A Fúria dos Yordles escrita por Matt


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heeey o/ Então, demorou um pouco mais o capítulo ta aí =P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/567914/chapter/2

“Nocturne... Aquele preto filho de uma chocadeira... O acordo era eu ficar com o códex e ele com a machete.”

Os pensamentos de Teemo se resumiam em lembrar o caminho certo para Ionia e xingar Nocturne de todos os nomes possíveis. O ar parecia ficar cada vez mais rarefeito e um leve cheiro de queimado se reforçava a cada passo fazendo com que ele diminuísse a velocidade drasticamente. Nunca fora até aquela parte da floresta, era tudo muito estranho. Os galhos pareciam se mexer de vez em quando enquanto surgiam insetos tamanho “GG” seguido de barulhos bizarros. Havia uma passagem visivelmente feita por exploradores e algumas árvores ao redor possuíam setas com algumas direções. Teemo decidiu ignorá-las, não cairia tão facilmente em uma armadilha.

Um estridente grito foi ecoado pelo leste seguido de um intenso cheiro de queimado. Alguém em perigo? E se for outra armadilha? O Yordle parecia não ligar para as outras opções, só sabia que gritos femininos não deveriam ser ignorados. Correu o mais rápido que pôde e se deparou com uma cena chocante.

Uma menina que aparentava ter 10 anos chorava incessantemente, suas lágrimas escorriam pelo tronco caído em que estava sentada e seu cabelo completamente desgrenhado. Ele descobrira de onde o cheiro vinha: Ao redor da criança, um enorme fogaréu se alastrava cada vez mais para as outras partes da mata. Respirar nunca fora tão difícil.

– Já tô indo aí, não se mexe!! – Teemo tentou não parecer em pânico para não assustar a pequena garota. Correu passando pelos poucos espaços em que o fogo não incidia. A menina continuava chorando desesperadamente, seu arco de cabelo estava no chão, prestes a ser incinerado junto com tudo ao redor.
O Yordle já estava zonzo: Resultado de tanta fumaça que era emanada. Mas como começara tal incêndio? Crianças não sabem que não se deve brincar com fósforo? Infelizmente a resposta estava prestes a vir. Faltavam poucos metros para alcançar a menina.

– NÃO!! – Ela gritou e novamente o som ecoou, o assustando. Um feixe de fogo surgiu com a intensidade do berro ensurdecedor. Parte de seu pelo fora queimado fazendo com que ele cambaleasse para trás e caísse.

– O-O que foi isso?! – Ele tentava se levantar, apoiando-se em um galho que estava prestes a cair.

– Você quer me levar de volta pra lá!! Eu não quero voltar, não quero!! – Ela se contorcia e continuava com seu choro estridente enquanto labaredas de fogo surgiam em sua volta.

– Levar pra onde? Eu nã... – Ela o interrompeu. Teemo conseguiu ver as chamas refletidas em seu olhar furioso. Aquela garotinha era assustadora.

– Aquela prisão nojenta!! Não se faça de idiota! Não me importo se você é um humano ou um gato, se não sair agora vai ser desintegrado!! – Seu olhar não conseguia focar os dele, era aparente que sua intenção não era essa. Era apenas uma criança assustada.

– Espera! Me escuta... Eu não quero lutar com ninguém... Só preciso achar uma pessoa... – De relance, o Yordle lançou um olhar para as mãos da criança, que estavam em chamas. Ela pareceu hesitar.

– P-Pessoa? Que pessoa?! – O fogo ao redor de suas mãos esfriou e ele contou a história inteira com todos os detalhes.

– Acho que posso acreditar em você... – Ela abaixou a mão. Apesar de parecer assustadora, ela tinha traços de uma menina dócil e gentil. – Você não me parece ameaçador... – Ele suspirou aliviado e deitou no chão.

– É incrível o que você consegue fazer. Se eu tivesse esse tipo de poder... Talvez Ela e o códex ainda estivessem aqui... – Murmurou ele. Annie o encarava com uma expressão neutra. Ele sentou ao seu lado, no tronco-banco.

