Aparências enganam escrita por Daniizinhaa


Capítulo 23
Nova vida?


Notas iniciais do capítulo

Oi, já que eu me surpreendi com o número de comentários em apenas um dia e muitos de vocês queriam outro capítulo rápidamente então eu decidi voltar e postar outro já que eu estou bem inspirada, não respondi a todos os comentários, mas eu os vi e gostei de todos eles, mais logo eu vou comentar ^-^ Espero que gostem!



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Pov Merida

Eu estava caminhando para casa junto a Soluço já que moravamos perto um do outro, o clima estava meio estranho, talvez fosse por causa do beijo de mais cedo. Ambos seguravamos nossos skates com a mão direita.

– Então... - Soluço quebrou aquele silêncio.

– Oi? - Eu falei o encarando mas ele desviou o olhar.

– Eu queria dizer que... - Ele disse mas alguém me chamou. - ...que a sua mãe está aí!

Nesse momento perdi minhas esperanças, por que minha mãe tinha sempre de aparecer no momento errado?

– Merida, entra logo no carro! Estamos atrasados para o jantar com os amigos de seu pai e você nem está vestida em condições! - Mamãe gritou lá do carro e eu bufei.

– É melhor você ir! - Soluço sorriu e eu iria para lhe dar um beijo na bochecha mas ele desviou o que acabou num beijo bem no canto da boca. Corei e corri para o carro de meus pais o mais rápido que pude e fomos embora.

– Merida, você está bem? - Minha mãe me perguntou.

– Por que não haveria de estar? - Eu falei com um sorriso bobo na cara e minha mãe me olhou com uma cara confusa.

– É a primeira vez que você me obedece de primeira e é a primeira vez que você sorri perto de mim sem eu fazer nada... - Minha mãe riu e eu engoli seco. Se ela soubesse que eu gostava de Soluço, ela provavelmente me mataria.

– Ah, já não se pode estar contente? - Eu perguntei olhando para a linda paisagem. Casas, carros e pessoas apressadas para seus compromissos. Linda paisagem né?

– Você recebeu um castigo na escola e está contente? - Ela riu e eu arregalei os olhos.

– Você sabe que eu tive um castigo e não está gritando comigo? - Eu perguntei pasmada.

– Eu ia gritar com a senhorita, mas como você me obedeceu logo na primeira vez, eu deixo passar! - Ela sorriu e eu sorri também, a minha relação com minha mãe estava melhorando.

Eu estava anciosa para lhe poder contar coisas, como de quem eu gostava e assim, mas para isso eu e minha mãe tinhamos de ficar mais próximas, e acho que ela está fazendo algo quanto a isso! Eu talvez seja aquela menina que todas acham que é rebelde, corajosa, sem medo e não sensivel... Mas a verdade é que por mais que eu pareça assim, eu sou muito diferente! Eu sou corajosa mas tenho medo de perder as pessoas que mais amo e as mais importantes na minha vida, por mais que eu não mostre a essas pessoas que elas realmente fazem toda a diferença na minha vida, eu realmente as adoro! E sim, eu sou muito sensivel! Eu choro muito quando minha mãe quer me fazer uma pessoa que eu não sou, eu choro quando ela não tenta me entender! Como muitos dizem ''as aparências enganam'' e a só quem me conhece realmente, consegue ver a minha aparência interior! Essa sim, não engana ninguém!

Pov Jack

Eu estava procurando meu caderno no meu quarto, que estava uma bagunça mas não o encontrava em nenhum lado. Então me lembrei que a última vez que o vi, foi na varanda. Fui até lá, e por impulso olhei para a varanda de Elsa e fiquei surpreso. Ela ia dormir na varanda? Que legal, por que nunca pensei nisso antes?

Peguei umas mantas e as coloquei no chão da varanda, formando um confortável colchão, minha varanda era duas vezes maior que a de Elsa, então consegui trazer muita coisa para lá, comida, computador, comandos para jogar, cd's e microfones caso Elsa quisesse fazer uma noite de karaoke. Sentei em cima da minha ''cama'' confortável e fiquei programando tudo e pensando na reação de Elsa assim que me visse.

