Eu só queria você pra mim escrita por Beatriz Santos Silva


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

tô atrasadona com os capítulos, as férias deveria ser a época pra adiantar mais os capítulos como eu estava fazendo antes né? Certo? Errado. Só tenho muita inspiração quando minha vida ta a mil por hora, e nas férias isso é meio complicado. Mas enfim, pra compensar o desastre do último capítulo. Ta aí um capítulos com mais de 3.000 palavras!
Saboreiem-se!



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POV NARRADORA

Todos na sala se olhavam intrigados, Nathália tentava dizer algo, mas não conseguia, sabia que não haviam feito nada, mas de qualquer forma parecia errado ela ter dormido na casa de Helena sem seu consentimento.

– Dona Helena, me desculpe, o Alan não queria ficar sozinho, e... – Nathália diz mas é interrompida.
– O Alan, não é um bebê Nathália. E outra, seu pai não gostaria de saber disso. – Helena diz.
– Assim como o Alan não é um bebê, eu também não sou dona Helena, sou maior de idade. – Nathália diz e Bia se impressiona com sua audácia.
– Mas mora debaixo do teto dele! – Helena diz deixando de lado toda a doçura de sempre. Parecia alterada.
– Isso definitivamente não é uma coisa que eu precise discutir com a senhora dona Helena. – Nathália diz e Bia intervém.
– Mãe, a Nat arrumou um emprego, e ela irá receber consideravelmente bem pra se manter sozinha se for o caso. – Bia diz.
– Ela pode se manter onde ela quiser, só não quero safadezas na minha casa! – Helena diz rude.
– COMO ASSIM? “Safadezas”? Não aconteceu nada, a senhora acha que eu sou o que? – Nathália diz alterando-se.
– Nós só dormimos mãe! Não pilha! – Alan finalmente pronuncia algo.
– Eu não estava aqui pra ver! – Helena diz.
– Então não pode sair por aí afirmando que eu fiz coisas que você não estava aqui pra ver! Olha, quer saber, tô indo, isso tudo aqui já me cansou. – Nathália diz indo em direção à sua mala - E você Alan, obrigada por ter me defendido com tanta veemência! Me impressionei. – Nathália diz irônica ao voltar-se para Alan - Não tenho que provar nada pra ninguém!
– A partir do momento que se atraca com meu filho dentro da minha casa, tem sim! – Helena diz mantendo a postura.
– Não seja por isso dona Helena, estou de saída. – Nathália diz indo em direção a porta, porém ainda tem algo a dizer – Sabe dona Helena, eu pensei que você fosse diferente, pelo menos foi o que aparentou, por alguns segundos eu pensei que você pudesse preencher um pouco do vazio que minha mãe deixou na minha vida, mas estou vendo que me enganei, não é a primeira vez que me julgam uma qualquer! Porque eu pensaria que agora seria diferente?– ao dizer isso atravessa a porta da casa de Alan que tenta ir atrás dela, mas Helena o chama de volta.

POV ALAN

– Mãe, o que deu em você? – Alan diz em alta voz.
– Sem noção você mãe, me deixa ir ver o tamanho do estrago que você fez! – diz Bia saindo de casa, provavelmente indo atrás de Nat, o que me alivia um pouco, mas não o suficiente.
– Alan, eu só tenho medo das consequências dos atos impensados de vocês, só! – Helena diz mais calma.
– Isso não te dá o direito de humilhar ninguém! Você falou como se a Nathália fosse a única culpada, se é que o termo "culpa" cabe a esse assunto. Eu que permiti que ela dormisse aqui, eu sou homem esqueceu? No fundo você queria brigar comigo, mas como não teve coragem, se sentiu feliz por descontar nela né? Parabéns! – eu digo batendo palmas – Me deixa sair daqui antes que eu vomite! – vou indo em direção à porta.
– Pra onde você pensa que vai? – minha mãe diz.
– Eu não penso. Eu vou! – digo e me retiro de casa, nem sei pra onde eu vou, pra casa de Nat certamente não.

POV BIA

Corri atrás de Nat como uma louca, até que consegui alcançá-la.

– Me espera! – eu digo chegando perto dela que nem me olha – Peço perdão por ela!
– Você não precisa se desculpar, você me ajudou no que pode! – estas foram as única palavras que Nat disse o caminho todo até sua casa.

