''Apenas Amigos'' escrita por Cammy Herondale


Capítulo 2
Chapter 2-


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, oin :3
Bem, eu mudei o nome da fic mas o enredo continuara o mesmo. (Em minha perspectiva, o titulo se encaixou mais no enredo 'u')
Agora, já podem ir ler >3



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Friday, 09:00 pm, France – Flora.

– Então, você não poderá ficar aqui em casa? – Castiel perguntou enrolando o macarrão no garfo.

– Se eu avisar Dake, acho que não tem problema. – Georgea respondeu revirando sua mochila, atrás de seu celular.

Após achá-lo, abriu os contatos e ligou para Dake.

– Alô? – Disse uma voz preguiçosa do outro lado da linha.

– Eu espero estar interrompendo algo. – Ela respondeu ironizando.

– Sinto desapontá-la. O que houve, praga?

– Nada não, só queria saber se haveria problema se eu dormisse na casa de alguém esta noite. Tem algum?

– Desde que não seja garoto, por mim. – Georgea o ouviu derrubando algo. – Taquipariu.

– É claro que não é um garoto. É uma amiga. – Ela lançou um olhar para Castiel, o mesmo se contorcia em uma careta engraçada. Desviando o olhar para a janela e tentando não rir ela prosseguiu. – E, não quebre a casa esta noite, por favor.

– Não garanto nada. Tchau, maninha.

– Tchau, beijos. – Desligou o telefone e deu uma checada nas mensagens do Whatsapp.

– Amiga? – Ela sentiu o hálito de Castiel próximo ao seu ouvido.

– Uma mariquinha.

– Tire suas roupas, vamos ver quem é a garotinha. – Os braços de Castiel a envolveram por trás.

– Me solta, mané. – Ela se debateu.

– Está com medo, azeite? – Ele deixou o queixo no ombro dela.

– A piada do azeite já se desgastou, arranje uma nova.

– A culpa não é minha se você é extra-virgem, moçinha.

– Eu tenho sorte isso sim. O conde Drácula também teria.

– Por quê?

– Diz a história que, Drácula só se alimentava do sangue de garotas e garotos virgens.

– Drácula é só uma invenção para assustar criançinhas em volta da fogueira em um acampamento.

– Todas as histórias são reais. Em algum ponto, pelo menos. E, voltando ao Drácula, se ele existe, eu com certeza seria uma subjugada dele.

– Subjugada? Ah, deixe-me ver, Os Intrumentos Mortais?

– Os Instrumentos Mortais é cultura demoníaca e do Submundo, honey.

O garoto soltou-a e sentou na poltrona ao lado do sofá, e disse:

– Eu tenho curiosidade sobre uma coisa.

– Diga. – Ela voltou a sentar no sofá.

– Por que você e Dake moram sozinhos? Refiro-me aos seus pais, você sabe.

– Existe apenas um porém, não moramos sozinhos. Moramos com nosso pai.

– Então, você tem um pai?

– É o que parece, gênio. – Ela viu a boca dele se abrir e logo o cortou. – Sim, meu pai e minha mãe são separados, na verdade nem chegaram a casar... quer saber, vou te contar a história desde o inicio para calar seu focinho. Desde que me entendo por gente, é comum que meu pai chegue em casa fedendo a charutos e whisky dos bons, depois de fechar negócio com clientes poderosos em bares com as melhores strippers. Essa foi uma das primeiras lições que ele ensinou à mim e à Dake: ‘’Quanto maior o negócio, melhor devem ser as strippers’’. – Ela riu. – Obviamente, com um estilo de vida desses, meu pai não é o tipo de cara que tem companhias fixas. Não havia uma mulher esperando para massagear suas costas depois de preparar um banho de espumas e sais na banheira de hidromassagem, quando seu homem chegasse da rua com camisas manchadas de lábios vermelhos, cuecas ensopadas de esperma e bafo de álcool. Não sei se há uma mulher que se submeteria a uma parada deste gênero, e, se houver, eu duvido que ela seja lá muito feliz, porque eu não seria. – Ela encontrou os olhos negros dele.

– Curioso que em qualquer outra circunstância, a guarda de vocês teria sido entregue obviamente à mãe de vocês. – Ele comentou, inclinando-se em seus joelhos.

– Entretanto, ela não possuí uma profissão eficaz para se conseguir a guarda de dois adolescentes e acabou sobrando para o coroa na história. Como se não bastasse, ela ainda resolveu colocar em prática o hobby favorito de um empresário de transar com a aeromoça na poltrona da janela mais escondida da classe A. Só que os dois gostaram da coisa.

– E o que era para ter sido uma aventura inocente acabou por ser um maldito épico.

– Exatamente. Logo, o final foi que minha mãe se mandou para Londres brincando de cavalinho nas alturas com um estrangeiro que ganha em dólares, euros, reais, pesos, e sabe-se lá mais em quê. Depois de um tempo, ela quis nos levar para Londres, mas eu já tinha idade suficiente para o juiz perguntar a minha opinião, Londres era muito fria para mim, foi isso que a idiota aqui achou, e resolvi continuar com papai. A cada fim de semana, e às vezes nem era preciso esperar até o fim, mulheres diferentes freqüentavam a casa que morávamos. O fato é que passamos a infância, e ainda estamos, aprendendo como gemem loiras, negras, orientais, ruivas, morenas, loiras falsas.

– Isso com certeza ajudou a emoldurar o caráter de Dake.

