O inferno de Anya escrita por Strawbekky


Capítulo 2
Capitulo 2 - Anya


Notas iniciais do capítulo

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Anya

Eu já havia me acostumado com os pesadelos que me perturbavam todas as noites, mas conviver com o sofrimento real era pior ainda. Meu corpo tremia, se contorcia, se contraía, e nada que eu pudesse fazer pararia aquele inferno. Parecia estar em brasas enquanto era esmagada por alguns caminhões, meu sangue parecia ácido em minhas veias, me corroendo por dentro, e a ideia de que aqueles seriam meus últimos momentos de vida. Não me dei o trabalho de ser forte, a morte era o que eu esperava a anos, qualquer coisa era melhor do que conviver com a humilhação de meu passado, um fardo que eu jamais abandonaria. Os fios alaranjados de meus cabelos grudavam por meu corpo totalmente despido, e pelos mizeros segundos que meus olhos conseguiam se abrir, eu via doutores graduados em grandes faculdades a minha volta, tomando nota de cada reação que o meu corpo tinha.

Se eu gritava eu não sei, nenhum deles parecia se incomodar muito com o som da minha voz, até eu perceber que eu não falava, como se não houvesse corda vocal alguma em minha garganta. Talvez eu estivesse sufocando, não sei, mas eu aposto que a maioria das pessoas que chegaram até aqui estão confusos, afinal, o que aconteceu para eu estar a beira da morte? Uma verdade : nem eu sei, mas posso contar os fatos que me levaram até aqui. Era dia 02/08, dia do meu aniversário e também dia da graduação dos formandos. Era para ser um dia normal e entediante como qualquer outro, se o destino não tivesse a infeliz mania de brincar com a minha vida.

Pela primeira vez eu queria estar na cerimônia de graduação, a qual assistia todos os anos por questão de obrigação e julgava ser um saco total, mas o que eu estava sentindo me fazia implorar por ouvir a voz dos instrutores fazendo o mesmo discurso todos os anos. Me arrumei como qualquer outro dia e segui para o auditório, quando fui interrompida por algumas mãos rápidas e nada discretas, e assim fui carregada até o subsolo. Os laboratórios da academia eram todos supervizionados por pessoas do governo, essas analizavam minuciosamente o local antes de aprovarem-no como laboratório de experimentos, mas aquele dali claramente era um clandestino.

As paredes tinham a pintura mal feita e não havia piso, era feito de uma pedra escura e humida, o que deixava o ambiente nojento. Os aparelhos que haviam ali precisavam de uma boa higienização, mas algo me dizia que eles não se importavam muito com isso. E o mais interessante, a regra suprema era que as pesquisas e experiencias feitas em qualquer ser vivo EXETO humanos eram permitidas, mas essa era outra que eles quebrariam já já. Minha roupa foi arrancada sem muito cuidado, deixando marcas avermelhadas pelo meu corpo e pedaços de tecido espalhados pelo chão. Tentei me livrar, empurrar, chutar, socar, mas nada que havia aprendido nas aulas pareceu funcionar com aqueles ali, eles eram expecialistas. Senti alguma coisa ser posta sobre o meu rosto e quase que intantâneamente apaguei. E quando acordei, eu estava aqui, deitada em uma maca de hospital, completamente nua e amarrada, enquanto curtia ao melhor estilo "fui estuprada e agora retiraram meus órgãos" a minha morte, ou parte dela.


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