Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Opaaa! ~desviando das pedras~
OI OI GENTEEEE ( Eu Kéfera) KKK

GENTE CONFESSO QUE TAVA SEM INSPIRAÇÃO PRA POSTAR, SIM POSTAR, PORQUE TEM UM MONTE DE CAPÍTULO ESCRITO AQUI, E EU NUNCA POSTO. PEÇO A COMPREENSÃO DOS POUCOS, MAS MUITO AMADOS LEITORES!
SÓ PEÇO QUE DEIXEM DE SER FANTASMINHAS E FALEM COMIGO, DEEM OPINIÕES, SUGESTÕES CRITICAS, TIA BIA NÃO MORDE VIRTUALMENTE, PROMETO ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/569325/chapter/26


POV NATHÁLIA

Cheguei na casa de Diego no horário marcado, eles haviam acabado de chegar com Karina, tava toda furadinha, meu Deus... Depois de dar atenção pra ela, resolvi que precisava conversar com Diego antes que Beatriz chegasse. Expus pra ele tudo o que iríamos fazer no sábado, e quando estávamos acabando com a conversa, alguém abre a porta rapidamente, como se quisesse flagrar algo.

– Está tudo bem aqui? – Bia pergunta seriamente.
– Olá! – eu responde da mesma forma descendo de cima da mesa de sinuca.
– Oi minha linda! – Diego vai até Bia e deposita um selinho.
– Vocês estão namorando Diego? – pergunto.
– Ué a Bia não te contou? – ele pergunta e eu apenas nego com a cabeça e me retiro.

Me dirijo até a sala e me despeço de Raquel e Karina.

– Já vai querida? – Raquel pergunta.
– Ah Nat, não é justo! – Karina diz cruzando os braços e fazendo beicinho.
– Prometo que venho aqui outro dia brincar com você, tudo bem? – me abaixo ficando da mesma altura que ela, e lhe dou um beijinho. Ela apenas assente mesmo contrariada.

Raquel me leva até a porta e eu vou andando pra casa, tenho tempo de sobra, então...
Quando estou passando pela avenida onde fica o Believe, o vejo de portas abertas, então resolvo entrar, não tem ninguém lá, vou até o piano e fico tocando músicas aleatórias, quando...

– Resolveu vir mais cedo? – uma voz me tira a concentração.

POV DIEGO

– Essa situação sua e da Nathália já está me irritando! – digo me afastando de Bia.
– Não precisa se irritar por isso! É assunto meu! – Bia me responde.
– É assunto nosso! Nat é minha melhor amiga e você minha namorada, então o assunto é muito meu! – contesto.
– Di por favor... – Bia diz se aproximando de mim.
– Por favor Bia, vamos ficar com a Karina! – eu digo saindo da sala rapidamente e ouço os passinhos de Bia atrás de mim.

POV NARRADORA

Enquanto isso no restaurante Believe, Nathália e Miguel estavam tendo uma conversa super descontraída, por instantes ambos conseguiram esquecer das coisas ruins que aconteciam a sua volta, dando espaço a uma conversa saudável sobre o futuro, sonhos e realizações e principalmente aos sorrisos advindos desse encontro. Apesar da pouca intimidade referente ao pouco tempo que se conheciam, a liberdade que sentiam um com o outro já não se tratava de patrão e funcionária, mas sim o início que uma amizade, para Nathália talvez...
Estavam agora em uma mesa qualquer do restaurante comendo alguns salgadinhos e tomando refrigerante.

