preocupada.
– Como o casamento é domingo no fim da tarde, assim que acabar o casamento, a gente volta rapidinho. Já vamos deixar as passagens compradas. Eu falo com seu pai, pode deixar! – Alan responde – Bom, já vou indo, você precisa descansar.
– Posso te pedir só mais uma coisa? – Nathália diz segurando o rosto de Alan.
– Claro! – Alan a olha atento.
– Me beija? – Nathália pronuncia calmamente.
– E eu por acaso consigo dizer não pra você? – Alan diz envolvendo-a num beijo calmo e cheio de saudade.


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Notas finais do capítulo

Gente, gostaria que você comentassem o que você gostam de ler, de escutar, de assistir... Enfim, quem sabe pode me inspirar mais!
Beijos até o próximo capítulo :*



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