Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demoraaa! : (
E também peço perdão desde já por ser tão melancólica e fazer a Nathália sofrer tanto, porém a maturidade de qualquer pessoa é construída muitas vezes através de sofrimentos, perdas e traumas como é o caso da Nathália. O que eu quero passar a todos com essa personagem é que QUALQUER PESSOA É CAPAZ DE AMAR É SER AMADO apesar de ter o coração machucado tantas vezes.
Outra coisa, estou pensando em depois que terminar está fic, criar outra com a história de Bia e Diego, mas esta com direito a tudo, namoro, faculdade, noivado, casamento, filhos, e tudo mais, o que acham? É só uma ideia por enquanto.
Enfim, boa leitura my love *-*



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POV DIEGO

Eu e Nathália estávamos conversando enquanto esperávamos Bia voltar, quando uma senhora de aparência familiar nos abordou.

– Com licença garotos! – ela diz educadamente – Posso falar com você querida? – se dirige à Nat.
– Depende. – Nat responde rígida. Aí tem...
– Olá! – eu digo.
– Olá mocinho! Como vai? – ela diz e então eu me recordo de que ela é mãe de Bia.
– Estou bem, querem que eu dê licença? – eu digo.
– Não Diego, não tenho segredos com você, e também ela já está de saída! – Nat diz e eu estranho mais ainda.

No mesmo instante, vejo ao longe Bia acenar para que eu saia de lá.

– É Nat, eu vou fazer uma ligação, é que... bom, já volto! – eu digo e me retiro de lá rapidamente.

Quando chego próximo à Bia, ela me puxa para um lugar que parecia mais um beco.

– Você não quer mesmo ir na festa? – ela diz um pouco sem graça.
– Não posso linda! De verdade. Mas quero que você vá e se divirta por nós dois! – eu digo. Não faço a linha ciumento-possessivo, dou às pessoas que amo a liberdade que quero pra mim, e isso sempre deu certo. Ops, eu pensei “amo”?
– Você não existe! – ela diz e me beija com paixão.

POV NATHÁLIA

Ainda não acredito que a Helena teve a audácia de vir falar comigo depois da forma que me tratou, impressionante!

– Pois não! – digo demonstrando que quero tratar do assunto o mais breve possível.
– A Bia chegou lá em casa querendo me falar alguma coisa que tinha a ver com você, então a perguntei se ela havia te visto e... – Helena diz e eu já me canso de ouvir.
– E? – eu digo tentando apressar as coisas.
– E eu vim me desculpar por hoje cedo. – ela diz tristonha.
– Mas porque? A errada não era eu de ter dormido na sua casa? – digo irônica.
– Nathália, não seja assim querida, estou de coração aberto. – ela diz e eu me comovo (um pouco).
– Olha dona Helena, o fato de eu ter dormido na mesma casa que seu filho, não significa que eu seja uma qualquer como você insinuou. – eu digo.
– Eu entendo, só me assustei um pouco. – ela diz.
– Então, gostaria de te fazer um pedido! – eu digo.
– Diga! – ela responde.
– Gostaria que a Bia fosse a uma festa comigo hoje! Teria algum problema? – eu pergunto aflita.
– Bom... Onde é e com quem voltam? – ela diz e eu me animo.
– É próximo ao meu colégio, e estava pensando em dormirmos na casa de uma amiga nossa que é perto de lá, sabe? Pra não virmos sozinhas de madrugada. – eu digo.
– Eu não deveria deixar, mas como você é responsável, eu vou confiar, cuide bem do meu bebê. – ela diz e eu penso “Arran, bebê, sei...”.
– E então está tudo bem entre nós? – ela pergunta.
– Sim, tudo sim, foi só um mal entendido! – digo pegando o celular e mandando uma mensagem pra Bia.

Nat ♥: Vamo parando com a saliência aí, sua mãe deixou, e está indo pra casa, vem vamos nos arrumar!

