Era por volta de 3 horas da manhã, estáva dormindo, isso mesmo estava, por que fui acordada num estante.

A porta do quarto se abriu com dificuldade e bem devagar, não acreditava em assombração mas o barulho da porta me fez tremer.

–Killian...amor ? -Balanço seu braço.

–hum...-Ele geme com sono.

–Você deixou a porta do quarto aberta ? -Pergunto fazendo-o abrir os olhos.

–Você me acordou no meio da madrugada pra saber disso ou...? -Ele riu arragando minha cintura.

–Mamãe, Papai ? -Hope aparece de pijama com os cachinhos do cabelo loiro todo bagunçado, ela coçava os olhos e usava uma pantufa de coelhinho que ganhou do meu pai na páscoa.

–Hope? O que foi meu amor. -Killian levanta e a pega no colo a sentando com ela do meu lado na cama.

–Acende a luz papai...-Hope choraminga agarrando a camiseta de Killian e escondendo o rosto em seu peito.

–O que aconteceu querida ?-Ela me olha com os olhinhos cheios de lágrimas.

–Tinha um monstro no meu sonho mamãe, ele queria me pegar.-Ela começa a chorar abraçando o Killian, aquela pequena procurava proteção, e o Killian era muito bom nisso.

–Eu não vou deixar nenhum monstro chegar perto da minha princesinha, não chora amor, papai está aqui, ele não vai deixar nada te machucar. -Sorri ao ouvir aquelas palavras de Killian, elas também me passavam proteção, cuidado... Amor.

–Deita aqui pequena. Coloquei ela no meio da cama e ela se encolheu se aconchegando a mim.

–Boa noite querida. -Killian passou a mão pelos cabelos da menina.

–Boa noite papai. -Ela falou baixinho.

–Boa noite Swan. -Ele sorriu.

–Boa Killian. -Sorri de volta segurando sua mão.

Amanheceu e os raios do sol já passavam pela cortina da janela de vidro do quarto. Hope foi a primeira a acordar e tratou de acordar Killian e eu.

–Papai ! Mamãe ! Acordem !-Ela pulava na cama e dava risada.

–Calma aí mocinha, ainda são 8:00 da manhã de um sábado.-Killian disse se sentando na cama.

–Mas o quê...? Hope...-Eu me sentei coçando os olhos.

–Oi mamãe! -Ela estava tão animada que chegava a ser contagiante, no mesmo instante que ouvi a vozinha dela tão alegre...sorri, e Killian me abraçou.

–Tem uma maneira melhor de acordar, love? -Ele perguntou enquanto Hope pulava entre nós.

–Não...-E não existia, por mais estranho que parecesse, era uma sensação maravilhosa ser acordada pela voz de uma criança pulando na cama. Nossa criança, fruto de um amor que eu tentava a todo custo não demonstrar, não sentir, mas que era e é maior que eu e todos os outros problemas e barreiras existentes.