Sansa, eu me apaixonei por Olívio Wood! escrita por Clarisse Arantes


Capítulo 12
Um dia tedioso


Notas iniciais do capítulo

Galeraaa! Desculpa por ter demorado tanto com o capítulo. Me perdoem!
Estive - como todos - enfrentando o último bimestre e YEEEEEP, quem mais aí passou direto?
Sem contar que estou enfrentando - também, graças as provas e trabalhos - um bloqueio criativo quanto à essa história.
Mas por fim, hoje acordei pra vida, se eu não escrever, quem vai?
Espero que gostem! Tentarei postar o capítulo 03/13 o mais rápido possível :)
Boa leitura.



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Na manhã daquele dia, acordei de repente.

O tédio já pairava no quarto e nunca havia me lembrado claramente de como as férias se tornavam tediosas. Eu conseguia ouvir, com parte da janela aberta, meu pai chegando com o carro.

Não queria saber que horas eram para ele já estar retornando, mas tudo bem, era manhã de sábado mesmo.

Meu pai era um homem rico, não tanto assim. E isso dava credibilidade para nós, o nome da família, mas eu realmente não me importava. Mesmo com tanto dinheiro, a casa conseguia ser um tédio.

Não havia algo naquela casa que me transmitisse prazer, exceto por minha gata Arya, que me divertia.

Depois de mais alguns minutos de vegetação na minha cama foi que decidi tomar alguma atitude e me levantar.

O primeiro lugar para qual me dirigi após foi a cozinha. Tomei uma xícara de café, ao mesmo tempo que mordiscava coisas aleatórias para comer. Meu pai apareceu na cozinha, já vestido com seu terno e indo de um lado para o outro.

— Achei que não trabalhasse hoje — comentei, mostrando indiferença quanto à ele. — Mas você é mesmo uma figura exemplar, não é?

Meu pai não respondeu-me de imediato, e por um momento acreditei que não tivesse me ouvido. A única coisa na qual ele fez foi continuar preparando o seu próprio café, passando por mim e sequer olhando-me no rosto.

— Eu acabei de chegar, será que podemos não discutir hoje? Estou realmente cansado.

Foi o momento que saltos altos começaram a fazer barulhos ao baterem-se com o piso. A sua adorável mulher estava presente no ambiente.

— O dia mal começou e ela já está a importuná-lo, amor?

Meu pai somente olhou para ela. Eu não precisava disso.

Deixei a xícara em cima da pia e sai do local, que já me era incomodo. Fui para o meu quarto e direto para o meu banheiro.

O escorrer da água me aliviava, de certa forma. A sensação de se sentir limpa após o banho é única, o alivio das costas, também.

Depois do banho, sai e trajei um vestido rodado verde com minhas sapatilhas. Peguei minha bolsa jogada em cima do guarda-roupa e coloquei por lá meus pertences.

Quando apareci na sala, o olhar dos dois recaíram sobre mim. Eles me encararam confusos, de cima à baixo. Eu estava começando a ficar incomodada com a forma que me olharam quando meu pai resolveu desembuchar.

— Aonde vai?

— Dar uma passeada. Não posso? — respondi, olhando para o meu pai.

Mas não foi ele quem me respondeu.

— Na verdade, não. Teremos a visita de uma família muito importante e você precisa estar aqui para conhecê-los.

Com toda a minha educação, resolvi encarar o meu pai e repetir minha pergunta.

— Não posso?

Minha madrasta claramente ficou irritada. Ela bufou altamente e bateu os pés.

— Depois — ela apontou seu dedo fino para o meu pai — você me pede para tentar ter uma relação com ela. Olha a forma como é grosseira. Talvez devesse frequentar um psicólogo.

— Se puder voltar antes das 15h, então tudo bem.

A resposta de meu pai só a fez ficar ainda mais emburrada, deixando a sala. Logo eles se acertariam, da mesma forma que eu os odiava, eles também não se suportavam. As brigas estavam começando a ficar mais constantes do que eu imaginava.

Mas eu não me importava, não é mesmo?

Abri a porta e deixei o local. Sem destino. Sem rumo.

Eu faria um favor para o meu pai dessa vez e voltaria até às 15h, só porque a curiosidade de saber quem estaria nos visitando era alta e não porque ele havia me pedido, mesmo que tivesse dito que não sairia, era óbvio que eu sairia sim.