Ouvi alguém entrar no meu quarto, mas nem me dei ao trabalho de ver quem era e continuei concentrado fazendo o que estava fazendo antes, mas o que eu não sabia era que aquele sorriso bobo ainda ocupava minha cara.

– Nossa, por que está sorrindo assim? - Minha prima Emma entrou no meu quarto.

– O que você está fazendo aqui? - Eu perguntei assustado.

– Jack, nunca se responde a uma pergunta com outra pergunta! - Ela me repreendeu e eu rolei os olhos.

– Mostre respeito aos mais velhos!

– Você é só 3 anos mais velho que eu! - Ela colocou a língua para fora e eu lhe fiz cocegas. - PARA JACK! - Ela gargalhava.

– Só se me disser o que você está aqui fazendo? - Eu perguntei rindo e ela assentiu fazendo eu a largar,

– Eu vou dormir aqui por que amanhã a tia vai me levar na escola! - Ela sorriu e eu esfreguei a sua cabeça com a mão.

– Você continua uma pestinha como sempre! - Eu sorri.

– E você? Desde quando você dorme na varanda? Foi expulso do seu próprio quarto? - Ela voltou a colocar a língua de fora.

– Nossa! Que prima respondona que eu tenho! - Eu falei e ela riu.

– Agora, é a sua vez de responder! - Ela cruzou os braços.

– Tá, eu vou dormir na varanda por que alguém me deu uma ideia e eu achei que seria legal mudar um pouco a rotina... - Eu olhei para o céu que estava com um tom laranja.

– Foi a vizinha do lado? - Minha prima era bem fresquinha.

– Eu não te ensinei a ser assim não... Com quem você aprendeu? - Eu perguntei tentando parecer bravo mas não resultou.

– Com a pessoa que está bem na minha frente... - Ela riu e se levantou. - Vou comer a sobremesa, você quer?

– Não, obrigado! - Eu sorri e voltei a mexer em meu computador e ela me deu um beijo na bochecha saindo do quarto.

Aquele beijo me deixou um pouco chocado, minha irmã morreu quando eu tinha 3 anos, e este beijo me fez lembrar exatamente dos dias em que minha irmã passava brincando comigo e me dando beijos na bochecha. Ainda mais, minha prima tinha o mesmo nome que minha irmã, Emma. Foi como uma homenagem a minha irmã que morreu quando tinha 13 anos de idade. Nossa isso está me dando arrepios!

De certeza que você está se perguntando ''Se você só tinha 3 anos de idade quando ela morreu, como sabe que ela deixou o colar para você o entregar para uma pessoa importante?'', bem isso é fácil! Alguns meses antes de morrer e depois de ter realizado o seu sonho, ela me escreveu uma carta colocando-a num envelope com o colar que eu entreguei para Elsa. E realmente Elsa, estava sendo muito importante para mim, eu nunca seria capaz contar este meu segredo nem a meus melhores amigos quando mais a uma garota, mas com Elsa eu realmente me senti seguro, ela me passa aquela confiança, sei lá... Acho que estou ficando louco, vou apanhar um pouco de ar... Ah espera, eu já estou na varanda, que bobo!

– Jack! - Emma apareceu com sua boca cheia de chocolate se sentando perto de mim, o que me fez rir.

Pov Anna

Jantamos em silêncio, por qu eu estava de mau humor para falar, e era bem melhor ficar calada antes de dizer alguma asneira e ter de dormir na varanda por mais um dia!

– Anna, quer sorvete de quê? - Minha mãe perguntou pegando em colheres para podermos comer o sorvete.

Eu ia abrir a boca para falar, mas me lembrei de não dizer nada para não levar outro castigo.

''Anna, mantenha essa boca fechada, é só fazer mimica que eles percebem.'' - Eu me acalmei mentalmente.

