Memórias herdadas escrita por MarcosFLuder


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa história passa-se na oitava temporada, um mês depois dos eventos ocorridos no episódio THIS IS NOT HAPPENING. Isso significa que Mulder não estará presente, pois neste período da série ele encontra-se aparentemente morto e enterrado. Um agradecimento especial para Katy Tonnel da página do facebook @Painless Design, pela capa maravilhosa que me foi ofertada.



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SEDE DO PARTIDO DA ALIANÇA BRANCA

RICHMOND , VIRGÍNIA

10:15 Pm

Jake Farmer perguntou mais uma vez a si próprio quando foi que sua vida tinha se transformado num inferno, ele fazia isso ao mesmo tempo que ouvia mais um discurso inflamado de Paul Hoover sobre como a América estava “contaminada” pela presença de imigrantes e outras “criaturas inferiores”. Ele dizia que essas pessoas eram responsáveis pela degradação do modo de vida americano e que algo de muito drástico deveria ser feito antes que fosse tarde demais para os “verdadeiros americanos”. Judeu por parte de mãe, Jake sentia engulhos ao ouvir aquilo, mas como um policial em serviço tinha que se controlar para fazer o seu trabalho.

O problema é que após meses infiltrado nessa organização, tentando descobrir se as suspeitas de atividades ilegais envolvendo o contrabando de armas eram ou não verdadeiras, tudo o que ele havia conseguido era uma violenta crise no casamento. Sua esposa o havia abandonado a dias, e ele também vinha tendo sérios problemas no trabalho, sua última discussão com seu chefe só não tomou um rumo mais grave graças a intervenção de seu parceiro. Ele sabia que estava prestes a ser afastado do caso. No FBI a mais de cinco anos, o agente Jake Farmer nunca havia permitido antes que uma investigação afetasse tanto a sua vida. Tudo começou quando aquelas imagens surgiram em sua mente, ele as via nos últimos meses e, até então, não conseguia entender o significado delas.

No princípio pareciam pesadelos, mas a medida que o tempo passava essas imagens surgiam, mesmo estando acordado, e agora pareciam lembranças de algo que ele jamais poderia ter vivido. Jake não entendia nada, mas aos poucos foi percebendo que tudo parecia ter ligação com o homem à sua frente. Billy Grayson era um aposentado que devia ter uns 80 anos, era um dos fundadores do partido e desde o primeiro dia Jake o detestou, sem dúvida o evidente racismo do sujeito ajudava bastante, mas havia algo nele que o irritava particularmente. Era um sentimento que no começo, não conseguia definir direito, mas que ele sabia agora era ódio puro.

Havia tipos piores ali, como o jovem Adolf Hoover a seu lado. Era repugnante vê-lo ali, embevecido com o odioso discurso do orador, não por acaso seu avô, mas era Billy quem despertava nele os piores sentimentos a ponto de aproximar-se dele para tentar entender o que isso significava realmente. Jake podia ouvir ser parceiro gritando no microfone instalado em seu corpo, para procurar os homens apontados como suspeitos de usar o partido para atividades ilegais em vez de concentrar-se num velho aposentado. Ele não deu ouvidos ao parceiro e tratou de ir ao encontro de Billy, gelando ao vê-lo junto de outros quatro homens. Um deles era Paul Hoover, que tinha acabado seu discurso, e conversava animadamente com o grupo.

Era um homem que não aparentava a idade que tinha, seu tipo rijo, até mesmo atlético, contrastava com o resto do grupo. Alfred Stone era o típico velho rabugento, reclamava de tudo, não era de admirar que a família o tenha esquecido num asilo. Harry Anderson era o mais próximo a Billy, enquanto Robert Graves dava a impressão de que poderia morrer a qualquer momento. Jake reparou na face magra. Os olhos fundos e as manchas na pele não deixavam muitas dúvidas de que ali encontrava-se um homem muito doente. Ele também não parecia muito contente em estar ali, todos tinham idades próximas a de Billy, apenas o neto de Hoover destoava do grupo.

