Burning Love escrita por B Targaryen
O QUE? BOTAR FOGO NO CARRO DO EX DA IRMÃ DELA QUE EU NEM SABIA QUE EXISTIA HÁ POUCOS SEGUNDOS ATRÁS?
Lista de coisas que eu sei sobre a Natasha (continuação)
4-Ela tem uma irmã.
5-Eu ajudei a botar fogo no carro do ex namorado da irmã dela.
Quando desci as escadas e entrei na casa de Natasha, admito que achei o local bem normal: fotografias nas paredes, uma escada em estilo antigo que levava até o segundo andar, enfim, normal.
—Charlie, essa é minha irmã, Karol. - Natasha disse. – Karol, Charlie.
Karol era tão fofinha que não dava pra acreditar que era irmã de Natasha. Parecia mesmo ser mais velha, embora com um aspecto mais inocente. Karol tinha cabelos castanhos claros e olhos cor de mel, sardas na bochecha e um sorriso que fazia o olho dela se fechar. Mas essa aparência fofa é só uma fachada porque mal conheço ela e já percebi que é bem maligna.
—Oi, Charlie. – ela sorriu. – Então, gente, eu tenho gasolina, um isqueiro e as chaves do carro do John. Vamos lá?
—Charlie, qual é a pena de prisão por incendiar o carro de alguém? – Natasha perguntou
Eu dei de ombros.
—Sei lá.
—Ta, dane-se, vamos logo. – Karol interrompeu.
Ela pegou uma bolsa, uma garrafa pet cheia de gasolina e as chaves do carro e disse:
—Eu dirijo. Temos que levar esse carro pra um lugar longe. Tem um penhasco a quinze minutos. – Karol entrou no carro.
—Eu vou na frente. – Natasha disse.
Chegando lá, as duas saíram e eu ouvi risos. Não entendi.
—Será que ele vai ficar aqui enquanto a gente queima o carro? – Karol perguntou rindo.
Pera, elas tão falando de mim. Acho que esqueci de sair. Natasha deu um tapa na minha cabeça quando eu saí de dentro do carro.
—Ai! – eu falei, franzindo as sobrancelhas.
—Eu não te vi. – ela disse rindo. Eu mostrei o dedo do meio pra ela.
Mas só então que eu acho que caiu a ficha do que eu estava prestes a ser cúmplice.
Caralho. E se eu for preso? O que meu irmão vai falar? E se alguma coisa der errado e explodir todo mundo? É assim que eu vou morrer?
—Charlie. – Natasha falou, alto - Você ta escutando o que eu to dizendo?
—Hã... não.
Ela revirou os olhos.
—Relaxa, vai dar tudo certo. Se você não quiser participar disso, tudo bem. – ela não falou isso de uma maneira carinhosa. Ela tinha um olhar malvado e um sorriso irônico. Era um desafio.
—Vamos logo com isso. – falei, sorrindo.
Karol pegou o celular do bolso.
—Charlie, filma isso. - ela disse.
—1...2...3... Ta gravando.
Natasha: Oi, Jonh. Nós temos um recado pra você.
Karol: Da próxima vez que for trair uma garota, apaga as fotos do seu celular.
Karol joga gasolina no carro de um jeito sensualmente provocante, a câmera se afasta e Natasha saí de perto do carro. Karol chega perto da câmera e morde os lábios.
—Aqui o que eu penso da sua traição! – ela acende um fósforo. Uma explosão. A câmera se volta para o chão enquanto nos afastamos rápido. Ouve-se risadas de Karol e Natasha. Eu filmo Natasha.
—FODA-SE VOCÊ, JONH! – ela diz
—OS DOIS! – Karol completa. Elas riem.
Eu parei de gravar. Estava assustado. O carro estava em chamas um pouco longe da gente. Minha blusa tinha se rasgado um pouco, não sei como. Elas riam e faziam piadas da cara do garoto. Eu estou com medo. Natasha falou alguma coisa baixo e saiu de perto da irmã. Ela sentou do meu lado e franziu as sobrancelhas.
—Tudo bem? – ela perguntou. Eu concordei com a cabeça. – Relaxa.
Eu estava prestes a pegar na mão dela quando Karol interrompeu.
—A gente devia ir embora daqui. A essa altura, John já deve ter visto o vídeo, eu enviei pra ele, temos pouco tempo até a polícia chegar.
Apostamos corrida até lá, o que era uma forma mais bonitinha do que dizer “corra pra não ser preso”. Quando chegamos lá, Natasha sugeriu que eu ficasse com elas até o final do dia, embora já estivesse escurecendo, achei uma boa ideia. Estava frio lá fora e está quente aqui dentro, o que me deu uma sensação estranha.
—Então, quer conhecer meu quarto? – Natasha sugeriu.
—É, é uma boa ideia.
—Boa ideia mesmo- Karol concordou- Porque eu não ia aguentar ficar aqui olhando vocês se pegarem.
Natasha deu dedo do meio e me levou até um corredor onde o quarto dela ficava no final. Quando eu entrei, eu poderia jurar que o quarto dela era uma parte separada da casa. As paredes eram brancas e cheias de pôsteres de bandas de rock, a porta era rabiscada, CDs espalhados, uma televisão em frente a uma cama bagunçada e, não é preciso mencionar, que o quarto dela era uma bagunça gigante.
Ela sentou na cama e me chamou para sentar junto. Me beijou e então pegou a coberta, me entregou uma ponta e se enrolou na outra. Estava realmente muito frio.
Essa garota pode ser maluca, pode ter me levado a coisas como faltar aulas e cometer crimes e talvez ser preso, mas, tenho que admitir que ela da uma emoção diferente as coisas, algo que eu nunca tinha sentido antes.
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