Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, esse capítulo tá um misto de sensações! Espero que gostem!
Não se esqueçam de COMENTAR, ACOMPANHAR, MARCAR e DIVULGAR!
E obrigada pelo primeiro acompanhamento e favorite da fic, e pelas diversas visualizações.
Boa leitura!



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POV NARRADORA

Nathália e Alan estão em uma aproximação perigosa, então Nathália se deita na cama convidando Alan a fazer o mesmo, apesar de saber de todos os riscos que eles corriam se o pai de Nathália apenas sonhasse que ela dormiu com um cara debaixo do mesmo teto que ele.
– Desculpa, só durmo assim! – Alan diz rindo e tirando a camiseta.
– Só vou deixar porque você ajudou a me dar um piano. – ela diz rindo.
– Aé? Interesseira, pode dormir com seu piano então. – ele diz fingindo que ia embora.
– Não. – ela diz com carinha de bebê.
– Boa noite Srta. Andrade! – ele diz voltando para a cama e aconchegando Nathália num abraço.
– Ótima! – ela responde.
Os dois dormem como anjos. Realmente, se Alan pedisse o seu coração, Nathália o daria sem hesitar, afinal, se Téo descobrisse que Alan dormiu ali, com certeza o mataria.

POV NATHÁLIA

Hoje descobri que o melhor travesseiro do mundo não é o meu, como todos dizem ao serem perguntados, mas sim o peito de Alan, onde estou recostada há horas e não penso em sair daqui nem por um segundo, a não ser que... tenha dado a hora de tomar o meu remédio. Shit!
Desço até a cozinha bem devagar, pego meu remédio e o tomo, quando me viro está lá o meu pai atrás de mim, com a cara mais amassada do mundo.
– Não sabia que você já tinha chegado do Canadá. – meu pai diz, e quase que eu não escuto de tão baixo.
– Pai, eu não fui pro Canadá. – respondo sem entender, mas logo me dou conta – Esqueci que você é sonâmbulo, olha, sou eu a Nathália, a filha mais linda que você tem. Vamos te levo pro quarto. – digo puxando-o pra cima.
Levo-o até o quarto e volto pro meu, me deparo com a cena mais linda que eu pudesse ver ao entrar no meu quarto, até mais linda do que meu piano, Alan todo esparramado na minha cama de casal, acho que vou ter que dormir no chão. Então deito num cantinho que ele deixou na cama, quase caindo, e pego no sono novamente.

No dia seguinte...

Acordo com uma pessoa me encarando.
– Bom dia Nat. – Alan diz me despertando – Feliz aniversário! – ele diz animado.
– Bom dia, fala baixo, minha cabeça! – digo pondo a mão na cabeça, tem uns 4 dias que eu bati a cabeça, e até hoje isso dói, que inferno! Só posso ter tido alguma sequela, não é possível – Obrigada! – digo baixinho.
– Tô com fome! – Alan diz pondo a mão na barriga.
– E na porta da minha casa tava escrito “Bom Prato”? – digo rindo da cara dele.
– Depois de ter te dado o prazer de passar a noite do meu lado, é o meu pagamento, no mínimo. – ele diz entrando na piada e sentando-se.
– Vamos! – digo levantando e por pouco ia trocando de roupa na frente de Alan, então olho pra ele com cara de “pegadinha do malandro”.
– Sinta-se no seu quarto! - ele diz deitando na minha cama e me olhando sem parar.
– Não se preocupe, ta vendo aquela porta? – eu aponto e ele assente – É um banheiro. Mas eu me troco aqui mesmo, se é isso que você quer. –digo dando gargalhadas da cara dele.
Ele faz uma cara de curioso. Eu pego um vestido longo e visto por cima do meu pijama, depois o tiro por debaixo do vestido.
– Prontinha! Podemos ir. – eu digo com um sorriso aberto – Mas espera aí, meu cabelo ta uma catástrofe! – vou até o espelho e arrumo meu cabelo, o lugar da queda dói, então me contraio.
– Nathália? – Alan me chama.
– Ah... Oi. Vou ver se a barra está limpa. – digo despertando.
Antes de abrir a porta ouço meu pai gritar:
– Nathália, recebe as compras lá embaixo, estou no banho.
– Ta bom! – eu respondo e agora já tenho uma desculpa pro Alan tomar café aqui. – Vamos, vamos!
Descemos correndo, guardamos as compras e fazemos o café, quando meu pai desce e olha para Alan desconfiado.
– Bom dia Senhor Téo. – Alan diz sem jeito (tão bonitinho).
– Bom dia Alan! – meu pai responde e vem até mim me abraçando – Parabéns minha filha!
– Obrigada! Fez compra cedo hoje hein. – digo ao meu pai.
– É, você sabe que eu acordo cedo! – ele diz e depois se dirige a Alan – Ontem você chegou tão tarde e hoje chegou tão cedo! – meu pai diz olhando Alan de cima a baixo – E ainda está com a mesma roupa. – nos olhamos quase sem cor.
– É que... eu vim chamar a Nathália pra uma festa, mas ela não foi, aí... Cheguei agora e vim desejar os parabéns e aproveitei pra ajudar a trazer as compras pra dentro. E nem é tão cedo assim. – ele diz inventando a maior mentira do universo.
– É pai, e eu o convidei pra tomar café conosco, você sabe que ele é meu melhor amigo!
– Sei! – meu pai diz ainda desconfiado, como se soubesse de algo.
Tomamos café em paz e logo depois Alan foi embora, fui levá-lo até a porta, nos despedimos e quando ele atravessa a rua, uma garota desconhecida “pra mim”, para bem na sua frente, eles trocam algumas palavras e do nada, ela beija ele...

