Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Quem me acompanha aqui e assim como eu está indignada com a falta de tempo dessa escritora, pode me descascar nos comentários.

Boa leitura! *-*

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POV DIEGO

Ao ouvir as palavras de Nathália e vê-la abatida daquela forma, meu mundo parou... Só conseguia ver lentamente Nathália juntar as mãos e olhar para o céu como em uma prece e Bia se apoiar em mim, como em um gesto de “Estou aqui”.
Me desvencilho dos braços de Bia e passo por Nat correndo o mais rápido que posso, ignoro a possibilidade de esperar o elevador, e opto pelos 10 lances de escadas até chegar ao 5º andar onde ficava a ala infantil. Nesse meio tempo, não sabia se Bia e Nat haviam me seguido, ou onde estavam, não olhava pra trás, apenas corria perdido em pensamentos e lembranças...

Flashback On

– Adivinha quem chegou?! – eu digo animado ao chegar em casa no fim da tarde.
– Di! – Karina pula em meu colo me sufocando em seu abraço.
– Como foi na escola hoje? – pergunto.
– Foi muito incrível! – ela diz animada – Sabia que o Fabinho disse que eu sou bonita? – Karina diz se aproximando do meu ouvido, quase sussurrando.
– Como que é dona Karina? – digo rígido.
– Nada Di, não foi nada! – ela responde temerosa.
– Espero! Vai se arrumar que eu vou levar você e a mamãe no shopping! – eu digo e ela pula em cima de mim sorrindo como nunca.
– AHHHH! Sério Di? E você vai deixar a K brincar nos brinquedos? – ela pergunta.
– Mas é claro! – eu digo e ela me enche de beijos.

Flashback Off

Chego ao meu destino ofegante, e me deparo com Karina sendo levada para um outro quarto, transportada em uma maca, acompanhada de 3 médicos-enfermeiros... Desfalecida...
Paro no meio do corredor, Nat passa por mim e abraça minha mãe de lado, tirando-a de perto de Karina para que os médicos possam realizar seu trabalho. Nos sentamos em algumas cadeiras próximas do quarto e o doutor vem até nós para se pronunciar sobre o estado dela.

– Com licença família Bergori. A paciente Karina teve uma convulsão devido á febre alta novamente, estamos tentando estabilizar sua temperatura, em breve voltamos com mais novidades. Porém, devo ressaltar, que ela passará a noite aqui e provavelmente o dia de amanhã inteiro. Até logo. – o médio diz calmamente e se retira.
– Filho, vá pra casa! – minha mãe diz a mim.
– Não mesmo! Vou ficar aqui com vocês! – eu digo relutante.
– Eu sei que não vou te convencer a dormir em casa, mas preciso que você vá pelo menos pra trazer algumas coisas pra gente, e minha carteira, de preferência! – ela diz e eu cedo.
– Tudo bem, mas eu vou rapidinho, e já volto! – eu digo.
– Di, será que você podia me deixar em casa? – Nat pede.
– Claro que sim, vamos, te deixo lá! – eu digo.
– E quem é essa mocinha que ninguém me apresentou? – minha mãe diz se referindo à Bia.
– Oh, me desculpe. Sou Beatriz, muito prazer, e eu sinto muito por Karina. – ela diz educada como uma princesa.
– Obrigada, o prazer é todo meu, Raquel. – minha mãe diz e elas apertam as mãos.
– É minha futura namorada mãe! – eu digo pela primeira vez com um sorriso de orelha à orelha, recebendo um olhar de reprovação de Bia.
– Namorada? Hum. Okay. – minha diz com a mão no queixo, com cara de “conversamos depois mocinho”.
– Mãe, não queria te deixar sozinha aqui! – eu digo tristonho.
– Bom, já que você vai rápido, eu poderia fazer companhia a ela. – Bia diz sentando ao lado de minha mãe no lugar desocupado por Nathália.
– Apenas avise sua mãe Beatriz! – Nat se pronuncia à Bia rudemente e eu estranho com o olhar de “poucos amigos” com que as duas se olham – Tchau dona Raquel, até a próxima. – Nat diz abraçando minha mãe.
– Tchau amor. – digo abraçando Bia e nos retiramos.

No carro...

Nathália não pronunciava nenhuma palavra, só olhava pro nada enquanto eu já estava surtando com aquele trânsito infernal.

– Posso ligar? – ela resolve dizer alguma coisa, mesmo que fosse pra pedir pra ligar o som.
– Pode! – eu permito – Vem cá, o que é que ta rolando entre você e a Bia? – eu pergunto.
– Ai Diego... – ela responde desinteressada.
– Eu não ia perguntar nada não, mas vocês estavam muito estranhas dentro do hospital, bem diferente de quando estavam cúmplices em me deixar doido, bebendo e fumando na minha frente! – eu digo rindo ao lembrar da cena.
– A Bia ta estranha, ou a estranha sou eu, sei lá... Não quero falar disso. - ela diz e eu respeito.

