Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente ta aí mais um capítulo, preciso da opiniões dos meus lindos leitores fantasmas galera, preciso que me avaliem, sugiram, afinal, a fic deve estar boa pra vocês. Beijos.



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POV NATHÁLIA

Estou no meu quarto cantando, quando de repente minha irmã entra no quarto:
– Nath, meu amor. – ela diz toda animada.
– Que é isso, esqueceu como é bater na porta? – digo enxugando algumas lágrimas que caíram sem permissão.
– Estou feliz! – ela diz ignorando minha pergunta.
– E eu posso saber o por quê? – digo deixando o violão de lado, voltando minha atenção á ela.
– Pode sim. Estou solteira! – ela diz me abraçando.
– Nossa, que incrível... Digo... Nossa Rê, porque? – falo tentando disfarçar.
– Sim, que incrível sim! Ele é uma ótima pessoa, mas como meu namorado, já não dava mais. Agora ele ta livre, investe menina.
Eu estava me levantando pra colocar uma roupa pra ir dar uma volta, mas, quando ouço isso parece que esqueço com se anda.
– O que você disse? – digo incrédula.
– Pra você investir ué. Vocês são melhores amigos, e eu sempre percebi que ele te olha diferente. – minha irmã diz super tranquila.
– Você falando assim até parece que não gostava dele.
– Bem menos do que eu devia, e também nunca fui ciumenta.
– Sei, mas não Rê... Eu e ele? Nada a ver. Somos melhores amigos, não quero misturar as coisas. – digo tentando me convencer de que não deveria criar esperanças
– Algo me diz que você vai mudar de ideia logo logo. Super apoio! – ela diz me dando um beijo e se retirando.

Rê sempre foi minha companheira da vida toda, nós perdemos nossa mãe pro câncer muito cedo, e a única referência feminina que eu tinha era ela, então temos um elo incrível, mas daí a “super apoiar” meu namoro com o ex dela, já é loucura demais. As palavras dela ao invés de me encorajar, me fizeram sentir culpa, não posso namorar meu ex-cunhado, preciso dar um jeito nisso. Pego o telefone e...


N: Oi Di, tudo bem? Que tal a gente pegar aquela praia hoje? Não fui pra escola, to a fim de sair do tédio.
D: Nossa, não esperava sua ligação, to bem sim. Claro que vamos, podemos nos encontrar em frente ao quiosque?
N: Claro que sim. Vou me arrumar.

A única forma de tirar ele da minha cabeça é ocupando ela com outras coisas, outras pessoas...
Coloco um biquíni rosa, uma tanga de crochê branca cobrindo apenas a da cintura pra baixo e coloco meus óculos escuros. Vou saindo de casa, em direção à avenida, onde eu iria pegar um táxi para a praia quando...

POV ALAN

Estou na sala tocando piano, curtindo meu super tédio, quando a dona Helene me pede pra comprar algumas coisas pro jantar, saio de casa, quando de repente encontro uma loira linda de costas pra mim, com roupa de praia, no ponto do táxi. Me ponho ao lado delo, observando o nada como ela estava fazendo e digo:

– O dia tá lindo né? – ela se vira pra mim, e o seu perfume que evapora daquela pele quente do sol, invade minha alma, atraindo tudo de bom que tem dentro de mim pra si.
– Melhor impossível! – ela diz calma e séria.
– Tá de saída? Posso te levar.
– Não precisa, o táxi deve estar chegando. – ela diz voltando seu olhar pro nada.
– Tudo bem. Se fosse algum tempo atrás você me convidaria pra ir com você. Parece que as coisas estão mudando rápido demais por aqui.
– Pra você ver. – ela diz tirando os óculos e me mirando com aqueles olhos azuis, olhos que em questão de horas passaram a me olhar diferente, e que logo desviam pra avenida. – Olha meu táxi chegou. Até mais.
– Nathália? – chamo-a enquanto ela não entra no carro – Eu estarei sempre aqui. – ela não me responde, mas aqueles olhos sempre disseram muita coisa.

Tem alguma coisa acontecendo, minha loira ta mudando, será que ela ta percebendo que eu to na dela e ta se afastando? Preciso entender isso, mas, pra onde será que ela foi? A Nathália não é do tipo que vai à praia sozinha. Se ela ta com alguém e não me contou.... Nem sei o que faço.


POV NATHÁLIA

Fazia tempo que eu não ia à praia, que dia lindo, bem que o ... Enfim, eu vim justamente pra não pensar nele. Achei uma boa ideia chamar o Diego pra sair, ele sempre foi afim de mim, já tinha me chamado pra sair, mas eu sempre fugia, só que agora eu to precisando “cheirar as flores do campo” como um velho amigo me dizia.

