''Apenas Amigos'' escrita por Cammy Herondale


Capítulo 4
Acampamento de Inverno-1




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Monday, 09:00 pm, Flora- France.

Era aula de ciências, Georgea estava sentada em seu lugar com a cabeça apoiada na parede e rabiscando coisas fúteis na carteira. Armin sentava ao seu lado, e jogava seu PSP, escondido obviamente. Rosa ficava em sua frente, e estava animada com hoje à tarde.

Na verdade, a maioria das pessoas estavam animadas com hoje à tarde. Agora você me pergunta o por quê e eu lhe respondo:

Era como uma idéia de acampamento de verão, só que no inicio do inverno. Seriam mais ou menos uns três dias em uma floresta perto de uma praia em Ville De L’Abbaye. A turma 1-B havia ganhado esse ‘’prêmio’’ da escola por ter sido considerada a melhor peça apresentada do ensino médio, por mais que tivesse sido constrangedor.

O sinal tocou e Gê voou para fora da sala indo para o banheiro feminino, havia trago consigo sua nessecerie apenas para disfarçar. Mas a realidade era que estava preferindo evitar Castiel depois do que tinha acontecido na casa dele.

Ela se lembrava de depois de saírem da sala foram para o quarto dele. Se lembra dos lábios macios em sua pele, da textura de sua pele ao toque de sua mão. E não se lembra de mais nada. Mas na manhã seguinte havia acordado de calça, pelo menos, e com uma puta ressaca.

Passou uma escova no cabelo e sentou na pia balançando os pés e deu uma olhadinha no feed do Facebook.

***

Monday, 10:15 pm, Flora- France.

Depois de Gê voltar para a sala de aula tinha assistido duas aulas seguidas de história e, agora o sinal havia tocado indicando o inicio do intervalo.

Gê levantou e logo Rosa encaixou o braço no dela, com um longo sorriso disse:

– Você sabe que o acampamento é hoje, certo? – Rosa disse. Elas haviam começado à caminhar pelo corredor, indo em direção ao refeitório.

– E você me deixa esquecer? – A menor disse fazendo a maior rir.

Depois de pegarem o que lanchariam, Rosalya e Georgea atravessaram o refeitório e sentaram-se na mesa de sempre, com os mesmo rostos. Nathaniel, Armin, Kentin, Alexy, Lysandre, Castiel, Melody, Irís, Kim e Violette.

Gê se sentou ao lado de Alexy, e Rosa sentou-se ao lado dela. A loira acabará ficando de frente para Castiel, o mesmo deu um sorriso divertido.

– Então – Iniciou Alexy. – é provável que todos vocês vão ao acampamento.

– Eu já disse, eu me recuso. – Armin disse com os olhos concentrados na tela.

– E eu já disse, você vai nem que amarrado. – Alexy completou fazendo o moreno bufar.

– Ah, vamos Armin. Pare de corpo mole. Vai ser divertido. – Georgea disse oferecendo um sorriso gentil nos lábios e sentiu uma cutucada na perna.

Olhou para Castiel que cobria os lábios com dois dedos, fitando-a. Ela deu de ombros e deu um gole em seu refrigerante. Alexy cutucou-a com o cotovelo.

– Chegou viva em casa? – Ele disse com um sorriso servido com uma porção de malicia.

A loira engasgou com o refrigerante e começou a tossir.

– Sim, Alexy. Ela continua virgem. – Castiel disse acabando com as esperanças de salvação que haviam restado a Georgea.

Todos riram fazendo, Georgea conseguia sentir as bochechas esquentando.

– Olha, eu realmente tenho muita vontade de estapear Lysandre. – Iniciou Kim. – Ele me esqueceu dentro do carro. Sabe quantas explicações eu tive que dar? – Lysandre abaixou o olhos mexendo no cabelo sem jeito. – AH, nenhuma. Meus pais nem estavam em casa. – Ela mexeu a mão de forma desdenhosa.

O papo se virou para o acampamento. Como Gê pensou, a maioria estava animado.

– Pensar em ficar próximo da natureza novamente, me dá certa animação. – Lysandre disse passando os dedos esguios no queixo.

– Eu estou me corroendo por isso! Pense, aqueles insetos nojentos de quatorze olhos.. – Armin falou fazendo cara de nojo.

– Você tem sorte se não encontrar uma cobra. – Castiel disse sorrindo de canto.

– C-COBRA!? – O morena disse alarmado. – Tipo a A-Anaconda?! – Ele disse fazendo o ruivo rir e concordar com a cabeça. – Ai meu Deus. Alex, seu eu morrer a culpa é sua!

E todos caçoaram dele. Começaram a falar de coisas aleatórias.