– Nossa, você já aprontou muito hein seu Miguel! – Nathália dizia entre gargalhadas altas, ao ouvir as histórias que Miguel contava sobre sua pré-adolescência.
– Sim, aprontei muito! E não, não sou “seu Miguel”, sou apenas Miguel! – ele diz.
– Me desculpe. Você é meu patrão! – ela diz tímida.
– E, como seu patrão, ordeno que nunca mais me chame de “Seu” ou “Senhor”! Fui claro? – Miguel diz num tom autoritário, porém sorrindo.
– Nossa! Tudo bem! – Nathália diz levantando as mãos em um gesto de “Tudo bem, eu me rendo”.
– Sabe, nunca me senti tão leve comendo salgadinhos e tomando refrigerante com alguém! – Miguel diz olhando-a ternamente.
– Bom, me desculpe, já deu a minha hora. – Nathália diz levantando-se envergonhada.
–Quer que eu te leve? – Miguel questiona.
– Não obrigada! – Nathália diz sem jeito e ao se virar acaba batendo a mão em um copo que cai aos pedaços no chão – Oh, me desculpe! Eu limpo isso. – Nathália se abaixa trêmula para pegar os cacos no chão, sendo impedida pelo patrão.
– Seu dia de trabalho não é hoje! – ele diz bem próximo de seu ouvido enviando-lhe arrepios para todas as partes do corpo.
– Tu-tudo bem... Até breve! – Nathália diz saindo desnorteada porta a fora, deixando Miguel rindo à toa.

Miguel era um jovem com muitas responsabilidades, tinha 22 anos, já era formado em gastronomia e conseguiu aquele restaurante com muito esforço e ajuda dos pais. Porém, com tantas tarefas, não havia tempo para essa coisa que as pessoas chamam de “amor”, coisa que para ele parecia tão distante, entretanto agora, parecia vir lentamente, já que a responsável por fazer seu coração aquecer novamente, agora era sua funcionária, cuja pessoa faria exalar doçura quase todos os finais de semana pelo lugar onde passa a maior parte de seu tempo. Sua segunda casa, seu ponto de paz, seu restaurante.
Não era muito difícil alguém se apaixonar por Miguel, tanto pela sua beleza física, quanto por sua beleza interior, era alguém que apesar de ter tudo o que sempre quis, e o suficiente para viver bem por muitíssimo tempo, nunca tripudiava em cima de ninguém ou abusava de seu poder para conseguir o que quer. Tudo que conquistou foi pela humildade, e assim sempre seria. Tanto que seus funcionários não o respeitavam, o admiravam.
Será que foi essa “admiração” que fez Nathália sair tão desnorteada após um simples sussurro ao pé do ouvido?
Nathália não queria estar mais confusa do que já estava, amava Alan, porém essa situação indefinida da qual viviam há um tempo, facilitava com que ambos, algum dia porventura, se encantassem por outra voz, outro toque, outra emoção...

Nathália chegou em casa, seu pai já havia ido trabalhar. Arrumou-se para a escola e antes de sair, deixou um bilhete na cozinha, caso seu pai chegasse antes dela, avisando que sairia para comprar um vestido para o seu primeiro dia de trabalho e festa de Bia após a escola com Mary.
Bia não teve nenhuma novidade no seu dia, depois do climão na casa do namorado, decidiu ir embora rapidamente, ao chegar em casa esperou dar a hora do colégio e dessa vez foi pra escola acompanhada de Alan. Ao final do dia, quando estava de volta ao bairro, avistou a casa de Nathália e não pode deixar de sentir sua falta, então decidiu ir lá. Bateu na porta e rapidamente é atendida.

– É... Oi! – Bia diz sem jeito.
– Oi mocinha, quanto tempo! Tudo bem? – Téo saúda educadamente.
– Tudo sim, a Nat está? – ela questiona.
– Não, ela saiu com a amiga! – Téo responde.
– Ah, tudo bem. – Bia lamenta.
– Eu aviso que você...
– Não precisa! Até logo! - Bia diz rapidamente e se retira da frente de Téo na velocidade da luz.

Bia chega em casa e encontra Alan deitado no sofá, sobre até seu quarto, toma um banho rápido, prende os cabelos numa trança embutida e desce de volta pra sala, onde encontra Alan da mesma forma, só que cochilando.