– Oi Nat. – alguém diz, me tirando dos pensamentos e logo vejo que é Diego.
– Oi Di, quanto tempo. – o cumprimento com um beijo no rosto.
– Nem tanto, mas a gente andou se afastando. – ele diz um tanto decepcionado.
– Eu que me afastei de algumas coisas, mas pretendo mudar isso, por isso estou aqui. Vamos pra areia?
– Primeiro vamos tomar uma água de coco?
– Poxa só trouxe o dinheiro pro táxi, mas pode ser, eu vou andando.
– Você nem vai pagar o coco, nem vai voltar andando, eu sei que você que me chamou pra sair, mas o homem aqui sou eu.
– Nossa, ok! – digo surpresa.

Diego demonstrou o oposto da maturidade que tinha quando se disse apaixonado por mim, o fato de eu não ter dado bola pra ele era porque ele dava bola pra todas, e era muito “criança”, mas, vejo que julguei precipitadamente. Ele foi a primeira pessoa que eu conheci aqui no bairro novo, e em menos de duas semanas, ele já se dizia louco de amores por mim. Acho que a melhor forma de esquecer alguém que não gosta de mim, é me dedicando á algo que vou ter retorno, gostando de alguém que gosta de mim. Vamos em frente.

Nos divertimos á beça, nadamos, cantamos, comemos, brincamos como nunca, conversamos sobre a vida, claro que coisas boas né, e tivemos a oportunidade de nos conhecermos melhor. Foi incrível! Já estava tarde, deste dia cheio de emoções, só quero levar as coisas boas. Diego foi me levar em casa como o prometido.


POV ALAN

Estou sem aula essa semana, tá um tédio, ainda por cima minha melhor amiga resolve sair a tarde toda, e pra completar estou solteiro... O que me resta é dormir né? E foi isso que fiz a tarde inteira, acordei já de noite, com o cheirinho da comida da minha irmã Beatriz, aquela pequena tem talento pra tudo. Mas não me deixo levar, me levanto e vou procurar Nat, pra ver se ela quer tocar um pouco. Mas me arrependo amargamente de ter saído de casa, na verdade, eu podia nem ter vivido esse dia.

POV NARRADORA

Quando Diego e Nathália chegam à casa dela, eles descem do carro, e se despedem:
– Adorei a tarde, acho que se não fosse por você eu tinha passado o resto do meu dia, trancada tocando as músicas mais tristes do universo. Obrigada. – ela diz rindo.
– Não tem do que agradecer, a ideia foi sua. – ele diz com um sorriso incrível.
– Mas você aceitou, obrigada sim, e pronto. Quero te ver mais vezes.
– Haha ok, não precisa pedir duas vezes loirinha! – ele diz passando a mão nos cabelos dela colocando-os atrás da orelha.

Alan ao sair de casa presencia aquela cena, estava em uma distância considerável o bastante para ouvir Diego chamar a Sua Loirinha, de Loirinha. Parou e ficou observando tudo o que acontecia.

– Agora... eu... preciso entrar! – diz ela desconcertada.
– Calma ta cedo! – diz ele puxando-a para um beijo.

Ela não pode negar que estava gostando, apesar de seu coração ser de outro, Diego tinha muitos atributos que explicavam perfeitamente o porque de todas as garotas caírem aos seus pés. Ela não recuou, se entregou, precisava daquilo, precisava descobrir que podia estar com outra pessoa, afinal, era livre pra isso. Não demora muito e eles se separam.

– Bom, agora sim, boa noite. – ele diz feliz.
– Boa noite Di, mas, não preciso dizer que não podemos misturar as coisas, foi só um beijo.
– Entendo perfeitamente. Já está de bom tamanho. – ele diz entrando no carro e saindo.

Alan não pode acreditar no que viu, não conseguia andar nem falar, estava em um turbilhão de sensações.
Nathália não estava diferente, mas quando se virou para entrar em casa, seus olhos se encontraram com os de Alan, num misto de decepção e desejo. Ela não conseguiu entender aquela sensação que Alan transmitia, deu um passo indo ao seu encontro, e ele deu um passo se distanciando, e indo rápido pra casa. Nathália sentiu uma dor inexplicável. No mesmo tempo, lembrou de tudo o que lhe aconteceu naquele dia, e se sentiu mal, por ter procurado Diego para fazê-la esquecer de Alan, e ainda mais por Alan ter presenciado aquilo. Sem rumo, Nathália segue para casa, ao entrar se depara com seu pai aguardando-a na sala:
– Isso são horas Nathália Andrade?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, o próximo capítulo terá um momento digamos "fofo". Espero vocês nos comentários. Acompanhem a história. Beijos.



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