Sansa, eu me apaixonei por Olívio Wood! escrita por Clarisse Arantes


Capítulo 2
A tarefa de um abortado


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
—xx



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Quando cheguei à sala de Minerva, ela olhou-me interrogativa como se questionasse do porque estava ali. Mas assim que Olívio apareceu atrás de mim, tudo pareceu fazer sentido para ela.

— Tudo bem, vamos lá… — Ela ficou pensativa. — O que farei com vocês?

— De preferência me liberar — respondi baixinho. Minerva pareceu ter escutado, mas ela só revirou os olhos.

Ela mexeu em alguns papéis em cima de sua mesa. Suspirei, não queria mesmo ter que ficar ali e cumprir qualquer que fosse a lição que Minerva tinha para nós.

— Muito bem — falou Minerva, ela levantou-se — vocês cumprirão um trabalho ao Senhor Filch. E sem resmungos, senhorita Emma.

— Tudo bem — murmurei.

Ouvi Olívio dar uma risadinha atrás de mim. Eu encarei-o fevrosamente, pronta para atacá-lo novamente. Eu não sei, exatamente, o que tinha contra o Wood.

Na verdade sei sim, ele é da Grifinória. Qual é?!

Olívio Wood o queridinho goleiro da Grifinória tinha um cabelo escuro, só pra saberem. Não que eu me importasse com a aparência de Olívio, poxa? Ele é um Wood. Mas se bem que Wood fosse um pouco bonitinho.

Minerva nos guiou atrás do Filch. Deveriam mandar aquele hipócrita embora, ninguém gostava dele, e só servia para atrapalhar nossas saídas escondidas. E aquela gata dele? Parece o demônio.

— Senhor Filch — chamou Minerva — trouxe uns alunos para lhe ajudarem.

Filch, que estava pelo corredor, sorriu, deixando seus dentes sujos à mostra.

— Que maravilha, ouviu isso Madame Nor-r-a? — Ele referiu-se à gata. — Minerva trouxe ratinhos para nós.

— Mereço — resmunguei sussurrando.

— Espero que faça bom proveito deles, Filch, para aprenderem que a magia não é usada sem sabedoria. — Minerva deu-nos as costas, deixando a mim e Olívio a sós com Filch.

Ele sorriu.

— Estive mesmo procurando por ajudantes para limparem as estantes dos troféus.

Filch nos levou até as estantes de troféus. Para nosso azar haviam milhares de troféus. Suspirei, encarando aquela estante toda. Não acredito no que estou sendo obrigada a fazer. Queirei ser obrigada a fazer.

— Não é mais fácil lançar um feitiço e pronto? — Fui irônica. Encarei Filch com deboche. Todos na escola sabiam que Filch era abortado, ou seja, filho de bruxos que não pode fazer bruxaria. Filch abaixou o olhar.

— Claro que não — respondeu ele. — Agora comecem o trabalho.

Filch apareceu com dois baldes de água e um produto de limpeza. Tínhamos de tirar pó das estantes e dos troféus. Respirei fundo e arranquei o balde das mãos de Filch. Contragosto, sentei-me ao chão e peguei o primeiro troféu.

Filch deixou-nos a sós.

E para minha sorte, ou não, o primeiro troféu que peguei fora o de quadribol da Sonserina.

Resolvi zoar com Wood.

— Nossa, mal comecei e já vi que a Sonserina é quem mais tem troféus em quadribol, como se sente, Olívio?

De primeira Olívio pareceu que responderia algo, mas não disse nada. Provavelmente pensando no que eu responderia depois. Apôs um tempo desisti de achar que ele me responderia irritado, mas me surpreendi, Olívio respondeu.

— Era para sentir algo?

— Geralmente sim, um sentimento de derrota, que tal?

Ele limpou o segundo troféu da Grifinória, enquanto estava em meu terceiro da Sonserina.

— Vou achar alguém bom para ser o apanhador, e venceremos.

Olívio me encarou, como se tivesse dito algo surpreendente. Ri internamente.

— Boa sorte, tente trocar de goleiro também, o da Grifinória é péssimo.

Olívio olhou-me com raiva, esperei que ele respondesse-me com palavras ruins e perversas. Mas Olívio não disse nada. Esperei mais, poderia ser que ele resolvesse esperar e pensar em algo melhor para me dizer. Entretanto, a resposta não veio. Olívio não respondeu.

Ele era realmente um bom goleiro, mas eu nunca afirmaria isso. E para ser mais justa, eu nem me importo muito com Quadribol, só sei que Olívio se importa, e se for para tirar com a cara de um grifinório, eu tirarei.

Depois de um tempo, não achei tão engraçada a minha piada. Talvez eu tivesse mesmo magoado os sentimentos de Olívio. Eu posso até ser da Sonserina e gostar de zoar com os Grifinórios, mas algo que nunca poderei esquecer é o sentimento de incapacidade que tive em casa.

Para ser mais justa com ele, resolvi não tocar no assunto de Quadribol, mesmo que meus lábios coçassem para dizer algo maldoso em relação a quantas taças tinha a Grifinória e quantas tinham a Sonserina, que ganhava.

Mas não disse. E isso pode-se dizer muito.

Amanhã, talvez, eu volte a atormentar Olívio com Quadribol, mas hoje, acho que já feri muito seus sentimentos.

Idiota, esse tal de Olívio Wood.

''Olá, Sansa, hoje lá com Minerva, zoei um pouco com Olívio, mas achei que peguei um pouco pesado então deixei ele, e não disse nada mais. Ele deveria ficar grato por não ter zoado ainda mais ele, mas lembrei de casa.

Sabe? Sansa? Quantas vezes não te contei sobre minha casa e como mamãe e papai dizem que sou uma péssima bruxa? Que deveria ter ido para a Corvinal? Acho que eles deveriam tomar meu lugar aqui na Sonserina, eles são maus. Eu realmente tenho um bom coraçãozinho, eu acho. Então, foi isso, nada demais.

Amanhã te dou mais detalhes do dia, hoje eu realmente estou cansada de escrever. Meu pulso doiiiiii. E meu dedos estão dando tremelique. Fui.''


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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