Chegamos a sua casa e entramos, ela ainda nada dizia, foi pro quarto tomar banho e eu desfiz sua mala e organizei tudo enquanto ela não saía do banheiro. Ao sair permaneceu em um silêncio sepulcral, vestiu um vestido curto, soltinho e de alcinha branco, dividiu o cabelo no meio o que deixou bem em evidência seu cabelo em camadas. Por alguns instantes ela paralisou na frente do espelho, passou a se tocar como se procurasse respostas pras suas perguntas interiores, então vi seus olhos encherem-se de lágrimas...

– Eu não chorei até agora, e vai continuar assim... – ela diz transformando o semblante de tristeza em raiva.

Vou até ela, sem dizer nada e a abraço.

– Você não precisa ser forte comigo! – eu digo então ela desaba, literalmente.
– A adulta aqui sou eu! – ela diz no chão entre lágrimas e eu continuo abraçando-a.
– Ninguém te perguntou! – eu digo, e mesmo em meio a lágrimas eu tiro um sorrisinho dela – O que você quis dizer com “não é a primeira vez que me julgam uma qualquer”?
– Não to com cabeça pra falar disso agora! – ela diz e eu respeito – Bia obrigada por ser meu apoio, minha fortaleza, e nunca me deixar cair! – Nat me diz e meu coração se enche de ternura.
– É isso que a gente faz com quem ama. Por mais que você seja a pessoa mais pessimista consigo mesma que eu conheço, preciso dizer que você é especial demais Nat, e é quase impossível que alguém não goste de você. Eu te adoro, e em você eu encontro a irmã que eu nunca tive, você é a pessoa mais incrível que eu poderia ter conhecido. – digo a mais pura verdade.
– Obrigada, obrigada por tudo minha amorzinha! – ela diz e me dá um beijo na bochecha.

Depois de conseguir acalmá-la, nós ficamos bastante tempo conversando, agora na cama com Nat deitada com a cabeça no meu colo.

– Você vai perdoar a mamãe né? – eu digo a Nat.
– Não sei se ela quer meu perdão Bia. – Nat responde e eu não tiro a razão dela.
– O Alan deve estar péssimo. Minha mãe mandou mensagem dizendo que ele saiu sem dizer onde iria, espero que ele volte a tempo do colégio. Mas... vem cá vocês pediram pra vir mais cedo pra estudar não foi? – eu digo.
– Minha vontade foi matar o Alan naquela sala, a mãe dele me destrata daquela forma sem nós termos feito nada, e ele fica com a boca socada no...
– HEYYY! – eu impeço que ela diga besteira e nós rimos.
– Desculpa! E sim, era pra estudarmos hoje cedo, e também pra não corrermos o risco de atrasarmos e não conseguirmos chegar pra aula. Mas eu acho que a parte do estudo furou... – ela diz.
– Talvez se vocês tivessem voltado conosco, isso não teria acontecido! – eu digo.
– Foi bom, pelo menos eu descobri do que o Alan é capaz de fazer por mim, e do quanto eu me enganei, achando que sua mãe era aquela doçura toda que eu achava. – ela desabafa indo em direção ao espelho arrumar o cabelo que havia bagunçado.
– O Alan te adora Nat, ele só não falou nada porque minha mãe tem o incrível poder de nos neutralizar, acredite. E ela te adora, só meteu os pés pelas mãos, eu também pensei besteira quando te vi deitada com o Alan sem blusa. – eu digo.
– NÃO ACONTECEU NADA! Nadinha, necas! Nothing! – ela diz e eu dou risada.
– Já entendi, mas pela sua cara, quase... – eu digo.
– Quase não é aconteceu! – ela diz – Não aconteceu exatamente porque eu respeitei a sua casa! Mas pra sua mãe... Ai chega desse assunto! Não quero lembrar nunca mais disso.
– Por mim não precisava respeitar não, não sendo no meu quarto ta tudo certo! – eu digo e recebo um tapinha de Nat.
– Menina maluca! – nós rimos e Nat fica pensativa.
– Terra chamando Nathália. – eu digo.
– Tô pensando no que você disse à sua mãe, e se eu me mudasse? – Nat diz e eu tomo um choque.
– VOCÊ O QUE NATHÁLIA? - uma voz vem da porta, Senhor Téo, e em seguida dois copos caem da sua mão.

