Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

ESTE CAPÍTULO CONTA COM A LINDA PRESENÇA DE "PALOMA" APLAUSOS (plac, plac)
A linda Calleny que comenta aqui as vezes.
Tirando as teias de aranha da page. Rs
Bom Paloma, obrigada por todo apoio moral e enfim, todos os tipos de apoio, você é uma pessoa que me ajuda tanto no intelectual quanto na vida. Grata por tudo!

Boa leitura *-*
E rezemos pra Paloma aparecer mais vezes né?



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POV BEATRIZ

Cheguei em casa radiante. Melhor aniversário impossível. Alan e minha mãe me ajudaram a trazer os presentes para o meu quarto. Ainda estava agitada e não conseguiria dormir antes de ver o eu havia ganhado. Fui tomar um banho rápido para me sentir mais aliviada. Depois de me trocar fui pentear os cabelos na frente do espelho. 16 anos! Será que já pareço mais velha? Analisei minhas feições... Não, esquece. Isso seria esperar demais. Deixei os cabelos soltos depois de penteados. Fui até a sala de estar para agradecer ao meu irmão e minha mãe pela noite maravilhosa que me proporcionaram. No entanto, somente minha mãe estava lá. Encontrei-a esparramada no sofá. Sentei ao lado dela e lhe dei um forte abraço.
– Muito obrigada, mãe, por hoje. Eu adorei a surpresa.
– Não foi nada, querida. Ainda bem que gostou. Foi difícil esconder isso de você – Helena sorriu. – Espero que agora que fez 16 anos tenha mais juízo nessa cabecinha de vento.
– Não se preocupe, mãe, vou tomar sim – dei um beijo nela. – Boa noite! – Levantei-me e me dirigi às escadas.
– Boa noite, querida.
Subi os degraus devagar. Andei até o quarto do Alan e bati de leve na porta, mas não houve resposta.
– Alan? Estou entrando, se estiver pelado, se vista – sorri e abri a porta, devagar.
Lá estava ele, deitado na cama, dormindo. Não imaginei que estivesse tão cansado. Queria conversar um pouco com ele... Mas acho melhor deixá-lo descansar. Fui até sua cama e lhe dei um beijo na bochecha.
– Obrigada por hoje – sussurrei.

POV NARRADORA

– O que foi que você disse, Nathália Andrade? – Téo quebrou o silêncio.
– Isso mesmo, pai – responde Nathália com os olhos cheios de lágrimas. – Eu quero ir, não aguento mais...
– Não pode estar falando sério.
– Estou sim, pai.

Ele não respondeu, mas sua expressão estava bem explicita.

– Podemos conversar? – perguntou Téo a Miguel.
– Claro, senhor.
Após se afastarem um pouco da sala, Téo pareceu mais sério do que o comum.
– Obrigado por salvar a minha filha.
– Não foi nada. Teria feito isso por qualquer pessoa. Não precisa agradecer.
– Mesmo assim... Foi um evento muito traumático na vida dela a presença desse homem e agora que ele voltou, vai ficar tudo muito complicado.
– O senhor pretende ceder ao pedido dela?
– Mas é claro que não. Ela não pode simplesmente deixar tudo aqui por causa desse cara. Eu vou dar um jeito nisso, por hora, só queria conversar um pouco com ela, se não se importa.
– Não me importo, eu já vou embora. Está ficando tarde. Só vou me despedir dela e deixarei vocês mais a vontade.
Miguel afastou-se de Téo e foi de encontro a Nathália que ainda estava estarrecida.
– Eu preciso ir embora agora – disse enquanto se sentava no sofá ao lado dela. – Espero que fique bem e se precisar, pode faltar ao trabalho amanhã.
– Não precisa ser tão complacente comigo. Eu irei trabalhar sim. Isso não irá atrapalhar em nada, prometo.
– Tem certeza?
– Sim.
– Então tudo bem – colocou a mão direita em seu ombro.
– Obrigada... Por me salvar lá atrás.
Ele apenas sorriu.
– Fique bem, mocinha. Não se esforce demais. – levantou-se e saiu.
O pai de Nathália acompanhou o chefe dela até a saída e foi até ela.
– Como você está?
– Péssima.
– Talvez não seja uma boa hora conversarmos agora, você ainda está muito nervosa e não está pensando direito. Vá para o seu quarto, tome um banho e durma um pouco. Conversaremos amanhã. E não se preocupe com nada, vai dar tudo certo.
Ela afirmou, fungando. Saiu da sala e foi até seu quarto. Tomou um banho demorado, se jogou na cama e desatou a chorar até pegar no sono.

No dia seguinte...