Uma idéia para sacanear o ruivo, que havia acabado de sacanear seu amigo, relampeou em sua mente. Ela tirou a sapatilha preta e começou a acariciar a perna dele por debaixo da mesa. Ele olhou para ela com surpresa. Ela começou a subir pela perna dele, chegando na altura das coxas e, finalmente, em seu membro.

O garoto deu um pulo no banco, arregalando os olhos.

– Você está bem, Castiel? – Perguntou Lysandre com uma sobrancelha erguida.

– Sim – Ele deu uma pausa e suspirou. – Pensei ter visto o cachorro da velhota.

Com certeza, esse cachorro traumatizou todo mundo, Gê concluiu. Com o pé ela acariciou gentilmente a elevação que estava começado a se formar no centro da calça do ruivo, contraiu os lábios em uma linha reta evitando sorrir.

– Toma, Castiel. Eu não quero mais e está bem gelado. – Ela disse tentando manter a voz mais tranquila.

Ele riu e revirou os olhos. Georgea colocou o pé de volta na sapatilha, terminou de comer o sanduíche que havia pego.

– Soube que os professores que vão escolher as duplas. – Kentin disse balançando a latinha de refrigerante para vendo se havia restado algo.

– Isso é injusto. Imagina se eu caio com aquela Barbie paraguaia da Ambre, ou uma de suas cópias. Bléh. – Rosalya disse e encerrou colocando dois dedos na garganta, fingindo que vomitava.

O sinal tocou e eles se levantaram, incluindo Castiel. Meio que por curiosidade, ela olhou para o centro da calça dele. Mas já havia voltado tudo ao normal. Saíram do refeitório e foram caminhando pelo corredor em direção a sala.

Cada um foi para seu lugar. Logo após, professor Boris e Faraize entraram na sala acompanhados da diretora, a mesma tinha um sobrenome meio complicado.

– Alunos e alunas! Silêncio, por favor! – Sra. Shermansky disse dando batendo a mão na mesa. – Bem, como todos vocês já estão sabendo, ganharam como prêmio a saída escolar para um acampamento em Ville de L’Abbaye. Todos vocês deveriam ter entregue as autorizações na semana passada para o representante do grêmio ou para a representante de turma. – Ela olho para Nathaniel e Melody. – Sr. Nathaniel, as autorizações, por favor. – O loiro se levantou e entregou um bolinho de bilhetes presos somente por um clip. – brigado. Todos da sala entregaram? – Ele confirmou com a cabeça e voltou a se sentar. – Ótimo. Bem, nós iremos sortear as duplas. Por tanto, não se aborreçam com as decisões.

Ela se virou para mesa onde havia um pequeno pote com pedaços de papéis,onde supostamente estaria os nomes de todos os alunos. Ela remexeu a caixa e tirou dois papéis.

– Rosalya e Ambre. – A diretora disse e Rosalya se agitou abaixando a cabeça. A diretora voltou-se a mesa e retirou mais nomes que Gê não conhecia direito.

– Puta merda. – Sussurrou a platinada fazendo a loira sentir um pouco de pena da mesma.

– Alexy e Luke. – Georgea já tinha falado uma vez com o garoto, um rápido ‘’Oi, tudo bem?’’. Alexy não parecia decepcionado. A diretora já estava com outros papéis. – Irís e Armin. – Armin olhou para cima e voltou a jogar o PSP. – Peggy e Kim. – Um rosnado, provavelmente de Kim, ecoou na sala. – Bem, os próximos foram sorteados em três pelo numero impar de alunos presente na sala. Nathaniel, Kentin, Lysandre. E por fim os dois restantes, Georgea e Castiel.

Georgea olhou para Castiel e viu um fantasma de um sorriso no rosto do mesmo.

A diretora falou mais algumas coisas sobre comportamento e o horário que todos deveriam estar presentes no colégio para a saída do ônibus, por volta das uma e meia.

Ou seja, teriam menos de uma hora para arrumarem as coisa e voltarem para o colégio, Georgea estava contando com a boa vontade de Dake para levá-la e trazer de volta para o colégio. Claro que qualquer outro estudante responsável e organizado já estaria com as coisas prontas .

***

Monday,12:55 pm, Flora-France.

Georgea havia conseguido persuadir Dake a levá-la de volta para escola, e ficou super satisfeita com isso.

Estava fechando a mochila na qual havia conseguido acomodar as roupas que iria usar no acampamento. A sua fiel necesserie azul claro com a face da raça de um cachorro, na qual ela fazia questão de esquecer, continha as coisas de higiene e sua manteiga de cacau, que era uma bolinha azul, e uma escova do Steach.