Finalmente chegamos à minha casa, pedi a ajuda de Nat para pegar as coisas que precisavam, e só depois a deixaria em casa.

POV NATHÁLIA

Não consigo definir se quem está estranha é a Bia ou se sou eu. Mas enfim, só me uni a ela no hospital por que temos algo em comum, Diego. Por falar nele, to aqui no quarto da Karina arrumando tudo, e o Diego sumiu. Ta de brincadeira com minha cara viu.

– O que eu pego Diego? – eu grito ao abrir o armário de Karina.
– Mano, sei lá, você é mulher, vê aí! – ele grita de volta.
– E a irmã é de quem? – eu retruco.
– E a chatice é de quem? Slc Nathália. – ele grita de volta.
– Você disse o que? Vou quebrar sua cara! – eu digo.
– Espera aí! – ele diz e de repente ouço um monte de caixas caindo – Pode vir quebrar, sua loira de farmácia! – ele diz audacioso.
– Como que é? Vou te mostrar quem é a loira de farmácia. – eu digo e me dirijo rapidamente ao quarto de Raquel, onde Diego estava pegando algumas mudas de roupa.

Ao chegar lá, eu o jogo em cima das caixas que ele havia derrubado a minutos e começo a fazer cócegas nele.
Alan nunca entenderá essa amizade, eu até o entendo por isso, mas gostaria que ele pudesse ver a sinceridade que há entre eu e Diego. Ele é a única pessoa com quem eu posso falar de tudo, brincar, brigar e as coisas continuarem como sempre. O meu grande medo é que Bia também passe a não entender. Em meio a conversas aleatórias e risadas (enfim consegui animá-lo), terminamos o que fomos fazer e Diego foi me deixar em casa.

POV BEATRIZ

Apesar de estar brava com Diego, de ter pedido um tempo, eu jamais viraria as costas pra ele, ele precisava de mim, e eu preciso dele, preciso sentir ele, ouvir sua voz, mesmo que seja pra brigar comigo. Só preciso...
Não queria estar mal com Nat, não mesmo... Sem ela as coisas ficam mais difíceis pra mim. Tava mal com o Diego e acabei transparecendo frieza.
Agora estou aqui com a fofa da Raquel. O médico já veio até nós falar sobre Karina, a febre já cessou e ela já voltou pro antigo quarto de observação. Minha mãe me ligou e eu pedi pra que o Alan viesse me buscar aqui, porque já estava tarde e o Diego não me levaria em casa quando ele voltasse. Em pouco tempo ele já estava lá. Eu e Raquel conversamos bastante, ela se impressionou com minha idade, pensou que eu era mais velha, todo mundo pensa (triste). Acho que ela gostou de mim. Ficamos os três conversando, e então Diego chegou.

– Olá! – Diego diz nos cumprimentando e aperta a mão de Alan, quase vomitei arco-íris com essa cena.
– E aí brother, sinto muito pela pequena! – Alan diz batendo no ombro do Di.
– Obrigada por ter ficado com as meninas! – Diego diz, e eu estou me sentindo em um mundo paralelo. Como assim os dois conversando civilizadamente? Alan deve estar fazendo o possível do impossível pra isso acontecer.
– Minha irmã né cara? E sua mãe é uma flor! – Alan sempre foi assim, galante, nunca deixa de elogiar uma mulher. Se eu não fosse irmã dele, provavelmente me apaixonaria.
– Bom, vamos? – eu levanto-me dizendo.
– Ah, queria que ficassem mais! Filho, me fizeram rir tanto, você acredita? – Raquel diz rindo.
– Acredito sim mãe! – Diego responde.
– Vou fazer um jantar pra vocês qualquer dia! – Raquel diz e neste momento Alan e Diego se olham já com as expressões diferentes.
– Então, vamos né maninho? – digo puxando o braço de Alan.
– Eu levo vocês lá em baixo. – Diego diz e nós nos despedimos de Raquel, depois descemos.

No estacionamento...

POV ALAN

Bom, eu sabia que ia encontrar o cara, então procurei me segurar o máximo, só de pensar naquelas mãos dele na MINHA irmã, eu fervo de raiva. E só pra completar Bia resolveu que ia comprar não sei o que na lanchonete do hospital e deixou eu e Diego no estacionamento sozinhos.

