''Apenas Amigos'' escrita por Cammy Herondale


Capítulo 3
Chapter 3-




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Saturday, 02:00 am, France – Flora.

Georgea estava inclinada na pia olhando-se no espelho do banheiro apertado e abafado da boate, tocando com as pontas do dedo o arroxeado em seu pescoço.

Hoje, ninguém mexe com você, foi o que ele havia dito. Ela continuava sem entender o significado e continuaria sem entender esta noite. Os pensamentos se dispersavam cada vez mais por causa da bebida.

Abriu a torneira e se inclinou jogando água gelada em seu rosto.

Georgea abriu a porta e se deparou com um casal aos beijos... Não, quase transando em um local publico seria o termo mais adequado.

As imagens logo se desembaralharam e Georgea reconheceu o garoto que estava de costas. Castiel. A loira ela não havia reconhecido. Ele a pressionava na parede, o vestido tomara que caia estava abaixado até a cintura deixando os seios à mostra e estavam sendo apalpados pelo ruivo.

O estomago de Gê embrulhou, sentiu o gosto da bile e uma leve tontura. Caminhou de volta para a mesa sem causar qualquer ruído que os atrapalhassem. Deslizou no banco estofado, recostando no ombro de Armin que mantinha um PSP nas mãos.

– Consegue dar pause ou é onlline? – Georgea perguntou olhando para a tela que brilhava entre as varias luzes coloridas.

Os dedos longos e delgados do rapaz apertaram o botão de pausar e guardou o aparelho preto no bolso do jeans.

– Você parece meio agitada.

– De uma forma ruim?

– Ah, sei lá. – Ele mexeu os dedos em seu colo.

Não havia ninguém mais na mesa, estavam todos na pista de dança. Bem, Castiel nem tanto.

Georgea desencostou a cabeça do ombro dele, sentindo uma dormência na bochecha em que tinha se apoiado. Lançou as pernas no colo do rapaz, rindo.

– Então, você estava vendo esses seus desenhinhos pornôs?

– Não são ‘’desenhinhos pornôs’’ é hentai. – Ele disse olhando para ela com seus olhos azuis, e rindo.

Encararam-se mais e riram, sem motivos aparentes. Foram até o balcão de bebidas e observaram o barman em mais uma de suas exibições, cada um tinha uma bebida em cada mão. Voltaram para a mesa, Georgea virou a bebida azul aos poucos e Armin bebia uma rosa, fez careta em quanto engolia.

– Eu prefiro a que estava tomando antes. – Ele disse descendo a bebida em direção a mesa.

– Mas era tão fraquinhaaa! – Georgea disse com a voz arrastando e cambaleado para o banco. Teve o leve vislumbre de Castiel saindo de onde esteve o tempo todo com aquela loira, ajeitando o cinto da calça. Olhou para Armin, que estava com as bochechas vermelhas por causa da bebida. Virou o rosto dele para o dela e manteve os dedos acariciando a bochecha dele. - Ficou legal o piercing. Me surpreendo que seus pais tenham deixado. – Ela disse referindo-se ao piercing na boca do moreno.

– Eles são liberais, não se apegam a coisas como essas. – Ele disse rodando o piercing.

– Deve ser interessante beijar alguém que tenha.

– Esta me dando indireta? – Ele disse levantando as sobrancelhas, uma de cada vez, de uma maneira sensual.

– Talvez.

E pressionou os lábios com o do rapaz levemente, e logo com mais pressão. Movimentando os lábios sobre os dele. Sentindo o subir e descer do peitoral dele, as mãos dele a puxaram pela cintura para cima de seu colo, deixando seus joelhos ao lado da cintura dele. As mãos dele ficaram nas coxas dela, apertando-as; a garota colocou as mãos na nuca dele, aprofundando o beijo. A loira parou o beijo, e puxou levemente o piercing dele, provocando um sorrisinho tímido dele.

Desceu de seu colo, deixou a mão na coxa dele e ele colocou a mão sobre a dela, brincando com seus dedos finos e delicados.

A loira olhou para o ruivo, o mesmo continuava no lugar de antes com os braços pendendo ao lado do corpo. Um olhar digamos, nada amigável.

– Não entendi.

– Não entendeu o que?

– O porquê de me beijar.

– Satisfazer minha curiosidade. – Ela disse arrancando uma risada alta dele.

Foram surpreendidos com um baque alto na mesa, e corpos deslizando nos bancos.

– ENTÃO VOCÊS SABIAM QUE A VADIA DA MINHA IRMÃ ESTAVA AQUI? – Nathaniel estava alterado e berrando.

– Ei, ei. Relaxa, engomadinho. – Castiel disse apoiando o queixo na mão com um sorriso debochado.

– NÃO ME DIGA O QUE FAZER, SEU DELIQUENTE!

– Eu posso lhe assegurar que ela está completamente bem e beeem relaxada. Isso você pode apostar.

– Como assim ‘’beeem relaxada’’? – Essa foi a vez de Rosalya falar.

– Ah, isso? Ela deve estar aproveitando o orgasmo duplo que proporcionei a ela. – O ruivo disse rindo e abafando com a mão.

Nathaniel fitou o ruivo de uma maneira ameaçadora, o peito subindo e descendo de uma maneira descomunal, cerrando os punhos.

– Seu filho da puta desgraçado! – Nathaniel tentou avançar para dar um soco em Castiel, mas foi impedido por Kentin, Rosa e Alexy.

