Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 23
Capítulo 23 - Amar é cuidar...


Notas iniciais do capítulo

Oi Lifeeeeees! *-*

Mais amor pra vocês!

— Boa leitura!

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POV NARRADORA

A voz de Renata paira sobre o espaço onde está Nathália e Téo. Desde o aeroporto, era a primeira vez que se viam, por mais que fosse pela tela de um notebook.
Nathália leva as mãos à boca, já com os olhos marejados.

– Rê que saudade... – Nathália diz se aproximando e tocando a tela do note como se pudesse tocar a irmã.
– Que saudade de vocês! Sua benção pai! – ela responde e saúda o pai.
– Deus te abençoe minha filha. – Téo diz com a voz falha.
– Como vocês estão? – ela pergunta.
– Estamos bem! Na medida do possível! – Nathália responde.
– Bom, esse “na medida do possível” você me explica pessoalmente mocinha. – Renata diz e leva Téo e Nathália a loucura.
– COMO ASSIM? – os dois dizem em uma só voz.
– A empresa que eu trabalho vai ter um recesso de 15 dias, eles vão fazer algumas reformas, dedetização e organização de arquivos, entre outras coisas. Aí como virá empresas terceirizadas pra prestar esses serviços, eles dispensaram a gente do estágio. E eu estava pensando em passar esses dias no Brasil...– Renata explica tudo pausadamente.
– E você vem quando? – Téo pergunta.
–Haha, curioso! Farei surpresa. – ela diz sorridente.
– Quem me matar do coração mesmo? – Nathália diz assustada.
– Não. Quero matar as saudades mesmo. Principalmente de te ver tocar aquele piano ali no canto. – Renata diz apontando para o piano.
– Não seja por isso, ela toca agora! – Téo diz recebendo de Nathália um olhar do tipo “Vou?”.
– Dois contra um! – Renata diz e Nathália segue até o piano.

Ao sentar-se no banco e abrir as teclas, passa levemente os dedos sobre elas para sentir mais uma vez sua grande paixão, seu ponto de fuga, seu mundo paralelo, a única coisa capaz de preencher todo o vazio que a vida já lhe proporcionou. A música foi seu ombro amigo, sua voz de conforto, sua maior conselheira, todas as vezes que a vida decidia que "hoje não era dia de ser feliz".
Fazia alguns dias que Nathália não tocava, mas parecia uma eternidade pra quem se sente a peça fundamental de um instrumento.

– Será que ainda sabe tocar? – Téo diz devido a demora de Nathália e Renata ri alto. Nathália apenas olha pra trás e dá língua pros dois.

“Birds flying high you know how I feel
Sun in the sky you know how I feel
Breeze driftin' on by you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

Fish in the sea you know how I feel
River running free you know how I feel
Blossom on the tree you know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good

Dragonfly out in the sun you know what I mean
Don't you know
Butterflies all havin' fun you know what I mean
Sleep in peace when day is done
That's what I mean

And this old world is a new world
And a bold world
For me

Stars when you shine you know how I feel
Scent of the pine you know how I feel
Oh freedom is mine
And I know how I feel

It's a new dawn
It's a new day
It's a new life
For me
And I'm feeling good”

E assim finalize-se a noite no bairro Assunção…

No dia seguinte…

POV BEATRIZ

Acordo de uma longa noite de sono, imediatamente faço minhas higienes matinais e desço pra cozinha, Alan ainda dormia e minha mãe com certeza já havia ido trabalhar, ela era gerente de uma loja de grife no centro. Peguei uma maçã e fui aproveitar o sol, sentada no banco da praça (não, eu não estava pesando nele).

– Bom dia! – escuto uma voz me tirando dos pensamentos fúteis que eu estava prestes a ter.
– Bom dia Nathália! – respondo sem olhar pro lado, dando mais uma mordida na minha maçã.
– Te vi da janela! – ela diz querendo puxar assunto.
– Interessante! – eu respondo friamente.
– O que eu te fiz Bia? – ela pergunta e então eu a olho.
– Você disse que eu estava estranha, quando eu apenas não estava bem no momento, aí já saiu se estressando como sempre! – respondo.
– Eu erro! – ela responde.
– Eu não quero brigar com você! – eu digo olhando-a.
– Nem eu com você minha pequena. – ela vem me abraçar e eu recuo.
– Me deixa um pouco só, preciso pensar! – eu digo afastando-me.
– Você não pode me destratar apenas porque não ta bem! – Nathália diz com tristeza na voz.
– Você não vive fazendo isso? – eu digo e ela se retira da praça sem dizer nenhuma palavra, apenas com os olhos marejados.

Fiquei ainda um tempo na praça até ser chamada por Alan. Volto pra casa e tomamos café juntos.

– Tem notícias da mocinha? – ele pergunta se referindo a Karina.
– Ainda não, mas acredito que ela saia hoje. – respondo mastigando uma torrada.
– Porquinha! Essa foi a educação que eu te dei? – Alan faz piadinhas como sempre.
– Se eu tivesse a sua educação eu seria bem pior! – eu digo sorrindo de lado – Sabe, você deveria seguir carreira de humorista, pelo menos ia ganhar dinheiro sendo tão idiota!
– Eita, acordou virada na chita hoje? – Alan diz rindo.
– Não! Estou bem. Só me desentendi com a Nat. E tem muita coisa acontecendo ultimamente... Acho que estou tensa. Desculpa maninho. – respondo cabisbaixa.
– Não se preocupa, tem dias que parece noite! – ele diz rindo.
– Não to dizendo? É um verdadeiro palhaço! – digo rindo apertando suas bochechas.
– E por falar em Nat, não a vejo desde a noite da festa, eu acho... – ele diz.
– Bom, ela ta em casa, vai lá! – eu digo retirando as coisas da mesa.
– Boa idéia! Vou lá! Esteja pronta quando eu voltar. – ele diz rindo e saltitando como uma gazela, e em segundos já estava na rua.