POV NATHÁLIA

Me ferrei.
Eu passei a pensar na possibilidade de me mudar, na só pelo que Bia disse, já havia pensado antes, mas meu pai não precisava saber antes que isso fosse uma decisão concreta, mas uma coisa era certa, deixar o meu pai sozinho seria a coisa mais difícil que eu faria na vida.

– Paizinho, calma! É só uma ideia! – vou em direção a ele e Bia começa a recolher os cacos de vidro espalhados pelo chão.
– Por que? O que te falta minha filha? – ele diz tremendo como nunca, aqueles olhos verdes nunca me enganaram, ele estava desesperado – Primeiro a Rê, agora você, ai meu coração não aguenta!
– Pai sossega, eu não vou embora agora, mas você precisa aceitar que eu não vou ficar aqui pra sempre! – eu digo abraçando-o.
– Muito difícil! – ele diz mexendo no meu cabelo, ele adora fazer isso.
– E o que era isso que o senhor trazia? – eu pergunto.
– Era suco de goiaba, cheguei a um tempo e vi sua mala, ouvi as vozes de vocês e vim trazer, quer que eu faça mais? – ele diz cuidadoso como sempre.
– Nós vamos fazer meu gatão! – digo arrastando-o pra fora.

Quando estamos descendo encontramos Bia subindo as escadas.

– Nat, você tem curativo aí? – ela diz tremendo segurando a mão.
– Por q... MEU DEUS! – quando reparo Bia está lavada de sangue.
– Eu cortei com os vidros! – ela explica envergonhada.
– Vai buscar algum pano Nathália. – meu pai diz, e eu vou ao meu quarto pegar a maleta de curativo e pego o primeiro pano que acho no meu guarda roupa, uma blusa branca (sim eu sou burra mesmo, muito burra).
– Fica calma! – ouço meu pai dizer à Bia quando estou voltando.

Bia demonstrava muita tranquilidade, apesar de sua mão e pulso estarem com alguns cortes que a fizeram sangrar muito. Devo confessar que ela é mais “macho” que eu. Porque por diversas vezes, quase desmaiei em cima dela ao esterilizar seus ferimentos.

– Não são fundos, não será necessário fazer pontos! – meu pai diz.
– Tem certeza pai? Olha o tanto de sangue! – mostro minha blusa encharcada – Sem contar que da cozinha pra cá tem um caminho de sangue. – eu digo.
– Não precisa, eu sei do que estou falando!

Meu pai coloca bandaids nos ferimentos da mão, e no pulso além de colocar o bandaid, o pressiona com uma gaze bem apertadinha pra facilitar a regeneração da pele.

– Seu Téo e seus dotes de enfermeiro! – Bia brinca.
– Quando se cria duas filhas sozinho, você adquiri esses poderes minha querida! – ele diz e ajuda Bia a se levantar do chão.
– Acho que já deu pra mim, me desculpe, vou pra casa, colégio já já! – ela diz e eu a levo até porta.

Depois que Bia vai embora, eu e meu pai limpamos todos os vestígios de sangue pela casa, jogamos cuidadosamente os vidros no lixo e fazemos o almoço. Depois que almoçamos meu pai me leva na escola e vai para o trabalho.

Na escola...

POV NARRADORA

– Amigaaaaaa! – Mary praticamente pula em cima de Nat ao vê-la atravessar a porta da sala de aula, o professor de Biologia não havia chego ainda.
– Meu Deus, quanta saudade! – Nathália diz retribuindo o abraço.
– Me conta tudo, como foi ontem? – ela diz e Nathália conta tudo, tudo mesmo, inclusive sobre hoje – Esse romance de vocês parece coisa de fanfic, pelo amor de Deus hein Nathália, isso porque vocês nem namoram imagina se namorassem! – ela diz e Nathália fica pensativa.
– É nisso que eu penso todos os dias! – Nathália diz.
– Você nunca havia me contado sobre o que fez você e o Rick terminarem! – Mary diz pois sabia do envolvimento que Nathália teve com ele.
– Um dia eu conto! É barra demais... – Nathália diz.
– Eu sei, esqueceu que foi no meu colo que você chorou horas a fio? – Mary questiona.
– Jamais vou esquecer tudo o que você é pra mim! Você e a Bia tem me ajudado muito, e eu devo contar isso a vocês em breve. – Nathália diz.
– Tem a festa do Jean hoje a noite, ele convidou a sala toda quando você tava de atestado, que tal? Chama a Bia! – Mary convida.
– Nossa, dia de segunda? – Nathália questiona.
– Porque não? – Mary diz sorrindo.
– Não sei se consigo fazer com que Bia possa ir comigo, to péssima com a mãe dela, e não pretendo pisar lá tão cedo. E outra, não acho que festa seja um lugar bom pra tratarmos desse assunto... – Nathália diz preocupada.
– Eu acho ideal, você quer um lugar calmo pra você chorar até secar depois que nos contar? – Mary diz com uma certa razão.
– Tudo bem, você venceu, vou tentar fazer com que a Bia vá conosco! – Nathália diz dando-se por vencida.
– Ótimo! As 21h na minha casa! – Mary diz.
– Boa Tarde classe! Fim de ano, vestibular, e hoje a aula será um plantão de dúvidas e amanhã prova! – o professor diz e a sala se apavora.

