''Apenas Amigos'' escrita por Cammy Herondale
Saturday, 02:00 am, France – Flora.
Georgea estava inclinada na pia olhando-se no espelho do banheiro apertado e abafado da boate, tocando com as pontas do dedo o arroxeado em seu pescoço.
Hoje, ninguém mexe com você, foi o que ele havia dito. Ela continuava sem entender o significado e continuaria sem entender esta noite. Os pensamentos se dispersavam cada vez mais por causa da bebida.
Abriu a torneira e se inclinou jogando água gelada em seu rosto.
Georgea abriu a porta e se deparou com um casal aos beijos... Não, quase transando em um local publico seria o termo mais adequado.
As imagens logo se desembaralharam e Georgea reconheceu o garoto que estava de costas. Castiel. A loira ela não havia reconhecido. Ele a pressionava na parede, o vestido tomara que caia estava abaixado até a cintura deixando os seios à mostra e estavam sendo apalpados pelo ruivo.
O estomago de Gê embrulhou, sentiu o gosto da bile e uma leve tontura. Caminhou de volta para a mesa sem causar qualquer ruído que os atrapalhassem. Deslizou no banco estofado, recostando no ombro de Armin que mantinha um PSP nas mãos.
– Consegue dar pause ou é onlline? – Georgea perguntou olhando para a tela que brilhava entre as varias luzes coloridas.
Os dedos longos e delgados do rapaz apertaram o botão de pausar e guardou o aparelho preto no bolso do jeans.
– Você parece meio agitada.
– De uma forma ruim?
– Ah, sei lá. – Ele mexeu os dedos em seu colo.
Não havia ninguém mais na mesa, estavam todos na pista de dança. Bem, Castiel nem tanto.
Georgea desencostou a cabeça do ombro dele, sentindo uma dormência na bochecha em que tinha se apoiado. Lançou as pernas no colo do rapaz, rindo.
– Então, você estava vendo esses seus desenhinhos pornôs?
– Não são ‘’desenhinhos pornôs’’ é hentai. – Ele disse olhando para ela com seus olhos azuis, e rindo.
Encararam-se mais e riram, sem motivos aparentes. Foram até o balcão de bebidas e observaram o barman em mais uma de suas exibições, cada um tinha uma bebida em cada mão. Voltaram para a mesa, Georgea virou a bebida azul aos poucos e Armin bebia uma rosa, fez careta em quanto engolia.
– Eu prefiro a que estava tomando antes. – Ele disse descendo a bebida em direção a mesa.
– Mas era tão fraquinhaaa! – Georgea disse com a voz arrastando e cambaleado para o banco. Teve o leve vislumbre de Castiel saindo de onde esteve o tempo todo com aquela loira, ajeitando o cinto da calça. Olhou para Armin, que estava com as bochechas vermelhas por causa da bebida. Virou o rosto dele para o dela e manteve os dedos acariciando a bochecha dele. - Ficou legal o piercing. Me surpreendo que seus pais tenham deixado. – Ela disse referindo-se ao piercing na boca do moreno.
– Eles são liberais, não se apegam a coisas como essas. – Ele disse rodando o piercing.
– Deve ser interessante beijar alguém que tenha.
– Esta me dando indireta? – Ele disse levantando as sobrancelhas, uma de cada vez, de uma maneira sensual.
– Talvez.
E pressionou os lábios com o do rapaz levemente, e logo com mais pressão. Movimentando os lábios sobre os dele. Sentindo o subir e descer do peitoral dele, as mãos dele a puxaram pela cintura para cima de seu colo, deixando seus joelhos ao lado da cintura dele. As mãos dele ficaram nas coxas dela, apertando-as; a garota colocou as mãos na nuca dele, aprofundando o beijo. A loira parou o beijo, e puxou levemente o piercing dele, provocando um sorrisinho tímido dele.
Desceu de seu colo, deixou a mão na coxa dele e ele colocou a mão sobre a dela, brincando com seus dedos finos e delicados.
A loira olhou para o ruivo, o mesmo continuava no lugar de antes com os braços pendendo ao lado do corpo. Um olhar digamos, nada amigável.
– Não entendi.
– Não entendeu o que?
– O porquê de me beijar.
– Satisfazer minha curiosidade. – Ela disse arrancando uma risada alta dele.
Foram surpreendidos com um baque alto na mesa, e corpos deslizando nos bancos.
– ENTÃO VOCÊS SABIAM QUE A VADIA DA MINHA IRMÃ ESTAVA AQUI? – Nathaniel estava alterado e berrando.
– Ei, ei. Relaxa, engomadinho. – Castiel disse apoiando o queixo na mão com um sorriso debochado.
– NÃO ME DIGA O QUE FAZER, SEU DELIQUENTE!
– Eu posso lhe assegurar que ela está completamente bem e beeem relaxada. Isso você pode apostar.
– Como assim ‘’beeem relaxada’’? – Essa foi a vez de Rosalya falar.
– Ah, isso? Ela deve estar aproveitando o orgasmo duplo que proporcionei a ela. – O ruivo disse rindo e abafando com a mão.
Nathaniel fitou o ruivo de uma maneira ameaçadora, o peito subindo e descendo de uma maneira descomunal, cerrando os punhos.
– Seu filho da puta desgraçado! – Nathaniel tentou avançar para dar um soco em Castiel, mas foi impedido por Kentin, Rosa e Alexy.