— Pessoal deixem eu apresentar alguém que ainda pode acrescentar muito ao partido – o neto de Paul Hoover traz Jake para junto do grupo de velhos – esse é Jack Farmer

Jake cumprimentou a todos um por um se sentido gelar a cada toque daquelas mãos envelhecidas. Pareciam todos de uma triste familiaridade, uma cacofonia de sons formou-se em torno dele, à conversa animada daquelas pessoas somou-se ao que ele ouvia de seu parceiro no microfone. Tudo começou a rodar na sua frente ele já não via quem estava diante dele, mas sim além. As imagens que o atormentavam a meses estavam de volta.

“O lugar era uma prisão, cercas de arame farpado, placas escritas em alemão, pessoas de olhar inexpressivo sendo conduzidas como bois num matadouro. Homens de uniforme em atitudes cruéis, sete deles juntam-se para espancar uma mulher grávida, ela grita por socorro e apenas dois homens tentam impedi-los, mas são agarrados por quatro dos agressores enquanto os outros três continuam a espancá-la de maneira selvagem. Uma nova imagem surge, dessa vez num lugar que parece uma fazenda, cinco dos sete homens de antes espancando alguém. O rosto dele está cheio de sangue, mas pode-se ver que é um dos que tentou evitar o espancamento da mulher grávida. O outro estava amarrado, um dos espancadores vira-se pra ele e diz algo que Jake não consegue entender, logo depois se junta aos seus colegas, arrastando o homem ferido por eles para trás de uma grande pedra. O homem que estava amarrado consegue soltar-se e vai atrás deles, só pra vê-los matando seu colega com vários tiros. Ele sai correndo desesperado, sem deixar de ouvir um deles gritando um nome que Jake finalmente consegue entender – “Billy” – após o grito de um dos espancadores, dois tiros são disparados fazendo o fugitivo cair num rio”.

As imagens cessam e Jake sente o mundo rodar diante de si, nada parece fazer sentido ele acaba caindo no chão, ao tentar socorrê-lo acabam descobrindo o microfone escondido e um tumulto se forma.

— Mas que Diabo é isso – Paul Hoover estava furioso e agarra Jake pelo colarinho – você é um tira não é seu desgraçado?

Larry Masters ouviu do furgão que o disfarce de seu parceiro havia sido descoberto, por um instante ele amaldiçoou-se por ter defendido Jake quando o chefe dos dois quis afastá-lo do caso, para logo a seguir alertar todos que estavam de vigília e dirigir-se para a entrada da sede do partido. Ao chegar lá ele vê Jake sendo espancado por um grupo.

— Todos quietos , FBI – ele gritou e os homens pararam o espancamento.

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A mente de Jake Farmer ainda não parecia processar direito todas as informações, ele mal conseguia ouvir a bronca de seu chefe por estragar meses de uma delicada investigação. Somente ao ouvir que estava suspenso de suas funções e ser obrigado a entregar a arma e o distintivo é que começou a perceber que sua carreira no FBI, mais ou menos como sua vida, estava praticamente arruinada. Ele só não entendia ainda porque tudo aquilo estava acontecendo, mas ao sair da sala de seu chefe as coisas começaram a ficar mais claras, ele viu os membros do partido saindo junto de seus advogados , acusações graves e ameaças de processos eram feitas, mas Jake só conseguia ver aqueles cinco homens juntos. Eles caminhavam em fila indiana, Paul Hoover a frente, e evocavam em Jake uma das muitas imagens que o perseguiam, de soldados marchando numa prisão ante o olhar aterrorizado de muitas pessoas, dava até pra ver os nomes em alemão escritos nos uniformes. As imagens que insistiam em atormentá-lo nos últimos meses não saiam de sua cabeça e tudo começava a fazer sentido para ele.

Os cinco velhos começam a insultar Jake, até mesmo Robert Graves que mal conseguia ficar de pé. O neto de Paul Hoover tenta agredi-lo e é ameaçado de prisão, sendo contido pelo avô. A confusão só faz aumentar quando Robert tem uma crise e precisa ser levado ao hospital. Jake mal percebe nada disso, e seu chefe e parceiro insistem pra que ele vá pra casa. Em vez disso ele decide seguir o grupo que leva Robert Graves ao hospital. São quase duas horas de espera até ver as pessoas que seguia saindo. O grupo se divide, Paul Hoover e o neto entram num carro, e Jake decide seguir Billy Grayson e Harry Anderson, que entram num táxi. Ele os segue até uma casa no subúrbio e os vê entrar, ainda não sabe direito o que fazer, no entanto, ele sentia-se bem pela primeira vez em muito tempo. As imagens que o perseguiram nos últimos meses finalmente começam a fazer sentido, tudo ficou claro pra ele. Agora entendia porque tudo tinha começado a dar errado na sua vida nos últimos tempos; o ódio inexplicável que sentia por Billy Grayson, e que tinha tomado conta de sua vida a ponto de relaxar no trabalho e estragar seu casamento. Ele ainda não sabia como, mas todas as respostas pareciam estar na casa em frente e Jake Farmer iria buscá-las.

