I can't say goodbye escrita por Cat


Capítulo 3
Just friends


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora, muitas coisas veem acontecendo na minha vida e eu também não paro de estudar, o ensino médio virou um inferno para mim. Dia 7 foi meu aniversário (ja passou muito tempo, mas foda-se) PARABÉNS PRA MIM.



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Depois do meu surto eu sai um pouco para pegar um ar, mas dessa vez sai sem nada na mão, nem mesmo um cigarro, eu apenas queria ficar sozinha, pensar e colocar tudo no lugar. Me sentei no meio fio que tinha a duas quadras da minha casa e comecei a me lembrar de tudo que já aconteceu aqui, e acabei me lembrando que foi aqui que acabei conhecendo meu melhor amigo, o único que me suporta naquela escola, e o único que me atrai também.

Flashback on

Tudo minha culpa. Tudo culpa de um presente estupido para o meu aniversário. Que droga, onde está a merda da minha casa? Estou andando a umas três horas e eu não a encontro.

– Hey, Emma, onde vai? – Conheço essa voz. Tate, meu vizinho.

Nunca conversei com ele, porque ele é o mais drogado do bairro e também porque meu irmão não deixava eu conversar com ele, mas o mesmo podia, afinal, nosso vizinho sempre deu maconha para ele. Sim, Alex era viciado.

– Tate. – Disse me virando e vendo aqueles lindos cabelos loiros. – Sera que tem como me entregar um baseado ai? – Tentava parecer uma badgirl, mas estava longe do tipo de pessoa que eu conseguiria ser.

– Alex não gosta que fale comigo, doce Emma. – Falava se aproximando. – A maconha é para ele? Ele nunca te mandaria para pegar encomenda, o conheço. – Dizia se aproximando cada vez mas ate ficar centímetros de mim.

– Não é para ele. – Puxei o ar com força sentindo as lagrimas começarem a se formar nos meus olhos. – Ele morreu, Tate. – E as lagrimas que haviam se formado começaram a escorrer pelo meu rosto. – Morreu agora pouco.

– Oooh, eu lamento, Emma. – Ele está sem jeito. Tentava me abraçar mas não conseguia por vergonha, isso é completamente fofo.

– Todos lamentam, disse me sentando no meio fio. – Porem quem mais lamenta sou eu, principalmente porque ele morreu por minha causa. – Disse enquanto ele se sentava ao meu lado.

– Como assim? – Perguntou me oferecendo um cigarro, e eu apenas o peguei.

– Ele morreu indo pegar meu presente de aniversário. – Após terminar de falar coloquei o cigarro na boca vendo ele enfiar a mão em seu bolso esquerdo e retirando o isqueiro que ele sempre carregava ali.

Okay, sei que falei que nunca conversei com o Tate mas eu sempre tive uma quedinha pelo mesmo. Quem eu quero enganar, minha queda por ele era de um penhasco. Ele é o mais gato da sala, mas não da moral para nenhuma das meninas, não sorri para nenhuma, o máximo que eu já o vi sorrir foi um sorriso de canto de boca para mim nas aulas de inglês.

Nunca conversamos como pessoas normais, apenas “oi” e “tchau”, Alex nunca deixou que eu conversasse com ele por medo de que eu me deixasse levar pela tentação de um cigarro na boca igual ele, mas olhe onde o destino me levou, ao encontro do isqueiro do menino mais drogado do bairro.

– Eu lamento, Emma, de verdade. – Ele quebrou o silencio que havia se estabelecido no local. – Sei que o amava, e que ainda o ama, assim como ele. Sabia que ele sempre falava de você quando ia lá em casa? – Disse se aproximando novamente.

– É mesmo? Ele sempre falava de você quando voltava.

– Tenho uma grande certeza que há diferença sobre o que ele dizia de mim e sobre o que ele falava de você.

– No seu caso ele dizia que que eu não podia chegar perto de você por causa das drogas, ou pelo fato de que sempre quis te beijar.- Falei o olhando sem vergonha alguma.

– E você quer agora? – Ele perguntou se aproximando mais.

– Querer eu quero. – Respondi soltando a fumaça do cigarro em seu rosto e o mesmo tragou. – Mas acho que o fantasma do meu irmão não vai ficar muito feliz com isso.

– Não vou mesmo não. – Levei um susto quando ouvi a voz do meu irmão, e quando eu me virei pude o ver ali, inteiro.

– Alex? – Perguntei me levantando, sendo acompanhada por Tate.

– Está falando com quem, Emma? – Tate perguntou ao meu lado.

– Com meu irmão, não está vendo? – Perguntei como se fosse obvio.

– Não, eu não estou vendo. – Após ele falar isso eu o encarei e voltei a encarar em direção que meu irmão estava, porem ele não se encontrava ali.

– Tate, eu estou louca? – Perguntei o encarando.

– Tenho os meus palpites.

Flashback off

– Ei. – Tate me tirou dos meus pensamentos. – Finalmente te achei, estão todos te procurando.

– Que dia é hoje? – Perguntei sem dar a mínima para o que ele tinha falado.

– Como já são 02:00 A.M, já é Natal.

– FELIZ UM ANO DE AMIZADE. – Gritei pulando em seus braços e o abraçando. E logo senti o mesmo corresponder o abraço.

– Feliz um ano de amizade, baixinha. Eu te amo. – Ele disse me dando um beijo na testa.


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