Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi vidas!
Mais um capítulo pros meus amores :*



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POV NATHÁLIA

Aí está uma coisa onde eu e Bia somos bem diferentes, eu no lugar dela estaria péssima, porém ela tem uma segurança incrível em si mesma, e mesmo quase perdendo a grande paixão de sua vida, ela se mantém de pé e confiante.
Atendemos ao pedido dela e fomos dormir, ela pegou um short da Mary emprestado, e eu uma camisolinha fina, colocamos dois colchões na sala e dormimos por lá mesmo.
Durante a madrugada ouvi meu celular vibrar, quando vi tinha algumas chamadas do Alan e do meu Pai, devem estar preocupados, então me levanto e vou até a cozinha para mandar um SMS pros dois e não acordar as meninas, é quando recebo outra ligação. 3h 40m da manhã o Diego me ligando.

Ligação On

– Oi. – eu digo seca ao atender o telefone.
– Desculpa se te acordei! – ele diz.
– Não me acordou, mas... O que houve? – eu pergunto.
– Queria conversar! – ele diz e eu não acredito no que ouço, ter amigo homem é realmente um caso seríssimo.
– Quase 4h da manhã Diego? – eu digo indignada.
– Me desculpa? – ele diz ignorando a minha pergunta.
– Pelo que? – eu me faço de difícil.
– Por tudo! – ele diz e eu “quase” me comovo, mentira, me comovi sim... porém...
– A gente só pede desculpas quando está realmente arrependido, o que não é o seu caso, você parecia bem decidido em tudo o que disse hoje. – eu digo grossa, me dirijo a pia e pego um pouco de água – Nem eu nem a Bia merecíamos aquilo. – eu digo sentando-me devagar à mesa.
– Po Nat, eu fiquei louco por saber que vocês me privaram de tudo aquilo e ainda ver a Bia naquelas condições com outro cara! – ele diz.
– Ela não fez nada com o Jean, mas deveria ter feito só pra você aprender a honrar os seus quase 20 anos! Boa madrugada pra você! – eu digo e desligo a chamada, mando a mensagem pro Alan e para meu pai dizendo que está tudo bem, depois coloco o celular no modo avião.
–Nat! – uma voz surge em meio a escuridão vindo da sala.

POV NARRADORA

– O que tá fazendo aqui? – Bia pergunta sentando-se em uma cadeira ao lado de Nat.
– Vi algumas mensagens no celular, vim responder e aproveitei pra beber água! – eu digo baixinho.
– E você estava falando com quem? – ela pergunta.
– O Diego me ligou pra pedir desculpas! – Nat responde.
– Por quê? Ele te fez algo? – Bia pergunta séria.
– Além de ter sido um idiota com você, me falou umas coisas que eu quero esquecer. O Diego agiu como uma criança, não conhecia esse lado dele. – Nat diz tristonha.
– Nat, é necessário conhecer todos os lados de uma pessoa para amá-la verdadeiramente. – Bia diz tocando a mão de Nathália.
– Você ta dizendo isso pra mim ou pra si mesma? – Nathália pergunta e Bia desvia o olhar.
– É, acho que é pra nós duas! – Bia diz.
– O Diego é um filho da... mãezinha linda dele, mas ele é incrível Bia, não desiste agora, tá cedo! – Nat diz encorajando Bia.
– E você vai desenrolar quando com meu irmão? – Bia pergunta e Nat congela.
– Quando eu sentir um pouco mais de firmeza nos sentimentos dele por mim, quem sabe! – Nat diz cabisbaixa.
– Ok, vamo parar com esse assunto! E... Vamos acordar a Mary? – Bia sugere.
– Agora! – Nat diz e elas correm animadas de volta pra sala.

Ao chegarem até Mary a acordam com cócegas e gargalhadas altas.

– Vocês tem noção de que horas são? – Mary diz sonolenta e toda descabelada.
– Total! – Nat diz.

E assim elas passam o resto da madrugada, conversando até pegarem no sono novamente e serem despertadas em minutos pelo alarme.

POV NATHÁLIA

Acordamos e fomos pro quarto da Mary nos arrumar.

