ICarly: A Ameaça Anônima escrita por Alison Souza


Capítulo 2
Garotas de Seattle são fáceis demais




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– Prezados passageiros, nosso pouso foi realizado com sucesso - Disse a aeromoça - Peguem suas bagagens e, por gentileza, se retirem até a porta de saída. Obrigada e voltem sempre.

Carly pegou sua mala da bagageira do avião e seguiu em frente até a fila de passageiros saindo pela porta.

Ao sair, ela fez uma lenta respiração e disse para si mesma:

– Seattle, eu voltei.

...

Momentos depois, Carly estava na frente do Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma esperando seu táxi. Cansada de esperar, ela foi até um pequeno bar que ficava logo na entrada do aeroporto.

Chegando lá, ela se sentou num banco perto do balcão. Ela olhou em volta e achou o bar arrumadinho demais. Mesas e cadeiras bonitas e bem chiques, prateleiras com champanhe e vodca de qualidade, velas vermelhas perfumadas e pétalas de rosas em algumas mesas.

Carly chamou o garçom, que estava servindo um cara ao seu lado:

– Vocês tem algum tipo de suco natural aqui?

O garçom olhou Carly com a sobrancelha levantada:

– Moça, isso é um bar, não uma cantina escolar.

– Então me dê um vinho de maçã, por favor.

– É pra já.

O garçom pegou uma garrafa da sua enorme prateleira, pegou um copo e foi até onde Carly estava:

– Não encha todo o copo - Disse Carly

Enquanto bebia, ela lia O Peregrino Apaixonado de Shakespeare. O cara do seu lado a olhava lendo. Carly o percebia a olhando, e se deixou corar:

– Essa obra é antiga, heim - Disse o cara - 1599. É difícil achar garotas tão jovens como você lendo esses poemas tão antigos.

– Sou grande fã das obras de Shakespeare – Disse Carly, ainda lendo seu livro - E de poesia também.

– Se você gosta das obras de Shakespeare, então vai adorar A Tempestade. Esse livro é excelente.

– Eu já li. Agora deu vontade de ler mais uma vez.

– Nossa! Você tem um bom gosto para leitura.

Carly olhou para o cara com quem conversava. Ele era branco, tinha cabelos enrolados, olhos verdes escuros e uma barbicha no queixo. Ele parecia ser jovem e, ao mesmo tempo, um homem adulto:

– Obrigada - Carly corou novamente.

– Você não vai beber seu vinho não?

Carly nem havia reparado que seu copo ainda estava lá. Então ela pegou o copo e bebeu tudo num gole só:

– Ei, pega leve aí - Disse o cara, assim que Carly havia tomado tudo.

– Nossa, eu não achava que esse vinho era tão ruim assim.

Os dois riram juntos. Carly sentiu uma leve dor de cabeça, mas deixou pra lá:

– De onde você é? - Perguntou o cara

– Sou daqui de Seattle. Só passei alguns meses lá na Itália com o meu pai.

– Itália, que chique!

– Querido, eu tenho estilo.

Carly o fez rir. Eles continuaram conversando, conhecendo um ao outro:

– Você parece ser uma garota legal - Disse o cara, ele tinha um sorriso lindo - Qual é o seu nome?

– Carly, e o seu?

– Elliot. Acho que te conheço de algum lugar...

ICarly?

– Isso mesmo. Eu era muito fã desse programa!

– Bom saber.

Eles se olharam por uns segundinhos, mas depois Elliot falou:

– Inteligente, engraçada, linda... Queria te conhecer melhor.

– Eu também. - Carly quase perdeu o equilíbrio - Nosso, acho que eu estou um pouco bêbada. Tenho que ir ao banheiro.

– Posso ir junto? Se não for muito ousado da minha parte.

Carly corou ainda mais. Estava na cara que ele queria algo a mais com ela. Bem na hora que ela ia dizer "Imagina, bem que eu precisava de companhia no banheiro" ela sentiu seu celular vibrar. Possivelmente era seu táxi:

– Me desculpa, mas eu tenho que ir - Disse Carly, mesmo querendo ir para o banheiro com o Elliot - Meu táxi chegou. Outro dia a gente se fala.

Elliot anotou seu número num papel e deu para Carly:

– Me liga, se quiser conversar.

Ela se inclinou para pegar o papel, mas quase caiu tropeçando no próprio pé. Elliot a segurou e seus rostos estavam muito próximos. Eles se aproximaram mais e se beijaram. Eles ainda estavam se beijando quando Elliot levantou Carly e a colocou em cima do balcão, beijando-a loucamente:

– Você ainda quer ir ao banheiro? - Perguntou Elliot.

– Me desculpa, mas eu tenho que ir - Carly parou de beijar ele e pegou o número dele que estava no balcão - Talvez na próxima.

– Então, tá. Tchau.

Carly saiu do bar e deu um longo suspiro segurando o papel com o número de celular de Elliot contra seu peito. Ela pegou seu celular para anotar o número, mas ela foi ver a mensagem primeiro. Para o azar dela, não era o táxi. A mensagem era de um número desconhecido:

Você se amarrou naquele safadinho, né? Mas como dizia Shakespeare: "Sem saber amar, não adianta amar profundamente".

– Anonym

Carly estranhou aquela mensagem. Tinha alguém espiando ela e o Elliot? Por que alguém os espiaria? Por que mandaria mensagem anonimamente? Carly simplesmente ignorou aquela mensagem, e foi até a entrada do aeroporto. Estava com um pouco de vergonha para voltar lá com o Elliot.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo não foi muuuito interessante. Ainda estou começando aos poucos. Sempre postarei capítulos quando eu puder. Beijos, e até a próxima.
— Anonym :D