Billy Grayson serviu seu amigo com o chá enquanto olhavam as fotos de seu álbum, na idade deles era tudo o que restava fazer, recordar o tempo em que sentiam-se poderosos, quando tinham nas mãos o direito de vida e morte sobre aqueles que consideravam “inferiores”. O barulho da porta sendo arrombada acaba chamando a atenção deles e foi com espanto que viram Jake Farmer entrar feito um louco. Billy Grayson fez menção de protestar e foi atingido por um bastão de beisebol que Jake viu em cima do móvel. Harry Anderson tentou correr e pedir socorro, mas foi atingido e caiu. Jake golpeou sua cabeça várias vezes até ela virar uma massa disforme de carne e sangue no chão.

— O que está fazendo? – o medo na voz de Billy era evidente.

— Está com medo senhor Grayson? Ou devo chamá-lo de soldado Muller? – a expressão no rosto de Billy era de total espanto.

— Como... como sabe disso?

— Antes você não tinha medo não é? Você é que impunha medo – ele mantinha o bastão apontado pra ele enquanto olha para o álbum cheio de fotos de soldados num campo de concentração – olha só pra isso, lembra quando você e seus amigos espancaram aquela mulher grávida até a morte diante do marido e do irmão dela?

— Quem contou-lhe isso? – um golpe do bastão de beisebol o atingiu no joelho e ele gritou ao sentir os ossos quebrando, a carne sendo rasgada.

— Eu vi vocês fazendo isso – Jake grita.

— Impossível! – o rosto dele era uma máscara de dor, mal conseguia falar direito – você nem era nascido.

— Eu tenho visto isso desde que o conheci por conta dessa maldita investigação, só hoje entendi que era tudo por sua causa, sua e de seus amigos – ele aproximou-se do velho que se encolhia em dor – só hoje eu entendi tudo, quando vi vocês todos juntos, estavam todos lá. Vocês cinco, e mais outros dois, mataram a mulher, e depois mataram um dos homens que tentaram salvá-la.

— Você não poderia saber de nada disso, todos que poderiam falar ou estão mortos ou nunca iriam contar-lhe isso.

— O segundo homem sobreviveu Billy, você atirou nele, mas ele sobreviveu mais três anos antes de suicidar-se.

— Eu o acertei , eu tenho certeza.

— Ele sobreviveu, viveu três anos de desespero achando que poderia ser encontrado, culpando-se por sua covardia, por manter-se em silêncio, até que não suportou mais e matou-se – Jake tentou conter as lágrimas antes de falar – ele era meu avô.

— O que quer de mim Judeu – as palavras saiam cheias de desprezo, mesmo ferido e com dor Billy Grayson fazia questão de mostrar o que sentia por Jake, ele viu uma foto na parede, cinco homens juntos, dois estavam ali com ele, um estava morto.

— Os outros três, estavam todos juntos hoje não é? – Billy Grayson limitou-se a cuspir em resposta, Jake começou a golpeá-lo com o bastão, e só parou até desabar de exaustão no sofá.

“As imagens vinham de novo à sua mente, cinco homens cavando uma cova e jogando um corpo nela, eles partem num carro de modelo antigo com placa do Tenessee enquanto eram observados por outro homem escondido nas sombras. Após a partida dos assassinos esse homem vai até a cova, mesmo ferido ele pensa em desenterrar o corpo, mas desiste, caindo em um choro desesperado”.

Jake acordou no sofá, e por um instante assustou-se com o sangue em suas roupas. Ao perceber onde estava ele viu também os dois corpos no chão, vasculhou toda a casa até achar uma agenda. A expressão de felicidade em seu rosto não deixava dúvida de que encontrara o que procurava. Ele foi tomar um banho e trocar de roupa , logo depois colocou os dois corpos num carro e partiu em alta velocidade.