Então comecei fazendo uns gestos que no meu ver, estavam bons, mas que pela cara dos meus pais e de Elsa eu estava parecendo uma maluca que saiu do manicômio. Tentei desenhar uma tablete de chocolate, fiz o gesto de que partia o chocolate aos bocados e metia na minha boca, esfregando minha barriga para mostrar que era uma delicia, mas eles não compreendiam.

''Nossa, é tão dificil de saber que é chocolate?''

– AH! - Essa exclamou, acho que ela já sabe o que é, finalmente. - Ela quer um ovo! - Ela sorriu e eu fiz uma cara aborrecida. - Não era isso? - Ela perguntou com um ar triste, ela estava se fazendo de idiota ou ela estava pior que a Punzie, não percebendo nada.

– Anna, por que está fazendo gestos? Fale logo qual o sorvete que quer? - Minha mãe falou e eu vi Elsa pondo um pouco de sorvete de chocolate para sua tigela e eu fiz um som estranho com minha boca, apontando para o sorvete e sorrindo feliz.

– Ah, você queria sorvete de chocolate? - Elsa perguntou e eu afirmei sorrindo, finalmente ela tinha percebido, não aguentava mais ficar sem o meu amor.

Me servi e corri para meu quarto sem dizer nada, assim não corria o risco de levar outro castigo. Pensei em dormir no quarto e enganar os meus pais, mas eu e Elsa nunca fomos capazes de mentir para eles, sempre nos sentiamos mal, então se eu os enganasse agora, eu iria ter uma má consciência para toda a eternidade!

Caminhei até a varanda e me sentei em cima de meu colchão. Sim, eu consegui coloca-lo lá, mas metade estava fora e outra estava dentro do quarto. Me apoiei no parapeito da varanda e fiquei olhando o céu que já estava azul escuro e as estrelas já brilhavam, estava tão concentrada que qualquer barulho agora me assustaria, e falando nisso...

– ANNA! - Uma voz mascúlina gritou lá de baixo fazendo me assustar.

Com o susto que levei escorreguei da varanda, eu pensei que seria o fim, mas cai em cima de algo fofo e forte ao mesmo tempo, minha perna doia bastante e meu coração batia rápidamente. Então era assim que a morte se parecia? Eu estava com medo de abrir os olhos, e se eu visse criaturas estranhas?

– ANNA! - A mesma voz me chamou.

– Cale-se voz da morte, por sua causa eu agora estou aqui morta, espero que diga para meus pais e Elsa que os amo! - Eu falei ainda com os olhos fechados e ouvi um riso.

– Mais alguma coisa senhorita?

– Sim, traga-me muito chocolate para o lugar onde vou e cuide bem do Kristoff, sei que ele vai ficar triste por saber que morri por que ele gostava muito de zuar comigo e agora ele não tem mais ninguém para fazer isso... - Eu disse tentando abrir os olhos mas faltava me coragem.

– Anna, você não está morta! Eu é que deveria estar ao levar com o seu peso em cima de mim! - Essa voz deu um riso bem alto e eu logo conheci quem estava ao meu lado. Então peguei coragem e abri os olhos dando de cara com quem eu esperava. Kristoff.

– KRISTOFF! - Eu não sabia se devia abraçar ele ou se devia lhe dar um tapa, acabei por abraçar ele, já que ele impediu que eu esmagasse no chão, por que cair do segunda andar era bem perigoso.

– Você não vai me bater? - Ele perguntou assustado e eu ri negando. - Você é mesmo bipolar.

Eu ri mais uma vez e tentei me levantar mas não tinha força no meu pé e Kristoff notou isso então logo me pegou no colo.

– Você deve ter torcido o pé, anda eu cuido disso! - Ele falou e me colocou no jardim da casa ao lado da minha (não a de Jack, mas sim a outra). - Segure-se aí!

Ele saltou por cima da pequena rede e eu olhei assustada para ele. Ele não ia invadir a casa pois não?