POV ALAN

Tava tudo “P-E-R-F-E-I-T-O” demais pra ser verdade. O que a Camila veio fazer aqui e justamente agora? Quando me rec ordo de que Nathália presenciava toda aquela cena, tento me sair daquele beijo horroroso, mas, a garota tá tão colada em mim que pra eu me sair dalí teria que usar a força. Até que ela resolve me soltar, com a maior cara de felicidade.
– Vai embora! – digo irritado.
– Nossa gato, que recepção, eu vim te ver, você não era assim! Mas eu gosto é bravinho mesmo! – ela diz querendo se aproximar de novo de mim.
– Não me obrigue a ser indelicado com você, já conseguiu o que queria? Então pode ir. – digo apontando pra avenida.
– Eu vou, mas volto logo mais. – ela diz com o sorriso mais debochado do universo.
– Não precisa! – digo seco, e ela vai embora.
Quando me dou conta de que eu estava no meio da praça, vejo Nathália que observava toda aquela cena, extasiada em frente à sua casa. Logo vejo aquele mar de olhos transbordarem, vou em direção a ela, mas ela seca as lágrimas com raiva e entra pra casa.

POV NATHÁLIA

Meu sangue não esquentou, ele FERVEU. O garoto se declara pra mim, dorme comigo... Poxa! Ele sabe o que tudo isso está significando pra gente! Aí ele vai beija aquela garota na minha frente, segundos depois de sair da minha casa? Isso não vai ficar assim. Não vai mesmo. Meu celular toca...

– Alô. – atendo.
– Oi Nat, felicidades!
– Oi Di, obrigada! Tudo bem? – pergunto.
– Tudo, e você? Olha, anota esse número, é o meu novo. – ele diz.
– Sim, pode deixar. – respondo.
– E aí, que tal a gente sair hoje pra fazer alguma coisa? – ele me convida.
Penso mil vezes antes de responder, é errado eu sair com ele só quando tudo ta mal pra mim, mas dessa vez foi ele quem ligou, então, não custa nada.
– Aceito sim! – digo animada.
– Passo aí às 16:30. Esteja bem linda, se é que possível você ficar mais do que já é. – ele diz me fazendo sorrir.
– Ok, até. – digo desligando o telefone.

Vou em direção à cozinha para ajeitar a bagunça do café da manhã, quando vejo o bilhete ainda colado na geladeira... “Fomos buscar meu passaporte e já voltamos. Almoço na geladeira.”

Não, o almoço não estará na geladeira quando eu chegar, nem aquela voz me acordando pra treinar quando estou sem coragem, nem a minha fã número sentada na beira da minha cama me admirando tocar e cantar, muito menos aquela que secava minhas lágrimas dizendo que eu tinha um lindo mar de olhos, quando meu mundo tava desmoronando. Simplesmente passarei dois anos da minha vida se um de meus pilares principais que me mantém de pé... Renata. Ela disse que queria ver minha vida mudada, que era pra eu correr atrás da minha felicidade, mas ela errou quando cogitou a possibilidade de que eu encontrasse essa felicidade no Alan, ele não torna minha vida feliz, ele torna minha vida confusa, e eu não quero isso pra mim, não mais...

POV NARRADORA

Nathália passa boa parte do seu dia arrumando a casa, já que agora ela está “sozinha” para estas tarefas, apesar de que Téo ajuda um pouco, mas o serviço pesado é sempre dela.
Sobra um tempinho e ela se deita em sua cama pra descansar, quando olha seu celular tem 73 chamadas de Alan, ela ignora e dorme um pouco.
Quando acorda já está na hora de se arrumar, toma seu banho, faz um penteado simples, coloca um vestido longo que honestamente a deixa exuberante para qualquer ocasião, coloca também uma sandália baixa, brincos longos e maquiagem leve, está mais que pronta.