– Por que você estava chorando? – Perguntou, coçando as orelhas um pouco sem graça. Annie olhava para o céu parcialmente nublado e uma ventania começou, afastando o cheiro de queimado e derrubando diversas folhas de tom escuro neles.

– Porque eles estavam me fazendo de cobaia... Pra eles eu não passo de uma arma. Noxianos imundos... – Nesse momento Teemo congelou. Ele e vários integrantes de Bandle estavam lutando ao lado de um grupo que ela aparentemente detestava. Mas por que a estavam fazendo de cobaia?

– Sou Annie. – Ela se aproximou mais dele, seu rosto ainda um pouco inchado de tanto chorar. – E você? – o Yordle se sentiu um pouco desconfortável com a repentina aproximação.

– Meu nome é Teemo... – Ele se virou pro lado. – Hãn... Eu adoraria fazer mais perguntas, mas preciso chegar a Ionia o quanto antes...

No instante em que ouviu isso, ela apertou forte sua mão, o impedindo de levantar.

– P-Por favor... Eu não tenho onde ficar, todos estão me caçando... eu só... – ela o encarou com seu olhar triste e ao mesmo tempo doce de criança “pidona”.

– Ah... Eu não sei se seria uma boa ideia... – Ele sabia que não seria uma boa ideia. Se a levasse para sua cidade, os noxianos iriam acabar descobrindo e tentariam capturá-la dentro de sua terra. A primeira regra de Bandle é: “Somente Yordles entram em Bandle.”

– Eu te ajudo a salvá-la!! Por favor... – Annie largou sua mão.

O vento havia parado e agora um cenário horrível da floresta se via ao redor de ambos. Tudo havia se desintegrado. Talvez esse fora um dos motivos dos Noxianos terem a escolhido para usar como arma. Ela tem um poder devastador. Haja mana pra isso tudo. Enquanto Teemo refletia, Annie pegou sua mochila e sacou um urso de pelúcia.

– Esse é o Tibbers. Ele não gosta de pessoas que não se preocupam com as outras, sabe... Tibbers costuma arrancar a cabeça delas. – Annie acariciava o urso lentamente.

– Hãn... Claro! Hehe... Você pode vir, só estava constatando se havia espaço suficiente, mas enfim... – Ele pegou um vidro com uma solução vermelha e tomou. – Vamos.

Algumas horas se passaram e a floresta terminou em um enorme portão com a placa “Bem vindo a Ionia” “Noxianos não entram”. Teemo engoliu em seco e os dois atravessaram o portão. Os guardas o olhavam desconfiados, pena que não sabiam de nada, inocentes.

Uma imensa rua se alastrava até uma fonte formada por diamantes. Os ionianos não aparentavam ser pobres, pelo contrário: eram perceptíveis muitas jóias e anéis de ouro como adereços comuns. As casas não eram tão agrupadas umas as outras quanto em Noxus, era tudo muito diferente.

Estavam passando agora por uma rua paralela a principal onde haviam muitas barracas e lojas, vendendo de Poções de HP à Botas super estilosas. Sentiram um vulto passar por cima de suas cabeças, mas não conseguiram distinguir o que fora. Em seguida, barulhos de barracas caindo e comerciantes gritando. O que estava acontecendo?

– De novo não!! – Um velho gritou ao ver sua barraca caída e seus pertences desaparecidos.

– Peguem essa ladra!! – Uma mulher gritou, recolhendo alguns objetos caídos. Teemo e Annie estavam chocados com a cena. Quando novamente o vulto passou por eles e Teemo conseguiu ver de relance o cabelo ruivo mais lindo que já vira. Um homem com um estilete na mão gritava.

– KATARINA!! VOLTA AQUI, SUA PIRANHA!!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, se leu até o final e gostou, não esqueça de comentar o/ vlw ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Fúria dos Yordles" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.