Cebola

A briga não aconteceu, mas aconteceu uma coisa ainda pior, DC teve um imprinting por minha filha e quero ver quando a Mô acorda o que ela vai achar disso, se ela acordar. Meu pai falou que o veneno funcionou, mas não adianta até agora não ouço nada e não vejo ela se transformar nem nada, ela não grita, Carlisle acha que é porque demos muita morfina para ela, isso deve ter funcionado.

Magali arrumou Mônica e colocaram ela no andar de cima, caso ela acordasse e sentisse o cheiro de Monique, que por acaso é emprisionante, ela consegue fazer o ao contrario de mim, pelo menos meu pai acha isso, eu consigo ler pensamentos e ela pode fazer os outros ouvir o pensamento dela, entretanto ela cresce rapido de mais e isso já preocupa todos na casa.

Monique nunca sai do colo, quando não está no meu, está no de Magali, ou do DC, da minha mãe e de todos da casa, ela já é muito amada por todos, mas ela chame pela mãe dela, já faz três dias que Mônica está desacordada, e eu vou no andar de cima todos os dias para vê-la.

Hoje quando estava com Monique no quarto ouço um coração começar a bater mais forte, e não era o de Monique, passei minha filha para o DC e subi no andar de cima era de lá que o som vinha e cada vez mais rápido os ferimentos de Mônica estava se curando e ela estava ficando palida, ela iria acorda a qualquer momento, os últimos dias eram como se eu não tivesse mais vida, mas agora o meu rosto estava iluminado minha amada estava viva, ela passou por mais um obstaculo.

Mônica

Não sei o que estava acontecendo ao comigo, mas o meu corpo estava queimando, minha vontade era de gritar, mas se eu fizesse isso iria deixar o Cebola triste, então fiquei calada sentindo sozinha, ouvi vozes ao meu redor e sabia de quem era cada uma. E ouvi o Cê falando comigo.

– Mônica? Mônica, amor? Pode abrir os olhos? Pode aperta minha mão?

A pressão em meus dedos. Era difícil não reagir àquela voz, mas continuei paralisada. Sabia que a dor na voz dele não era nada comparada com o que poderia ser. Naquele instante, ele só temia que eu estivesse sofrendo.

–Mônica, eu amo você. Mô, me desculpe.

Eu queria muito responder, mas não aumentaria sua dor. Não enquanto tivesse forças para me manter quieta.

Durante todo esse tempo o fogo continuava me queimando. Mas, então, havia muito mais espaço em minha mente. Espaço para refleti sobre a conversa deles, para lembrar o que tinha acontecido, para olhar o futuro, restando ainda um espaço interminável para aquele sofrimento.

E também para preocupação.

Onde estava meu bebê? Por que ela não estava ali? Por que não falavam dela?

Havia muitas perguntas em minha mente, mas a dor estava diminuindo ouvir Cebola perguntar quanto tempo mais e Maga respondeu pouco, esperava que fosse mesmo, mas a dor estava diminuindo, demorou mais 10 min, para eu não sentir mais nada, então ABRI MEUS OLHOS.

Eu via tudo mais amplo, e o Cê estava perto de mim, com as mão estendidas até então não havia reparado que estava ajoelhada no chão a posição de caça, não sei como fui parar ali, mas Cebola estava chegando perto.

–Amor, sou eu não precisa ficar com medo.

Mas eu não estava com medo dele...

Levantei-me e agarrei sua mão, agora ele não era mais frio e sim numa temperatura muito confortante.

Ele me puxou para ele e quando vi ele estava me beijando, foi um beijo intenso, de necessidade, era a mesma coisa que oxigênio, se ele não tivesse parado o beijo eu ficaria ali horas, com aqueles lábios no meu.

–Te Amo

Aquelas palavras foram maravilhosas...

–Também amo você.

Foi a primeira vez, que ouvi minha voz. Então eu o abracei.

–Amor, você é mais forte que eu.

Eu estava esmagando ele, eu era mais forte que ele, havia me esquecido dessa parte, mas continuava amando ele da mesma forma.