Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Você vão amar a Renata nesse capítulo. Espero que gostem, escrevi com todo carinho, revisei um milhão de vezes pra não deixar passar nenhuma vírgula errada. COMENTEM, ACOMPANHEM, FAVORITEM, RECOMENDEM, COMPARTILHEM, MARQUEM COMO LIDO, enfim. Agradecida desde já. Boa leitura!
* Leiam as notas finais.



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POV RENATA

Ligo pra Bia e bolamos um plano, ela sugere que incluamos a Mary, e é isso que fazemos, ela topa na hora. Espero Nat chegar da escola e partimos pro aeroporto deixando a porta aberta para que o plano pudesse ser realizado.

POV NARRADORA

Chegando no aeroporto é a maior choradeira, Téo se despede de Renata e então ela chega em Nathália, segura seu rosto e diz:
– Minha menina do mar de olhos, vai se afogar com tantas lágrimas! – Renata diz sorrindo e Nathália se impressiona ao ver como ela pode manter o bom humor em despedidas – Quando eu voltar, que ver sua vida mudada, vá atrás da sua felicidade, ela está te esperando, não tenha pressa, vá com calma.
Nathália fica sem entender, abraça a irmã e a vê atravessar a porta de embarque.
– Até logo Rê. – ela diz pra si, colocando toda a dor do mundo naquelas palavras.
– Vamos filha. – Téo a abraça e eles vão embora.
Eles seguem pra casa, Nathália fica o caminho todo tentando entender o que Renata quis dizer, mas resolve não criar paranoias. Quando Nathália sai do carro, Mary está de prontidão na porta da casa de Nat.
– Mary? – Nat diz sem entender o que a amiga fazia ali plantada.
– Vim te chamar pra gente tomar um sorvete juntas no seu último dia com 17 anos. – diz abraçando a amiga.
– Ah, é mesmo, nem lembrava, vamos sim, Pai? – Nathália diz pedindo permissão ao pai.
– Vai lá, vou estacionar. Não demore. – o pai adverte.
– Sim capitão! – Nathália diz divertida como sempre.
Elas vão tomar o sorvete, e aproveitam pra conversar:
– Como você pode esquecer seu aniversário amiga? – diz Mary
– Tanta coisa na cabeça que nem deu tempo. - Nathália responde rindo.
– É você me contou na escola.
– Amiga, não quero falar dele. – Nathália tenta acabar com o assunto Alan que nem havia começado.
– Tudo bem, mas acho uma babaquice da parte de vocês dois estarem dessa forma. – Mary expõe sua opinião.
– Babaquice da parte DELE que acabou com a amizade. – Nathália tenta tirar o seu da reta.
– Desculpa amiga, mas você tem grande parte nisso, você que não deu opção pra ele. – Mary diz cuidadosamente.
– Dei sim, e ele escolheu a que acabaria com a nossa amizade. – Nathália diz irredutível.
– Você dá um beijo desentupidor de pia no cara que ta mais do que na sua, e depois quer obrigar ele a esquecer assim, de repente, ta maluca? Nem você conseguiu esquecer, com pode cobrar isso dele? – Mary é sincera.
– E... E quem disse que ele tá na minha dona Maryana?
– Você! Se quiser te digo até em que aula você me falou. Biologia. – Mary diz séria tirando todas as chances de Nathália desmenti-la – Olha amiga tecnicamente quem acabou com essa amizade foi você, ele só foi sincero.
– Desde quando você virou advogada dele? – Nathália diz ironizando Mary.
– Eu sou sua amiga, e te digo, se você pensa que vai esquecer ele assim, ta enganada. Vá atrás da sua felicidade. – Mary diz como se fosse suas últimas palavras.
– Todo mundo deu pra dizer isso pra mim hoje? Olha vamos embora, esse sorvete já ta virando milk shake. – ela diz se referindo ao assunto nas entrelinhas.
– Vou indo, beijo. – Mary diz se despedindo.
– Nossa mais já? – Nathália diz mas, Mary já havia saído do local.
Ela se levanta e vai pra casa, entra e vai em direção ao seu quarto, seu pai não havia chegado ainda, devia te ido ver alguns amigos como ele sempre faz, quando ela chega na porta tem um bilhete com a letra de Rê que dizia: “Desculpa, tive que fazer algumas mudanças, daqui a dois anos você me bate se não gostar.”

