My Life is one Sadness escrita por Draco Michaelis


Capítulo 9
What he is ? One friend? One love? One enemy?


Notas iniciais do capítulo

Bom ... sabe ... não posso falar muito ... se não vou contar ... ahhhh ... cala a boca!

Boa leitura!



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Ele se moveu e começou a tossir, seus olhos abertos e assustados. Eu o abracei.

– Elsa ... o que ... é isso? - falou confuso.

– Espera. Olha pra mim e fale que o que você disse antes era verdade! - falei segurando seu queixo.

– O que ... eu ... disse ... - ele estava mais confuso. Soltei seu rosto e me levantei abrupdamente.

– Então era mentira ... - senti o clima esfriar e meus olhos marejarem, o ódio fervia em minha face. Queria matá-lo.

– Elsa, Não! O que eu disse É verdade. - disse pausadamente desviando de tapa que eu estava pronta para dar nele.

– Então se é verdade prove! - falei com raiva tentando sair do alcance de suas mãos, ele engole a seco e segura meu braço com força.

– Certo - fez uma pausa, segurando meu outro braço também - eu acho que só existe uma maneira de você acreditar em mim - ele põem a mão sobre meu coração e minha visão escurece me levando para dentro da mente dele.

O lugar era sombrio e parecia uma sala de estar. Estava frio e o vento batia nas janelas. Algo estava errado, talvez fosse por não haver alguém por perto ou pelo cheiro da fumaça que tentava entrar pelos cantos de uma porta de madeira gasta. Olhei ao redor e notei que um cobertor se mexia debaixo da uma lareira. Andei até a colcha cinza e puída, quando de uma outra porta surge um homem algo e forte, com a face suja de fuligem e os olhos lacrimejando. A coberta revela uma garotinha de cabelos ruivos com uns 8 anos no máximo e uma expressão assustada. O homem anda rapidamente até a garotinha e avancei sobre ela, pois achei que ele fosse causar algum mal a ela, mas o homem passou diretamente por mim, como se eu não estivesse ali, e pegou a garotinha no colo.

– Merida, vai ficar tudo bem. - falou com a voz embargada. Ela abraça o pescoço dele - filha cubra o a boca com esse pano molhado e respire apenas pela boca - a menininha faz o que mandou o pai e ele chuta uma janela, quebrando o vidro e se atirando por ela encolhendo a filha em seus braços protegendo-a de possiveis cortes pelo vidro.

Eles passam pela janela enquanto eu atavesso a parede e vejo uma mulher de longos cabelos castanhos em um vestido de seda verde segurando uma cesta. A mulher larga a cesta e corre na direção deles, ao chegar neles abraça-os e eles choram coletivamente. Olho para a casa em chamas ou meu lado, era uma casa simples, de dois andares, a frente deveria ser cor mel, mas a chamas devoraram a maior parte da pitura. No andar superior, bem acima da entrada, havia uma enorme janela que permanecia estranhamente intacta. De repente a imagem ficou turva e tudo mudou.

Na minha frente agora estavam em uma mesa da jantar, o homem, a mulher e a menina, agora crescida. Ela com longos cabelos ruivos bagunçados e em um vestido azul escuro com espaços nos cotovelos e nos ombros que permitem a visão de um vestido branco por baixo. A mulher usava o mesmo vestido verde e tinha cartas em suas mãos, ela as leu e seus olhos se iluminaram. O homem, que me parecia muito familiar, estava mais magro e olhava curiosamente para a mulher a sua frente.

– Merida, o seu pai tem uma coisa para discutir com você! - falou ela ríspida para a jovem a sua esquerda. o homem cospe a água que estava bebendo em um jorro, bate no peito para desengasgar e olha para a filha.

– Merida ... - ele gesticula e quando ia falar, a mulher o interrompe.

– Koz, os Spartoicos aceitaram! - ela fala entusiasmada e a menina se levanta olhando para o pai.

– Pai! - grita furiosa, o homem está extremamente confuso.

– Eu ... você ... ela ... Elinor! - ele aponta respectivamente aos que se refere e tem o semblante ainda mais confuso.

– Merida, Eles querem você como noiva para seu filho mais velho! - ela ainda animadíssima continua - foi para isso se preparou toda a sua vida! - falou sem notar a raiva no olhar da filha.

– Não! Foi para isso que Você me preparou toda a minha vida! Eu não vou aceitar isso! Não pode me obrigar! - ela fala e sai correndo e chutando o chão.