– Terça, doce terça! – Bia diz saindo do banheiro enxugando os cabelos molhados e vestida numa blusa emprestada por Mary.
– Pode crer, nem sei se vou ter vida essa semana, tenho tanta prova! – eu digo esparramada na cama de Mary, já pronta.
– É nóis amiga! – Mary diz penteando os cabelos no espelho.
– E você ainda tem que ensaiar, esqueceu mocinha? O Miguelzinho parece ser bem exigente. – Bia diz irônica.
– Perái, não era Alan? – Mary diz confusa.
– É Alan, Mary. É a Bia que acordou engraçadinha hoje. – eu digo fuzilando Bia com o olhar.
– Nem adianta me olhar assim, você entrou seminua no restaurante e ele quase te comeu com os olhos! – Bia diz e eu me seguro pra não cometer um homicídio.
– Você também estava, e outra, normal que alguém não pare de olhar pra uma pessoa que entra com aqueles trajes num restaurante, ainda mais como aquele. – eu digo.
– Alguém me atualiza? – Mary pergunta perdida, e então eu explico tudo pra ela.

Depois de prontas, descemos pro café da manhã, a mãe de Mary preparou uma mesa linda pra gente, tomamos café e então, eu e Bia tivemos que ir pra casa. O trajeto até lá foi tranquilo, tirando o fato de ter um milhão de ligações e mensagens do Diego... Acredito que com a Bia não era diferente, ela olhava o celular que apitava toda hora, mas não atendia nem respondia nada. Chegamos no bairro e foi cada uma para sua casa.

POV ALAN

Passei a noite toda mandando currículo pra todos os lugares possíveis e impossíveis, até pra vaga de açougueiro eu me candidatei (nada contra os açougueiros). Até que cai no sono em cima do notebook, acordei no dia seguinte com os passinhos de Bia pelo corredor.

– Bom dia maninha! – digo ao vê-la passar pela porta do meu quarto que está aberta.
– Bom dia! – ela diz entrando no meu quarto e sentando-se ao meu lado na cama.
– Como foi a festa? – eu pergunto.
– Ah, foi ótima! – ela responde um pouco estranha, mas eu ignoro.
– Hum, e essa mão aí? – eu digo pegando-a de leve.
– Melhorando! – ela diz e eu percebo um pouco de tristeza em suas palavras. Bia não costumava demonstrar suas tristezas, mas pra mim ela não tem disfarce.
– Posso te dar um abraço? – eu peço.
– Por favor! – ela diz e eu a abraço bem forte como se tentasse roubar toda a sua dor pra mim. Como se estivesse protegendo-a de algo, de trovões, por exemplo, Bia sempre correu pra minha cama em noites de tempestade, ou quando ouvia algum barulho pela casa, ou quando estava doente, inúmeros fatores fizeram com que nós fossemos extremamente próximos, inclusive a morte do nosso pai.

POV BEATRIZ

Não deixei transparecer nada pro Alan nem pra minha mãe, passei o resto da manhã no quarto, coloquei o celular no modo avião porque não aguentava mais ele apitando toda hora. Minha mãe não foi trabalhar hoje então eu não precisava me preocupar com a casa nem com comida.

– Filha! – ouço minha mãe me chamar e em seguida ela entra no quarto – Filha, telefone pra você!

Eu atendo, é Gabriela uma colega de sala, dizendo que tem um cartaz na frente da escola suspendendo as aulas de hoje, pois a escola seria dedetizada. Ótimo! Vou passar o dia todo fazendo merda nenhuma...

POV NARRADORA

E assim foi, Bia passou boa parte da tarde em seu quarto, hora estudava, hora ouvia música no fone, hora pensava incessantemente em Diego. Alan foi para o colégio e Nathália também.

Helena fazia uma torta de limão quando sua campainha toca.

– Oi! – ela diz animada ao abrir a porta e reconhecer o moço formoso.
– Olá dona Helena! – Diego diz entrando na casa – A Bia está?
– Hum, está sim, mas não sei se ela está acordada! – Helena diz.
– Gostaria de vê-la! – Diego diz acanhado.
– Bom, vou deixá-lo subir, porque a Bia não saiu do quarto hoje e talvez não queira descer! – Helena diz e Diego vai de escada a cima até o quarto de Bia.

POV DIEGO

Assim como Bia foi de encontro a mim quando eu estava prestes a desistir de nós, hoje sou eu que venho, não posso perdê-la por idiotice.

