Escolha- quando se Convive com Jacob B escrita por many more


Capítulo 15
Capítulo 15- Passeio de moto e coisa e tal


Notas iniciais do capítulo

O trem deu paau!! :S
tive que repostar o capitulo 15!



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Capítulo 15





Yona





Peguei no sono com aquela sensação boa de estar perto de quem se ama, com a lembrança fixa de Jacob me abraçando ali naquela cama e depois saindo do quarto, obedecendo ao chamado do pai. E isso me levou a relembrar o beijo que ele havia me dado naquele barranco. Aí eu dormi.

E acordei no outro dia e relembrei tudo de novo, sorri para a parede e me levantei quando já não havia mais o que relembrar. Arrumei a cama, para que não pensassem que eu era desleixada, fiz um coque com o cabelo desgrenhado e fui até a sala. Jacob já havia acordado, mas só suas cobertas dobradas estavam ali. A casa toda silenciosa denunciava que ou Billy ainda estava dormindo ou não havia ninguém em casa. Comi algo rápido, já envergonhada por ter excedido no sono e caminhei até o lado de fora, na intenção de achar alguma alma viva para me fazer companhia.



O sol ainda não estava totalmente no alto do céu, o que me deixava mais segura, imagine se eu tivesse acordado ao meio dia? Minha cara desabaria no chão de vergonha. Eu não gostava de causar má impressão nas pessoas.



Continuei caminhando e ainda dei uma volta pela casa até dar de frente com a garagem oficina de Jacob, e a porta estava aberta. Sorri enquanto meu coração palpitava rápido e me aproximei da porta. Leah estava lá dentro também, parada com os braços cruzados observando Jacob mecher nas peças do carro dele.



– Boa... tarde! – disse Jacob para mim, olhando um relógio.



Mas é claro, como eu não pude adivinhar que Jacob faria um comentário sobre isso?

– Nem está tão tarde assim. - falei para ele sorrindo. – E bom dia aos dois.

–Bom dia. – respondeu Leah de sua maneira fechada. – Bom, eu já estava de saída, tenhoque ir para a loja da minha mãe. Passa lá para eu te entregar suas roupas.

– Tá. - respondi de qualquer jeito, um pouco confusa.

– Até mais. – despediu-se Leah saindo com pressa.

Jacob limpou as mãos sujas de graxa em um pano velho e fechou o capô do carrinho vermelho.

– Sei que você vai me perguntar sobre que roupas são essas, então eu vou logo te responder. Pedi que Leah emprestasse algumas roupas dela para você, assim você não ficará só com esse vestido. Além do mais, sei que mulher curte essas coisas de ter muitas opções de roupas. – Jacob deu uma risada sarcástica.

Abri um sorrisão pela gentileza dele.

– Obrigada.

– Anota aí que depois eu cobro. – ele deu aquele sorriso irresistível. – E eu não vou esquecer.

– Pode cobrar. Eu também não esqueço das dívidas que tenho.

“Ê Jacob Black, hoje eu acordei numa vontade de pular em cima de você, e te arrancar um beijo. E você fica aí, me provocando com esse seu sorriso e esse seu jeito...”.

– Estragou aí? – apontei o carrinho vermelho, tentando manter assunto.

– Não, não! – ele falou como se o carro fosse sagrado o suficiente para nunca estragar. – Só estava dando uma olhada. Ficou muito tempo parado.

– Achei que tinha estragado. – ri.

– Não! Isso aqui, - ele passou a mão no carro, dando leves tapinhas na lataria. – é antigo, mas não é velho.

– Legal. – tentei dar uma de interessada.

–É legal? É incrível! – Jacob falava empolgado.

Franzi o nariz, mostrando que o carro não fazia muito meu estilo. Jacob riu flexível.

–Tá bom... O que achou da moto, então? – ele queria me infiltrar de qualquer jeito no mundo dos carros e motores.

– Que moto?- sobressaltei.

– Minha moto, ali no canto. – Jacob disse com certa imponência.

Eu não tinha visto moto alguma desde que entrara ali dentro, claro, estava presa demais a Jacob para poder prestar atenção em outras coisas. Então olhei para o canto que ele havia apontado, e tinha mesmo uma moto lá. Preta, muito mais marcante que o carrinho quadrado e vermelho, lembrando àquelas motos de
motoqueiro, mas não era tão radical como uma legítima.

– Nossa! – eu saltei até a moto e não pude deixar de passar a mão pela pintura preta e pelo guidão.

– É uma Harley Sprint. – Jacob proferiu as palavras como se eu fizesse alguma idéia sobre o assunto.

A moto como um todo chamava a minha atenção, ela me passava a mensagem de agir livre e por impulso, maneira de viver no qual eu me engatava agora.

– Seu carro vai me desculpar, mas eu prefiro a moto. – dei uma olhada extintiva para Jacob.
– Sabia que nunca andei? Nem como carona.

– Conta outra.

– É sério. Nunca mesmo.

Ele deu uma risada sarcástica e incrédula, e caminhou até a moto dando um golpe no descanso com o pé, voltando-o para o lugar.

– Estou começando a achar que fiz bem em te tomar dos seus pais.

Jacob arrastou a Harley Sprint até o lado de fora. Eu continuava parada e sem reação, levei algum tempo para perceber o que ele estava fazendo.

– Vem. –ele me chamou, montando a moto com agilidade e ligando-a.

Corri até ele, enquanto o escapamento rangia, e montei, nem com tanta agilidade, agarrando a blusa de Jacob com força.

– Você é doido! – falei impressionada. Eram essas atitudes de Jacob que faziam eu me apaixonar ainda mais por ele.

– Quer com ou sem emoção?

– Com emoção.