– Nat? – Helena me chama.
– Oi, a senhora disse algo? – eu pergunto distraída.
– Bom, deixe pra lá, vou pra casa, aproveitem! E amanhã quero as duas bem cedo por aqui! – ela diz e eu sorrio.
– Tudo bem dona Helena, boa noite! – eu digo.
– Boa noite! – ela diz em resposta.

POV BEATRIZ

Depois de longos minutos de beijo, nos soltamos retomando o ar. Então Diego me olha por alguns segundos sem dizer nada, mas logo após resolve quebrar o silêncio.

– Queria te dizer uma coisa! Mas não sei se tenho coragem! – ele diz e eu começo a tremer que nem uma vara verde.
– Po-pode dizer! – eu digo gaguejando.
– Vontade não me falta! – ele diz e dá uma pausa – Eu... quer dizer, você a... – somos interrompidos pelo meu celular. É Nat, leio a mensagem, respiro fundo pra não xingá-la e respondo:

Bia ♥: Vou pegar umas roupas em casa e a gente vê qual fica melhor! Sou obrigada a te matar depois...

– Desculpa Di, eu tenho que ir agora! – eu digo com o coração apertado.
– Tudo bem... – ele diz e eu sei que não tá tudo bem.
– Mesmo? – eu pergunto.
– Sim, vamos ter outra oportunidade! – ele diz e dá um leve sorriso.
– Sem dúvida! – eu respondo dou um selinho nele e me viro em direção a rua e ele me puxa de volta.
– Me liga qualquer coisa! – ele diz e me abraça forte.
– Ta, não some! – eu digo e vou pra casa pegar minhas roupas.

POV NARRADORA

Após a saída de Bia, Diego segue em direção aonde Nat está, passando por dona Helena!

– Acho que está dando a hora de vocês e a minha também! – Diego diz ao ver Nathália a sua espera.
– Que carinha é essa? – Nathália o interroga.
– Nada Nat! Beijo, boa noite, se cuida viu, qualquer coisa me ligue sem pensar duas vezes. – ele diz a cumprimentando com um beijo.

Assim que Diego vai embora Bia chega até Nat.

– Você tinha que mandar mensagem bem naquela hora? – Bia diz com cara de quem comeu e não gostou.
– Ih, atrapalhei algo? – Nat pergunta.
– Acho que ele tinha algo importante pra me falar, mas aí tive que responder sua mensagem bem na hora. – Bia diz.
– Vai ter outra oportunidade, com certeza, mas agora, vamos nos produzir! – Nat diz animada.
– Não sei se quero ir! – Bia diz desinteressada.
– Ah, vai sim! – Nat diz arrastando Bia pra dentro de casa.

POV NATHÁLIA

Ao entrarmos recebi uma mensagem do meu pai dizendo que iria ficar até mais tarde no escritório, meu pai é contador e ultimamente digamos que “ta chovendo na horta dele”, comuniquei que iria na festa com a Bia e a Mary e que voltaria no dia seguinte pois dormiria na casa da Mary. Ele não implicou, então eu e Bia fomos pra cozinha fizemos um lanche rápido e fomos pro meu quarto nos produzir.
Bia tomou banho no banheiro do corredor e eu no do meu quarto, depois começamos a produção.
Eu estava e um vestido prateado brilhante e um saltinho delicado azul, uma pulseira dourada, e colar e brincos da mesma cor. Bia ondulou as pontas do meu cabelo, o dividiu no meio de forma que ele caísse em cascatas e em um dos lados prendeu uma mecha em um broche dourado.
Bia optou por uma saia preta justa com brilho e uma blusa dourada de cetim, calçando uma simples sapatilha preta. Como acessórios usou anel, pulseira e brincos dourados, e o cabelo eu prendi num coque desajeitado.
Usamos a abusamos da maquiagem forte, perfumes, cremes, enfim, estávamos prontas pra divar.
Bia não estava muito confortável por causa da mão machucada, mas eu sempre conseguia animá-la quando ela pensava em desistir.
Estávamos mais que prontas então descemos as escadas e ficamos na sala esperando dar a hora, conversando sobre amenidades, quando alguém bate na porta.