– Pode entrar! – uma voz ecoa de dentro do quarto ao me ouvir bater na porta.
– Obrigada! – eu digo entrando no quarto e recebendo um olhar de desgosto de Bia.
– Quem te disse que eu estava em casa? – ela pergunta sentando-se na cama de costas pra mim.
– Ninguém me disse, tentei a sorte! – eu digo sentando-me ao seu lado.
– O que você quer am... Diego? – ela diz e por um segundo eu fico feliz por saber que ela ia me chamar de “amor”, isso significa que ela me ama, então irá me perdoar. Porém, depois sinto a tristeza em suas palavras.
– Eu quero você! – eu digo terno.
–Muitos querem! – ela diz com o queixo apoiado nos joelhos, e eu respiro fundo ao ouvi-la.
– Mas é de mim que você gosta! – eu digo calmo.
– Repete isso mais uma vez, quem sabe assim você se convence! – ela diz e eu concordo com suas palavras – Mas quer saber? Te perdoo sim. – ela diz virando-se pra mim.
– Sério? – eu digo animado.
– Sério. Mas eu quero um tempo. Você tem sido tudo pra mim ultimamente Diego, tem ocupado minha vida, meus pensamentos de uma forma incrível! – ela diz e eu fico comovido.
– E isso não é bom? Não é lindo? – eu digo segurando em sua mão machucada e depositando um beijinho ali.
– Lindo sim, mas, bom pra quem? – ela diz e eu passo a refletir – Será que vale a pena eu enfrentar tudo e todos pra estar com você? Será que vale a pena todas as noites de sono que eu perco por você? Me sentindo culpada muitas vezes de coisas que eu não tenho culpa alguma, porque te amo tanto que não tenho coragem de ter culpar de algo?
– Se me ama mesmo, sabe que vale a pena! – eu digo sincero.
– Ai que tá. E você? Você me ama? – ela diz.
– Claro que te amo, você é minha menina! – eu digo sorrindo.
– Não quero que você me olhe como uma menina que você pode controlar! Você não confia em mim, e isso já é o suficiente. – ela diz abaixando a cabeça – Esse tempo que eu estou pedindo é mais pra você do que pra mim!
– E a gente vai continuar se falando? – eu digo preocupado.
– Não acho conveniente! – ela diz e eu me levanto da cama.
– Eu te amo! – digo depositando um beijinho em sua testa, em seguida me retiro do quarto sem obter resposta.

Ao descer de volta à cozinha encontro dona Helena.

– Ta tudo bem meu filho? – ela diz passando a mão levemente em meu rosto.
– É acho que sim! – eu digo depositando um beijo em sua mão.
– Não parece, ta com a mesma cara da Bia, tão tristinhos! – ela diz fazendo bico.
– Dona Helena, tudo o que eu mais quero é fazer com que sua filha jamais fique triste! Mas não tenho me saído muito bem! – eu digo segurando sua mão – Me desculpe!
– Não tem do que se desculpar meu filho, aquela moleca não é nada fácil também! Faço muito gosto de vocês, o grande problema é o Alan! – ela diz e ao mesmo tempo que me alivio, sinto raiva.
– Agradeço muito, o seu apoio é mais que importante pra nós! Bom, agora preciso ir, trabalhos da faculdade me esperam! – eu digo e dona Helena me leva até a porta, nos despedimos e volto pra casa.

– Karina! – eu entro animado em casa – Karina, a mãe dela apoia! – eu continuo procurando-a – K! – eu digo já preocupado.
– Di! – ouço uma voz baixinha vindo do quarto.
– Oi minha princesa! O que você tem? Cadê a mamãe? – pergunto ao vê-la deitada na cama.
– Ela foi comprar remédio pra K! – ela diz com a voz falha, e então eu toco em sua testa.
– Você está ardendo de febre Karina! – eu digo ao senti-la muito quente, faço fisioterapia, mas tenho noções de primeiros socorros.
– Di, eu tô mole... – ela diz querendo fechar os olhos.
– K! Karina, não dorme, calma! MÃEE! – eu grito aflito – Calma, vou te levar no médico. – eu digo pegando-a no colo, mas antes que eu chegasse na escada, Karina já estava desfalecida em meus braços, mais branca que nunca – Ai meu Deus, Karina, não faz isso com o Di! – eu digo já chorando.


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Notas finais do capítulo

:( tadinha da K!

Gente, preciso confessar que estou muito desanimada pra continuar postando, perdão mesmos e o capítulo não está saindo como esperam. Sei que é chato pedir, mas comentem, isso estimula muito o Escritor, acreditem!

Obrigada desde já!
Até a próxima!



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