O anjo da Noite escrita por Amanda Yvina


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite ♥♥♥♥
Esperam que gostem, e obg pelos comentários divos do outro capitulo.



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03 de Junho de 2012

Vesti uma jaqueta de couro preta por cima de uma camisa de manga branca e calça jeans, estava tão frio. Olhando pela janela do quarto me dei conta que quando estava nas ruas ansiava por um cobertor e hoje tenho mais que isso, mas de nenhum modo posso deixar de me sentir culpado e até mal por culpa dos outros meus semelhantes que continuam lá fora, no frio, na chuva...

– Pensativo – Nem precisei me virar pra saber de quem era a voz doce.

– Stella... – falei ainda olhando pela janela.

– Daria tudo pra saber o que se passa por sua cabeça – ela falou me abraçando.

Me virei para ela e a olhei nos olhos – Eu poderia dizer o mesmo.

Ela como sempre desviou o olhar e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

– Eu e Caleb queremos comer comida japonesa. – ela disse mudando bruscamente de assunto.

– Tudo bem, ótima idéia! – falei num suspiro.

– Vou ligar pra pedir...

– Não – a interrompi – O restaurante fica a cinco minutos daqui, eu vou lá e compro, quero da uma caminhada.

– Certeza? – perguntou buscando meu olhar.

– Certeza meu bem... – respondi lhe abraçando e beijando de leve seus lábios.

Quando sair do prédio apertei a jaqueta ainda mais contra o corpo e pude sentir meu nariz ficando dormente.
Em exatamente cinco minutos cheguei no restaurante, do lado de fora ficava uma barraca onde vendia flores, fiz uma anotação mentalmente de quando saísse da uma passada lá.

– Esta aqui senhor... – alguns minutos depois um homem alto e magro me entregou o pedido.

– Obrigado. – falei saindo do restaurante.

Virei à esquerda e parei enfrente a barraca de flores, uma mulher gorda vestida com um vestido vermelho e uma fita rosa no cabelo segurava algumas flores na mão e sorria exibindo belos dentes brancos e alinhados.

– Moço vai querer alguma flor pra sua amada? – ela perguntou erguendo uma rosa vermelha.

– Como sabe que tenho uma amada?

– O senhor tem cara de um genuíno apaixonado... Seus olhos dizem tudo.

Sorrir envergonhado.

– A senhora tem razão.

– Então, qual o senhor vai querer? – ela perguntou sem tirar o sorriso do rosto.

– Qual a senhora me recomenda? Não entendo nada de flores – falei sorrindo sem jeito.

– Que tal uma que expresse falsidade, mentira... Enganação... – Me virei surpreso ao ouvir uma voz masculina.
Havia um homem alto, branco de cabelos escuros, vestia um casaco preto e calça jeans e ele sorria de uma forma misteriosa pra mim.

– Desculpe o que o senhor disse? – perguntei

– Acha mesmo que Stella merece essas flores? Apesar de ela esta mentindo e te enganando? – Não pude deixar de sentir raiva e surpresa.

– Com que direito fala assim da minha mulher? – Minha voz começava a se alterar.

– Bem se ver que você ainda não sabe de nada – ele tinha um sorriso cínico e astuto no rosto – Ela ainda não te contou o que tem naquele armário trancado, não é?

Como ela podia saber do armário? Quem era ele?

– Não sei do que esta falando, me deixe em paz e a minha mulher também, ou não responderei por mim! – falei me aproximando mais dele e pude ver uma cicatriz que ia de seu olho esquerdo até a bochecha.

– Olha cara – ele ergueu uma sobrancelha e o sorriso sumiu de seu rosto – Você nunca se perguntou o que teria ali? Não tem curiosidade pra saber?

– Quem é você? – Minha voz saiu mais alta do que pretendia.

– Frank, sou ex marido da detetive Stella Bonasera.

Ex marido? Por que ela nunca contou que já foi casada?

– Pelo que vejo ela também não te contou sobre mim, não é?

– Nos deixe em paz! – falei serrando os punhos com raiva.

– Deixarei, mas antes fique com meu numero, posso esclarecer tudo que você quiser sobre ela... – ele tirou um cartão do bolso e me afastei.

– Não quero nada, me deixe em paz!

– Ligue, quando quiser. – ele colocou o cartão em cima de algumas rosas da banca de flores – Você com certeza ainda não sabe nada sobre a Stella.

– Não vou ligar, confio na Stella cegamente. – falei tentando convencê-lo.

Ele sorriu mas logo o sorriso se tornou em uma raiva indecifrável e ele disse:

– Não confie. – Foi apenas o que ele disse e logo se misturou em meio a várias pessoas na calçada e eu fiquei ali, parado, com perguntas rondando minha cabeça e antes que percebe-se peguei o cartão e o coloquei no bolso da jaqueta.

– Não vai querer as flores senhor? – a mulher perguntou me fazendo voltar a realidade.

– Não, na verdade não sei se ela gosta de flores. – respondi e dei passos largos precisava chegar em casa e colocar em ordem meus pensamentos.


Passando a mão livre no rosto abri a porta e entrei, Stella estava no chão brincando com Caleb com algum joguinho, deixei a comida na mesa e fui até o banheiro. Parando em frente ao espelho dava pra ver o reflexo do maldito armário, estava lá, praticamente me chamando, droga! Liguei a torneira e enchi a mão de água e logo joguei tudo no rosto.

– Não vem comer? – Pelo espelho pude vê-la encostada na porta.

– Já to indo. – falei a olhando pelo reflexo do espelho.

– Mac ta tudo bem?

– Claro.

– Por que será que eu acho que você ta escondendo algo? – seu tom de voz era brincalhão.

– Por que será que eu tenho a mesma impressão em relação a você? – falei sem poder controlar o que dizia.

O sorriso de seus lábios sumiu e ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

– Por que você ta falando assim comigo? – Perguntou

– Por que eu tenho a impressão de que não sei nada sobre você – falei com desdém.

– Como assim? É claro que você sabe tudo sobre mim. – Sua voz começava a vacilar.

– Sei mesmo? Será?! – Sai do banheiro e parei em frente à cama, ela vinha logo atrás de mim.

– Mac seja mais claro. – Senti seus olhos sobre mim, mas não me virei pra encará-la.

– Por que você não me contou que já foi casada?

– Quem te falou sobre isso? – Sua voz estava embargada.

– Não importa. – Me virei para olhá-la.

– Importa sim.

– Você não ia me contar?

– Claro que ia, mas não agora. – Vi que seus olhos estavam marejados e tentei controlar o nó na minha garganta.

– Por quê?

– Não é a hora e também não é importante...

– Sabe qual é a verdade? A verdade é que você não confia em mim! – Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia e logo me arrependi.

– Não! Eu só... – ela deu um passo vacilante para trás e passou as mãos no rosto.

– Esquece! – Massageei as pálpebras der repente me sentia exausto.

– Mac – ela se aproximou de mim e envolveu minhas mãos nas suas – Eu te amo, e é claro que confio em você.

– Mas ainda não vai me contar o que tem naquele armário, não é?

O silêncio dela respondeu até as perguntas que não haviam sido feitas. Ajeitei a jaqueta e sai do quarto.

– Mac... – A ouvi me chamar, mas antes que não tivesse mais forças fechei a porta atrás de mim e sai. Precisa pensar se realmente tudo isso valia a pena.


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Notas finais do capítulo

Então...Nos vemos nos comentários amores ♥♥♥♥