Escolha- quando se Convive com Jacob B escrita por many more


Capítulo 16
Capítulo 16- Paranóia com Leah agora...


Notas iniciais do capítulo

ATÉ QUE ENFIM, DEPOIS DE NÃO SEI QUANTOS MESES, UM NOVO CAPÍTULO. O
ME DESCULPEM PESSOAL.... AGORA PODEM CONTINUAR ACOMPANHAR... COMENTAR... :P BJÚ, MANY MORE



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Capítulo 16

Yona

Ah, que legal... Por que sempre tem que acontecer alguma coisa? Por que não podia continuar tudo bem? É algum tipo de pegadinha contra mim no qual eu ainda não esteja sabendo?

Meus pés pesados me conduziram para fora da loja.  Fiquei atordoada demais para continuar ali, absorta num turbilhão de perguntas paranóicas. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi que Leah pudesse gostar de Jacob também. É claro... Ela sempre estava por perto, o conhecia mais do que eu, conviveu com Jacob mais do que eu. E que coincidência incrível ela sair apressada hoje de manhã bem quando eu havia chegado, não? Atrapalhando um momento perfeito dos dois sozinhos.

“Vai ser melhor para você!”, o que vai ser melhor? O que ela entende do que é melhor para mim? Fiquei com medo da convicção com que Leah disse aquelas palavras. Acho que ela não poderia fazer nada contra mim. Não parecia que ela era aquele tipo de garota possessiva que arma qualquer coisa para o cara gostar dela. Pelo menos eu esperava que não fosse... não era criativa o suficiente para afronta-la da mesma forma e Jacob acabaria junto com ela... eu sairia de La Push, levaria uma surra do meu pai quando chegasse em casa, e passaria o resto da minha vida fazendo terapia por frustrações em relacionamentos e por não saber quem realmente sou. Que projeto de vida otimista!

Acabei ficando. Sentei na areia observando os turistas, que apesar do grande fluxo na loja de Leah, pareciam não ocupar esse lado da praia. Eles vinham, caminhando ou de carro, entravam ou não na loja, observavam a praia, alguns permaneciam com suas famílias, companheiros, amigos, outros até surfavam, e outros, voltavam de onde vieram. O outro lado da praia com certeza era mais badalado, com surfistas e jet skis, aquele tanto de guarda sol tampando a areia e as pessoas, garotas desfilando num biquíni, garotos exibindo as horas gastas na academia... É engraçado como algumas pessoas preferem ficar isoladas sem querer ficar mostrando alguma coisa. Eu, nesse período de vida em que me encontrava, preferia ficar isolada, e arriscava até um nudismo, com uma dose de coragem e quatro de vodka.

O som das ondas quebrando e recuando, o cheiro da maresia, o vento passando por meus cabelos e os bagunçando, as vozes e risadas dos turistas passeando, tudo aquilo eram um conjunto perfeito que estava me ajudando a ficar mais tranqüila. Não queria que Jacob nem os meninos percebessem que tinha alguma coisa errada comigo, nem queria bancar a garota que cria confusão, porque eu poderia muito bem ter interpretado errado as coisas que Leah disse.

A televisão em alto volume da casa de Jacob denunciava que agora havia gente. Entrei devagar, um pouco acanhada.

- Yona! – Billy virou-se do sofá para me cumprimentar. A voz grave do narrador do jogo de beisebol abafava a voz de Billy.

- Oi!

Aproximei-me do sofá e permaneci olhando o jogo na TV sem prestar atenção, assim, se eu não falasse nada, Billy poderia pensar que eu não era tão boba, e que não estava falando porque prestava atenção no jogo.

- Gosta de beisebol?- Billy perguntou, ele conseguia falar sem deixar no ar aquela sensação de conversa para quebrar o gelo.

- Hã? Eu... gosto... mais ou menos. – Já eu conseguia deixar evidente que não sabia nem conversar nem pelo menos disfarçar.

E Billy percebeu isso. Porque permaneceu calado.

- Quem está jogando? – perguntei, agora mais sociável.

- Washington Nationals contra Atlanta Braves.

- Não conheço. – sorri, tentando dar uma de que conhecia alguma coisa.

- É? Eles são da Divisão Leste. – Billy retribuiu o sorriso e me encarou. - Você deve conhecer pelo menos algum time...

- Yankees!

O pai de Jacob riu. Não era por menos, eu não sabia quase nada sobre beisebol e disse o nome de um dos times mais populares dos Estados Unidos. Que bela cidadã norte americana eu sou!

- Bem. Para entrar para essa família, você vai ter que gostar ou de automóveis ou de pesca, ou de beisebol. Acho que você vai preferir automóveis, mas se não conseguir, é só gostar de pesca ou beisebol, eu aceito normalmente!

Apesar do tom brincalhão de Billy, eu havia compreendido o que ele havia falado. Ele não era bobo, sabia que entre eu e o filho dele acontecia alguma coisa. Não pude conter um grande sorriso.

- Jacob está na casa de Emily, Yona. Vai lá. – ele sugeriu.

Como eu adorava esse pai do Jacob. Ele parecia me entender e eu estava adorando saber que poderia contar com ele para qualquer coisa. Lancei um olhar de gratidão, afirmei com a cabeça e sai.

Até que foi um longo caminho até a casa de Emily, eu poderia muito bem ter me transformado em loba e economizaria bastante meus minutos, mas não... não queria ter que compartilhar meus pensamentos com Jacob, caso ele estivesse transformado. As palavras praguejadas de Leah ainda me inquietavam.