– Que merda Castiel, você podia ter ficado com a boca fechada!- Alexy disse suspirando. – Para mim, isso deu o que tinha que dar. Vamos Armin?
– Ah, mas jáááá? – Georgea passou o braço no pescoço do moreno.- Deixa ele comigoo!
– Ai, ai. – Alexy disse rindo.- Você está realmente bêbada. – Ele acariciou os cabelos louros dela.- Melhor irmos todos para casa, princesa. Lysandre, vamos recolher os trapos e jogar na caminhonete.
Lysandre assentiu e levantou do banco. Kentin, que tinha estado segurando Nathaniel havia escorregado parede à baixo e estava sentado no chão com uma garrafa de vodka vazia ao lado. O platinado passou o braço do rapaz em seu pescoço e o levantou, e o entregou para Alexy. Lys fez o mesmo com Kim, mas dessa vez andou com ela pendurada em si até a caminhonete fora da boate.
Já Rosa, essa andava perfeitamente em seu salto 15, por mais que tivesse virado inúmeras bebidas ficou mantida em completa sanidade.
– Você consegue dirigir, Castiel? – Lysandre disse já fora da boate.
Todos haviam saído lá de dentro. Estavam no estacionamento, Kim, Kentin, Rosa, Alexy e Nathaniel já estavam dentro da caminhonete prata de cabine dupla de Lys. Kentin estava cantando em altos brandos uma serenata ‘’erótica’’ para Kim.
– Em completo raciocínio.
– E você, Gê? – O mais alto olhou para ela.- Quer carona?
– Ah, deixa que eu levo essa. Já esta lotado ali. E aposto que se ela fosse, teria que sentar no colo de alguém. E se esse alguém fosse Kentin, ela não voltaria virgem para casa. – Castiel disse rapidamente, rindo.
O platinado apenas revirou os olhos e pegou a mão de Gê, roçando os lábios sobre a pele das costas da mão disse um até mais. Entrou na caminhonete se certificando de trancar todas as portas, e assim foi embora junto com os outros.
– Você aproveitou hoje, não?
– O que você quer dizer?
– O gamer.
– Ah, então, você viu? – Ela disse com uma pitada de ironia na frase. – Você também. Orgasmo duplo? Ela deve ter aproveitado.
Castiel caminhava em sua frente, e por mais que não tenha conseguido ouvir, viu pelo movimento de seus ombros que ele tinha rido.
– Ciúmes?
– E os seios dela estavam bons?
– Como?
– A hora que eu sai do banheiro, eu vi vocês dois. Não tinha reconhecido ela, mas você sim.
– Ah, ta explicado. Você beijou ele porque queria mostrar que também sabia aproveitar.
– Nada haver. Eu estava curiosa para saber como era beijar um garoto com piercing na boca.
Castiel era apenas uma sombra delineada no estacionamento. Os pés se chocando no cascalho e emitindo um som meio irritante.
– Que broxante.
– Quem é você para falar de ‘’coisas broxantes’’? – Ela disse fazendo aspas com os dedos.
– Uma pessoa que nunca broxou em sua vida.
– Aham, claro, claro. – Gê revirou os olhos.
– Ele não viu isso no seu pescoço, né?
– Estava escuro.
Castiel tirou a chave da moto do bolso traseiro da calça e subiu na moto em sua frente, colocando o capacete. Estendeu um para ela, a mesma colocou e subiu na moto.
– Se segure.
– Você não correu mais cedo.
– Porque eu não estava com pressa. - E assim pegou em seus pulso e envolveu os braços dela ao redor de sua cintura.
**
Saturday, 04:00 am, France-Flora.
– Um tanquinho gostoso, oras. O que mais você iria querer? – Ele disse segurando as mãos dela ao lado da cabeça dela.
O ruivo estava em cima de Georgea, sentado em suas coxas e segurando suas mãos.
Eles já haviam chegado à algum tempo. Tinham discutido sobre as supostas ‘’banhas’’ de Castiel e começado uma lutinha de mordidas e almofadadas. O ruivo, havia a derrubado e sentado nela, segurando suas mãos para evitar arranhões.
– Que você retirasse suas banhas de cima de mim! Seu ‘goido’!
– ‘Goido’? – Ele riu. E se inclinou sussurrando em seu ouvido. – Eu sou um delicia, Gê.
Ela tentou ficar sentada, e cravou os dentes no ombro dele, deixando a marca dos dentes certinha. O rapaz resmungou e mordeu o pescoço dela. Os pelos do corpo da garota se eriçaram.
– Ah, você gostou então? – Ele perguntou deslizando as mãos por suas costas.
Inclinou a cabeça em seu pescoço, dando uma lambida extensa no pescoço da loira, e mordendo o lóbulo de sua orelha. Deitou-a de volta no sofá, se apoiando em seus joelhos. Juntou seus lábios com os dela, deslizando-os com leveza. Gê entrelaçou as pernas na cintura dele. Sentindo isso como um sinal verde, ele mordeu seu lábio inferior, começou a desabotoar a camisa xadrez dela.
Logo, foi parado pela mão dela.
– C-Castiel, para... por favor, estou te pedindo.
– Por quê? Você não gosta, Georgea? – Ele perguntou afiado.
– G-Gosto... mas, somos apenas amigos... – Ela disse suspirando e colocando a mão no peitoral dele, tentando empurrá-lo.
– Sim, apenas amigos. – E voltou a beijá-la.
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