Quando abro...

POV ALAN

Depois que cheguei da escola fiquei fazendo os deveres e tentando compor algo quando Bia chega correndo em casa, depois minha mãe sai, e Bia também, depois minha mãe volta e Bia também, aí eu fiquei confuso. Então ouvi um papo de festa, foi então que minha mãe falou que Bia iria passar a noite fora, imediatamente terminei o que estava fazendo e fui atrás de Bia que já havia saído de novo, no lugar mas óbvio do mundo. Bato na porta, quando a porta se abre, eu quase tenho um ataque fulminante, Nathália parecendo uma deusa, um anjo, uma... nem sei descrever.

– Alan? Hey? Ta aí? – Nat me desperta do transe.
– Meu Deus, você está divina. – eu digo pasmo – Essa produção toda é pra mim? – eu digo brincalhão.
– Não dessa vez, vou a uma festa hoje! – ela diz – Entre. – ela dá passagem.

Quando eu entro quase tenho um outro ataque fulminante, minha irmã, minha bebezinha.

– Onde a senhorita vai desse jeito? – eu digo.
– Nem começa Alan, vou na mesma festa que a Nat. – ela diz e eu a abraço – Me solta, vai me bagunçar inteira!
– Nossa, chata! Quer que eu acompanhe vocês? – eu me ofereço.
– Não precisa, já chamamos o táxi! – Nat diz sorridente.
– Bom, já deu nossa hora, e olha, o táxi chegou! – Bia diz ao ouvirmos a buzina do táxi.

Eu as acompanho até o carro, dou um milhão de recomendações, além de me certificar de que elas estavam com os celulares carregados e que sabiam os números de emergência. Elas partem e eu vou pra casa.


POV BEATRIZ

Vamos em direção a casa de Mary como o combinado, ao chegarmos lá, não demoramos muito e partimos pra festa que não é muito longe dali.
Quando chegamos na rua, já é possível ouvir o barulho, parece ter muita gente, quando entramos era possível ver quase todos os olhos quase nos engolindo, somos bem recepcionadas e seguimos para uma mesa vazia.

– Nossa, tá tudo lindo! – eu digo.
– Daqui a pouco a gente vai falar com o Jean. – Mary diz.
– Caso queiram alguma coisa, podem se dirigir ao barzinho ali! – um moço se aproxima de nós dizendo e apontando para um barzinho improvisado pelo Buffet contratado.
– Bia, nada de exageros viu? – Nat diz a mim.
– Pode deixar. – eu respondo revirando os olhos.
– NAAAAAAT! – um rapaz se aproxima de nós animado, deve ser o tal do Jean.
– Parabéns Je, ta gatão hein! – ela diz abraçando-o e eu tenho que concordar com Nat.
– Você que tá gostosa pra ca...
– Epa! Temos menores de idade na mesa! – Nat diz referindo-se a mim e a Mary que tem apenas 17 anos e eu a fuzilo com os olhos.
– Esses menores de idade são os piores! – ele diz rindo e cumprimenta Mary – E quem é essa deusa? – ele diz pegando minha mão e beijando-a delicadamente e eu fico sem jeito.
– Sou Beatriz, mas pode me chamar apenas de Bia, prazer e parabéns! – eu digo retribuindo a gentileza.
– Obrigada! – ele diz parecendo encantado.
– E desculpe por vir sem ser convidada! – eu digo sem jeito.
– Seria um crime se Nathália não te trouxesse! Encantado. Fiquem a vontade, a festa é pra vocês! – ele diz e se retira em seguida.
– Ai, ele é um amor né? – diz Mary segurando o queixo com cara de boba.
– É sim, é sim... – eu respondo e Diego vem a minha mente no exato momento – Vamos dançar? – eu digo na esperança de afastar alguns pensamentos da minha mente pelo menos por uma noite.
– Só se for agora! – Mary diz se levantando.