FAZENDA CAVALO BRANCO

FRONTEIRA DO TENESSEE COM A VIRGÍNIA

DOIS DIAS DEPOIS

Os dois corpos jaziam no chão sem qualquer cuidado e já trazendo sinais de decomposição, bem próximo dali Jake cavava feito louco até deparar-se com um esqueleto. Ele não consegue evitar as lágrimas em seu rosto ao contemplar os restos mortais de alguém que ele via em sua mente nos últimos meses. Havia chegado a esse lugar como se já o conhecesse a muito tempo embora nunca tivesse estado ali antes. Nada mais o espantava nisso tudo. Depois de todo esse tempo sendo perseguido por imagens que não compreendia, Jake percebia agora que sua vida começou a arruinar-se depois que passou a ser atormentado por elas. Não queria mais essas imagens em sua cabeça e pra livrar-se delas, pessoas tinham que ser vingadas. Três homens teriam de morrer para que pudesse ter paz novamente. Ele levantou-se e foi em direção ao carro, deu uma rápida olhada nos dois corpos no chão e entrou no veículo. A agenda encontrada na casa de Billy Grayson foi folheada, Jake correu o dedo por uma lista de nomes até riscar três deles: Alfred Stone, Robert Graves e Paul Hoover. Ele permitiu-se um sorriso enquanto ligava o carro, dirigindo até encontrar um telefone para informar ao seu parceiro onde poderia encontrar os corpos dos dois homens que matara além de contar o porque de tudo aquilo.

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Aquela era uma área de fazendas. Um tipo de lugar que evocava o clima de “E o vento levou”. Enquanto observava a grande movimentação de policiais no local, a figura esguia, de cabelos bem negros e corpo atlético, não poderia deixar de ficar impressionada com o fato de ainda haver lugares assim num país tão essencialmente urbano. Ela deixou de lado esses devaneios enquanto via os peritos examinando os corpos e desenterrando os restos mortais encontrados no local. O policial encarregado dirigiu-se à mulher que via tudo aquilo enquanto fumava.

— Eu ainda não entendo o porque de você estar nesse caso agente Reyes – disse ele.

— Alguns elementos aqui sugerem uma visão menos convencional dos fatos agente Masters – Monica Reyes esmagou a ponta de cigarro com o sapato enquanto respondia.

— Está falando daquela conversa maluca do meu parceiro?

— Jake Farmer disse ter matado esses dois homens e desenterrado parcialmente os restos mortais encontrados aqui por conta de uma série de imagens que via.

— Ele tinha acabado de ser suspenso devido ao seu estado de desequilíbrio.

— Você foi parceiro dele por anos, ele parecia um homem desequilibrado?

— Você também é uma agente do FBI, sabe que não seria a primeira vez que um dos nossos acaba “desabando” durante um caso.

— Há uma grande possibilidade disso ter realmente acontecido agente Masters, mas e se houver outro motivo?

— Ele afirmou ter visto pelo menos dois assassinatos que teriam ocorrido a décadas minha cara, antes mesmo dele nascer, disse que tinha haver com o avô dele – a voz do agente Masters traía a sua descrença – como explicaria isso agente Reyes?

Ela acendeu um novo cigarro, já havia perdido as esperanças de largar o vício, olhou para o agente à sua frente sabendo de antemão a reação que ele teria ao ouvir o que tinha a dizer.

— O senhor já ouviu falar em memória genética agente Masters?

SEDE DO FBI

WASHINGTON DC

DOIS DIAS DEPOIS

Dana Scully caminhava elegantemente pelos corredores tentando não notar os olhares à sua volta, quase um mês depois do enterro de Mulder ela ainda estremecia ao pensar num dos piores momentos de sua vida. Ela vinha suportando tudo com seu habitual estoicismo porque tinha motivos para manter-se digna e altiva. Ninguém a veria perdendo a compostura em público. Foi dessa forma que chegou até o porão onde seu parceiro a esperava, outra pessoa conhecida também estava lá.

— Agente Reyes, que surpresa agradável – não era apenas por formalidade que dizia isso, embora não soubesse dizer bem o porquê ela havia simpatizado com a mulher à sua frente.

— Como vai Dana – elas trocaram um rápido abraço, Monica não deixou de reparar na barriga de Scully, já começando a ficar proeminente – isso é o que eu estou pensando?

— Exatamente agente Reyes, estou grávida.