– Cara, acho que a gente precisa conversar! – Diego quebra o silêncio que pairava naquele lugar.
– Precisamos? – me faço de difícil.
– Sim, e você sabe! Temos um grande mal entendido. – ele diz – Porém temos algo em comum, amamos a mesma mulher! – se ele estivesse se referindo a Nat, eu iria quebrar a cara dele agorinha mesmo, mas se ele estivesse se referindo a Bia, é importante ressaltar que ela não é uma mulher ainda. Eu acho... Ai meu Deus.
– E isso não é de hoje né? – eu respondo de braços cruzados.
– Eu nunca amei a Nathália dessa forma que você com certeza está pensando. Nathália é uma irmã pra mim, o que achei que sentia por ela já passou, e não é nada comparado ao que sinto pela Bia agora. – ele diz e eu consigo sentir sinceridade em usas palavras, talvez ele não fosse tão canalha quando eu pensava.
– E o que você sente por ela não é nada comparado ao que EU sinto. Quando eu ia completar 15 anos me vi responsável por duas mulheres cara, você entende isso? – eu digo me aproximando dele – A Bia é o que tenho de mais importante na vida, e por ela eu faço qualquer coisa. Só te digo uma coisa, se você quer realmente entrar na vida dela, faça valer à pena. Por que eu só não te quebrei ainda, por ela e pela Nat. Elas te amam, e eu preciso levar isso em consideração. – eu despejo tudo deixando o que penso às claras.
– Te entendo cara! E queria te pedir desculpas por tudo! – ele diz e eu me impressiono, é muito difícil pra um homem pedir desculpas, mesmo errado. Só que neste caso, não sei se existe alguém errado na história, ele tem as razões dele e eu as minhas. Apenas...
– Não tem de que! – Eu digo abrindo os braços para um abraço.
– Obrigado cara! – ele diz ao nos abraçarmos.
– Obrigada nada, se você fizer minha irmã sofrer, eu corto o seu brinquedo. – eu digo e nós caímos na gargalhada, só que eu estava falando sério.

POV BEATRIZ

Se eu já estava achando estranho o Alan e o Diego conversarem tão civilizadamente (apesar de que eu sei que o Alan jamais armaria um escândalo em uma situação daquelas), quase caí pra trás, quando ao voltar da lanchonete do hospital para o estacionamento vejo a cena mais inesperada do dia. Alan e Diego se abraçando e em seguida rindo de alguma coisa.
Sim, eu devo estar num universo paralelo bem crazy.

Então me aproximo deles devagar com dois copos de suco na mão.

– Ta tudo bem aqui? – eu digo entregando um copo ao Alan.
– Aê Bê, tava com sede mesmo! – Alan diz tomando em um gole só o copo de suco (esse é o meu garoto).
– Ta tudo bem sim! Bom, agora preciso subir de volta. – Diego diz.
– Ok. Qualquer coisa, estamos aí! – eu digo abraçando-o e entrando no carro.
– Tudo de bom aí cara! – Alan diz e nós partimos pra casa.

No carro...

– Eu ainda vou me ferrar andando de carro com você! – eu digo.
– Eu não estou indo pela avenida justamente por isso. – ele responde.
– Pra não ser pego? – eu pergunto.
– Não. Porque estou com você. – ele diz.
– E você vai me ensinar a dirigir quando? – pergunto animada.
– Nunca! Volante não é coisa pra mulher. – Alan diz e eu o fuzilo com o olhar.
–VSF Alan! – eu digo e ele dá risada – Ta rindo de que?
– Você me ama meu, só pode! Mas se falar assim de novo comigo, te deixo aqui mesmo. – ele responde convencido.
– Pois deixe! – respondo e ele dá uma freada brusca.
– Desce. – ele diz abrindo a porta com a cara séria.
– Alan, ta tarde, para de brincadeira, eu to com sono. – peço manhosa.
– Então fica de boca fechada. – ele diz e nós seguimos pra casa o mais rápido que podemos, pois dona Helena não para de apitar no wpp.

POV NATHÁLIA

Depois que Diego me deixou em casa, entrei a procura do meu pai.

– Pai? – chamo sem sucesso – Paizinho, ta aí?
– Até que enfim né? – meu pai diz me cumprimentando – Renata ligou e pediu para ligarmos pelo skype na hora que você chegasse.
– Ai meu Deus, espera que eu preciso trocar de roupa! Vem pai! – digo puxando Seu Téo escada a cima.

Enquanto ele liga o skype no notebook, eu coloco um vestidinho rendando de alcinha branco, que vai até a cocha mais ou menos. Estou penteando o cabelo quando ouço...

– Oi meus amores! – a voz de Renata adentra os meus ouvidos como a brisa suave de um domingo de manhã.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que tem a me dizer, leitores?

#ForçaK #BiegoIsBack

E como eu sei que tem gente que não lê as notas inicias aqui está.

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