Pelo cheiro bom que vinha daquela casa, com certeza Emily estava preparando alguma coisa para Sam e os outros meninos. Logo que cheguei à porta de vidro, Emily me avistou e acenou com a mão, pedindo que entrasse.

- Licença. – eu disse entrando.

- Toda, Yona. Chega aí, senta. – Emily estava ocupada preparando o almoço dos meninos, mas mesmo assim não deixou de tentar dar atenção a mim. Ela parecia fazer as coisas com muita vontade, sorrindo e cantando. Viver para Sam e os meninos parecia realmente deixa-la feliz.

Sentei-me no banquinho do balcão e observei-a. Toda aquela alegria de viver sutilmente com certeza vinha do amor que Sam lhe oferecia. Até eu, se tivesse alguém que me amasse o tanto que ele a amava, ficaria feliz assim como ela, me agradaria bastante ter uma vida simples como aquela e viver sem pressa daquele jeito.

- Como é? – perguntei.

- Como é o que? – Emily estranhou a pergunta, mas não deixou de sorrir com sua simpatia.

- Ser o imprinting de alguém... Como é?

Emily virou se para mim, apoiando-se na pia e me lançou um olhar pensativo, procurando a resposta.

- É a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Bem, tem algumas controvérsias, mas isso agente acaba superando e sendo... perdoada. Mas eu amo Sam mais que qualquer outra coisa, e sei que Sam sente o mesmo por mim.

Ela agora exalava sua alegria num sorriso enorme. Eu queria fazer milhões de perguntas, realmente o assunto me interessava. Lembrei-me de Jacob dizendo que não queria nunca sofrer imprinting por alguém. Já que não era tão ruim assim, qual era o problema?

- Será porque Jacob não quer sofrer imprinting? – perguntei. Olha eu falando dele...

- Ele não sabe do que está falando. Ele diz isso porque gosta daquela Bella. Se não gostasse não ficaria falando isso.

Nem preciso dizer que senti uma pontada horrível no meu coração quando Emily disse aquele nome.

- Mas se ele sofresse imprinting, ele ia esquecê-la não ia?

Emily estacou-se.

- É... ia. Mas pelo menos Bella não sente a mesma coisa que Jacob sente por ela. Seria bem pior... para ela...

Parei. Sei reconhecer quando é hora de mudar de assunto. Emily parecia não querer mais continuar essa conversa. Também não estava gostando. Imaginei Jacob e eu dando certo, e de repente ele sofrendo imprinting por alguém. Que droga... nem sei o que eu seria capaz de fazer! Isso se faria alguma coisa... acho que não teria força alguma e nem covardia o suficiente.

Sam entrou de repente, com passos largos e me lançou um olhar especulativo. Dirigiu-se até Emily, abraçando-a pelas costas e dando-lhe um beijo, depois virou-se para mim.

- Precisamos de você Yona. – Sam disse. – Mais tarde, quando Leah estiver presente. – Continuou quando eu exitei em levantar.

- A Leah tem que estar junto? – disse histérica.

Sam riu do meu tom de voz.

- Calma. Não é nada muito sério, não precisa se preocupar.

- O que aconteceu? – Emily perguntou desconfiada. Não era para se preocupar, mas Sam fazendo todo esse suspense estava nos deixando nervosa.

            - Não estamos mais conseguindo ouvir Jacob. – Sam esperou por nossa reação. – O que para ele é um grande alívio, mas para nós significa que alguma coisa pode estar errada.

            Grande alívio? Grande alívio era não ser nada aquelas palavras de Leah...

            Os meninos apareceram por fim. E o morenão sexy surgiu para me deixar com o coração acelerado e os movimentos precauçosos. Logo que entrou, me lançou um olhar furtivo que se transformou rapidamente em um fuçar distraído num cachorrinho decorativo que Emily tinha sobre a mesa de centro.

            - E aí Yona? Como foi passar a noite com Jacob? – perguntou Embry.

            - Foi legal. – sorri com a brincadeira.

            - Ronca mais que uma porca no cio, não é?

            Dei uma risada e fui acompanhada pelos outros meninos. Jacob se aprumou no sofá.

            - Eu vou te mostrar a porca no cio! – ameaçou ele ao pobre do Embry. – Pelo menos não sou eu que tem problemas intestinais a noite.

            Embry parou de rir sem graça, enquanto os outros meninos o vaiavam.

            - Ah ,qual é! Aquilo só foi uma vez. – defendeu-se. – Quem é que nunca passou mal aqui?

            - Não daquela maneira, Embry. – agora Jared ia para o lado de Jacob.

            - “Ai pessoal, vamos parar um pouco... eu to passando mal. É sério! A coisa tá feia aqui.” – Quil apertava a barriga e pulava, tentando imitar o irmão. Embry acabou por rir da imitação e tudo virou algazarra.

            Eram muito divertidos aqueles meninos. Brincavam e se provocavam, riam uns dos outros, mas nenhum levava para outro lado. Para eles era tudo levado na brincadeira. E eu estava me sentindo muito bem no meio daquilo.

            Leah chegou por fim, quando o almoço já estava quase pronto e sentou-se ao lado de Jacob. Para meu desespero, raiva, paranóia e ciúme. Mas ele nem ao menos pareceu notá-la sentada lá.  Jacob continuou rindo e fazendo graça com os irmãos! Lancei-o vários olhares, mas ele parecia ocupado demais para notar qualquer coisa ou para pelo menos corresponder um olhar meu e deixar bem claro que aquilo que havia acontecido hoje de manhã fora real.


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