– Ele é um sádico, isso tem uma diferença. Além de transar com elas, ele sente prazer em vê-las sofrer. Ele diz que se eu encontrar alguém que me lembre ele, para não me aproximar.

– Ele sabe o caráter que tem. – Ela assentiu.

E por mais que esteja contando parte de sua vida à ele, não é como se agissem assim junto de seus amigos.

Ah, muito pelo contrário. Dake falava e repetia que ela não deveria se aproximar de ninguém que fizesse parte do time de basquete ou do futebol americano, eles eram apenas iguais a ele. Isso não era bom.

Ah, não era mesmo.

E além disso, Dake surtaria só de sonhar que eles eram tão próximos assim.

Eles haviam se falado pela primeira vez em meados de junho, quando as duplas para o trabalho de história foram escolhidas.

Naquela tarde, Georgea descobriu que Castiel era um cara legal, e vice-versa.

Entretanto, na manhã seguinte nem um oi trocaram. Mas começaram a conversar pelo Facebook e Skype. Tornaram-se grandes amigos, como já mencionado. Só que, sem ninguém saber.

Uma mensagem chegou em seu celular, e um pouco depois no de Castiel, de certa maneira, foi cômico que fez os dois rirem abafado.

Georgea desbloqueou a tela do celular e abriu a mensagem e a leu em voz alta:

– ''Amor de my vidan, que tal baladenha hoje? Claro que vc vai aceitar, sabe pq? Pq vc eh minha diwa :3 ♥ :D '' De: Alexy. E a sua? – Ela disse com um sorriso brincalhão escorrendo de seus lábios.

– '' Ruivo, eu estou te intimando a ir para a Kosti Lustr 8)''De: Rosalya.

– Vamos precisar ir na minha casa. Eu não vou sair com a mesma roupa que fui para escola, sinto muito.

– Dake não vai estar lá?

– Hoje é sexta à noite, seria piada se ele estivesse lá.

**

Friday, 12:00 pm, France – Flora.

George havia substituído a saia azul e a camisa branca com um ancora preta desenhada por uma calça jeans azul clara com aparência desgastada e um rasgo na altura da coxa e no joelho que deixava as canelas à mostra, uma camisa vermelha com estampa xadrez e nos pés um vans preto.

De maquiagem, havia apenas passado um delineador preto e um batom vermelho intenso.

Castiel havia apenas trocado a blusa preta do Winged Skull por uma camisa branca de botões deixando no mínimo quatro botões abertos mostrando parte de seu peitoral e da tatuagem que ficava próxima à clavícula.

Eles já haviam deixado a moto no estacionamento, Georgea segurando o capacete nas mãos parou no fim da fila

– O que vice está fazendo, Gê? – Ele perguntou rindo e a puxando para fora da fila.

– Ué, o que mais? Esperando a fila andar. – Ela disse não entendo o por que dele tirá-la da fila.

– Hey, John! – Castiel disse para um cara parado na frente da porta da boate.

Vestido em um terno preto de bom corte, par de sapato social e óculos escuros e cabeça raspada; era mais um famoso segurança vulgo armário, Georgea pensou consigo mesma.

– Castiel! Tudo bom? – O tal John disse retirando a fita vermelha do engate da parede.

– Tudo na brisa. – Castiel disse entrando e puxando Georgea consigo.

Era possível ouvir pessoas vaiando e os xingando.

– Muito mais fácil, não?

– Isso parece errado.

– Ah, melhor do que ficar lá por mais de uma hora.

O local era grande, com uma grande acumulação de corpos se agitando e pulando, holofotes coloridos de luz nos rostos de dançarinos na multidão. Havia uma cabine de DJ junto da parede, e música explodia dos autofalantes.

Georgea avançou atrás de Castiel, puxando a manga de sua camisa.

– Eles vão estranhar eu chegando com você. Para eles, nem nos falamos! – Ela disse alto, sua voz sobressaindo sob a música e fazendo os olhos de Castiel se agitarem.

– Digo que te encontrei lá fora em uma situação de desespero, e reconheci o chaveirinho predileto e o prendi na alça do cinto de meu jeans. – Ele se virou para continuar andando, mas, virou novamente, seus olhos cinzas invejáveis fitando os olhos verdes translúcidos dela. – E por fim.. –Ele deixou a frase pender no ar.

Se aproximou juntando os dois corpos, as mãos escorregando em sua cintura e coxas, com uma das mãos afastou os cabelos encaracolados de seu pescoço.

– Mas que porra é essa!? O que você pensa que... – A frase morreu em sua garganta, sendo forçada a reprimir uma arfada dentro de si.

A língua do rapaz tocava a pele de seu pescoço lentamente, deixando mordidas e lambidas. Sentiu sua pele ser sugada para dentro da boca dele. Ele se afastou sorrindo, deixando um perplexa Georgea tocando seu próprio pescoço.

– Pagando de macho?

– Hoje.. – Ele levantou queixo fino dela com os dedos, com um sorriso no canto de sua boca. – ..Ninguém mexe com você.

E assim pegou sua mão, entrando dentro da multidão que se agitava ao ritmo de So Good To Be Bad de David Guetta, saíram e se dirigiram ao uma mesa que era visivelmente ocupada por seus amigos, no mesmo instante o ruivo solto a mão da loira e agarrou o colarinho da camisa dela a puxando por ali.

– Isso, pertence à vocês? – Ele chacoalhou o colarinho dela, fazendo-a chacoalhar totalmente, como uma boneca de pano. – Sugiro que cuidem melhor de seus objetos. – E a soltou, deslizando no banco ao lado de Lysandre.


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