Ela desce em direção à porta, quando encontra seu pai chegando:
– Eu chego e você sai, isso ta sendo constante! – Téo diz incomodado, sempre foi ciumento com sua “filhotas”, lindas como eram, também não era pra menos.
– Pai vou sair com... uns amigos, só volto á noite. E para de drama, eu passei o dia todo em casa, você que não pisou aqui hoje. – Nathália diz dando um beijo no pai – Não vou levar o celular porque estou saindo pra me divertir, já recebi todas as ligações possíveis hoje.
– É, pelo menos ta saindo com uma roupa descente... – Téo pensa alto.
– O que o senhor disse? – Nathália pergunta.
– Que você está linda minha filha, juízo. – ele diz, rindo e Nathália sai.

Elas espera alguns minutos, pois havia saído adiantada, quando por desprazer do destino, Alan se aproxima.

– Porque não me atendeu? – Alan diz sério de braços cruzados.
– Porque eu não quis. – Nathália responde no mesmo tom.
– Qual o seu problema Nathália? – Alan a questiona.
– O MEU problema? Você quer saber mesmo qual é o meu problema?
– Óbvio, você é toda doce comigo, depois eu te ligo mais de 70 vezes e você não atende, sem contar que virou as costas pra mim. – Alan diz ainda sério.
– Haha, você realmente é hilário! Queria que eu tivesse ido dar os parabéns á vocês por protagonizarem a cena mais patética que eu já vi? – ela diz irônica – Pois bem Alan, se você quer mesmo saber, o meu grande problema é você, pra ser mais clara, gostar de você. – Nathália diz deixando Alan pasmo - Pois é... Você não é o único “completamente louco” daqui, só que no meu caso é de verdade. Nos beijamos, você se declara pra mim, me dá um presente mesmo a gente estando brigados, me faz se sentir a pessoa mais especial desse mundo, ainda por cima dorme na minha casa, na minha cama, será que você não percebe o quanto isso ta evoluindo? Aí na mesma hora que você sai da minha casa, aquela garota te beija e você não tenta nem se soltar por respeito à minha presença. Quer mais ou já ta bom? – Nathália diz despejando tudo em cima de Alan.
– Ela era uma ficante minha, de muito tempo atrás, nem sei o que ela tava fazendo por aqui. – ele diz tentando se explicar.
–Eu sei, e vi. Mas não precisa me explicar nada, não tenho nada com isso. – Nathália diz e se aproxima de Alan - Alan minha irmã me pediu pra que eu procurasse a minha felicidade, e eu te juro que eu vou atender ao pedido dela. Não vou mais alimentar esse sentimento dentro de mim, que só está me fazendo mal. – Nathália diz decidida.
– O que você ta querendo dizer com isso? - ele pergunta – Eu quero ficar com você Nathália. – ele diz se aproximando.
– Impossível, antes eu achava que não podia ficar com você por respeito a minha irmã, pois vocês eram namorados, depois porque eu queria preservar a nossa amizade, mas agora vejo que o que me impede de ficar com você, é o simples fato de que na primeira oportunidade que você tiver você vai fazer como sempre, do Seu jeito, assim como quando você preferiu acabar com nossa amizade, a esquecer daquele simples beijo que eu já me arrependi de ter dado. Ou correr pros braços da primeira que passar na sua frente.
– Nathália, eu não mereço tudo isso!- Alan diz com os olhos cor de mel cheio de lágrimas.
– Eu que não mereço isso Alan. – Nathália diz, e logo surge a primeira lágrima – Lembra que ontem a noite você me disse que não sabia dizer não pra mim?
– Lembro, quer pedir algo? – Alan pergunta.
– Sim. – Nathália responde entre lágrimas – Me deixa ser feliz?

Antes que Alan responda, o carro de Diego chega, ele sai e vai em direção aos dois que estão na calçada.
– Que cara de enterro é essa gente? – Diego pergunta sem entender aquela cena.
– Então era por isso que você tava falando assim comigo? Porque tava esperando alguém? Entendido Nathália. – Alan diz num tom decepcionado.
– Quem é você? – Diego pergunta a Alan.
– Ninguém. – Nathália responde seca, limpando as lágrimas.
– Isso aí brother, prazer. Ninguém! – Alan diz se retirando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado? E aí o que acham? Será que vai ter CamiLan ou DiNat
Até o próximo capítulo! Beijos.
Vai lá, comenta!



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