O anjo da Noite escrita por Amanda Yvina


Capítulo 6
Capitulo 6


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meuzamores ♥♥♥
Primeiro quero agradecer os comentários e dizer que estou muitoooooooo feliz por tudo, vocês são incríveis e eu já estou completamente apaixonada por cada um de vocês.

Espero que gostem.



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Três meses depois (...)

26 de Março de 2012...

Nos meses que se seguiram minha vida mudou totalmente de figura, eu realmente tinha uma família de novo.
Stella havia conseguido um trabalho pra mim no mesmo laboratorio que ela, eu havia sido da marinha então só precisei de algumas ligações e algumas coisas a mais para enfim poder ir pra o laboratorio, ainda não era oficialmente parte da equipe, ainda estava em período de teste, mas nada que eu não pudesse tirar de letra.
Colocamos Caleb numa escola e ele parecia se adaptar muito bem, nos fins de semana quando tínhamos tempo saímos e aproveitávamos o que podíamos, e hoje segunda-feira, é mais um dia de trabalho duro.

– Flack ligou, temos um corpo no Central Park – Stella dizia entrando no quarto, estava colocando um brinco. Ela realmente estava mais linda a cada amanhecer.

– Central Park? Deixe-me adivinhar... Ninguém viu nada? – disse terminando de calçar o sapato.

– Na mosca! – ela respondeu dando uma piscadela e parando em frente ao espelho para passar uma fina camada de batom vermelho sangue.

Terminei de me arrumar ao mesmo pé que ela também acabava, saímos do quarto e Caleb estava ajeitando a mochila nas costas, meu menino estava tão crescido.

– Mac o porteiro disse que a Van ta me esperando. – ele disse dando um beijo em Stella.

– Esta tão independente – ela comentou enquanto ajeitava a gola da farda dele.

– Tomou café? – perguntei pegando as chaves do carro de Stella.

– Sim, já coloquei o lanche, já escovei os dentes, tomei banho e até troquei as meias... – ele respondeu com um virar de olhos e Stella sorriu.

– Oh como ele está adulto! – falei com ironia e ele sorriu.

– Tchau Mac! – ele disse quando me abaixei e o beijei a cabeça.

– Cuidado Caleb. – falei

– Tchau dona anjo – ele disse dando uma piscadela para Stella, ele nunca havia parado de chamá-la assim.

Depois que Caleb saiu Stella voltou ao quarto para pegar a bolsa em quanto eu bebia um copo d’ água.

– Mac acredita que a Jess deu uma coronhada no Flack? – Stella falou sorrindo enquanto saia do quarto – Quando ele ligou pra mim estava com os paramédicos fazendo um curativo na cabeça.

– Não me estranha nada, o que me estranha é que os dois conseguiam fazer um trabalho tão bom juntos. – falei enquanto jogava o resto da água na pia.

– É verdade, eles fazem uma boa equipe, pelo menos quando não estão brigando... – a vi se escorar na geladeira, estava pálida.

Corrir até ela a ponto de segura-la, era estranho mais a dias a notava diferente.

– O que houve? – perguntei a colocando no colo.

– Nada, eu estou bem... – falou lentamente.

A coloquei na cama.

– Stella há dias noto você diferente, o que esta havendo com você? – perguntei sentindo meu coração pulsar tão rápido que me quase me sentia zonzo.

– Mac? – ela me chamou e me sentei a seu lado e ela segurou meu rosto em suas mãos macias – Confia em mim?

– Cegamente. – falei sem nem pensar, mas era verdade, confiava nela com todo meu ser, com todas minhas forças.

– Então simplesmente não me faça mais perguntas... Ainda não posso responder. – ela disse e vi passar por seu rosto algo como pânico.

Relutante concordei com a cabeça e me levantei, apesar de tudo não conseguia acalmar as batidas descompassadas do meu coração.

– Stella vou respeitar sua decisão, mas sempre estarei aqui quando precisar – falei a olhando nos olhos.

– Promete? – Senti uma certa urgência em sua palavras. Medo.

– Sim – falei num suspiro e me ajoelhei ao lado da cama.

– Eu te amo. – Stella ainda não havia me dito isso, e por um momento pensei ter ouvido errado, ergui os olhos a procuras dos dela, olhos azuis a procura de lindos olhos verdes.

– Eu também te amo Stella Bonasera. – falei sentindo aquelas palavras emergirem do meu coração.

Ela se levantou e voltou a segurar meu rosto em suas mãos.

– Por favor, nunca mais diga isso a mim... – lágrimas caiam de seus olhos.

Por favor, não chore meu amor...

– Por quê? – perguntei

– Por que eu odiaria te fazer sofrer.