– Que merda Castiel, você podia ter ficado com a boca fechada!- Alexy disse suspirando. – Para mim, isso deu o que tinha que dar. Vamos Armin?

– Ah, mas jáááá? – Georgea passou o braço no pescoço do moreno.- Deixa ele comigoo!

– Ai, ai. – Alexy disse rindo.- Você está realmente bêbada. – Ele acariciou os cabelos louros dela.- Melhor irmos todos para casa, princesa. Lysandre, vamos recolher os trapos e jogar na caminhonete.

Lysandre assentiu e levantou do banco. Kentin, que tinha estado segurando Nathaniel havia escorregado parede à baixo e estava sentado no chão com uma garrafa de vodka vazia ao lado. O platinado passou o braço do rapaz em seu pescoço e o levantou, e o entregou para Alexy. Lys fez o mesmo com Kim, mas dessa vez andou com ela pendurada em si até a caminhonete fora da boate.

Já Rosa, essa andava perfeitamente em seu salto 15, por mais que tivesse virado inúmeras bebidas ficou mantida em completa sanidade.

– Você consegue dirigir, Castiel? – Lysandre disse já fora da boate.

Todos haviam saído lá de dentro. Estavam no estacionamento, Kim, Kentin, Rosa, Alexy e Nathaniel já estavam dentro da caminhonete prata de cabine dupla de Lys. Kentin estava cantando em altos brandos uma serenata ‘’erótica’’ para Kim.

– Em completo raciocínio.

– E você, Gê? – O mais alto olhou para ela.- Quer carona?

– Ah, deixa que eu levo essa. Já esta lotado ali. E aposto que se ela fosse, teria que sentar no colo de alguém. E se esse alguém fosse Kentin, ela não voltaria virgem para casa. – Castiel disse rapidamente, rindo.

O platinado apenas revirou os olhos e pegou a mão de Gê, roçando os lábios sobre a pele das costas da mão disse um até mais. Entrou na caminhonete se certificando de trancar todas as portas, e assim foi embora junto com os outros.

– Você aproveitou hoje, não?

– O que você quer dizer?

– O gamer.

– Ah, então, você viu? – Ela disse com uma pitada de ironia na frase. – Você também. Orgasmo duplo? Ela deve ter aproveitado.

Castiel caminhava em sua frente, e por mais que não tenha conseguido ouvir, viu pelo movimento de seus ombros que ele tinha rido.

– Ciúmes?

– E os seios dela estavam bons?

– Como?

– A hora que eu sai do banheiro, eu vi vocês dois. Não tinha reconhecido ela, mas você sim.

– Ah, ta explicado. Você beijou ele porque queria mostrar que também sabia aproveitar.

– Nada haver. Eu estava curiosa para saber como era beijar um garoto com piercing na boca.

Castiel era apenas uma sombra delineada no estacionamento. Os pés se chocando no cascalho e emitindo um som meio irritante.

– Que broxante.

– Quem é você para falar de ‘’coisas broxantes’’? – Ela disse fazendo aspas com os dedos.

– Uma pessoa que nunca broxou em sua vida.

– Aham, claro, claro. – Gê revirou os olhos.

– Ele não viu isso no seu pescoço, né?

– Estava escuro.

Castiel tirou a chave da moto do bolso traseiro da calça e subiu na moto em sua frente, colocando o capacete. Estendeu um para ela, a mesma colocou e subiu na moto.

– Se segure.

– Você não correu mais cedo.

– Porque eu não estava com pressa. - E assim pegou em seus pulso e envolveu os braços dela ao redor de sua cintura.

**

Saturday, 04:00 am, France-Flora.

– Um tanquinho gostoso, oras. O que mais você iria querer? – Ele disse segurando as mãos dela ao lado da cabeça dela.

O ruivo estava em cima de Georgea, sentado em suas coxas e segurando suas mãos.

Eles já haviam chegado à algum tempo. Tinham discutido sobre as supostas ‘’banhas’’ de Castiel e começado uma lutinha de mordidas e almofadadas. O ruivo, havia a derrubado e sentado nela, segurando suas mãos para evitar arranhões.

– Que você retirasse suas banhas de cima de mim! Seu ‘goido’!

– ‘Goido’? – Ele riu. E se inclinou sussurrando em seu ouvido. – Eu sou um delicia, Gê.

Ela tentou ficar sentada, e cravou os dentes no ombro dele, deixando a marca dos dentes certinha. O rapaz resmungou e mordeu o pescoço dela. Os pelos do corpo da garota se eriçaram.

– Ah, você gostou então? – Ele perguntou deslizando as mãos por suas costas.

Inclinou a cabeça em seu pescoço, dando uma lambida extensa no pescoço da loira, e mordendo o lóbulo de sua orelha. Deitou-a de volta no sofá, se apoiando em seus joelhos. Juntou seus lábios com os dela, deslizando-os com leveza. Gê entrelaçou as pernas na cintura dele. Sentindo isso como um sinal verde, ele mordeu seu lábio inferior, começou a desabotoar a camisa xadrez dela.

Logo, foi parado pela mão dela.

– C-Castiel, para... por favor, estou te pedindo.

– Por quê? Você não gosta, Georgea? – Ele perguntou afiado.

– G-Gosto... mas, somos apenas amigos... – Ela disse suspirando e colocando a mão no peitoral dele, tentando empurrá-lo.

– Sim, apenas amigos. – E voltou a beijá-la.


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