Pov Elsa

Assim que entrei no meu quarto, me assustei. Anna me esperava sentada na cama com um sorriso malicioso.

– Que é? Está admirando a minha belezura? - Eu falei e Anna gargalhou.

– Elsa é ''beleza'' não ''belezura''! - Anna chorava de tanto rir.

– Você percebeu, não percebeu? - Eu perguntei e ela afirmou com a cabeça. - Então não importa...

– Mas agora sério, o que estava fazendo na casa de Jack? - Anna falou mais séria.

– Quem disse que eu estava na casa dele? - Eu desviei o olhar e me sentei na minha secretária.

– Então, você estava beijando o Jack na varanda que você disse que era dele, de quem é a casa senão é do Jack? - Anna perguntou um pouco sarcástica e eu engoli seco. - Mas afinal vocês estão namoram ou o quê? - Ela perguntou e eu fiquei refletindo naquela pergunta. Nem eu mesma sabia a resposta.

– Não sei... - Eu falei e Anna me olhou confusa.

– Vocês se beijam e nem namoram, que é isso mocinha? - Anna colocou os braços em sua cintura.

– Está dando agora uma de mamãe? - Eu ri quase tirando a minha t-shirt.

– Espera aí, você não vai trocar de roupa assim, com a janela aberta! - Anna disse boquiaberta e correu para fechar a cortina.

– Tudo bem mamãe! - Eu fiz voz de criança e ela me lançou um olhar mortal. - Mas o que você queria para vir no meu quarto?

– Queria perguntar se você poderia me emprestar aquela sua saia vermelha para amanhã? - Anna fez biquinho e seus olhos brilharam.

– Pode! - Eu falei e ela sorriu. - Mas...

– Sabia que estava bom demais para ser verdade... - Ela rolou os olhos e eu ri.

– Você tem de me emprestar sua bolsa azul! - Eu disse e ela deu pulinhos e sorria como uma criança.

– Não gosto dessa bolsa mesmo... - Ela sorriu e me deu um beijo e um abraço apertado. - É por isso que eu amo você!

– Só por isso? - Eu lancei um olhar ameaçador.

– Não, claro que não! - Ela sorriu sem graça e saiu rápido do quarto com medo que eu lhe batesse. Esta Anna não tem jeito mesmo.

Resolvi dormir por que no dia seguinte seria um grande dia.

Pov Flynn

Estava me preparando para ir dormir quando alguem tocou na campainha.

– Mas quem é agora? - Eu resmunguei e assim que abri a porta sorri. - Punzie o que você está aqui fa... - Eu falei mas Punzie me abraçou.

– Eu corri até aqui... - Ela disse ofegante, na verdade nós moravamos na mesma rua, mas ainda eram mais ou menos uns 300 metros de distancia, então imagino que ela estaria assustada.

– Mas o que te trouxe até aqui? - Eu perguntei.

– Meus pais ainda não chegaram e você sabe que eu tenho medo de ficar sozinha em casa né? - Punzie fez biquinho e eu sorri.

– Quer dormir aqui? - Eu sorri.

– Na verdade eu queria perguntar se você não poderia me levar na casa de Elsa e Anna... - Ela falou com um pequeno riso, e eu vi que ela estava aprontando por que normalmente o seu sorriso é sempre inocente ao contrario deste.

– Sério Punzie? - Eu disse com raiva. - Eu só sirvo para isso?

– Flynn... - Ela riu mas eu a interrompi.

– Não, deixe me falar! Você sabe que eu gosto de você e sempre vem com essa conversa de ''os meus pais não estão em casa'' ou ''estou com medo'' e quando eu penso que você quer ficar perto de mim, ficar na minha casa ou assim, você quebra todas as esperanças que eu tinha dizendo que é para eu te acompanhar na casa de Merida ou na casa de Elsa e Anna... - Eu explicava com raiva.

– Flynn... - Ela tentou falar mais séria mas eu a interrompi de novo.

– Mesmo se você não queira nada comigo, o que eu sei que é mentira já que você mesma confessou ontem, você poderia confiar no seu melhor amigo e não pensar só nas garotas por que eu também tenho sentimentos! - Eu acabei de falar ofegante.

– Flynn, eu estava brincando! - Ela começou a gargalhar muito alto, ainda mais ao ver a minha cara de morto.

– Você vai pagar! - Eu falei lhe lançando um olhar mortal.

– Está bem, está bem, agora deixe me entrar que eu estou morrendo de frio! - Ela falou e entrou em minha casa.

Eu aproveitei que ela estava de costas para mim e a atirei para o sofá e comecei a fazer cócegas nela que ria sem parar.

– Para Flynn, vou acordar sua tia... - Punzie tentava falar por meio de risos.

– Ela não está em casa! - Eu meti a lingua de fora. - E eu disse que você ia pagar.

Punzie tentava sair dali e sem querer me mandou um pontapé num sitio que eu não preciso de dizer qual é, mas doeu muito!

– Ai me desculpa Flynn! - Ela correu até mim mas se chegou muito perto de minha cara se assustando.

– Que é sou assim tão feio? - Eu perguntei divertido mas sério.

– Não é isso, mas... - Ela estava nervosa e eu percebi o que ela queria dizer então a puxei para mim e a beijei.

Este beijo foi muito melhor que o de o dia anterior já que nesse momento ela sabia que era eu.

– Punzie... - Eu parei o beijo e ela me encarou. - Há uma coisa que eu queria te perguntar mas nunca tive coragem suficiente para isso, então antes que eu perca a coragem de novo... - Eu falei e me coloquei de joelhos, Punzie ficou boquiaberta e eu continuei. - Rapunzel Corona, você quer ser a minha namorada?

– Eu estou sonhando não estou? Diz que não! - Punzie falava para si mesma.

– Não Punzie, isto é a pura realidade! - Eu peguei a mão dela e ela mostrou seu sorriso colgate.

– Sim, Flynn eu quero ser sua namorada! - Ela sorria de orelha a orelha e voltou a me beijar.

Este era o dia mais feliz da minha vida!