– Oi! – Bia diz abaixando na altura do sofá e depositando um beijo na testa do irmão.
– Oi... – Alan diz sonolento.
– Tudo bem? – Bia continua falando baixo.
– Acho que sim! – Alan responde de olhos fechados.
– Quer dar uma volta? – Bia pergunta abrindo um sorriso.
– Cadê a Nat? Vai com ela. – ele responde desinteressando.
– A Nat saiu, e a gente não tá muito bem. – Bia diz fechando o sorriso.
– E o seu namorado? Vai com ele. – Alan diz.
– Ele também não tá muito legal comigo. – Bia diz – Peraí... Você por acaso está me evitando? – Bia diz indignada.
– Na mosca! – Alan diz levantando-se com um sorriso irônico.
– Alan, eu quero ficar perto de você! – Bia diz sentando-se ao seu lado.
– Deixa de grude! – Alan diz afastando-se.
– A gente sempre foi grudado e isso não te incomodava! – Bia diz brava.
– Meu, você não tem um prato pra lavar não? – Alan pergunta e nesse momento Bia o abraça sem dizer nada, deixando Alan sem reação, não ia rejeitar a própria irmã, queria dar um gelo nela, mas era só isso.
– Eu te amo! – Bia diz e se recolhe para seu quarto, cujo lugar não sairia tão cedo.

Flashback On

A chuva caía fortemente no bairro Assunção, durante a madrugada de um dia qualquer, raios, relâmpagos e trovões tornavam o cenário ainda mais tenebroso. E na casa dos Menezes o medo exalava. Um casal dormia, enquanto uma criança se escondia de baixo das cobertas, na esperança de que os raios não invadissem seu quarto. Então teve a brilhante ideia de recorrer ao seu ponto de fuga, o quarto de seu irmão, que ficava ao fim do corredor. Porém o seu medo o tornava mais longe ainda.

Toc-toc...

– Quem é? – a voz questiona de dentro do quarto.
– É a Bia Lalinho ( Bia chamava Alan assim ). – Bia responde manhosa.
– Entra! – Alan diz e se senta na cama dando espaço para Bia.
– Tô com muito medo! – Bia diz.
–Hum, então que tal a gente cantar pra espantar o medo? – Alan dá a ideia.
– Acho ótimo! – Bia comemora.
– Ta, mas baixinho, porque a mamãe e o papai estão dormindo. – Alan diz.

Ele pega o violão e ambos ficam cantando a madrugada inteira.

Flashback Off

– Porque eu fui crescer? – Bia diz desolada em seu quarto, enfiando o rosto no travesseiro.

No shopping...

Mary já tinha feito Nathália vestir uma loja inteira, e nada, até que Nat recebe uma mensagem no celular.


Miguel: Não se preocupe com a roupa, comprei um presente pra você, espero que goste!

Pra não perder a viagem Mary e Nat decidiram ver um filme no cinema do shopping, se divertiram tanto que nem viram a hora passar. Voltando pra casa, Mary ficou em seu destino e Nat continuou no ônibus até sua casa. Ao chegar no bairro, recebeu uma mensagem de Alan que a fez abrir um sorriso de orelha a orelha.

Alan : Linda, quero te ver!

E responde:


Nat: Acabei de chegar, vou trocar de roupa e já desço pra praça!

Chegou em casa e viu um recado de seu pai dizendo que foi numa sorveteria com Helena e já voltava. Subiu para o quarto e vestiu um vestido tomara-que-caia florido, soltinho e curto. Prendeu o cabelo numa trança de lado, pegou seu violão e se dirigiu à praça, Alan ainda não estava lá. Ficou dedilhando qualquer coisa quando...