– Merida! Merida! - Gritou a mulher se levantando rapidamente e lançando um olhar mortal para o homem.

– Merida ... - sai ele atrás da menina subindo uma escadaria de madeira de lei.

Ele bate na porta e ouve os soluços da filha. Eu entro no quarto dela e a encontro debruçada sobre a cama, chorando. Quero pega-la no colo e confortá-la, pois seu choro me lembra o da Anna e me parte o coração, mas sei que não posso toca-la, minha mão atravessaria seu corpo. Ela está enroscada em um cobertor e um ursinho surrado e velho.

– Merida ... filha ... - o homem estava com um tom triste, seus olhos cansados teimavam em segurar as lágrimas.

– Vá embora! - grita ela soluçando. O homem segura a maçaneta da porta e a gira lentamente.

– Merida ... eu não sabia de nada disso ... você é muito nova ... eu posso ... falar com a sua mãe ... - ele entra cauteloso e se mantem a certa distância dela, se aproximando aos poucos. Ela enxuga as lágrimas e se senta na cama com os olhos vermelhos.

– Pai ... casamento!? - ela tinha pouco mais de 16 anos, achei extremamente injusto da parte de sua mãe querer casa-la tão cedo. O pai senta da beirada da cama e olha a menina.

– Filha, se não for de seu agrado ... posso tentar convencê-los a esperar, mas ... - sua voz carregava tristeza e medo. - nós ... devemos muito ... a eles ... eles ... nos ajudaram quando todos negaram ....

– Eu sei, eu sei ... mas .... Argh! - a raiva sobe ao rosto que fica extremamente vermelho.

Ela se levanta e sai correndo, sem olhar para trás, passando pela mãe que fica boquiaberta ao ver o estado da filha. Eu a sigo a distancia, por cima das arvores - por extranho que pareça, adiquiri certa leveza nesse lugar - ela corre por uma floresta e eu vejo um arqueiro sobre uma montanha apontando para ela. Quero correr para protegê-la, mas não adiantaria em nada, passo os olhos sob a clareira onde ela estava e vejo o homem se aproximando da filha, miro novamente o arqueiro e ele dispara.
Tudo fica em câmera lenta. Vejo a flecha andando em direção a menina e quando menos espero, o homem se pôe na frente da filha.
A imagem fica turva e "vôo" em direção a eles. O homem está deitado com uma flecha atravessando seu peito de forma fatal, ele ainda está consciente e a filha com os olhos arregalados toca o rosto do pai.

– Pai! Pai! - ela estava trêmula, pelo choque - Fique comigo ... pai, não morra ... não morra agora! - ela chorava abraçada ao corpo inerte do pai.

– Me...ri...da ... eu ... si...sinto ... muito ... eu ... te ... am ... - seus olhos viram vidro e ele morre nos braços da filha. Escuto seus soluços, mas não consigo vê-los.

* * *

POV Jack

Voei para longe depois do assassinato de Hans, eu estava com raiva dela. Por que? ah cara quem não estaria? Por algum motivo, acabei parando no lago. O lago onde morri. Tantas recordações, tantas coisas boas que vivemos juntos, tantas coisas que não vivemos. Desci até os salgueiros, toquei seus troncos grossos, como fiz diversas vezes, tentando me lembrar de coisas antes de minha morte. Arendelle é um reino perdido no tempo. Muito tempo pode se passar alem do fiorde, mas em suas terras tudo permanece da mesma maneira. Passei muito tempo fora e ao retornar, achei que Elsa, Anna, os reis ... todos estariam mortos, mas eu voltei e estava apenas alguns anos depois de minha morte. Elsa estava tão linda quanto quando me fui, a única coisa diferente era que ela estava mais madura e que era a nova rainha de Arendelle.

Lembrança modo on:

Ela esta a poucos pasos de mim, mas não posso tocá-la. Ela não pode me ver, assim como todos os adultos. Ela cesceu muito esses 300 anos, ou melhor 3 anos aqui. Ela está magnifica com este vestido verde azulado, a capa magenta com a tulipa, flor oficial de Arendelle, a coroa, com a safira no centro, os lábios rosados e até com as malditas luvas, que sempre odiei.
Anna e ela trocam algumas palavras, Anna está tão graciosa quanto a irmã, usa um vestido de alças verde com a saia listrada, entre listras escuras e claras. Um delicado pingente pousado em seu pescoço, presente de seus pais pelo 13º aniversário. Continuo a observa-las, um criado anuncia um homem baixo com uma peruca ridícula que cai ao curvar-se para elas. Me lembro dele é duque de Wiselton, pouco tempo antes de morrer o rei me convidou a uma reunião com representantes de outros reinos( porque os reis sabiam que eles estavam "namorando"), e quando tudo terminou ouvi ele falando algo sobre um golpe para tomar as riquezas de Arendelle. Ele puxa Anna pela mão e eles dançam no salão, Anna com as mãos na cintura e passinhos de um lado para o outro enquanto ele pulava e parecia uma galinha ciscando. Voei os olhos para Elsa, que olhava o salão, ela devia sofrer muito, manter-se afastada de tudo incluindo a irmã que tanto a adora, aguentar ser rainha tão jovem e perder os pais e a mim em um espaço tão curto de tempo. Por um instante nossos olhos se encontraram, ela balbucia algo inaudível e saio de seu campo de visão, com o coração acelerado - Ela pode me ver? - pensei explodindo em alegria. Olho em sua direção novamente mas Anna retornou e elas conversavam alegremente até Anna falar algo que deixa Elsa extremamente tensa - não acredito que ela ainda faz isso! - ela se virou e apertou os lábios como sempre fazia quando estava tensa, nervosa ou ansiosa. Me sentei na grama e refleti sobre minhas lembranças, Meu nome é Jack Frost, tenho uma irmã chamada Emma, Eu morri, O homem da lua me salvou, Eu amo Elsa, Elsa é rainha de Arendelle, Elsa apertava os lábios quando estava nervosa, Anna é irmã de Elsa ...

Olho novamente para Elsa e vejo que Anna se aproxima com um rapaz desconhcido por mim, eles falam algo com Elsa e ela fica perplexa, Anna continua a tagarelar enquanto Elsa gesticula com as mãos e faz a irmã se calar. Elsa sai andando passando por um guarda e diz claramente " A festa acabou fechem os portões", Anna rouba sua luva e Elsa vira na sua direção obviamente exigindo a luva de volta. Anna recusa e fala coisas que parecem magoar Elsa, Elsa faz o mesmo só que em apenas uma fraze "então está livre para ir ", vira as costas para uma Anna com os olhos marejados que grita:

– O que foi que eu fiz para você? - Elsa esconde a mão sem a luva e responde.

– Já chega Anna... - Anna fica indignada e anda atrás da irmã. Fico pensando em fazer alguma coisa, sei lá, invadir a festa e protegê-la daquilo, mas e se os outros não puderem me ver? acharão que Elsa está louca! E isso eu não vou permitir.

Anna grita novamente coma irmã que está quase na porta do castelo, mas desta vez Elsa não se controla e forma uma parede de gelo pontiagudo a sua volta. Anna balbucia o nome da irmã e eu saio correndo para encontrar Elsa. Voo para cima tentando encontra-la mais facil e a vejo na frente do fiorde, sem escapatória deço e fico ao seu lado. Aponto para a água e desapareço por entre as nuvens.

lembrança modo off.

Voo até relógio de Arendelle, um dos lugares que Elsa nunca poderá conhecer. Sento na claraboia e ouço sua suave voz e em seguida sou envolto em poeira negra.

* * *

Olho a minha volta e vejo que estou novamente no relógio em Arendelle, vejo Elsa de joelhos chorando e olho para a expressão vazia de Pitch e reconheço o homem.

– Era você ... - digo com a voz fraca, sem acreditar no que havia presenciado.

– Sim ... - diz ele distante, seus olhos cheios de água e os movimentos trêmulos que fazia com as mãos denunciavam que havia sofrido uma experiência muito traumática.

Pov Elsa

Sinto um floco de neve cair sobre minha testa e vejo que na claraboia, sentado com os olhos cheios está Jack. Seu cajado preso em sua mão esquerda e a posição na qual estava sentado denunciava que ele também vira o que eu vi. Olho para Pitch e ele olha para Jack, Jack olha para mim e eu olho para ele.

– Jack! - sou a primeira a ter qualquer reação - a quanto tempo está aqui? - pergunto assumindo o risco de ser ignorada por ele, mas sua resposta me deixou pasma.

– Tempo o suficiente ... - ele encarava Pitch - por que... por que nunca falou sobre ela? - fala, provavelmente se referindo a Merida a filha dele.

– Por que ELA era o motivo de eu viver até ...


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Notas finais do capítulo

O proximo capítulo tá que tá ... Velhos fantasmas vão retornar ... para assombrar não somente nossa rainha, mas também o guardião e o rei no pesadelo!. Gostaram da imagem nova? espero que sim. Comentem.



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