A tarde só estava começando...

POV BIA

Chego em casa e a primeira pessoa que vejo é minha mãe, procuro não dirigir uma palavra se quer a ela, mas ela vê minha mão enfaixada e vem até mim desesperada.

– O que foi isso filha? – minha mãe vem pegando na mão machucada.
– Aiiiiiiii Mãe! Me solta, oshi! Cortei com o vidro... – digo e subo pisando fundo pro meu quarto.

Antes passo no quarto de Alan, ele ainda não está, quando chego no meu o celular toca, e eu fico feliz por imaginar quem seria, e meu pressentimento estava certo. Diego ♥

– Oi minha gata! – ele diz e eu estremeço.
– Oi Di, tudo bem? – respondo tímida.
– Tudo ótimo! Como foi de viagem? – ele pergunta preocupado.
– Ah, foi tudo perfeito, gostaria que você tivesse ido. – eu digo.
– Ora, mas eu não fui convidado. – ele diz dando risadinhas.
– Não diga isso, desculpa! – eu digo tristonha.
– Sem problemas. E aí, o que manda? – ele pergunta.
– Bom, estive com a loira até agora, cortei meu pulso e...
– O QUE? COMO? – ele diz com uma voz que eu podia garantir que ele estava pegando a chave do carro no mesmo minuto pra vir atrás de mim.
– Porque você fez isso? Tá em depressão? Tô indo aí agora! – e mais uma vez eu não me enganei.
– Pode sossegar aí, não foi nada demais, inclusive a Nat e o pai dela fizeram um curativo muito bom, nem sinto tanta dor! – minto.
– Espero mocinha! Então, eu tinha prometido pra Nat que ia buscar ela na escola hoje pra gente conversar, pego você também! – sinto ciúmes por quase um segundo.
– Claro que sim! – e aceitei.

POV ALAN

Fiquei horas andando pela praia pensando, pensando e pensando. Quando olho pro relógio da avenida já está quase na hora do colégio, vou correndo pra casa, entro e vou direto me arrumar, quando estou descendo Bia vem atrás.

– Já vai? – ela diz.
– Sim, vamos? Eu tô atrasadão! – eu digo.
– E eu vou entrar mais tarde mesmo. Ah, eu vou voltar com a Nat ta? – ela diz, eu sei o porque mais prefiro não criar caso, apesar do ciúmes da minha irmãzinha estar fervendo.
– Ta bom, hey, porque você não me contou que a Nat tinha arrumado um emprego? – eu questiono.
– Porque eu deveria dizer? – ela diz.
– Ah, esquece, depois eu falo com ela. Vamos, vamos!!! – eu apresso.

Deixo Bia em sua escola e vou pra minha o mais rápido que posso.

POV NATHÁLIA

Na saída do colégio...

Fiquei combinando com a Mary todos os detalhes sobre roupa, maquiagem e sapato que usaríamos na festa, até que recebi a mensagem de Bia dizendo que já estava nos esperando, e em poucos minutos Diego estava em frente ao meu colégio como havíamos combinado, então fomos em direção ao colégio de Bia.

– Todo mundo já foi, fiquei com medo de ficar aqui só! – Bia diz e me cumprimenta com um beijo no rosto assim como a Diego – Oi Di!
– Oi Princesa! – ele diz sorridente, ah o amor...
– Bobinha! – eu dou risada – Vamos?

Eles assentiram, então nós entramos no carro e fomos o caminho todo conversando...