POV NATHÁLIA

Eu não dormi essa noite. Fiquei pensando em Henrique, no passado e em tudo o que tem acontecido, não seria um problema eu abandonar a tudo aqui e ir para o Canadá com minha irmã.
Depois dos pensamentos matinais me troquei e fui tomar café, meu pai estranhou eu ter acordado tão cedo.
– Pensei que ficaria mais tempo na cama. – disse ele.
– Não! Dormi muito essa noite. – menti. – Ficar na cama até tarde não iria ajudar.
– Está se sentindo melhor?
– Acho que sim.
– Pensou melhor no que disse ontem?
– O que eu disse?
– Sobre a viagem.
– Ah, sei... Não pensei pai, porque eu já me decidi. Eu quero ir.
– Querer não é poder, mocinha.
– Mas pai, você não entende a minha situação? Sabe como foi ruim a presença daquele cara na minha vida.
– Eu sei, mas mesmo assim... Você não pode simplesmente largar tudo só porque encontrou com ele. Podemos dar um jeito nisso juntos, vou cuidar de você.
– Não vai estar comigo o tempo todo, hora ou outra não vai conseguir. – tentei segurar as lágrimas.
– Sinto muito, Nathália, mas esse seu pedido eu vou ter que negar. Já não bastou sua irmã ir embora, quer me deixar sozinho também? Tente entender o meu lado.
– Isso é muito injusto, eu já sou maior de idade.
– Enquanto viver embaixo do meu teto, sou eu quem mando.
– Você não quer deixar eu viajar?
– Quer viajar? – seu olhar ficou muito sério. – Então viaje, mas não vou te dar um tostão. Vai ter que trabalhar muito.
Senti as lágrimas descerem pelo meu rosto. Ele não quer mesmo que vá. Isso me deixou mais triste ainda, tanto por ele quanto por mim. Levantei da mesa sem dizer mais nada e saí de casa para algum lugar longe com a cautela de evitar encontrar Henrique novamente.

POV ALAN

Despertei depois de ter um pesadelo. Olhei para o relógio 6h da manhã. Acordar cedo em pleno domingo é desgosto demais para um dia só. Levantei-me da cama e a primeira coisa que fiz foi mandar uma mensagem para a minha princesa.

A: Bom dia minha linda. Como você está? Fiquei um pouco preocupado ontem. Espero que tenha chegado bem em casa. Mais tarde vou dar uma passada aí. Beijo!

Coloquei o celular de lado e fui tomar um banho, não conseguirei dormir de novo, então acho que vou passar algumas horas na praia. Cheguei lá por volta das 7h30 e encontrei a minha gata lá, sentada. Aproximei-me dela sorrateiramente e cobri seus olhos com as minhas mãos para lhe fazer uma surpresa, mas sua reação não era bem a que eu estava esperando. Ela gritou e quando se virou veio com vários tapas, me empurrou e só depois parou.
– Alan? – Ela perguntou com uma expressão bem assustada. – Me desculpa, achei que fosse outra pessoa. – me abraçou, mais forte do que o normal.
Estranhei a atitude dela e fiquei ainda mais preocupado.
– Ei, o que foi? O que aconteceu com você?
– Me desculpe, Alan – fungou um pouco e desatou a chorar. – Eu só precisava do seu abraço.
Não soube o que fazer. Decidi esperar mais um pouco para ver se ela se acalmava. Acariciei seus cabelos.
– Nat – levantei seu rosto na direção do meu - Por favor, não chore mais. Me conte o que está acontecendo, por que você está assim?
Ela fungou mais um pouco e secou as lágrimas com as mangas da blusa.
– Ontem, quando eu estava voltando do trabalho eu me encontrei com Henrique e... foi assustador. Eu me senti horrível, até passei mal. Olhar para ele me fez relembrar de tudo. De todas as coisas que eu gostaria de esquecer... Simplesmente entrei em desespero. Entende? Depois de ontem, não quero mais arriscar vê-lo de novo. Eu preciso ir embora, não agüento mais...
Um pouco chocante, eu não esperava por isso. Ir embora?
– Isso é... Não estou te entendendo, Nathália. Vai deixar tudo aqui para ir embora?
– É o que eu quero.
Senti um pouco de raiva. Eu entendi bem a situação dela, mas quando propus para ela vir comigo para São Paulo, ela nem pensou direito, negou de imediato e agora por causa de um cara ela quer ir assim?
– E seu pai?
– Ele vai sobreviver.
– E seus amigos? Escola?
– Isso não me importa mais, eu só quero ir.
– Engraçado não é? – tudo soava muito irônico. – Quando te convidei para viajar comigo você não quis e agora, arranjou solução para todos que você vai abandonar. Estranho não é?
– O que quer dizer?
– Que você só não queria ir comigo. Por isso deu desculpas, aí agora decidiu que quer ir embora. Entendeu?
– Alan, isso não tem nada a ver com você – ela se afastou um pouco de mim. – Eu tenho medo dele, me sinto mal sabendo que ele está perto. Você poderia pelo menos uma vez deixar de ser tão egoísta e me apoiar?
– Egoísta? Só estou tentando te entender. Só isso.
– Olha, não quero brigar com você. Só... Vamos ficar bem, tá?
– Bem? Beleza estamos bem.
– Obrigada – me abraçou novamente.
Eu queria muito brigar. Mas dessa vez me contive... Só dessa vez...


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Notas finais do capítulo

Obrigada amor pela lindeza de capítulo.
E Obrigada a todos os que lerem :*
Até a próxima.



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