– Há quanto tempo eu não te vejo com um violão! – Alan surpreende Nathália.
– Precisamos voltar ao primeiro amor, não é? – Nat diz sorridente.
– Sempre! – Alan responde.
– Como a Bia está? – Nat pergunta.
– Ta bem, eu acho... Estamos afastados! E é bom que ela se acostume! – Alan diz cabisbaixo.
– Como assim “É bom que ela acostume”? – Nathália pergunta fitando os olhos de Alan.
– É que... Eu estou procurando trabalho e só está aparecendo oportunidade fora da cidade, e são ótimas oportunidades Nat! – Alan responde.
– E? – Nat pergunta aflita.
– E eu estou pensando em aceitar! Além de serem ótimas oportunidades, é em Sampa, pertinho daqui, sem contar que lá tem ótimas universidades de Artes Cênicas! – Alan diz entusiasmado.
– Por isso aquele papo da praia né? – Nat diz chorosa, desviando o olhar de Alan.
– Eu quero te levar comigo! – Alan diz convicto, trazendo Nat para perto de si.
– Alan, eu não posso simplesmente abandonar tudo, meu trabalho e principalmente meu pai, pra seguir os seus sonhos! – Nat diz com razão.
– Meu sonho é ficar com você! – Alan diz.
– Então fica aqui! – Nat diz abraçando Alan em desespero.
– Mas eu também não posso deixar de realizar os meus sonhos por sua causa meu anjo! – Alan diz tentando acalmá-la.
– Você acabou de dizer que seu sonho é ficar comigo, e eu to aqui! – Nat diz tristonha.
– Mas eu tenho outros sonhos! – Alan diz.
– Não me coloca entre a cruz e a espada Alan, não me faça escolher! – Nat diz.
– Eu tenho até o meio do mês que vem pra responder pro RH! – Alan diz.
– E?
– E você tem até o meio do mês que vem pra decidir se vai comigo! – Alan responde.
– Você vai mesmo aceitar? – Nat pergunta indignada.
– Vou! – Alan responde convicto, mas com uma dor aguda no peito.
– A Bia sabe disso? Porque ela vai enlouquecer com você se souber! – Nathália diz trêmula.
– Nathália Andrade, fica calma! – Alan diz pegando em suas mãos – Vou contar ainda, com calma!
– Só peço que seja depois do aniversário dela! – Nat diz recolhendo a mão.
– Fica tranquila! – Alan diz e percebe Nathália se afastar.
– Foi pra isso que você me chamou aqui? Pra me fazer sofrer? – Nat pergunta com o olhar distante, voltando a dedilhar em seu violão.
– Não, na verdade foi pra isso... – Alan diz puxando Nathália sorrateiramente para si, dando-lhe um beijo calmo, porém cheio de dor e saudade antecipada.
– Por que você faz isso comigo, se depois vai me deixar? – Nathália diz juntando sua testa a de Alan.
– Eu não quero te deixar! – Alan diz terno.
– Mas quer que eu deixe meu pai! –Nathália retruca.
– Eu também vou deixar minha família! – Alan contesta.
– Mas não vai deixar ninguém sozinho, sua mãe tem a Bia e vice-versa. Meu pai só me tem. – Nathália diz.
– E você vai passar a vida inteira na casa do seu pai por isso? – Alan questiona – Nathália, eu te quero comigo. – Alan diz se aproximando novamente.
– Alan, me deixa cantar pra você enquanto você está aqui! Por que essa conversa não vai acabar hoje. – Nat diz afastando-se e voltando pro seu violão.
– Isso é um “não”? – Alan questiona.
– Não, isso é um “me deixa cantar”. – Nat diz direta.
– Tudo bem! Você tem um mês pra se decidir! – Alan diz.
– Não me pressiona. Eu seu perfeitamente quanto tempo eu tenho! – Nat responde de cara fechada, porém seu sorriso logo se abre ao dedilhar as primeiras notas da canção.

“Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo

Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
Da gente brincar
Da nossa velha infância

Seus olhos, meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos

Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito

Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor

E a gente canta
A gente dança
A gente não se cansa

De ser criança
A gente brinca
A nossa velha infância

Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só

Você é assim
Um sonho pra mim
Você é assim

Você é assim
Um sonho pra mim
Você é assim

Você é assim”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

POSTO MAIS EM BREVE AMORES MIO *-*
NÃO ME ABANDONEM, PORQUE EU NÃO VOU ABANDONAR VOCÊS.
PRA QUEM ACOMPANHA NO SPIRIT, AMANHÃ EU POSTO LÁ :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu só queria você pra mim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.