– Como você entrou aqui? E o que vai fazer nessa casa? - Eu perguntei assim que ele me abraçou de lado para me levar até a porta das trazeiras.

– Minha tia mora aqui, e eu vim passar a noite aqui, vim pegar um pouco de ar e vi-te na varanda então saltei a cerca e te chamei, mas acho que não foi uma boa ideia! - Ele fez uma cara de dor.

– Mas você está bem? Eu não sou muito pesada? - Eu estava preocupada e ele riu negando.

– Anna preocupada? Cada dia eu te conheço mais!

– E ainda não viu tudo! - Eu falei olhando para seus olhos brilhantes mas me arrependi por que só nesse momento é que notei o verdadeiro charme dele.

– Imagino, vem vamos cuidar disso e eu também tenho algumas perguntinhas a fazer! - Ele deu um riso fraco e eu arregalei os olhos. Perguntas? Elas são sempre perigosas!

Pov Elsa

Assim que acabei de jantar e de ajudar minha mãe a arrumar a cozinha, me dirigi até meu quarto indo em direção a varanda. Quando cheguei lá vi Jack e uma garota alguns anos mais nova que ele rindo, será que ele gosta de meninas bem mais novas que ele?

– Ah, é a vizinha! Que linda! - A menina se levantou e sorriu. Um sorriso sincero, o que me fez sorrir também. Qual é? Todo mundo gosta de receber elogios de vez em quando!

– Emma! - Jack arregalou os olhos e ficou corado.

– O quê? A verdade é para ser dita! - Ela falou e voltou a olhar para mim sorrindo. - As varanda são bem próximas e o Jack ia agora cantar, quer se juntar com a gente?

– Claro, mas Jack você também vai dormir na varanda? - Eu perguntei surpresa.

– Sim, é refrescante! - Ele sorriu e me ajudou a ir até a sua varanda.

– Que música você vai cantar? - Eu perguntei me sentando no espaço entre Emma e Jack.

– Ainda estou escolhendo... - Ele falou com o microfone na mão e procurando uma música no computador.

– Qual é o seu nome? - Emma me perguntou sorrindo.

– Elsa, e você é a Emma certo? - Eu sorri e ela assentiu. - Você também é muito bonita.

– Ela aprendeu com o primo aqui! - Jack se gabou.

''Yes! Descobri, Emma é a prima de Jack e nada mais, sério que eu senti ciumes? Mas eu não estou apaixonada por ele ou estou? Ai meu Deus!''

Sacudi a cabeça para afastar esses pensamentos e voltei a encarar a tela do computador de Jack até ver ele escolher uma música que eu amava.

– Mas isso é para dois... - Eu falei me lembrando que a música era um dueto.

– Eu sei, eu e você somo dois, certo? - Ele deu um sorriso maroto e me entregou um microfone.

Cantar em frente ao Jack e cantar para que toda a vizinhança ouvisse, isso é bem louco. Mas também, desde que cheguei em Nova Iorque fiz coisas bem malucas que nunca pensava que iria fazer. Cantar Karaoke em frente a Jack e ao ar livre, dormir na varanda por uma noite, receber um castigo no primeiro dia de aula, beijar um garoto que só tinha visto pessoalmente por 2 dias e ainda acordar atrasada e chegar a tempo a escola! A minha vida não estava normal, mas sabem que mais? Não estou arrependida por nada do que aconteceu até agora! Eu gostava desta vida louca e não tediante como a minha vida em Londres. E mal posso esperar por o que virá a seguir!


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Notas finais do capítulo

Este capítulo foi bem longo :o Mas espero que gostem :D
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Alguém conhece algum dueto bonito que Elsa e Jack talvez possam cantar? Deixem as sujestões nos comentários ^-^

Será que vai rolar algum clima entre Anna e Kristoff?

E Merida, será que ela vai se aproximar mais da sua mãe e namorar com Soluço?

Acompanhem para descobrirem as respostas nos próximos capítulos :D Beijos