Meus passos começaram a ganhar um ritmo. Cruzei esquinas, atravessei ruas e memorava todos os locais, aplicando pontos de referências, para que eu não me perdesse.

***

Quando retornei para casa, a suposta família já estava lá.

Pelo menos foi isso o que imaginei, já que havia um desconhecido carro parado em frente a nossa casa que não era de ninguém conhecido. Apressei-me a entrar.

O primeiro olhar na qual me bati foi o de meu pai. Ele estava avermelhado, provavelmente furioso. Mas assim que me viu, respirou aliviado.

— Achei que não voltaria — ele sussurrou, perto de mim.

Dei um sorriso cínico para ele.

— Eu sempre volto, não?

Ele não disse nada, saindo de minha frente e liberando minha visão para enxergar àquelas pessoas presentes em nossa casa.

Havia uma mulher sentada no sofá, conversando com a hipócrita de minha madrasta — aparentemente, ela e meu pai já haviam feito as pazes. A mulher estava ao lado de um homem desconhecido, também. Seu marido, imagino. Os dois me encararam com curiosidade, a mulher até chegou a levantar-se e vir me cumprimentar.

— Ouvimos tanto de você! — disse ela, abraçando-me como se tivéssemos intimidade. Sorri sem graça.

— É mesmo? Quais tipos de absurdo eles falaram dessa vez?

Ela ficou envergonhada e confusa.

— Contamos o quão inteligente é você, minha querida — meu pai, que não sabia aonde enfiar o rosto, retrucou.

— Ah, é mesmo? Que estranho. Achei que boa parte da minha vida passei escutando o porquê de não ter ido para à Corvinal. Eu sou estúpida; — listei — burra; incompetente; e a lista de adjetivos se segue.

De forma desesperadora, a mulher olhou para o marido.

— Foram todos em momentos de raiva — minha madrasta resolveu justificar. — Sabe que não é verdade.

A quantidade de nojo que eu possuía dela não pode ser descrita.

— Para qual casa foi mandada? — questionou a mulher, sorrindo de forma vaga e demonstrando suas rugas.

— Sonserina.

No momento à seguir, um rapaz saiu do banheiro.

— Sonserina? Como é que nunca te vi perambulando por Hogwarts?

Meu olhar caiu diretamente sobre o ser.

Ele sorriu, charmoso, bastante. E seus dentes perfeitos combinavam com seus lábios, que combinavam com os seus olhos azuis extremamente chamativos. Ele encostou-se à batente da porta, passando a mão por seus cabelos escuros.

— Não sei — respondi, sem mesmo ter certeza.

Não, eu tinha certeza. Ele era muito bonito para eu tê-lo visto e esquecido.

— Eu sou Scott — falou, aproximando-se.

Nos cumprimentamos.

— Emma.

— É um prazer conhecê-la, Emma.

Sorri. Porque apesar de ser muito atraente, não poderia dizer que era um prazer conhecê-lo, quando sequer sabia o porquê de ele e seus pais estarem presentes.

— Podemos ir logo ao assunto? — interrompeu minha madrasta, claramente, entediada.

— Mas é claro — o homem calvo respondeu.

— Preciso participar de “o que quer que seja” que vocês discutirão? — falei um tom mais baixo, diretamente para o meu pai.

Ele ofereceu-me um meio sorriso.

— É melhor não.

Então fui-me direto para o meu quarto. Abandonado todos na sala.

***

Acredito que uma hora mais tarde, descobri o motivo do porquê meu pai achou que fosse melhor que eu não participasse.

Foi com duas batidas na porta que ele me despertou do meu quase-sono.

— Entra.

E foi o que meu pai fez. Ele entrou em meu quarto cautelosamente, e quase não parecia ele mesmo. Sentou-se na beirada de minha cama e esperou que eu o olhasse nos olhos.

— Desembucha.

Ele ficou em silêncio por mais alguns segundos. Parecia estar tomando coragem para alguma coisa...

— Eu quero muito ir dormir, ok? Será que pode falar o que é que está te incomodando?

Fiquei apreensiva, quando ele descolou os lábios.

— Você terá que casar com Scott, querida.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, muito obrigada a quem está acompanhando e espero que tenham gostado! :)