Katniss e Peeta - Reaproximação escrita por pce19


Capítulo 7
Capítulo 7




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– Estou indo! - respondo sem saber se minha voz alcançará quem me chama pois está muito baixa.

Sento na cama e o quarto gira. Meu estômago ganha vida novamente, e não consigo correr até o banheiro. A dor me consome, pois nada sai de minha boca a não ser água quente e grossa, sujando minha blusa. Sinto calafrios por todo o corpo."bam bam bam". De novo. O som me faz acordar e seguro nas paredes indo em direção a escada. Suja. Fraca. Tonta.

Desço até o penúltimo degrau, me apoiando com o corpo no corrimão. No último minhas pernas não suportam e caem. Eu gemo, expressando dor pelo baque. A porta se abre com força e a claridade faz minha cabeça doer mais. E tudo começa a girar de novo. Peeta aparece, com uma cesta em mãos. Ele corre até mim, deixando os pães caírem no chão, eles rolam, e eu observo. Tudo está borrado, como se nevasse, tempo nublado. Ele se agacha, passando uma das mãos sobre meu pescoço.

Katniss! O que houve?

Seu pão ...- eu balbucio - seu pão caiu …

O que? Esqueça o pão! Meu Deus você está ardendo em febre! Consegue levantar?

Não respondo. O cômodo gira.

Que água é essa na sua blusa?

Faço uma expressão de nojo.

Vômito.

Oh! Eu vou te levar lá pra cima ok? - ele coloca meus braços ao redor de seu pescoço, e desliza a mão direita por debaixo dos meus joelhos e me ergue. Fecho meus olhos apoiando minha cabeça contra seu peito, enquanto ele sobe as escadas.

Ele me senta na cama, e fica parado em minha frente. O quarto ainda gira,mais lentamente agora. Sinto meu corpo pesar, e meu estômago ainda dói.

Você precisa tomar banho

Você não vai me dar banho! - a possibilidade de Peeta me ver nua me faz despertar da tontura.

Você não está em condições de decidir nada - ele aponta um dedo na minha cara

Já disse que não - minha voz sai mais fina do que gostaria.

Ele suspira, impacientemente diz:

Vou só trocar sua roupa então - ele toca em minha blusa - isso aqui ta imundo!

Eu tento rebater, mas sei que não vai adiantar. E que também não tenho forças pra fazer isso sozinha. Observo ele vir até mim com uma blusa branca e calça do meu pijama azul, em mãos. Fecho meus olhos pra impedir que a tontura volte.

Vou precisar tirar sua blusa.

Sinto meu rosto ruborizar.

Ok - levanto meus braços levemente - prometa que não vai olhar.

Isso é impossível - escuto sua resposta acompanhada de um leve riso.

Abaixo meus braços, furiosa, fito seus olhos.

Prometa Peeta.

Ta bom, ta bom. Agora erga logo os braços.

Eu obedeço. Permito que ele me troque e tenho a impressão que ele me admira. Mas é impossível. Eu sou uma colcha de retalhos agora, e esse não é o Peeta que eu já tive como "amante desafortunado".

Ele me acomoda na cama. E sai, voltando com uma garrafa d'água.

Tente beber isso, e dormir um pouco. Descanse.

E após dois goles, eu apago.

Ei - sinto meu ombro balançar levemente.

Abro meus olhos e encontro o azul dos olhos de Peeta.

Tome isso - ele me entrega uma tigela de porcelana, que solta fumaças.

Que isso?

Vai ajudar a baixar sua febre.

O que tem aqui? - o líquido é grosso e tem aspecto verde

Ele não responde, apenas aguarda que eu experimente. Na primeira colherada eu expresso:

Que horror Peeta! Isso é muito ruim - afasto a tigela

Não é pra ser gostoso - ele empurra a tigela de volta - agora tome tudo.

Mesmo contra gosto, volto a comer a sopa horrível.

Achei a receita em um livro de receitas na cozinha.

Não são receitas - assopro antes de tomar mais uma colherada - são remédios.

Sua mãe? Sua mãe é enfermeira. Real ou não real?

Sim, está certo.

O livro é dela?

É nosso - evito seus olhos - na verdade é da família, escrevemos nele nossos conhecimentos sobre plantas, você me ajudou em várias partes dele.

Eu não me …

Eu sei - o interrompo - não é culpa sua não se lembrar - ficamos em silêncio enquanto termino a sopa.

Vou te deixar terminar em paz - ele se retira, deixando o quarto vazio.


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