Havia tomado um banho e trocado de roupa. Georgea havia vestido um moletom preto que ficava largo em seu corpo e passava da linha do pulso que tinha escrito em letras brancas e garrafais WILDER THAN YOU THINK, uma calça jeans clara que ficava solta nas coxas, uma bota marrom claro, um colar prateado com um floco de neve, nos pulsos duas pulseira, uma com apenas uma ancora azul que havia ganhado de seu pai no natal passado, e uma com estrelas e luas e um brinco com a sombra de um unicórnio com um fundo galático.

Jogou a mochila nos ombros e desceu as escadas arrumando uma touca da Obey azul marinho escuro com um pompom.

– Vamos Dake? – Ela disse parada na porta da entrada.

O garoto se espreguiçou no sofá, resmungando sobre ter que levá-la.

– VOCÊ FALOU QUE IA ME LEVAAAR! – Ela disse fazendo biquinho.

– É, eu sei que falei. – E levantou pegando a chave do carro em cima do balcão.

Eles saíram e foram para o carro de Dake. O garoto começou a dirigir e ligou o rádio deixando em qualquer estação, estava tocando Arabella do Arctic Monkeys.

– E com quem você vai fazer dupla?

– Castiel. – Ela respondeu batendo o pé em sintonia com a música.

– QUE? EU JÁ NÃO TE DISSE PARA NÃO SE APROXIMAR DE GAROTOS ASSIM?!

Lembrando-se dos lábios do garoto ela sorriu, mas disfarçou rapidamente.

– A diretora escolheu.

– Abre o porta-luvas.

– Pra que?

– Abre. - Ela abriu e olhou para ele. – Pega esse spray de pimenta e assim, você mantém ele longe. – Ela riu mas colocou o spray dentro da bolsa para não contra dizer o irmão.

***

Monday, 01:10 pm, Flora-France.

– Pelo menos você não está com a Ambre, Lex! Imagina, eu e aquela vaca tetuda de couro fraco! – Rosalya agarrava as madeixas brancas irritadíssima.

– Ai, ai. Eu não tenho do que reclamar. Nem a Gê, né, loirinha? – Alexy cutucou a cintura de Georgea.

– Eu nem falo com Castiel direito.

– Ah, mas eu vi como ele olhou para você! – Ele disse sorrindo com malicia.

– Nada haver! Eu vou tomar água. Já venho. – Jogou a mochila no chão e foi correndo para dentro da escola em direção ao bebedor.

Pressionou o pequeno botão e a água veio, se inclinou e...

Foi puxada para trás.

– Mas que porra? – Ela disse com as sobrancelhas erguidas.

Ouviu a risada áspera e musical e logo reconheceu o portador. Castiel.

Ele estava inclinado tomando água no bebedor de onde Georgea havia sido retirada.

– Obrigada por ceder sua vez. – Ele disse passando a língua no canto da boca, retirando o resto de água.

– Você me arrancou dali!

– Ah, então não foi por caridade? – Um sorriso traiçoeiro pendia nos lábios carnudos e macios do rapaz.

– Nem um pouco. Por mim, você morreria de sede.

– Você pisou em meus sentimentos. – Ele riu.

Avançou na garota, pressionando-a contra a parede.

– Me solta.

– Você me provocou no intervalo, acho que tenho direito, não?

– N-Não, não tem. – Ela tentou empurrar ela.- Temos que ir, faltava vinte minutos quando sai de lá.

– Fique tranquila, temos tempo suficiente.

Eles estavam tão próximos que a respiração de Castiel agitava os cabelos louros dela. Os lábios roçando nos dela.

– Por que fez aquilo no refeitório?

– Queria te sacanear por ter sacaneado Armin.

– E agora você paga o preço. Mas lhe afirmo que é de uma forma ótima.

E colocou seus lábios juntos ao dela, abrindo os lábios dela com os dele. As mãos em seus cabelos, percorrendo sua silhueta e parando em sua bunda, apertando a mesma. Gê deu um leve pulo surpreendida. Ele a levantou do chão e colocou as pernas da garota entorno de seu quadril. E, como o bater de asas de um pássaro, o beijo suave se tornou intenso. As mãos de Georgea afundaram nos cabelos rubros. Eles separam os lábios e a boca dele foi ao pescoço dela, dando mordidas fracas e beijos. Ela colocou os pés um após o outro no chão.

O garoto a encarou perplexo.

– Leve isso como uma despedida. Não podemos ficar nessa pegação.

– Ah, é? E por que não?

– Porque eu não sou uma Ambre da vida, Castiel. – Ela o empurrou. – E além do mais, apenas amigos. Sem segundo, terceiro ou quarto sentido. Apenas o primeiro, ok? – Ele suspirou e concordou. – Ótimo.

E assim caminharam de volta para o pátio, à espera do ônibus.


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