– Você seria incapaz disso... – disse sentindo que de certa forma nada seria mais do mesmo jeito.

– Não fique tão certo disso. – sentia amargura em sua voz quase rouca.

– Olha – segurei o rosto dela em minhas mãos e encostei a testa na dela, o desespero me alcançava – Eu quero você e todas suas complicações e seja lá mais o que tiver, e duvido que algum dia você me faça sofrer. Stella eu...

– Por favor, não – ele implorou chorando

– Eu te amo você é a minha vida! – Quando falei aquelas palavras parecia que haviam lhe causado uma dor lancinante.

Depois daquilo fizemos amor com uma urgência incrível, era como se pudéssemos ser um só, fizemos amor para relaxar, com carinho, ternura e calma. Fizemos amor pela ultima vez naquela manhã fria.

Dois dias se passaram depois daquele dia em que senti meu coração quase sair do peito, Stella estava cada vez mais distante, vez ou outra a via se escorar na parede e por a mão na cabeça, também tinha febres, mas como prometido não lhe perguntava nada. Ela sempre me olhava e sorria.

– Mac temos um corpo aqui perto em um bar. – Ouvi Danny dizer enquanto entrava na minha sala.

– Vamos. – falei me levantando e pegando o terno.

– Você está bem? – ele me perguntou quando entramos no elevador.

– Sim, só que Stella anda um pouco estranha. – falei passando as mãos no cabelo.

– Eu também percebi, deve ser coisa de mulher. Um grande sábio disse uma vez: A Mulher não deve ser entendida, deve apenas ser amada. – ele deu uma piscadela e pela primeira vez no dia sorrir e concordei com um aceno de cabeça.

Chegamos à cena do crime em menos de quinze minutos e Flack já estava lá.

– Como ela se chama? – Perguntei me agachando ao lado do corpo, era uma garota.

– Liana Clarke, 19 anos, estudante. – Flack respondeu.

– Enforcamento, e também a muito sangue, provavelmente algum corte nas costas. falei percebendo uma marca que dava a volta em seu pescoço pálido.

– E acho que achei a arma do crime. – Danny falou e quando ergui a cabeça o vi segurar um cadarço de tênis.

– Cruel! – Flack comentou enquanto anotava algo num bloco de papel.

– Por que matariam uma jovem que aparentemente é indefesa? – Danny perguntou analisando o cadarço encardido em sua mão.

– Pelo mesmo motivo que alguém não se importa em deixar a arma do crime tão perto do corpo. – Continuei procurando algo no corpo, mas não havia nada que pudesse ajudar, era como se o assassino já houvesse pensado em tudo, mas não acredito em assassinato perfeito, acredito em pericia mal feita.

– Cuidado com uns cacos de vidros que tem por ai, o proprietário disse que ontem houve uma briga aqui, provavelmente ela e o assassino se estranharam. – Flack informou, mas já era tarde demais, um dos cacos de vidro haviam cortado meu braço enquanto virava o corpo, havia muito sangue, mas naquela altura do campeonato e pela forma que estava o corpo eu já não sabia se era meu sangue ou dela. Levantei-me rapidamente e fui até o banheiro pequeno e sujo do estabelecimento, tirei o que precisava da minha maleta e desinfetei da forma que pude o ferimento, logo estaria no laboratório e faria um curativo adequado, já tive ferimentos piores no tempo da marinha.

Voltamos para o laboratório e fui pra minha sala, logo Lindsay e Stella entraram lá.

– Já temos um suspeito. – Lindsay falou

– Quem? – perguntei ainda sentindo um ardor forte no braço.

– O namorado dela, Ric Benson, testemunhas disseram que viram os dois saírem juntos da faculdade ontem.

– Por que o namorado a mataria? – Perguntei mais para mim mesmo do que pra elas.

– Ciúmes? – Stella sugeriu e depois estreitou os olhos curiosa – O que houve com o seu braço Mac?

– Acidentes de trabalho acontecem. – falei e deu um sorriso rápido.

– Bem vindo a pericia! – Lindsay sorriu.

Como se fosse um furacão Sheldon entrou na minha sala, o conhecia a pouco mais pelo que soube era um médico respeitado e um perito excelente.
Seus olhos pretos estavam arregalados e ele parecia nervoso.

– O que houve Sheldon? – Stella perguntou.

– O corte do Mac – ele apontou pro meu braço - me diz que o sangue da garota nem se encostou a esse corte seu.

Meu coração bateu mais rápido e estreitei os olhos.

– Por quê? – Perguntei.

– A vitima é soropositiva, e você pode ter sido infectado Mac.




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Notas finais do capítulo

Não me matem kkkk
Bjs e nos vemos nos comentários ♥♥♥