– Bia, adivinha a boa de hoje? – eu digo animada.
– Não sei! Qual? – Bia diz.
– FESTA!!! – eu digo animada ao extremo.
– De quem? E perái, você acha mesmo que eu vou a alguma festa com a mão nesse estado? – Bia diz.
– Do Jean, um garoto da minha sala ta fazendo aniversário hoje e me convidou, eu e Mary vamos, e adoraríamos ter sua presença. – eu digo fazendo carinha de piedade, ninguém nunca resistiu aos meus olhos azuis estilo Gato de Botas do Shrek.
– Ai Nathália, você só arruma coisa pra cabeça né? Você acha que minha mãe vai deixar? – Bia diz e eu me entristeço.
– Bom, a gente tenta, eu falo com meu pai, sei lá! – eu digo com uma pitada de esperança.
– Cof cof! – Diego dá uma de excluído.
– Desculpa Di! E você não quer ir a essa festa não? – Bia diz passando a mão em sua nuca.
– Pensei que você não queria ir Srta. Beatriz. – eu digo rindo dela.
– Mas Bia, eu não fui convidado! – ele diz tristinho.
– E eu? Não foi o dono da festa que me convidou! – Bia diz.
– Ele vai adorar te ter lá! – eu digo.
– Espero que não seja no sentido que estou pensando garotinhas! – ele diz. Diego tem um carinho tão grande por nós que é incalculável – E outra gatas, nem dá, tenho facul, esqueceram?
– Ah é! – eu digo – Pode deixar a Bia estará em ótimas mãos! – eu digo provocando Diego e recebendo de Bia que está no banco da frente, um belisquinho de leve na perna – Ai maluca! – eu resmungo.
– Espero que estas "ótimas mãos" sejam as suas Srta. Andrade! – ele diz atento ao volante.
– Se eu for, será apenas pra me divertir! – ela diz olhando para Diego com ternura e recebendo dele o mesmo olhar.

De fato, Bia estava perdidamente apaixonada por Diego, e ele não ficava atrás, apesar deles terem tudo e mais um pouco pra empatar a história deles, é possível ver em seus olhos o desejo de lutar por tudo isso. Assim como eu via nos olhos de Alan o quanto ele me amava a cada segundo, assim como eu o olho, o toco... Mas não tenho certeza de até onde ele pode ir por mim.
Afastei de mim esses pensamentos que só entristeciam meu coração e me confundiam mais, quando Bia colocou umas músicas pra tocar, porém antes de acabar a primeira música, já havíamos chegado. Bia foi diretamente pra casa preparar o terreno sobre o assunto “Festa”, e eu e Diego ficamos conversando um pouco na calçada.

– Você aí com esse sorrisinho lindo não me engana! – Diego diz.
– Como assim? – eu digo sem entender, mas na verdade eu entendi sim...
– Eu sei que não está bem Nat! – ele diz e eu encosto no carro ao seu lado sem dizer nada.

Não posso dizer que Diego me conhece mais que Alan, devo dizer que Diego conhece de mim tão facilmente lados que Alan não pode acessar, não mais, tem coisas que a gente só pode falar pra um amigo, e o fato é que nossa relação não se trata mais de uma “melhor amizade” e sim de uma “amizade colorida”, odeio essa definição, mas é assim que está se encaminhando minha vida, dou um passo pra frente e dois pra trás.

– Sei que não tá fácil pra você, mas quero reforçar que eu e Bia estaremos ao seu lado pra sempre! Ou até quando você quiser! – Diego diz me puxando para um abraço.
– Obrigada Di, você e a Bia foram o melhor que poderia ter me acontecido! Sou eternamente grata por ter recebido vocês de presente, só por isso minha vida já valeu a pena! – eu digo com toda a verdade do meu coração.
– E o Alan? Vão ficar nessa embromação pra sempre? – ele diz e eu estremeço.
– Ah Di... – sou interrompida pela última pessoa que eu gostaria de reencontrar hoje, não por raiva ou ódio, mas por tristeza, o que é bem pior, por que ela machuca cada vez que é lembrada.
– Com licença garotos! – Helena diz e parece que o capeta saiu do corpo dela finalmente – Posso falar com você querida? – ela pede.
– Depende.


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Notas finais do capítulo

Beijos de luz :*
Até o próximo.
COMENTEEEEM *-*



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