Não sabia qual era o grau de emoção que Jacob colocaria naquela moto, mas o meu instinto insensato e irracional pulsava mais alto agora. Jacob arrancou com a moto, fazendo com que eu me agarrasse com força a sua blusa e pressionasse meu corpo ao dele. Ele deu várias voltas pelas casas da Reserva, aumentando a velocidade a cada freada e empinando a uma só roda. E a cada vez que ele colocava meu medo à exposição, eu o expressava segurando à sua blusa.

– Não está fechando os olhos, está?

– Não. – falei tão baixo, que quase miei.

Jacob seguiu para a rodovia numa velocidade tão alta que o vento passava por meu rosto, lacrimejando meus olhos e ressecando minha boca. A estrada estava vazia, possibilitando que a moto seguisse de qualquer jeito pelos dois lados do asfalto. Depois de alguns quilômetros percorridos e demonstrações
impressionistas com a moto, Jacob empinou mais uma vez e depois contornou,
parando no acostamento.

–E aí? – ele disse virando a cabeça para me ver.

– Adorei. – foi tudo que consegui dizer com o rosto de Jacob tão próximo a mim. Momento propício para aproveitar e tasca-lhe um beijo.

Beijei. E ele nem hesitou! RÁÁ!

Aliás, ele desceu da moto e me puxou, beijando-me com tanta voracidade e segurando firme minha cintura com uma só mão, passando o antebraço por ela, fazendo com que eu me aproximasse mais. Jacob seguiu beijando minha bochecha e meu pescoço suavemente, agora com as duas mãos em minha cintura.

Minha insegurança em relação as palavras de Jacob sobre seu coração confuso, impediam-me de relaxar totalmente e curtir aquele momento. Segurei seu rosto com as duas mãos e beijei-lhe a boca mais uma vez. Nossos lábios quentes movendo-se em um quase descontrole, como se há muito tempo Jacob esperasse esse momento tanto quanto eu.

– Tem certeza de que me ama? – Jacob sussurrou em meu ouvido.

– Tenho. – falei sem objeção.

Ele encarou meu rosto. Suas íris inquietas, como se me analisasse.

– Dei-me mais alguns dias. –ele disse, puxando-me e beijando a linha entre meu rosto e meu pescoço.

Essas frases curtas de sentido incompleto de Jacob me davam uma falta de paciência... Eu nunca conseguia entender com clareza!

– Para que?

Jacob abriu um sorriso atilado e me beijou mais uma vez. A mistura de sensações que eu estava sentindo era indescritível. Até pensei em me beliscar para ter certeza de que não estava sonhando. Eu estava totalmente leve e boba. Poderia ficar sorrindo por um dia inteiro para qualquer coisa.

– Temos que voltar. – Jacob falou de repente. – Antes que Leah venha
atrás de nós, impaciente por você não ter ido buscar suas roupas.

Não disse nada. Só o acompanhei até a moto e depois seguimos de volta para La Push. Até a praia, para dizer a verdade. A mãe de Leah, Sue, tinha uma daquelas lojinhas feitas para turistas, onde se vendem souvenires e artigos de La Push, em um lugar bem estratégico da praia, em que o tráfego de turistas era mais intenso principalmente nessa época do ano, as férias.

Jacob deixou a moto no estacionamento da Praia e seguiu comigo até a lojinha, segurando minha mão.

A loja estava cheia como se era esperado. Quando entramos, Leah apenas nos lançou seu olhar sério e continuou a atender sozinha os variados tipos de turistas. Depois olhou de novo para Jacob.

– Embry esteve aqui não faz muito tempo e estava te procurando. – ela disse.

– O que ele quer?

– Não sei Jacob! Como é que eu vou saber? – Leah respondeu com sua costumeira secura e impaciência, ocupada e desorientada com os turistas que aos poucos iam deixando a loja.

– Eu vou lá atrás dele. – Jacob se virou para mim. – Então... quando Leah resolver te dar atenção e te entregar as roupas, volte para casa se quiser, a não ser que queira aproveitar a praia. Com Embry vai ser bem rápido.

Confirmei com a cabeça, então Jacob me abraçou firme por longos demorados segundos e beijou-me o rosto suavemente. Leah nos olhava repreensiva.

– Até mais. Ah...– disse ele indo até a porta e retornando alguns passos. – Não fica muito tempo perto da Leah não. A chatice dela pode ser contagiosa.

– Some daqui Jacob! – exasperou Leah, ameaçando tacar nele um peso de papel.

Eu fiquei próxima ao balcão olhando algumas das lembrancinhas até que Leah tivesse algum tempo para mim. Até compreendia que ficasse mesmo desorientada e toda ocupada. Leah estava ali sozinha, atendendo, tomando conta do caixa e da loja.

– Seth não vem te ajudar às vezes?- perguntei sem intenção de intrometer.

–Ele vem. Só que é mais esperto do que eu, ele sempre arruma um jeito de fugir.

Leah falava chateada comigo, como se eu tivesse feito alguma coisa. Ela se abaixou e pegou uma pequena pilha de roupas embaixo do balcão e um tênis usado.

– Toma. – ela me entregou e antes mesmo de eu puxar a pilha para mais perto de mim, ela me impediu colocando a mão sobre a minha. – Olha Yona – Leah dizia firme. – Sei que pode ser neura da minha cabeça, mas vou logo te dizendo. Se você estiver junto com Jacob, é melhor parar por aí antes que seja tarde demais. É sério. Você pode estar cometendo a maior burrada do mundo.



– Como? – eu mal podia acreditar no que estava escutando.

– Acredite em mim, vai ser melhor para você.




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Notas finais do capítulo

Dedico esse capitulo a CamilaBlack que ta acompanhando e me avisou que o capitulo 15 desapareceu misteriosamente.
Obrigada linda!! ;D