POV NATHÁLIA


Quando leio aquilo penso “O que essa louca fez?”.
Então entro no meu quarto, está tudo limpo, organizado, eu já sou organizada, mas dessa vez tinha um toque Renata, tinha trocado os tapetes, lençóis, cortinas, colado alguns adesivos de notas musicais na parede e no guarda roupa alguns de flores, só que o que mais me impressionou foi no canto do meu quarto, uma coisa grande e encapada de preto com um laço roxo e enorme em cima. Dirijo-me até lá com o coração sambando de tanta curiosidade, então puxo o zíper, e quase caí pra traz quando vi, um Piano Vertical, acredito que meu coração tenha parado umas duas vezes. Me sento no banquinho e abro o teclado, lá tem um bilhete, novamente com a letra da Rê:

Minha menina do mar de olhos, vá atrás da sua felicidade, ela ta te esperando, não tenha pressa, vá com calma. Feliz 18 minha flor, onde estiver receba meu abraço, resolvemos eu, papai e “uma pessoa” dar um presente a altura da melhor pianista que eu já vi. Antes que você pergunte essa “uma pessoa” não quis se identificar, mas você pode descobrir quem é, vamos para a dica: ‘I’ve loved you for a thousand years. I’ll love you for a thousand more’. Eu te amo.

Sim, o meu mundo parou naquela hora. Acho que ouvi algo parecido hoje e da boca da Rê, ela deve ter ficado o dia todo decorando isso. Levanto imediatamente, vou no espelho, solto a trança embutida que por um milagre deixou meu cabelo que é mais que liso, ondulado, jogo para um lado, jogo pro outro, ponho um vestido de alça, que vai até a coxa, todo florido de azul e branco, com um cintinho fino prendendo abaixo dos seios, marco os olhos de preto, ponho uma sandália baixinha e digo: “Estou pronta.” Saio em disparada, quando chego no topo da escada, minha cabeça que já estava bem melhor, dá um pontada e eu sou obrigada a parar.
– Me desculpe senhora cabeça, mas você não vai me impedir de nada hoje. – digo decidida e continuo andando, só que devagar dessa vez.
Quando vou saindo eu encontro meu pai na porta chegando da rua.
– Aonde a senhorita vai a essa hora, linda desse jeito?
– Eu vou ali, e já volto. – ia saindo quando me lembro que meu pai também ajudou no presente, volto o enchendo de beijos – Brigada, brigada, brigada pai. – e saio definitivamente sem dar ouvidos a alguma coisa que ele tenha dito.

POV ALAN

– Será que o presente chegou lá? – digo preocupado.
– Tenho certeza maninho! Segui direitinho o que a Rê pediu. – Bia que estava deitada com a cabeça no meu colo no sofá da sala diz animada.
– O que a Rê pediu? – digo curioso.
– Você saberá em breve. – é interrompida pela campainha.
– Abre lá. – digo à Bia.
– Abre você folgado, tenho certeza que não é pra mim, vou deitar e ouvir música. A casa é toda sua, a mamãe vai dormir na tia Cida hoje, a tia Milena veio de São Paulo e está lá. Beijo. – diz me dando um beijo no rosto e subindo pro quarto.
Eu estranho o modo como ela fala, mas ignoro, vou ver quem é. Quando abro a porta, nem acredito no que vejo. Ela. Até se eu fosse cego, saberia que é ela, esse perfume apesar de não senti-lo há dias, já o conheço perfeitamente. Ela, bem ali na minha frente, linda, perfeita, com aqueles olhos azuis me dilacerando por dentro, aquele vestidinho azul e branco que contrastou perfeitamente com aquele pele branca que foi corando aos poucos. A essa altura já estávamos em outro mundo apenas por nos olharmos, sem ao menos trocar um palavra. Então resolvo quebrar o silêncio:
– Nathália? – digo ainda extasiado.
– Costumam me chamar assim, mas pode me chamar de Nat. Prazer. – ela diz fazendo piada, e estende a mão pra mim ao dizer ‘Prazer’.
– Todo do mundo. – digo a puxando pra mim, num abraço de quem não se vê a mais ou menos mil anos, se é que isso é possível.
Respiração profunda e acelerada, coração descompassado, parecia que eu estava segurando o mundo inteiro naquele abraço, eu sentia o dever de cuidar daquele ser pra sempre independente das circunstâncias. De fato, o que eu sentia por ela não era apenas um sentimento de amizade, era algo fora do normal. Não dizíamos nada um para o outro, eu só queria aconchegá-la mais e mais naquele abraço, e não soltá-la nunca mais. E então tive a certeza que era ali o lugar que eu deveria estar naquele momento, não havia outro. Eu definitivamente não precisava de mais nada se ela prometesse estar comigo apenas ‘por mais mil anos’ (A thousand years).


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Notas finais do capítulo

Pessoas sei que é cedo pra falar de um assunto chato desses mas... Apesar de não estarmos ainda na reta final da fic, essa em especial será curta dependendo do desenrolar da história, não terá o tanto de capítulos como as outras costumam ter, inclusive temporadas e tal. Já tenho mais ou menos em mente como será o fim dela. Mas espero que continuem me acompanhando até lá. Tem muito romance, música e confusão pela frente ainda. Não esqueçam de dar aquela comentada. Beijos, até o próximo capítulo.



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