— É uma surpresa e tanto Dana.

— Nem me fale, sinto todos os olhares do FBI sobe mim nos últimos dias.

— Alguém disse algo desagradável Da... agente Scully , se for o caso eu... – a alteração na voz de John Doggett não passou desapercebida para as duas mulheres , elas limitaram-se a sorrir.

— Está tudo bem agente Doggett, é só uma curiosidade natural, nada que me ofenda.

— Tudo bem então – ele oferece a cadeira pra ela sentar – a agente Reyes veio pedir a nossa ajuda num caso.

— Do que se trata?

— Você soube dos corpos encontrados numa fazenda do Sul há dois dias atrás Dana?

— Apenas pelo noticiário porque?

— Conte pra ela, Mônica – o sorriso de Doggett não disfarçava a descrença.

Scully escutou pacientemente o relato de Monica Reyes, tantos anos convivendo com Mulder ensinaram-na a manter a mente aberta para fatos que fugiam ao que todos compreendiam como normal. A idéia da memória genética era um deles. Em circunstâncias normais ela tenderia a considerar que Jake Farmer estava sob o efeito do trauma resultante de um crime ainda sem muitas explicações, ou então tentando criar uma nuvem de confusão no caso, do que acreditar numa teoria que sua mente racional e científica sempre viu com reservas. No entanto, a descoberta de restos mortais no local merecia uma investigação, até para esclarecer os crimes ocorridos.

— Você acredita mesmo que se trata de um caso de memória genética agente Reyes?

— Eu não sei Dana, só poderemos ter certeza disso quando Jake Farmer for encontrado, mas acho que com a ajuda de vocês dois poderemos esclarecer essas mortes.

— O fato dele ser um agente do FBI, e da fazenda onde estavam as vítimas pertencer a alguém que estava sendo investigado pela agênica, tem causado muita confusão junto a imprensa.

— E como tem Dana, de certa forma isso contribuiu pra que eu conseguisse autorização pra colocar vocês no caso. Essa confusão toda não é nada boa pra imagem do FBI – ela aponta para a foto de Paul Hoover – os advogados dele estão alegando que tudo foi armado para incriminá-lo.

— Já identificaram os restos mortais que foram encontrados?

— Ainda não John, mas eu sinto que há uma ligação entre as vítimas, não pode ser por acaso que todos tenham sido encontrados num mesmo local.

— Você acredita que esses restos mortais sejam de alguém ligado a Jake Farmer?

— Creio que sim Dana.

— E sobre as duas outras vítimas – John Doggett examinava a ficha deles enquanto perguntava.

— Billy Grayson não era muito bem visto no local onde morava, algumas pessoas falaram que ele não escondia de ninguém suas idéias racistas.

— Jake Farmer era Judeu?

— Por parte de mãe Dana, mas o que me intrigou mesmo foram as suas duas vítimas.

— Do que está falando Monica?

— Dê uma boa olhada na ficha dos dois velhos e me diga o que acha John – por um instante eles ficam em silêncio até que Scully resolve quebrá-lo

— O que acha agente Doggett?

— Eu notei algumas lacunas na biografia deles, mais precisamente no período anterior a Segunda Guerra Mundial, era disso que estava falando?

— Exatamente!

— Vocês acham que esses homens possam ser... nazistas foragidos?

— É uma possibilidade a ser investigada Dana.

— Talvez aqueles seus amigos malucos possam ajudar – disse Doggett.

— Que amigos malucos?

— O agente Doggett está falando dos Pistoleiros solitários, agente Reyes. Na verdade eles podem mesmo nos dar uma boa ajuda em investigações como essas.

— Eles parecem ser legais.

— Acho que você gostaria deles, e eles certamente gostariam de você. O Frohike com certeza te acharia quente.

— Como assim Dana? – o sorriso de Scully ao falar aquilo chamou a atenção de Mônica.

— Deixa pra lá, bobagem minha – disse uma ainda sorridente Scully.

— Se vamos tomar pé desse caso eu sugiro que vocês duas vão pra Richmond. Eu vou até os Pistoleiros e vejo se tiro a história desses dois a limpo o mais rápido possível, e as encontro lá.


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Notas finais do capítulo

Essa fanfic será dividida em dois capítulos. Postarei o próximo ainda esta semana. Espero que quem vier a ler goste dela.