I can't say goodbye escrita por Cat
Notas iniciais do capítulo
Me desculpem a demora, muitas coisas veem acontecendo na minha vida e eu também não paro de estudar, o ensino médio virou um inferno para mim. Dia 7 foi meu aniversário (ja passou muito tempo, mas foda-se) PARABÉNS PRA MIM.
Depois do meu surto eu sai um pouco para pegar um ar, mas dessa vez sai sem nada na mão, nem mesmo um cigarro, eu apenas queria ficar sozinha, pensar e colocar tudo no lugar. Me sentei no meio fio que tinha a duas quadras da minha casa e comecei a me lembrar de tudo que já aconteceu aqui, e acabei me lembrando que foi aqui que acabei conhecendo meu melhor amigo, o único que me suporta naquela escola, e o único que me atrai também.
Flashback on
Tudo minha culpa. Tudo culpa de um presente estupido para o meu aniversário. Que droga, onde está a merda da minha casa? Estou andando a umas três horas e eu não a encontro.
– Hey, Emma, onde vai? – Conheço essa voz. Tate, meu vizinho.
Nunca conversei com ele, porque ele é o mais drogado do bairro e também porque meu irmão não deixava eu conversar com ele, mas o mesmo podia, afinal, nosso vizinho sempre deu maconha para ele. Sim, Alex era viciado.
– Tate. – Disse me virando e vendo aqueles lindos cabelos loiros. – Sera que tem como me entregar um baseado ai? – Tentava parecer uma badgirl, mas estava longe do tipo de pessoa que eu conseguiria ser.
– Alex não gosta que fale comigo, doce Emma. – Falava se aproximando. – A maconha é para ele? Ele nunca te mandaria para pegar encomenda, o conheço. – Dizia se aproximando cada vez mas ate ficar centímetros de mim.
– Não é para ele. – Puxei o ar com força sentindo as lagrimas começarem a se formar nos meus olhos. – Ele morreu, Tate. – E as lagrimas que haviam se formado começaram a escorrer pelo meu rosto. – Morreu agora pouco.
– Oooh, eu lamento, Emma. – Ele está sem jeito. Tentava me abraçar mas não conseguia por vergonha, isso é completamente fofo.
– Todos lamentam, disse me sentando no meio fio. – Porem quem mais lamenta sou eu, principalmente porque ele morreu por minha causa. – Disse enquanto ele se sentava ao meu lado.
– Como assim? – Perguntou me oferecendo um cigarro, e eu apenas o peguei.
– Ele morreu indo pegar meu presente de aniversário. – Após terminar de falar coloquei o cigarro na boca vendo ele enfiar a mão em seu bolso esquerdo e retirando o isqueiro que ele sempre carregava ali.
Okay, sei que falei que nunca conversei com o Tate mas eu sempre tive uma quedinha pelo mesmo. Quem eu quero enganar, minha queda por ele era de um penhasco. Ele é o mais gato da sala, mas não da moral para nenhuma das meninas, não sorri para nenhuma, o máximo que eu já o vi sorrir foi um sorriso de canto de boca para mim nas aulas de inglês.
Nunca conversamos como pessoas normais, apenas “oi” e “tchau”, Alex nunca deixou que eu conversasse com ele por medo de que eu me deixasse levar pela tentação de um cigarro na boca igual ele, mas olhe onde o destino me levou, ao encontro do isqueiro do menino mais drogado do bairro.
– Eu lamento, Emma, de verdade. – Ele quebrou o silencio que havia se estabelecido no local. – Sei que o amava, e que ainda o ama, assim como ele. Sabia que ele sempre falava de você quando ia lá em casa? – Disse se aproximando novamente.
– É mesmo? Ele sempre falava de você quando voltava.
– Tenho uma grande certeza que há diferença sobre o que ele dizia de mim e sobre o que ele falava de você.
– No seu caso ele dizia que que eu não podia chegar perto de você por causa das drogas, ou pelo fato de que sempre quis te beijar.- Falei o olhando sem vergonha alguma.
– E você quer agora? – Ele perguntou se aproximando mais.
– Querer eu quero. – Respondi soltando a fumaça do cigarro em seu rosto e o mesmo tragou. – Mas acho que o fantasma do meu irmão não vai ficar muito feliz com isso.
– Não vou mesmo não. – Levei um susto quando ouvi a voz do meu irmão, e quando eu me virei pude o ver ali, inteiro.
– Alex? – Perguntei me levantando, sendo acompanhada por Tate.
– Está falando com quem, Emma? – Tate perguntou ao meu lado.
– Com meu irmão, não está vendo? – Perguntei como se fosse obvio.
– Não, eu não estou vendo. – Após ele falar isso eu o encarei e voltei a encarar em direção que meu irmão estava, porem ele não se encontrava ali.
– Tate, eu estou louca? – Perguntei o encarando.
– Tenho os meus palpites.
Flashback off
– Ei. – Tate me tirou dos meus pensamentos. – Finalmente te achei, estão todos te procurando.
– Que dia é hoje? – Perguntei sem dar a mínima para o que ele tinha falado.
– Como já são 02:00 A.M, já é Natal.
– FELIZ UM ANO DE AMIZADE. – Gritei pulando em seus braços e o abraçando. E logo senti o mesmo corresponder o abraço.
– Feliz um ano de amizade, baixinha. Eu te amo. – Ele disse me dando um beijo na testa.
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