Vamos para o meio do salão e dançamos com se não houvesse amanhã, e eu como se estivesse linda com aquela mão machucada, acho que era por isso que todos estavam me olhando. Voltamos pra mesa e então Nat deu início ao assunto que ela mais temia. O término no namoro dela com o Henrique, eu e Mary ficamos de queixo no chão quando ouvimos a história nos mínimos detalhes, porém não deixamos que isso a abatesse, em minutos ela já estava sorrindo como sempre e os olhos azuis brilhavam como nunca, parecia mais leve após compartilhar isso conosco.

– Vou ir beber alguma coisa! – eu digo levantando-me.
– Te esperamos aqui! – Mary diz e eu balanço a cabeça em sinal de positivo.

Quando estou atravessando o salão para ir até o barzinho, começa a tocar uma música bem lenta, daquelas de “sofrência” mesmo, pra chorar... Então antes que eu atravessasse o salão por completo, alguém me puxa pelo braço e sussurra no meu ouvido o que faz meu corpo entrar em transe por completo, “Me concede a honra desta dança?”. Então reconheci a voz, voz da qual eu ouvi o primeiro pronunciar não havia muito tempo. Jean.
Eu nada respondo, apenas viro, recosto a cabeça em seu ombro direito e passamos a dar leves passos acompanhando a música.
Antes que a música acabe eu o olho nos olhos por alguns minutos e várias coisas me veem a cabeça... Coisas que eu queria esquecer...

Flashback On

“Porque eu sei que ela nunca vai enfrentar nem uma mosca pra gente ficar junto. (Diego, cp. 13)”
“Você não entende que vai ser melhor pra todo mundo? (Diego, cp. 15)

“Tchau Beatriz. (Diego, cp. 13)”

Flashback Off

Desperto dos pensamentos a tempo de impedir que eu seja beijada.

– Me desculpe! – Jean diz educadamente ao perceber que eu não queria beijá-lo.
– Eu que peço desculpas. Adorei dançar com você! – eu digo me saindo dos seus braços.

Então continuo indo em direção ao barzinho.

– Pois não, o que deseja? – o barman diz.
– Um coquetel de pêssego com vodka, por favor! – eu digo e ele começa a fazer.

POV NATHÁLIA

Estou esperando Bia com a Mary conversando sobre amenidades, quando sinto o celular vibrar dentro da bolsa.

– Oi Di! – eu digo um pouco alto por conta do barulho.
– Ta tudo bem aí? – ele diz.
– Sim, ta tudo bem sim! Já saiu da facul? – eu pergunto.
– Falta 20 minutos! – ele diz e então eu tenho uma ideia.
– Di, só um minutinho! – eu tiro o telefone da orelha e digo a Mary – O que acha de chamar o Di pra vir ficar com a Bia? – eu digo.
– Acho ótimo! – Mary responde pois já sabia do envolvimento deles.
– Di? – eu o chamo no telefone – Se não for muito incômodo e você não estiver muito cansado, vem aqui? – eu peço.
– Sério? – ele diz animado.
– A Bia vai amar! – eu digo.
– Logo mais apareço por aí! – Di diz e desliga o telefone.

POV NARRADORA

Enquanto isso, Bia já estava virando o segundo coquetel, quando um homem, que não é Diego, nem Alan, nem Jean, nem ninguém que Bia poderia imaginar que se aproximasse dela, senta-se ao seu lado...


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Notas finais do capítulo

Não desistam de mim, prometo voltar a postar assim que me sobrar mais tempo, juro juradinho!
Amo muito tudo isso! ♥



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