POV NATHÁLIA

Eu não vou ficar triste, eu não vou ficar triste, eu não vou ficar triste, eu não vou...

Toc-toc...

Abro a porta e vejo uma das únicas coisas que alegrariam esse meu dia que tinha acabado de começar, mas que já poderia terminar sem delongas: Alan. O meu Alan. O abraço sem dizer nada, logo após dou passagem para que ele entre.

– Senta... – eu digo e nós sentamos juntos no sofá.
– Que saudade de você! – ele diz me dando um cheiro no cangote (rs)
– Eu também estava! – digo retribuindo o carinho.
– Ta tudo bem? – ele me pergunta, mas eu não vou dizer que não.
– Sim, estou sim! – digo.
– E aí algo pra me contar? – ele pergunta.
– Sim, queria mesmo falar com você! – eu o olho atentamente.
– Estou aqui, pode dizer! – ele se ajeita no sofá pra me ouvir.
– É que sábado é o aniversário da Bia, e eu não queria que passasse em branco, e como eu sei que você e a dona Helena não estão organizando nada, gostaria de fazer alguma coisa, e já tenho a ideia perfeita. – digo batendo palminhas de animação.

POV ALAN

Enquanto Bia diz que se desentendeu com Nat, a própria está aqui agora na minha frente toda animada preparando uma surpresa pra ela. Vai entender essas mulheres...
Ouço atentamente o plano Nathália, que consistia basicamente em fazer a comemoração no restaurante em que ela vai trabalhar no sábado. Sua ideia é que o capiroto (Diego) a levasse para jantar lá, e em um determinado momento do jantar, o garçom apareça com um bolo de aniversário, juntamente comigo, minha mãe e mais alguns amigos mais próximos de Bia. Parece ser incrível... Os olhos de Nat até brilhavam falando suas idéias, mas...

– Não gostei! – digo ao fim de sua fala.
– Por quê? – ela pergunta desfazendo o sorriso.
– Porque você vai estar trabalhando! – eu digo em protesto.
– Onde quer que fosse a comemoração eu estaria trabalhando! Então que seja em um lugar onde eu possa ver o sorriso dela. – ela diz e eu não consigo entender como as duas podem estar brigadas quando se amam tanto – Não se preocupe, que hoje mesmo eu falo com meu patrão e com o Diego! – ela diz.
– Tudo bem, me avise se conseguir. Vou indo porque essas duas últimas semanas de aula estão puxadas! – eu digo me levantando.
– Quer sair hoje a noite? – Nat me pergunta.
– Pra onde? – eu pergunto.
– Não sei, vamos dar uma volta na praia? – ela diz calmamente.
– Fechado! Te busco as 19h. – digo e me despeço de Nat com um abraço, ah como eu queria que ela fosse minha...

POV DIEGO

A noite foi tranquila, Karina não melhorou, mas também não piorou. Na madrugada vieram nos trazer os últimos resultados e a previsão de alta dela, que seria no dia seguinte, ou seja, ela ainda passaria esse dia todo aqui se fortalecendo pra me levar a loucura com suas traquinagens de sempre. Minha mãe me obrigou a ir trabalhar, então tive que passar em casa, dormi uma horinha e logo tive que me levantar pra me arrumar e assim ir trabalhar. No caminho resolvo mandar uma mensagem para Nat e Bia, avisando sobre Karina.

Bia / Nat: Bom dia, quase tarde! Passando pra visar que a Karina está estável. Ela terá alta amanhã cedinho, então quero todos lá em casa para recebê-la com esses sorrisões amarelos. Boa aula!

Em seguida recebo as respectivas mensagens:

Bia : Vou tentar ir no hospital depois da escola ver vocês!

Nat
: Ótimo! Estava mesmo precisando falar com você pessoalmente! Te amo.

Com certeza agora irei trabalhar bem melhor. O bom desse estágio é que além de trabalhar na minha área, eu só trabalho 4 horas por dia, então logo logo estarei no hospital pra ver minha pequena acordada.

POV NARRADORA

O dia passou rapidamente, cada um nas suas respectivas funções.
Nathália e Alan saíram do colégio e foram pra casa, esperar a hora de seu passeio.
Bia havia pedido para Helena deixá-la ir no Hospital após a escola, ela permitiu, mas Bia resolver avisar a Alan para evitar certos problemas.
Diego saiu do trabalho direto para o hospital, levou uma muda de roupa e trocou lá mesmo. Foi liberado para entrar no quarto de Karina, ficou como acompanhante enquanto sua mãe ia comer.
Aos poucos aquela garotinha, que no dia anterior estava desfalecida em seus braços, agora abre os olhinhos com dificuldade e pronunciando alguma coisa baixinho.

– Eu sabia que você ia estar aqui...

...

“Amar é cuidar do outro mesmo quando ele não merece.”


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Notas finais do capítulo

Em breve mais um capítulo de ESQVPM! *-*


Obs.: Sim, eu sou Divergente *y*



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